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História Lollipop - Oh love's gonna get you down


Escrita por: ShiroKohta

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?
Podem me matar eu mereço T.T

Capítulo 8 - Oh love's gonna get you down


Youngjae entra no terreno da escola de mãos dadas com Im Jaebum, é estranho ter alguém ao seu lado lhe segurando e olhando para você como se fosse a pessoa mais linda da face da terra. Ele não estava pronto para isso, nunca havia namorado de fato com alguém o máximo que tivera foram ficantes fixos, mas com Jaebum tinha que ser diferente, ele queria que fosse e iria fazer de tudo para ser, mesmo que o plano inicial não tivesse sido esse. Não tem muitos alunos fora de suas classes, mas os que estão os encaram com olhares de confusão e espanto. E pela primeira vez Youngjae não se importa com a atenção que estava recebendo de estranhos. Afinal o mundo precisava saber que o gostoso capitão do time de basquete daquele cabaré tinha dono e se chamava Choi Youngjae.

― Eu te vejo na hora do intervalo. Passo aqui pra irmos almoçar juntos, okay?

Jaebum diz quando chegam no corredor de suas aulas, a turma do mais velho é a primeira e Youngjae se inclina deixando um selinho nos lábios finos que deixam o rosto do Jaebum vermelho e se dirige pra sua sala.

O professor de Biologia nem olha em sua direção quando entra na sala ao contrário de seus colegas de turma, Bambam está no fundão como sempre e quando ele chega perto o tailandês tem um sorriso cretino no rosto o avaliando dos pés a cabeça.

― Você está andando estranho. Quer dizer que você e o Jinyoung do segundo ano foram até o fim?

É a primeira coisa que seu melhor amigo diz quando se aproxima o bastante. Youngjae estava só o pó e tinha certeza que metade dos olhares que estava recebendo era por causa dos hematomas vermelhos no seu pescoço que tinha esquecido completamente de esconder, uma falha terrível.

― Park Jinyoung? ― Ele se lembrava de ter beijado o mais velho, mas sua intenção no momento havia sido puramente egoísta, ele só queria irritar o Jaebum. Apesar de que tá, não iria negar que estava a um tempo querendo se deliciar com a boca carnuda do presidente do corpo estudantil.

― É, vocês estavam se beijando na festa lembra? Ou vai dar uma de viado amnésico.

― Que? Não. A gente se beijou, mas foi só um beijo, sério. Eu fiquei foi com outra pessoa.

Ele responde sorrindo e atiçando a curiosidade do amigo que por um breve momento esquece que estão na sala de aula e grita empolgado.

― Quem? Quero detalhes, quem?!

― Choi Youngjae, eu tolero chegar atrasado na minha aula, mas papinho não dá né?

O professor chama a atenção dos dois. E Youngjae se senta em sua cadeira ao lado da do amigo.

― Foi mal professor. ― Ele responde ao mais velho sem nenhuma culpa na voz.

Bambam tem a decência de parecer envergonhado, — uma mentira por que não estava — até o professor parar de encará-los.

― Você não vai me contar mesmo quem foi que te deixou com dificuldades pra sentar? Deve ter sido muito bom ein?

Bambam sussurra contra seu ouvido fingindo que mostrava o conteúdo perdido pelo Choi em seu caderno, que estava com as páginas brancas por sinal.

― Foi maravilhoso. Depois eu te falo.

Youngjae diz olhando na direção do quadro branco respondendo as perguntas lá expostas. Ele consegue ignorar o Bambam por cinco minutos inteiros até o garoto se inclinar sobre sua banca e sussurrar mais uma vez em seu ouvido fingindo que pegava a borracha emprestada.

― O prazo termina hoje sabia? Acho que você perdeu uma aposta, Jae.

― Cê acha é? ― Ele pergunta debochado para o qual Bambam confirma e Youngjae sorri largo os olhos brilhando desafiadores, ele jamais perdia uma aposta. Quer dizer, de todas as apostas que havia feito com o Mook só tinha perdido duas, mas ele não havia contado que o Yugyeom iria lhe trair e muito menos sabia na época que os dois estavam se pegando nas suas costas. Enfim, Youngjae era um ótimo competidor e essa aposta lhe renderia dinheiro e algo a mais, um namorado talvez.

