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História Lobotomia - Undertale - Olhos Rubros


Escrita por: cecifrazier

Notas do Autor


HEY GENT

Aceitem minhas sinceras desculpas, me bateu um artblock muito loko essas últimas semanas
Tá certo? Artblock? Sei lá, algo assim

ENFIM

Demorou, mas saiu q

E MUITO OBRIGADA PELOS 35 FAVORITOS
MDS
AMO VUXES

Boa leitura <3

Capítulo 2 - Olhos Rubros


Fanfic / Fanfiction Lobotomia - Undertale - Olhos Rubros

 

O clima frio era normal durante a madrugada em Jackson, Frisk adorava a sensação de sair de casa e sentir a brisa gélida em seu rosto. Levantou-se como fazia todas as manhãs, às 04:00. Era bem cedo, ela admitia, mas precisavam acordar a esse horário para abrir o café. Ao levantar-se da cama, Frisk sentiu o frio chocar-se em sua pele, seu corpo estava quentinho por causa do edredom, então quis enterrar-se debaixo das cobertas novamente. Abriu seu armário e pegou uma grande toalha amarela com florzinhas douradas. Frisk gostava muito de amarelo. Caminhou até o banheiro preguiçosamente, esfregando os olhos e quase tropeçando nos próprios pés por isso. Frisk franziu as sobrancelhas ao perceber a porta trancada e o barulho de água caindo, resmungou baixinho. 

 

— Quem tá aí? — Ela bateu na porta. — Mãe? 

 

— Sim, sou sua mãe. — Reconheceu a voz de Asriel e bufou. 

 

— Vai demorar muito? Tô com pressa. — Frisk falou um tanto chateada, porém, aborreceu-se ainda mais quando ouviu seu irmão rir.  

 

Após alguns instantes, ela finalmente ouviu o chuveiro sendo desligado e passos no banheiro. Já estava sentada no chão, pois Asriel costumava demorar em seus banhos, sorte que naquele dia foi diferente. A porta foi aberta, logo o rapaz saiu com uma toalha enrolada em sua cintura e outra ao redor do pescoço. Frisk sentiu seu corpo congelar naquele momento, prendendo seu olhar com o dele. Ela realmente julgava-se culpada por sentir um tipo de...atração por ele. Sabia que eram irmãos, porém, não eram de sangue. Frisk não tinha culpa por Asriel ser tão bonito! Seu físico não era como daqueles galãs de cinema que as meninas de sua sala costumavam falar, mas ele era...atraente. Poderia se dizer que estava em forma, mas um “em forma” atraente. 

 

— Tu não tava com pressa? — Asriel perguntou com um sorriso cheio de sarcasmo. 

 

— Cala a boca! — Frisk exclamou, correndo para dentro do banheiro. 

 

Asriel sabia sobre o que sua irmãzinha sentia, e até julgava aquilo como normal. Ela era só uma adolescente na puberdade, claro que seria atraída por garotos de sua idade ou até mais velhos. Porém, ele sentia-se um pouco desconfortável com a situação, pois eram irmãos! Entretanto, apenas ignorava. Asriel suspirou, indo em direção ao seu quarto para trocar-se. 

 

Frisk calmamente tirou suas vestes, pondo-as sobre a bancada da pia. Olhou-se no espelho, seu cabelo estava todo bagunçado e tinha leves marcas de olheiras. Suspirou. Às vezes se achava muito “saidinha” por sentir atração tanto por Sans quanto por Asriel, apesar de que ela nunca deu em cima de ninguém. Frisk era tímida para essas coisas, uma vez gostou de um garoto da sua sala no ano passado, mas nunca falou com ele. Ela queria! Queria muito! Entretanto, a vergonha não deixava. Tinha medo de começar a rir como uma idiota e sair correndo. 

 

Por um segundo, o momento de seu primeiro beijo veio-lhe à mente. Frisk lembrava muito bem daquela sexta-feira que Toriel precisou sair para comprar algumas coisas para a festinha, então Sans e ela precisariam fechar o café. Frisk matou aula, pois era seu aniversário e tinha certeza que levaria ovadas na escola, por isso achou melhor não ir.  

 

 — Frisk. — Ela ouviu Sans chamá-la. Ele estava com uma expressão ansiosa, e estranhamente sentiu seu coração bater mais rápido.  

 

— Oi. — Respondeu enquanto apagava as luzes da cozinha e ia em direção ao balcão.  

 

— Tu já beijou alguém? 

 

Naquele momento Frisk arregalou os olhos, sentindo suas bochechas arderem. Seu coração bateu mais rápido ainda e sentiu um arrepio percorrer seu corpo. 

 

— Não. — Frisk riu baixo, desviando o olhar. Ela estava nervosa. — E você? 

