História Lollipop Maid Café - Interativa - 1 - O Primeiro dia de Lollipop

O Primeiro dia de Lollipop, Com Chiliques e a Primeira Cliente (Misteriosa)

- Eu não vou usar isso. Nem adianta tentar, Dorthy!

- Mas Dominic, é o uniforme! Isso é um maid café!

- Eu sei! Mas... isso aqui é roupa de menina!

Revirei os olhos para o garoto baixinho em minha frente, que estava com um biquinho digno de uma criança de cinco anos. Já eram oito e meia, o horário do café abrir, mas Dominic resolveu dar chilique e não querer vestir o uniforme.

- Anda logo e veste isso, menino. – o empurrei para o pequeno vestiário e fiquei segurando a porta pelo lado de fora, de modo que ele não conseguisse abrir. – Tu já usou roupas piores que essa.

- Mas por que minha roupa é diferente da dos outros garotos? – eu podia imaginar a cara de indignação de ele estava fazendo, e foi meio impossível não sorrir da cara dele. – Ei, não ri!

No fim, ele não demorou muito para se aprontar, logo saindo devidamente uniformizado e extremamente fofo.

- Kawaii...! – ouvimos uma voz baixa vinda de trás de nós, e logo nos viramos, encontrando uma garota de cabelos róseos e olhos vermelhos nos encarando com os olhinhos brilhando. E, quando percebeu que nós havíamos percebido que ela estava ali, corou e escondeu o rosto entre as mãos. – D-desculpa, e-eu...

- Ichigooo! – corri para abraçá-la, que ficou extremamente sem graça e não soube como reagir. Sorri, Ichigo é tão fofinha que dá vontade de colocar em um potinho e guardar só pra mim.

- Dorothy, o baixinho já se vestiu? A Sofia tá quase tendo um treco aqui porque nós devíamos ter aberto o café há dois minutos e vinte segundos. – Akira surgiu na porta, logo acenando e sorrindo para Ichigo, que ficou vermelho.

- Já sim, fez chilique, mas vestiu.

- EU NÃO SAIO DAQUI ASSIM! – Dominic correu de novo para dentro da cabine.

Bem... agora é só fazer ele sair dali... – gota coletiva.

*~*

- AKIRA, ME COLOCA NO CHÃO AGORAAAA!

Bem, esse foi o único jeito de tirar Dominic do vestiário: Akira o carregando no estilo “saco de batatas”. Eu juro que não queria, mas foi impossível não sorrir do desespero do Dommy. Akira o colocou no chão com um sorriso brincalhão nos lábios e Dominic quase gritou de alegria – até perceber que geral tava olhando pra ele. Então ele fechou a cara e se sentou em uma das mesas, logo começando a mexer (ou fingir, sabe-se lá) em seu celular.

- DORYYY! JÁ PASSOU SÉCULOS DA HORA DE ABRIR! E se tiver uma fila de clientes lá fora, esperando você abrir o café para entrarem? Você tem que ser mais responsável! – Sofia chegou com a chave da porta em mãos, balançando-a de lá para cá.

Sofia é minha amiga de infância desde meus 12 anos (ela tinha 10 na época), e eu sinceramente amo essa menina do fundo do meu coração. Ele me deu todo o apoio quando precisei e me ajudou com tudo o que lhe pedi, e foi ela quem decorou o café praticamente sozinha. 

- Quer ter o prazer de abrir, Sofi? – pude ver seus olhinhos brilharem e ela ir toda saltitante até a porta e abri-la, com um super sorriso empolgado no rosto.

- BOM DIA CLIENTES, O LOLLIPOP MAID CAFÉ ENFIM ESTÁ ABERTO E-

~ Cri, cri, cri ~

Como todos nós já imaginávamos, não havia nenhuma fila de clientes aguardando o café abrir, mas Sofia ficou extremamente decepcionada quando percebeu que a rua só não estava deserta porque muitos dos alunos da escola no fim da rua ainda estavam indo para a escola.

- Gente... COMO ASSIM NÃO TEM NINGUÉM? Ai meu Deus vou resolver isso a g o r a! Vou anunciar em todos os sites e blogs que eu conheço e amanhã esse café vai estar lo-ta-do! – muito indignada, Sofia sentou em uma cadeira e tirou o celular de um dos bolsos do uniforme, logo começando a teclar incessantemente.

Mas, do nada, o sininho que toca toda vez que alguém abre a porta soou e, instantaneamente, todos olharam para a porta.

Uma garota pequena com curtos cabelos róseos e olhos violeta avia acabado de adentrar o café. Ficamos tão estáticos no momento que demorou uns trinta segundos para a ficha cair e nós nos darmos conta que tínhamos que atender a cliente.

E, cara, era nossa primeira cliente!

- Bem-vinda, mestra! Posso lhe acompanhar até sua mesa? – Takeshi, para a nossa sorte (ou não), reagiu rápido e recepcionou a garota, logo a conduzindo para uma das mesas. Takeshi é um garoto de cabelos escuros e olhos azuis que foi um dos primeiros a se oferecer para me ajudar com o café. Ele me apoiou bastante e sou muito grata a ele.

Shiro, um garoto de cabelos platinados e olhos heterocromáticos, praticamente se teletransportou para a cozinha de tão rápido que foi – a gente tinha combinado que ele ficaria encarregado de aprontar as comidas por enquanto. Takeshi atendeu nossa cliente da forma mais gentil possível e fez de tudo para que ela se sentisse confortável, anotou o pedido dela e passou para Shiro.

- Ai meu Deus, eu não imaginava que íamos ter uma cliente tão rápido assim! – me apoiei em Marlie, outra amiga de infância. Marlie é uma garota alta de cabelos avermelhados e olhos amarelos,

- Nem eu, Jesus! – Marlie jogou as mãos para o alto em um ato de rendição, o que me fez rir.

Bem, eu tinha grandes expectativas para o Lollipop Maid Café (que na verdade não é só um maid, mas também um butler café). Eu queria expandi-lo e fazer com que quem o visitasse realmente se sentisse em casa. E espero profundamente que, um dia, todos nós (tanto os clientes quanto os/as maids) nos tornemos uma grande família.

Eu tenho um vínculo com todos que trabalham no Lollipop, mas a maioria deles se conheceu recentemente, enquanto fazíamos os preparativos para a abertura do café. Estou torcendo para que tudo dê certo e que todos se deem bem, e... também estou na expectativa de que possamos criar vínculos com pelo menos alguns clientes – fazer bons amigos nunca é demais, certo?

Enfim, o ano promete. E eu estou prevendo muita bagunça, encrenca, amizade, casais surgindo... mas, principalmente, estou prevendo “união”. É uma das únicas coisas que eu tenho certeza, já que esse também foi um dos motivos pelos quais fundei o Lollipop: para que todos se unam e criem vínculos fortes para o resto da vida.

E eu estou extremamente ansiosa para ver no que tudo isso vai acabar.