 

Ele espera ansioso o fim da aula e quando o sinal toca levando consigo o professor ele puxa o tailandês pelo pulso até a porta da sala. Bambam o segue até o corredor sem objeções, alguns alunos estão do lado de fora de suas salas a espera do próximo professor e Youngjae puxa o melhor amigo na direção do 3º ano. Bambam o segue até a metade do caminho, mas para atônito ao ver seu amigo caminhar com passos confiantes até Jaebum e seus amigos na porta do 3º ano A.

 

Youngjae iria fazer uma loucura. Primeiro ele iria destruir sua pose de santo, segundo iria acabar com os sonhos de seus contatinhos de lhe levarem pra cama, terceiro estaria dando ao Jaebum a esperança de um relacionamento que nem sabia se queria de verdade. Mas ele continua e sorri assim que vê os olhos de Im Jaebum brilharem ao lhe notar e um sorriso lindo aparecer​ em seu rosto. Youngjae não vacila, ele passa por Yoo Youngjae e Son Hyunwoo cumprimentando os dois rapidamente e sorri ladino pra Im Jaebum. Sem esperar por nada, ele puxa o mais velho pela gravata do uniforme e tasca um beijo em sua boca na frente de todo mundo. O burburinho que se instaura é épico, os amigos de Jaebum gritam, os outros alunos não perdem tempo em ficar por dentro da fofoca do ano que era o capitão do time de basquete com o solista do coral, mas Youngjae consegue ignorar tudo isso e é fácil.
É fácil porque assim que puxa Jaebum para um beijo o mais velho não hesita em segurar a sua cintura o puxando para mais perto de si, não titubeia em morder seu lábio inferior e deslizar a língua dentro de sua boca, não se acanha em colocar o joelho entre suas pernas e tirar um choramingo do menor. É delicioso e por mais que Youngjae gostasse da liberdade de poder sair a noite, ir para as festas e beijar muitas bocas sem compromisso, nenhuma​ seria igual a de Im Jaebum agora que havia provado, nenhuma lhe satisfaria como o mais velho o fazia.

O sinal toca avisando a próxima aula antes do intervalo fazendo os dois se separarem, Jaebum está vermelho, mas o escuro de seus olhos dizem a Youngjae que ele não sairia impune mais tarde. Ele deixa um selinho na ponta do nariz do possível namorado e caminha de volta pra sua sala onde havia deixado Bambam no meio do caminho, ele passa o braço pelos ombros do amigo o puxando de volta para dentro da sala com o sorriso mais cínico no mundo.

― Bitch better have my money. ― Youngjae sussurra no ouvido do tailandês que grunhe derrotado.

 

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Depois do beijo Jaebum achou difícil se concentrar em qualquer outra coisa que não fosse na sensação dos lábios de Choi Youngjae nos seus. O negócio estava tão sério que nem as piadinhas feitas por seus amigos lhe tiraram do sério. Quando o professor de literatura entrou na sala, JB pediu licença para se ausentar e correu em direção ao banheiro, ele havia acabado de ter a ideia mais louca do universo, que tinha tudo para dar errado, mas se sua irmã e seu primo Mark fossem compreensivos tudo seria perfeito. Ele se tranca em um dos cubículos do banheiro e digita o número que sabia de cor da irmã mais velha, o aparelho chama três vezes até que ela atende com um rosnado de ‘O QUE É?’ mas ele não se deixa recuar.

― Eu tive uma ideia genial e preciso que você venha aqui agora! ―  Ele diz sem nem ao menos dizer um olá, fazendo a mais velha rir em descrença do outro lado da linha.

― Primeiro. Desde quando você pensa? Segundo. Eu tenho mais o que fazer do que ir atrás de você, Im Jaebum. Terceiro. Onde diabos você tá?

Rachel pergunta irritada.

― Eu estou na escola. E por favorzinho​ Rachel, eu nunca te pedi nada.

Ele faz manha, apesar de ser uma negação na arte de ser fofo e fazer aegyo, mas sempre funcionava com a mais velha dos Im. Ele escuta ela xingar baixinho para logo suspirar em derrota.

― Uma grande mentira. Mas tá, fala logo, o que você quer?

― Bom, eu preciso de você, do Mark, de um urso gigante e várias caixas de pirulito, antes das aulas terminarem.

