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História Adorável Alice - It's not about sex


Escrita por: yasminclueless

Capítulo 16 - It's not about sex


Fanfic / Fanfiction Adorável Alice - It's not about sex

C H R I S T O P H E R

                Após o constrangimento de Alice ter me visto “nu” e ela sair fugida de casa para ir tomar sorvete, fui tomar um banho gelado sem paciência pra terminar o que tinha começado mais cedo. Eu teria uma importante reunião daqui há uma hora e meia e não podia me dar o luxo de perder investidores milionários.

                Tomando meu banho gelado, pensava na ruiva, eu podia realmente estar me apaixonando por aquele espirito indomável, acho que eu podia defini-la assim.  Sempre quando pensava estar me aproximando dela em um sentido não sexual, via ela escapar de mim como água que escorre pelos dedos. 

                Ok, havíamos feito o trato de não saber absolutamente nada sobre o outro, mas eu era uma figura importante da sociedade, não é como se ela não pudesse descobrir facilmente que eu sou. Que inquietação, eu sabia que ela não tinha más intenção ou só queria saber do meu dinheiro, mas era injusto ela saber – mesmo que não tenho dito saber – sobre mim e eu não saber absolutamente nada sobre ela.

                Do que adianta sentir que tenho ela de corpo e alma na cama e fora dela sentir que estou com uma completa desconhecida. Puta que pariu, eu disse que amava ela e ela era uma completa desconhecida.

                Soquei a parede com raiva que havia me tomado de repente e saí do box com o cabelo cheio de espuma e estralando os dedos machucados, peguei o celular e fiz discagem automática.                                               

                - Marc, preciso que procure uma pessoa pra mim... não, não sei o nome, mas tenho uma foto... certo, envio sim – desliguei o telefone e mandei a foto por mensagem de texto, uma foto antiga que ela havia me mandado, deixei o celular lá e fui me vestir para reunião.

                Já no carro, a caminho do prédio, passei pelo fast food e comprei um hambúrguer. Assumo o meu hábito de comer uns de vez em quando, apesar de normalmente frequentar restaurante caros, nada se comparava a um milk shake com fritas e hambúrguer, a gordura me relaxava muito em certos momentos de tensões.

                 Quando cheguei, peguei o meu notebook, celular e a minha agenda, eu tinha uma agenda no celular, apesar de ser mais eficiente que a física, eu não trocava por nada ter uma sempre em mãos, minha vida era muito importante pra não se garantir por dois.

                Ao chegar no prédio, cumprimentei todos os funcionários que vi, era algo que eu sempre fazia questão, não importava ele qual fosse. Da limpeza ou da administração, eu gostava de demonstrar que humildade e educação estavam a cima de tudo.

                Minha secretária antes mesmo de me dar bom dia, me deu o café e várias pastas com os relatórios que eu tinha pedido a ela pra fazer na noite anterior.

                - Lucy, você vale cada centavo do seu salário, não sei o que faria sem você – ela era muito tímida e somente soltou uma risadinha agradecendo.

                Ela era muito eficiente e inteligente, nunca dera em cima de mim, diferente do meu longo histórico de secretárias nem tão profissionais que eu tive. Lucy valia diamante e não sabia.

Sua autoestima era claramente uma merda dado à forma como ela se comportava casualmente nos eventos em que eu a convidava.  Eu não sentia atração por ela, por uma questão profissional, mas eu sabia que ela era uma garota atraente, apenas um pouco desajeitada.

Na minha sala, já havia a lista de ligações e no final estava escrito “Tenha um bom dia, Senhor Wild. J”. Abri um sorriso de bochecha a bochecha, eu ainda a adotaria.

Verifiquei uma última vez o slide e me retirei para o salão de reunião.

O clima gelado do ar condicionado estava muito gelado e o cheiro de café fresco subia pelo meu corpo me fazendo treme de vontade de tomar. Fui à mesinha e me servi com café e os cubinhos de açúcar que eu amava.

Sentei na poltrona principal e esperei pacientemente pelos meus investidores que não sabiam o significado de pontualidade. 

               

R I C H A R D

                Caos.

