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História London - Midnight


Escrita por: lorijauregui

Notas do Autor


Hallo friends! Dois capítulos seguidos, hein @s???

Capítulo 21 - Midnight


 

Corri a porta, a fechando ao sair do quarto. Senti meu celular vibrando no meu bolso traseiro assim que entrei na sala. Peguei o aparelho e sorri ao ver o nome piscando na tela. 

 

 

 — Oi, amor, estou te esperando. 

 

 

 — Onde você está?

 

 

 — Estou na sua casa. — eu ri e ela também. 

 

 

 — Que bela surpresa, Laur. 

 

 

 — Espero que sim. Está muito longe? — me joguei no sofá dela. 

 

 

 — Não. Charlie acabou de chegar aqui.

 

 

 — Ótimo. Estou esperando. 

 

 

 — Logo chego aí. 

 

 

 — Okay, até mais. Tchau. — desliguei. 

 

 

Olhei pra nossa foto na tela de bloqueio do meu celular e sorri satisfeita. Suspirei tornando a me levantar do sofá. Me arrastei pra cozinha e comecei a cozinhar. Yakissoba. Espero que ela goste disso. 

 

Vinte minutos depois o jantar estava pronto, e exatamente quando coloquei a travessa na bancada, escutei a porta sendo aberta. 

 

 

 — Nossa, que cheiro bom. 

 

 

 — Cozinhei pra gente. 

 

 

 — Oh, wah, fez o que? 

 

 

 — Yakissoba. Espero que goste. 

 

 

 — Se foi você quem fez, certamente vou gostar. — ela entrou na cozinha com o sobretudo bege nas mãos e me deu um selinho. 

 

 

 — Continue me bajulando mesmo...

 

 

 — Sempre vou. — ela suspirou e largou o sobretudo no canto da bancada — Ai, graças a Deus semana que vem é a última semana de aula.

 

 

 — Nossa, nem me diga. 

 

 

 — Huh...  — ela se sentou no banquinho.

 

 

 — O que? — comecei a nos servir  e ela me olhou receosa.

 

 

 — Você não tá sabendo?  — perguntou.

 

 

 — Do que?  — parei.

 

 

 — É, não sabe.  — suspirou  — Não acho que devo te falar.

 

 

 — Fale logo.  — pedi.

 

 

 — Dylan...  — começou e parou.

 

 

 — O que houve?  — perguntei me inclinando.

 

 

 — Ele transou com Camila e está difamando ela pra toda a escola.  — falou rápido.

 

 

 — O que?! Mas dois meses depois daquele lance?

 

 

 — Parece que eles transaram pela primeira vez ontem. 

 

 

 — Desde o dia que eu contei a ela o que ouvi, não conversamos mais à sós.  — dei de ombros.

 

 

 — Eu acho que você deveria falar com ela.  — Diane disse, me olhando nos olhos.

 

 

 — Não. Eu não.  — falei rápido e fui pegar suco na geladeira.

 

 

 — Mas Lauren, ela é sua amiga. — rebateu.

 

 

 — Não, ela nunca foi.  — coloquei o suco na bancada e me sentei ao seu lado.

 

 

 — Não fala isso, Lauren. — ela começou a comer e eu a acompanhei — Você sabe que as coisas só estão assim por conta dos sentimentos que vocês compartilharam por certo tempo. 

 

 

Olhei pra ela de lado e suspirei fundo, tornando a mexer na comida com o garfo. Eu não procuraria Camila, meu orgulho não me permitiria fazer isso. Eu a alertei. Claro que pelo visto ela se guardou por dois meses, talvez o tivesse confrontado e ele mostrou ou que era mentira minha ou que mudaria, e quando por fim ela acreditou, fez o que ele tanto queria, levando ao que está acontecendo agora. 

 

 

 — Eu só acho que você deveria conversar com ela. — Diane chamou minha atenção — Ela vai precisar de amigos. 

 

 

 — Ela tem Louis. 

 

 

 — Você entende a gravidade disso? — ela largou o garfo e me encarou séria — Lauren, não se trata de você ou do seu ego ou de qualquer sentimento que você ainda alimenta por ela. Isso é coisa séria, ele está a tratando como um objeto e falando isso pra quem quiser ouvir, até pra quem não quer. 

 

 

 — Eu... Mas eu... — suspirei derrotada — Okay! Eu converso com ela, mas só se ela me procurar, está bem assim?!

 

 

Ela acenou uma vez só com a cabeça e voltou a comer, eu a acompanhei. Jantamos em silêncio, lavamos a louça do mesmo jeito e deitamos no sofá pra assistir Netflix sem dizer uma só palavra. Ela iniciou o aplicativo na TV e suspirou, vindo de mansinho pro meu colo até que sua cabeça estava apoiada em meus seios e seus olhos em mim, a mão pra cima, me entregando o controle. Sorri fraco, peguei o objeto de sua mão, lhe dei um beijo na cabeça e comecei a fazer cafuné no mesmo lugar. 

 

 

 — Quer assistir o que?

 

 

 — Te dei o controle pra você decidir. 

 

 

 — Logo eu?