 

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Mark e Rachel estavam se sentido as últimas bolachas do pacote, porque tinham conseguido juntar seus dois pirralhos favoritos. Apesar que no fundo Mark achava​ que os dois não tiveram nada com isso, Youngjae e Jaebum estavam juntos porque gostavam um do outro de verdade e não porque a mais velha dos Im havia insistido em mantê-los em contato constante. Bom, apesar de que tinha certeza que sua festa havia ajudado, algo tinha acontecido ali, só não sabia o quê e nem queria.

― Nossa, eu nunca imaginei que nosso filho fosse do tipo romântico.

Ele diz abrindo a última caixa de pirulitos e enfiando seu conteúdo dentro de um urso gigante de um metro e cinquenta de altura que havia lhe custado o olho da cara, mas ele faria Jaebum pagar cada centavo, principalmente porque ele estava cabulando aula para isso.

― Nosso? Desculpa, mas o Jaebum é seu filho, lerdo do jeito que é. É todo seu. Já o Youngjae não, esse sim é meu filho, inteligente e que não espera o carnaval chegar pra ser vadia.

A mais velha responde sentada no chão da quadra de basquete, tinha sido o único lugar vazio que haviam encontrado para montar toda a palhaçada do seu irmão para então levar ao pátio central da escola.

― Quem disse que eu sou lerdo?

― Mark, tu apanhou do meu sutiã na nossa primeira vez, demorasse tanto a abrir aquela porcaria que eu quase desisti.

Rachel revira os olhos.

― Mas agora eu sou um craque.― ele diz ficando atrás da prima e colocando a mão por baixo da camisa dela destacando o fecho do sutiã que usava. Ela lhe dá um tapa no braço, mas acaba rindo. ― Esse troço é do demônio. Ainda bem que você não desistiu foi a melhor transa hétero que já tive e uma de nossas melhores transas.

Ele diz casualmente como tudo relacionado ao antigo relacionamento dos dois era tratado. Antes fora doloroso sim, ver a prima com outras pessoas, afinal, havia sido sua primeira namorada e seus pais haviam criado uma expectativa para ambos ficarem juntos pra sempre. Mas depois ele percebeu que, para quê chorar quando não a amava, não como uma amante. Mark amava Rachel como melhor amiga que era, primeiro amor e alma gêmea, mas tudo isso era diferente de um amor ao qual você quer passar o resto de seus dias com a pessoa.

― Pera. Você já teve uma transa gay?

Rachel pergunta depois de um tempo, ela havia colocado todos os pirulitos restantes da caixa onde Jaebum havia mandado e agora dava um toque final no buquê também de pirulitos que tinha no colo.

― Eu não disse isso. ― Mark diz engolindo em seco, e se xingando mentalmente por ter deixado uma informação valiosa como essa escapar.

― Ativo ou passivo? ― Ela pergunta com os olhos brilhando de curiosidade, ele conhecia aquele olhar muito bem para saber que ela não iria desistir do tópico tão cedo, então resolve fazer a coisa mais sensata e dar o fora dali. ― Mark Yein Tuan! ME RESPONDE!!!

Mark já está na praticamente na saída da quadra quando lembra que não tinha como a garota levar todos os trambolhos para o pátio sozinha e volta cabisbaixo, ele odiava Im Rachel.

― Ativo, okay? satisfeita? ― Ele pergunta a fazendo sorrir de orelha a orelha.

― Eu quero detalhes.

Tuan revira os olhos, é claro que queria, não seria Im Rachel se não quisesse.

 

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Youngjae meio que espera Jaebum estar do lado de fora de sua classe o esperando como prometido quando o sinal pro intervalo toca, mas o mais velho não está. Ele fica um pouco decepcionado, mas não se deixa abalar por isso, com o Yugyeom de um lado e Bambam de outro os três vão para o refeitório. Como sempre o lugar está uma zona com vários adolescentes correndo, gritando e sabe-se lá fazendo o quê e alguns fazendo o que ali deveria ser feito, comer. Youngjae olha a fila enorme para pegar o lanche e desiste indo se sentar na sua mesa habitual no fundo do salão enquanto espera os seus dois melhores amigos pegarem suas comidas. Seus olhos viajam até a mesa que Jaebum sentava junto com seus amigos do time de basquete, mas não o encontra lá o que era estranho. Ele então resolve pegar seu celular do bolso para ver se o outro havia deixado alguma mensagem, mas não encontra nada.

— Que belo toco eu levei ein? Jurava que entre nós dois podia rolar algo mágico.

Uma voz rouca diz no pé de seu ouvido e Youngjae sorri se virando para encarar Park Jinyoung. O mais velho era um dos poucos da escola que estavam na lista que Youngjae e Bambam tinham de possíveis peguetes.