 

— Já. — Ele também riu baixo, logo aproximou-se da menina e a encarou. — Eu já te dei os parabéns hoje? 

 

Ela sentiu sua respiração tornar-se desregular, sentia seu rosto inteiro arder de timidez, porém, negou com a cabeça. Sans abriu um sorriso. 

 

— Feche os olhos. 

 

Frisk obedeceu, então sentiu os lábios dele entrarem em contato com os seus. Ela imediatamente arregalou os olhos e pensou em sair correndo, mas...era seu primeiro beijo! Um beijo com alguém que ela gostava!  

 

Foi apenas um selinho curto, Sans separou os lábios e soltou uma risada baixa pela expressão envergonhada da menina. 

 

— Agora você não é mais BV. — Ele afagou os cabelos de Frisk. — Não conta isso pra sua mãe, ela iria me matar. 

 

— T-tá bom. — Frisk gaguejou, então pegou as chaves da porta e ambos saíram em silêncio do estabelecimento. Ela sentiu-se ainda mais envergonhada pois pegaria uma carona com Sans em sua moto. Viu o rapaz subir, fazendo um sinal para que Frisk também subisse. Com timidez, ela pôs ambas as mãos nos ombros dele. — Você sabe que acabou de beijar uma menor de idade, né? Eu poderia te denunciar. 

 

— Você não faria isso. — Sans forçou uma voz dramática, geralmente eles brincavam com essas coisas. — Quem vai cuidar dos meus oito filhos? 

 

— Oito filhos? Credo. 

 

Ele riu, dando assim partida na moto.  

 

Frisk desligou o chuveiro, enrolou-se em sua toalha e calçou seus pés com as sandálias. Olhou-se no espelho. Suspirou. Não sentia vontade de ir para a escola, mas sabia que era preciso, pois suas notas não estavam lá essas coisas como antigamente, ela estava se desfocando, e o pior, não era de propósito. Era uma fase difícil para aquela jovem, tantas emoções percorrendo seu coração que mal sabia para onde ir! 

 

— Filha? — Ouviu Toriel bater na porta e quase deu um pulo pelo susto, sendo tirada de seus pensamentos. — Vem tomar café, já tá na hora. 

 

•••

 

O café estava movimentado, como sempre. Homens, mulheres e até mesmo crianças estavam sentados à mesa enquanto Frisk os servia. Ela estava um tanto distraída naquele dia e sua mãe percebeu bem isso.  

 

— Frisk. — Toriel chamou da cozinha. Assim que a menina chegou, lhe entregou uma bandeja com duas xícaras de café e panquecas. — Mesa quatro, rápido. 

 

— Tá bom. — Ela pegou o café da manhã e andou apressadamente até a mesa indicada. Era um casal, clientes antigos do café. Frisk não lembrava-se, mas Toriel os viu adolescentes e agora, alguns anos depois, já estavam casados. — Aqui está.  

 

— Obrigada, Frisk. — A moça sorriu. Ela tinha cabelos curtos e lisos, eram pretos igual ao vestido que usava.  

 

Frisk sorriu de volta, então retornou para a cozinha. Viu sua mãe fritando alguns ovos, então pôs uma rede de cabelo e aproximou-se dela.  

 

— Quer ajuda?  

 

— Quero que me conte o que está acontecendo. — Toriel disse, firme, sem desviar a atenção da chapa.  

 

— Como assim? — A menina franziu as sobrancelhas.  

 

— Posso não ser sua mãe biológica, mas te conheço muito bem e sem quando tem algo errado. Vamos, pode começar a falar. 

 

— Mas...tá tudo bem, mãe. — Murmurou, abrindo um sorriso torto. — Sério. 

 

— É por causa da escola? Estão fazendo algo ruim com você? 

 

— Não é nada disso. — Frisk tocou delicadamente no antebraço de Toriel. — Tá tudo bem, eu só ando meio distraída. 

 

— Meio? — Ela arqueou as sobrancelhas. — Eu diria muito. 

 

— Bom... — Soltou uma risada baixa. — Tenho mais algo para entregar, chefe?  

 

— Quero que você vá tomar conta da caixa registradora, uma pessoa responsável não deixa suas economias à toa.  

 

Frisk assentiu, então andou as pulinhos até o balcão de atendimento. Sentou-se no banco alto e pegou seu celular. Sem mensagens, sem notícias, sem nenhum vídeo novo no YouTube. Ela estalou a língua por aquela monotonia toda e decidiu pegar uma revista para ler.  

 

Não demorou muito, até ouvir a porta ser aberta. Ela sentiu suas bochechas arderem ao ver um rapaz alto entrar. Por algum motivo ele estava sem camisa e fumando um cigarro. Tinha duas placas bem na porta dizendo que ambos eram proibidos! 