 

 

 — O que tem? — ela riu sabendo exatamente o motivo. 

 

 

 — Deixe de ser cínica. 

 

 

 — Ow! Eu sei que você é super indecisa. — ela sorriu — Mas é legal fazer você pensar. 

 

 

 — Não tem graça.  — disse com tom de falso chateamento. 

 

 

 — Oh, amor...  — ela riu e fez carinho em meu rosto.

 

 

 — Okay, que tal aquela série que tem aquele casal lésbico lindo?  — sugeri olhando pra ela.

 

 

 — Qual?! Existem tantas!  — jogou as mãos pro ar.

 

 

 — Pode ser qualquer uma delas.  — dei de ombros e levantei as sobrancelhas.

 

 

 — Certo, eu escolho!  — revirou os olhos.

 

 

Ela pegou o controle da minha mão e se virou pra TV. Rolou e rolou pelo aplicativo e por fim colocou Two and a Half Man. Eu até que gostava dessa série. Assistia mais quando não tava com cabeça pra ver uma série complexa ou com paciência pra assistir as bobagens que tem no YouTube. É uma série que te deixa relaxado.

 

 

 — Não canso dessa série. Até o Ashton entrar era maravilhosa.  — ela disse do nada.

 

 

 — Eu gosto de alguns episódios com ele.  

 

 

 — Sim, eu também.  — largou o controle em mim.

 

 

 — Mas nem se compara, né? — eu disse, ela sorriu.

 

 

 — Claro que não! Charlie era genial.  — falou olhando pra TV.

 

 

 — Sem dúvidas. Agora vamos prestar atenção ali. — me ajeitei. 

 

 

 — Claro, amor. — ela pegou um controlezinho na mesa de centro e com ele desligou a luz da sala e fechou as cortinas. 

 

 

Acho que assistimos oito episódios antes de eu perceber que Diane estava dormindo. Olhei meu relógio de pulso, meia noite. Suspirei e com muito cuidado tentei me levantar sem a acordar. Não obtive sucesso. 

 

 

 — Ei. — reclamou — Onde vai? Fugindo?

 

 

 — Claro que não, ia levantar pra te levar pro quarto. 

 

 

 — Oh, sim, que fofa. 

 

 

 — Vem, quer que eu te leve? 

 

 

 — Por favor. Pode desligar a TV?

 

 

 — Claro. Vem, vou te levar antes. 

 

 

 — Você não vai dormir aqui? 

 

 

 — Não, baby, me desculpe. 

 

 

 — Ei, sem problemas, amor. 

 

 

 — Amanhã eu durmo, prometo. — a peguei no colo. 

 

 

 — As vezes eu acho que sou peso pena, porque sinceramente, Laur, você não é forte. 

 

 

 — Que calunia é essa, senhorita Guerrero?!

 

 

 — Olha esses bracinhos, Laur. 

 

 

 — Eles só não são definidos. 

 

 

 — Tá bem, senhora maromba. — ela riu. 

 

 

 — Está debochando de mim?! Ah, você vai me pagar! — a joguei na cama com tudo e subi em cima dela — Continue o que estava fazendo.

 

 

 — Não, agora estou com medo. 

 

 

Eu gargalhei e distribui beijinhos por todo o seu rosto enquanto a ouvia rir. Num movimento rápido saí de cima dela e me pus de pé ao lado de sua cama. Ela me olhou com ternura e eu me inclinei pra lhe dar um beijo de despedida. Fiquei observando enquanto ela se ajeitava na cama, fechei a porta da varanda e saí do quarto lhe mandando um beijinho no ar. Antes de sair da casa, desliguei a TV como ela tinha me pedido, peguei minhas chaves em cima do balcão e minha jaqueta na cabideira ao lado da porta. 

 

Enquanto esperava o elevador senti meu celular vibrar no peito e o tirei de dentro do bolso da jaqueta. 

 

 

 — Oh! — falei ao ver o nome e atendi — Alô?

 

 

 — Lauren? Lauren por favor... 

 

 

 — Ei, calma, o que houve? 

 

 

 — Ele... Laure... El... Você tinha razão. — ela falava muito embolado. 

 

 

 — Você andou bebendo?  — perguntei preocupada.

 

 

 — Sim. Eu preciso te ver, por favor... — pediu um pouco chorosa.  

 

 

 — Certo, você está em casa? Eu passo aí. — o elevador chegou e eu fiquei com a mão entre as portas pra elas não fecharem  — Fale, vou ficar sem sinal.

 

 

 — Eu não estou em casa. Tô num bar perto do Vizcaya Museum and Gardens. — neguei, era tão longe. 

 

 

 — Okay, eu te busco aí. Está sozinha?  — perguntei apressada.

 

 

 — Esto com um pessoal da escola, mas não falo com ningue. — perdeu umas letras na tentativa de falar. 

 

 

 — Já chego aí. Por favor, não saia dai. 

 

 

 — No vou. Obrigada, Loren. 

 

Notas Finais


Se alguém por ventura não entendeu, esse capítulo se passa dois meses depois do capítulo anterior.

Amo vocês. <3


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