— Você viu o Jaebum?  — Ele pergunta assim que Jinyoung senta ao seu lado passando um braço por cima de seus ombros. Afoito como só ele sabia ser.

— Vi sim.  Ele parecia apressado indo em direção a quadra de basquete. Fiquei sabendo que vocês estão namorando.

Youngjae revira os olhos para a informação, era claro que as notícias corriam rápido por ali, parecia que todos os alunos tinham um talento nato para serem fofoqueiros de plantão.

— Ele não fez o pedido, então, tecnicamente não estamos.

Ele responde e Jinyoung sorri se aproximando de si e Youngjae deixa, afinal, tinha que curtir seus pouco minutos de liberdade porque tinha planos em pedir o Jaebum em namoro assim que o visse.

— Ah então eu tenho chance?

— Quem sabe.

Antes que o mais velho consiga dizer alguma coisa um apito fino de estática soa por toda a escola, atraindo a atenção de todos para os caixas de som espalhados pelo recinto.

“Olá, aqui é a sua DJ Park Jimin, sei que esse é um momento estranho para a nossa rádio escolar estar funcionando, mas eu recebi um pedido especial e bom, quem me conhece sabe que tenho um fraco para histórias românticas. A história que tenho hoje em minhas mãos é um amor de infância que evoluiu até a adolescência. Nosso escritor, ao qual vou me referir por hora por DefSoul se apaixonou​ por sua outra metade quando tinha treze anos, bom naquela época ele não sabia o que sentia mas achava o seu vizinho bochechudo a coisa mais fofa do mundo e se não fosse tão tímido o encheria de beijos. Mas justamente essa timidez, o atrapalhou por cinco anos, fazendo nosso querido DefSoul observar de longe seu vizinho que iremos chamar de Sunshine, alimentando um amor platônico. Era doloroso ver o outro e saber que não era visto de mesma maneira e sim como um hyung qualquer. Quando ambos cresceram e descobriram a parte louca de ser adolescente, nosso querido DefSoul sonhou incontáveis vezes e idealizou inúmeros cenários onde encontraria seu Sunshine em festas e teria coragem suficiente para se declarar. Obviamente o que não aconteceu até ontem. Na noite de de ontem, seus sonhos mais frequentes se realizaram e finalmente nosso herói teve a chance de dizer o que vinha guardando em seu peito por cinco anos, porém não o fez, por algum motivo, ou pura covardia não ditou o que sempre quis e muito menos chegou a dizer o quanto é enlouquecidamente apaixonado pelo sorriso mais brilhante que o sol de seu Sunshine e por isso ele gostaria de fazê-lo agora. Então, se você querido Sushine se achou nessa história e aceita o coração do apaixonado DefSoul se dirija ao pátio central da escola e diga sim”

— Isso foi a coisa mais linda e gay que já ouvi na vida, você não acha Jae? — Bambam pergunta rindo, assim que a transmissão termina e uma música romântica toma o lugar da voz da Jimin, mas a gargalhada morre ao ver o amigo com cara de choro. — Porque tu tá chorando?

Ele pergunta a Youngjae que não percebe as lágrimas até o amigo falar. Sem nem pensar duas vezes o garoto de levanta ignorando os gritos de Bambam e Yugyeom para esperá-los e corre em direção ao pátio da escola, afinal, precisava dizer todos os sim’s do mundo a Im Jaebum.

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― Ele não vai vir! — Jaebum grita desesperado com as mãos no cabelo, Rachel encara o irmão com sua melhor cara de reprovação. Não fazia ideia como um bundão daquele poderia ser relatado consigo.

― Viado, relaxa que ele vai sim! — Ela diz com a voz calma, mas a beira de cometer um homicídio. Im Rachel não era boa em manter a calma. Ela se agacha ao lado do irmão, que está de cócoras com o rosto entre os joelhos.

― Não vai não. Que mico da porra.

Realmente era um mico. Metade da escola já estava no pátio observando tudo com olhos de águia. Rachel não sabia o que fazer se tudo desse errado, porque primeiro teria que cuidar do irmão aos pedaços e depois do Mark que a qualquer momento iria vomitar de tanta gente que olhava pra ele, o primo ainda tinha fobia de ser o centro das atenções uma coisa que ela não conseguia entender, porque uma pessoa bonita como ele deveria querer ser sempre o centro das atenções.