 

Porém, Frisk não deixou de notar no físico daquele garoto. Além daquele corpo em forma, seus cabelos eram claros, talvez uma tonalidade de ruivo e sem falar dos seus olhos. Ela nunca havia visto olhos vermelhos em toda sua vida!  

 

— Aqui vende cigarros? — A voz dele a fez estremecer. — Os meus acabaram. 

 

— Não, moço. — Frisk tossiu pela fumaça. — Não pode fumar aqui dentro e entrar sem camisa. Está escrito bem na porta.  

 

Ele semicerrou os olhos e aproximou o rosto do dela. Aquilo a fez recuar um pouco.  

 

— Tá na cara que tu gosta. — Abriu um sorriso malicioso. — Então tá.  

 

O rapaz apagou o cigarro e jogou na lixeira.  

 

— Quanto a camisa, não posso fazer nada a não ser continuar assim.  

 

— Mas...  

 

— Frisk! Mesa dois! — Toriel exclamou da cozinha. Ela deu uma última olhada desconfiada para aquele rapaz e caminhou apressada até sua mãe. — Vamos, entregue isso logo.  

 

— Mãe, tem um cara sem camisa aí. — Frisk murmurou, pegando a bandeja com um generoso hambúrguer e um copão de suco.  

 

— Ah é? — Ela retirou o avental e pôs em cima da mesa. — Vá entregar isso, deixa que eu resolvo.  

 

Ambas saíram da cozinha, sendo que Frisk fora entregar o lanche e Toriel foi até a mesa que o rapaz estava sentado.  

 

— Você não sabe ler? — A mulher perguntou de forma autoritária. — Não pode entrar sem camisa aqui. 

 

— A mocinha disse a mesma coisa. — Disse de forma desinteressada enquanto olhava o cardápio. — Desculpe, lá fora está tão quente que precisei tirar.  

 

— Ora, pois vá pegar!  

 

— Moça, eu só quero tomar café. — Ele ergueu o olhar para Toriel. — Preocupa não, eu tenho dinheiro.  

 

— Aham. — Ela foi até o balcão e pegou um bloquinho de notas e uma caneta. — O que você quer?  

 

— Hm... — Olhou mais uma vez para o cardápio. — Panquecas e uma xícara de chocolate, por favor.  

 

Toriel anotou, então voltou até a cozinha. Frisk estava confusa, aquele garoto parecia ser má companhia. Quando ela percebeu o jeito zombeteiro que ele a olhava, logo correu para dentro.  

 

— Frisk, entenda uma coisa. — Sua mãe desviou o olhar para ela. — Com gente assim não se brinca. Ou você é firme e bota moral, ou eles percebem que você é idiota e te passam a perna. Tá entendo?  

 

— Tá, mas...ele só entrou sem camisa, o que isso tem a ver? 

 

— Meu Deus. — Toriel passou a mão pela testa. — Você não viu a moto lá fora? Olha, se ele vier com gracinha é só me dizer, ouviu?  

 

— Tá, mãe. — Frisk deu de ombros. 

 

•••

 

Após alguns minutos, Toriel já estava arrumando a bandeja para que sua filha fosse entregar para aquele cliente. A garota caminhou calmamente até a mesa em que ele estava e pôs sobre a mesa. 

 

— Mais alguma coisa? — Ela perguntou. 

 

— Seu número.  

 

— O que?  

 

— Seu número de celular, me passa?  

 

— Quê? — Frisk franziu as sobrancelhas. 

 

— Não é possível, vou ter que repetir? — Ele soltou uma risada baixa, balançando a cabeça negativamente. — Seu número de celu... 

 

— Eu entendi o que você quis dizer, não sou burra. — Ela revirou os olhos. — Não vou te passar.  

 

— Aww, por que não? — Fez um biquinho, forçando uma expressão entristecida. Frisk achou aquilo engraçado.  

 

— Porque não, não quero, não posso. — Frisk pôs as mãos na cintura. — Então, vai querer pedir mais alguma coisa que não seja meu número?  

 

— Ah, sim. — Ele sorriu. — Pode me dar um pedaço de papel e uma caneta, por favor?  

 

Ela arqueou as sobrancelhas, porém, pegou um papelzinho do balcão e a caneta que Toriel usara para anotar o pedido.  

 

— Obrigado. — Começou a anotar algo e logo entregou para ela. — Espero receber alguma mensagem. — Piscou.  

 

— Sério? — Frisk novamente revirou os olhos ao ler um número de celular. — Eu nem sei seu nome.  

 

— Chara. — Abriu um sorriso.

 


Notas Finais


CHARA DELÍCIA
EU PEGAVA QQQ

Estava pensando em usar o twitter pra falar com vocês ou avisar sobre alguma atualização, o que acham?

Até o próximo capítulo! <3


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