                Acho que era o que andava cravado em minha mente ultimamente. Clara, Alice, Clara Alice. Cada uma com suas impossibilidades e extremos. Uma nova demais, a outra madura demais. Era difícil lidar com a proporção de sentimentos que as duas me causavam.

                Clara havia me mandado muitas mensagens, dizendo que não aguentava ficar sem me ver e que toda a pressão a estava matando. Eu sabia da minha opção de ir atrás dela e sucumbir a desejo da carne e do sentimento, mas depois de tudo o que ela me disse e de todos os planos futuros dos quais eu fora brutalmente dispensado, a ideia de ir atrás dela era muito humilhante.

                Agora eu estava aqui, olhando para Alice se sujando com o sorvete enquanto observava distraída pássaros que voavam sobre o estabelecimento. Depois da nossa longa conversa sobre explorações e conceitos históricos, ela ficou calada e refletindo algo que só sua mente sabia.

                - Alice, me fale mais sobre o seu tempo no orfanato – busquei um assunto para ouvir sua voz melodiosa.

                - Ah, o de sempre, meninas, álcool, livros, tédio mortal. Orfanato é um saco, você se sente claustrofóbico, não pode ir a lugar algum – não parecia um assunto que ela gostava muito dado à expressão de irritação dela.

                - Desculpa, não sabia que você não gostava de falar disso – disfarcei o constrangimento.

                - Só não é bom ser jogada em um orfanato, é a forma rica de “abandonar” os seus filhos, mas é ainda pior, porque uma mãe pobre que abandona o seu filho, muitas das vezes é porque não pode criar o seu filho. Uma mulher rica que larga o filho no orfanato, é simplesmente porque não ama o seu filho.

                Bem, apesar do instinto “tem pessoas que gostariam de estar no seu lugar” tomar conta de mim, eu entendi o ponto dela e resolvi ficar em silêncio para que o assunto passasse.

                - A gente poderia ir pra outro lugar? Aqui tem muita gente e eu me sinto presa em lugares com muitas pessoas – ela disse se mexendo desconfortavelmente na cadeira.

                - Certo, claro, para onde quer ir? – peguei a carteira e deixei o dinheiro na mesa.

                - Qualquer lugar que esteja vazio – se levantando apressada como se quisesse fugir dali, eu tive o instinto de olhar para os lados a procura de algum padrasto psicopata.

                Andamos alguns poucos metros até uma praça totalmente vazia e com várias árvores, escolhemos a mais distante das pessoas e sentamos no chão mesmo.

                - Então... estamos aqui, nesse lugar tão lindo... – Alice se comportava de um modo estranho, como se tivesse bebido.

                - Sim, é muito bonito aqui mesmo – eu nunca tinha reparado aquele lugar aqui, era um achado e tanto.

                - Gosto muito de arvores grandes, traz uma sensação de paz – ela disse olhando para as próprias mãos no colo, se mexendo nervosamente.

                - Você não parece em paz, parece bem nervosa na verdade – falei rindo.

                - Desculpa, não sei o que tem acontecido comigo, eu ando muito nervosa. Minha vida está uma loucura.

                Me aproximei dela e tomei o seu rosto em minhas mãos.

                - Relaxa, vai dar tudo certo – abracei-a forte, e ela colocou a cabeça no meu peito e ela podia não estar sentindo, mas eu sentia a paz plena tomando conta do meu corpo.

                Ficamos não sei por quanto tempo naquela posição, até que ela se afastou um pouco, apenas para me observar e tive minha oportunidade de olhar em seus olhos.

                - Você é muito linda.

                - Você é mais – ela me olhava embasbacada.

                Seu rosto se aproximou e eu levantei umas das minhas mãos para o seu rosto, tocando sua bochecha vermelha enquanto ela chegava ainda mais perto. Seus lábios macios tocaram o meu delicadamente, era como beijar uma flor.

                Senti sua língua entrando suavemente na minha boca, eu me sentia como um louco que delirava. Toda inocência que eu sabia que havia em algum lugar dentro dela estava contida naquele beijo.

                Era mais do que sexo ou atração, ela me queria de verdade e eu estava pronto para conquistá-la.

              Apertei-a em um abraço apertado e fiquei segurando em um abraço que nunca acabava.                     



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