'Youngjae sua puta é melhor aparecer’

― Im Jaebum seja como eu pelo menos uma vez na sua vida. Engole o choro. Cabeça erguida. Nariz empinado. Sorriso no rosto e segura o cu porque o Youngjae tá vindo aí.

Ela diz tudo isso bem rápido colocando o irmão de pé enfiando o buquê de pirulitos na mão dele. Jaebum se vira para Youngjae com um sorriso no rosto e o mais novo o encara com um sorriso maior ainda.

A mais velha dos Im puxa o primo para o canto e tira o celular do bolso para gravar o que iria acontecer dali por diante.

 

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Jaebum tinha todo um repertório ensaiado no pouco tempo em que teve para planejar o que estava prestes a fazer. Ele queria dizer com todas as letras possíveis o quanto estava e sempre fora apaixonado por Choi Youngjae. O quanto queria poder namorar com ele e fazer coisas nojentas de namorados, com andar de mãos dadas, assistir filmes abraçadinhos, beijar por tudo e por nada, ter longas conversas ao telefone, mesmo que tivessem acabado de se ver. E claro o sexo maravilhoso. Mas assim que Youngjae encurtou a distância entre eles e parou bem na sua frente, seu cérebro entrou em curto circuito. Parecia uma grande tela azul com ‘Error 404 not found’ piscando em sua testa. Ele só queria morrer, vomitar, gritar e chorar, não necessariamente nessa ordem e tudo ao mesmo tempo.

    Quando Youngjae suspira e lambe os lábios pela segunda vez, Jaebum percebe que já havia passado tempo demais apenas encarando a beleza que era seu futuro namorado e sorri sem graça.

― Youngjae, eu… ah! ― O mais velho suspira derrotado que tira um risinho fofo do garoto a sua frente. E ao olhar nos olhos castanhos que lhe encaravam encorajadores, Jaebum se vê mais perdido do que nunca. ― Eu… Eu tinha planejado um lindo discurso com mil e uma razões do porque você ser a minha alma gêmea, mas agora não consigo me lembrar de nada.

Ele ri, passando a mão esquerda e desocupada no rosto e nos cabelos frustrado.

― Tá tudo bem, Jaebum. Você não precisa dizer que me ama ou coisa do tipo.

Youngjae diz com um sorriso no rosto que logo é substituído por uma expressão de espanto com as próximas palavras do mais velho.

― Mas eu te amo.

― QUE?

― Isso que você ouviu. Eu te amo, Choi Youngjae. Depois de cinco anos te observando de longe e depois da noite maravilhosa que tivemos ontem eu percebi que sou perdidamente louco em você. ― Jaebum toma coragem e se aproxima ainda mais do mais novo, com calma ele coloca o buquê de pirulitos que segurava nas mãos do Youngjae e com delicadeza deposita ambas as mãos no rosto do menor acariciando as bochechas cheinhas com o polegar. Youngjae solta um suspiro meio trêmulo e fecha os olhos quando Jaebum se aproxima, roçando seus lábios de leve para então beijá-lo de maneira serena um leve selinho nos carnudos rosados. ― Namora comigo?

Levam apenas três segundos para Youngjae acenar a cabeça freneticamente e abrir os olhos castanhos lindos e encarar as orbes escuras de Im Jaebum. E levam cinco segundos para o mais velho entender e com um sorriso brilhante puxá-lo pela nuca até seus lábios estarem um contra o outro mais uma vez, agora em um beijo necessitado.

Eles se separam quando escutam o primeiro grito ― que Jaebum tem certeza que foi dado por sua irmã ― seguido de tantos outros. Youngjae ri, não se sentindo nem um pouco acanhado com toda a platéia lhes observando enquanto Jaebum abaixava a cabeça as bochechas vermelhas de vergonha e desejando um buraco para se esconder. Mark aparece ao seu lado lhe empurrando o urso pesado nos braços e Jaebum o passa para Youngjae que grita empolgado abraçando a pelúcia.

― Que semana maravilhosa. Ganhei um namorado e uma aposta. ― Youngjae diz dando um selinho nos lábios finos do namorado que o olha confuso.

―  Aposta?

― É o Bambam me desafiou a ficar com você, ele disse que eu não era capaz o que é ridículo, porque todos sabem que quando quero, eu consigo. O prazo era de duas semanas.

Ele diz como se fosse nada. Jaebum deveria ficar com raiva, mas não sente necessidade ele sabia que se Youngjae quisesse só brincar com seus sentimentos não teria chegado a esse ponto.

― E você ganhou? ― Ele pergunta divertido, observando o garoto abraçar o buquê de pirulitos e o urso gigante com amor.

―  Eu nunca perco, Mozão. E fico agradecido a aquele idiota, quem diria que eu iria me apaixonar por você.

Jaebum sorri segurado o menor pela nuca e colando suas bocas juntas em um beijo quente demais para a quantidade de gente que estava assistindo. Eles iriam ganhar uma bela de uma detenção por causa disso, mas quem estava se importando? Com toda a certeza, não o Youngjae e o Jaebum.

 

 

 

Extra: A APOSTA

 

Faziam dez minutos que Youngjae e Bambam estavam no pátio da escola fazendo fotosíntesis esperando o Yugyeom que permanecia em aula para irem ao cinema. O primeiro estava deitado no banco de madeira, o braço no rosto protegendo do sol, a camisa branca do uniforme desabotoada mostrando um pouco de sua pele alva, a gravata vermelha amarrada na mão. Youngjae estava um pouco aéreo ao seu redor, com os fones em cada orelha escutando sua playlist do dia que nem se mexeu quando Bambam resolveu fazê-lo de assento e se sentou em seu estômago.

― É impressão minha ou o point-guard e capitão do time de basquete não para de olhar pra você? ― Bambam pergunta o cutucando no peito e Youngjae sorri de lado, porque se seu melhor amigo havia percebido, então não era paranóia sua. Ele tira o braço do rosto e abre os olhos para encarar o melhor amigo.

― Você também percebeu?

Youngjae empurra o menor de cima de si se sentando no banco, ele se inclina na mesa de pedra e olha na direção de Im Jaebum a tempo de pegar o mais velho lhe encarando como sempre e assim que percebe que foi pego ele desvia o olhar rápido.

― Oh, fala sério? Ele ficou vermelho Jae!

Bambam bate na mesa rindo histericamente.

― Ele vem fazendo isso há um bom tempo. Não só aqui, mas na rua de casa também. ― Youngjae diz e se levanta puxando o Bambam consigo pelo ombro. ― Presta atenção. ― Ele sussurra no ouvido do mais novo e quando passam na frente do Jaebum, Youngjae sorri e observa triunfante o mais velho ficar vermelho feito tomate.

― Cara ele tá tão na sua! Se joga viado!

Bambam ri, e Youngjae o empurra de leve.

― Não posso, esqueceu que sou inocente? Vou esperar por ele.

― Ah, do jeito que ele ficou só com um olhar, meu querido isso não acontece esse ano.

Eles chegam na sala do Yugyeom, Youngjae observa Bambam colocar a cabeça na janelinha de vidro da porta e escuta alguns alunos rirem, provavelmente seu amigo estava fazendo alguma palhaçada.

Quando ele se vira pra si que está encostado na parede oposta, ele sorri, tinha acabado de ter a ideia mais estúpida de todas.

― Quer apostar que eu fico com Jaebum?

Youngjae pergunta ao amigo. Era uma coisa que queria fazer há um bom tempo, só precisava de um propósito bom o bastante.

― Quanto? ― Os olhos do tailandês brilham com o desafio.

― 100 golpinhos que daqui pro meus pais voltarem de viagem ele vai ser meu.

Jae responde confiante. Ele era bom em fazer as pessoas se interessarem por si, era só se fingir de bobo, mas com Jaebum tinha a sensação de que seria diferente.

― E quando seus pais viajam?

― Hoje a tarde.

― E quando voltam?

― Em duas semanas.

― Uou! Choi Youngjae! Você vai me descolar 100 paus fácil fácil.

Youngjae ri do amigo e tira um pirulito do bolso, o desembalando e lavando a boca. Sua mente já corria a mil em tudo o que deveria fazer para ter Im Jaebum em sua cama e seria maravilhoso.

― Vai sonhando vadia.

 


Notas Finais


Me sinto um lixo completo por ter deixado essa fic de lado, por praticamente seis meses.
Não há desculpas para me retratar a não ser a minha falta de organização e lapso de atenção ao me dedicar e distrair com outros projetos.
Enfim, desculpas a todos e muito obrigada aqueles que acompanharam Lollipop e não desistiram de mim!
Amo vocês, real! <3 <3 <3


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