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História London - I Blame Myself for Lost You


Escrita por: lorijauregui

Notas do Autor


Hallo friends!! Empolguei, huh?!

Capítulo 22 - I Blame Myself for Lost You


 

Cheguei no lugar que Camila tinha falado, era um bar de fraternidade, estava lotado, mas eu a vi assim que cheguei, sentada numa cadeira de madeira sozinha no lado de fora do lugar, olhava pros lados toda hora, parecia estar fora de si e sua roupa era tão curta... Ainda bem que ela me chamou, nem sei o que aconteceria se ela continuasse aqui sozinha.

 

Desci do carro e praticamente corri pra ela quando vi que um homem, bem mais velho, chegou perto dela e ela sorriu inocente. 

 

 

 — Ei, amor! — gritei sem fôlego. 

 

 

 — Lauren. 

 

 

 — Quem é você? — o cara perguntou. 

 

 

 — Namorada dela. Se me der licença. 

 

 

Entrei na frente dele e passei a mão rapidamente na cintura dela, que tava resmungando coisas sem sentido enquanto sorria e eu a arrastava pra longe dali. A coloquei no banco do carona, ajeitei o cinto de segurança e dei a volta no carro, entrando nele. Acelerei e olhei pra Camila, que me olhava com um quase sorriso nos lábios. Sorri brevemente pra ela e me virei pra frente começando a pensar que eu sempre era arrastada pra ela, isso era incrível. 

 

Muito tempo depois, já que o lugar que ela estava era bem longe, parei em frente a sua casa. Camila arregalou os olhos, olhou pra sua casa, pra mim e depois abaixou a cabeça, um pouco triste. 

 

 

 — O que houve? 

 

 

 — Eu não posso entrar. — falou muito embolado — Olha meu estado! Meus pais me matariam. 

 

 

 — O que você quer que eu faça? Quer ir pra minha casa? Dormir lá? Tomar um banho, sei lá. 

 

 

 — Você é sempre tão boa comigo. 

 

 

 — É, eu sou. 

 

 

 — Por que você é tão boa comigo? 

 

 

 — Porque eu me importo com... As pessoas. 

 

 

 — Qualquer pessoa ou só comigo? 

 

 

 — Vai querer ir pra minha casa? 

 

 

Ela não respondeu. Não tive coragem pra olhar pra ela, então abaixei a cabeça mais ainda, apoiando os braços nas pernas. Cinco minutos de silêncio total e ouvi movimentação no banco de couro ao meu lado. Levantei a cabeça e a vi saindo do carro. Corri pra fora e a alcancei a mais ou menos seis metros da porta de sua casa. Quando segurei seu braço ela desequilibrou e quase caiu. A apoiei em meu corpo. Camila suspirou, encostou a cabeça no meu colo e começou a chorar muito.

 

 

 — Ei, não chora. 

 

 

 — Ele me usou, Lauren. — fungou — Você não faria isso. 

 

 

 — Óbvio que eu não faria.  — afirmei afagando suas costas.

 

 

 — Por que você não tentou ficar comigo?  — perguntou do nada, se afastando um pouco.

 

 

 — Camila, não faz isso. Vem, vou te levar pra casa. — comecei a andar com ela apoiada em mim. 

 

 

 — Por que, Lauren? — perguntou, tentando fazer força pra parar.

 

 

 — Você está bêbada. Não vamos falar sobre isso agora. — a coloquei novamente no banco do carona  — Se amanhã ainda quiser conversar, a gente conversa.

 

 

Ela ficou quieta e eu fechei a porta, correndo pro outro lado do carro. Dirigi alguns quarteirões até que vi uma lanchonete aberta. É, Camila realmente precisa comer. Estacionei na frente da lanchonete e ajudei Camila sair do carro. Entramos no lugar, tinha algumas pessoas e logo uma garçonete loira e bonitona veio nos atender. Pedi dois cheesecakes e dois cafés puros. Camila não falou nada até nosso pedido chegar. 

 

A garçonete nos serviu, deixando um papelzinho de comanda na mesa. 

 

 

 —  Obrigada. — eu disse a garçonete.

 

 

 — É, moça, obrigada. Você é bem bonitona, sabia? — Camila falou. 

 

 

 — Ah, você achou? 

 

 

 — Sim, e aposto que a minha amiga aqui também. 

 

 

 — Camila! Pare, por favor. 

 

 

 — Mas eu acho que vocês não poderiam sair.  — Camila continuou. 

 

 

 — Ei, não dê atenção pra ela, está bêbada. 

 

 

 — Tudo bem, coisas parecidas acontecem sempre. 

 

 

 — Ela tem namorada sabia? É uma garota bem parecida comigo. 

 

 

 — Ela não é minha namorada, Camila. 

 

 

  — Eu acho que ela só ficou com essa menina porque lembra de mim. 

 

 

 — Não. Não mesmo. Não fale uma besteira dessas. 

 

 

 — Então porque você ficou com ela?! 

 

 

 — Porque... Porque ela era afim de mim. —  disse. 

 

 

 — Ah, é mesmo? Desde quando ela era? 

 

 

 — Desde muito antes de te conhecer. 

 

 

 — E você decidiu ficar com ela bem depois de me beijar? — praticamente gritou. 

 

 

 — Shhh, fala baixo, Camila! 

 

 

 — Não faz esse som. Eu detesto. — revirou os olhos e deu um gole no café. 

 

 

 — Eu vou ficar quieta. 

 

 

Ela não disse nada, só começou a comer totalmente sem modos o seu cheesecake, quase não olhou pra mim nesse tempo todo. Quando terminou, bebeu o resto do seu café, limpou a boca com o guardanapo e finalmente me olhou. "Vamos?", disse grossa. 

 

 

 — Pare de me tratar assim, eu não tenho culpa por você ter escolhido ele e ter quebrado a cara. — disse áspera e me levantei. 

 

 

Caminhei com determinação, pisando firme no chão, até o caixa. A garçonete estava lá. Ela sorriu pra mim e pegou meu dinheiro. 

 

 

 — Problemas com a ex? Ou namorada? — perguntou enquanto pegava meu troco. 

 

 

 — Nem ex e nem namorada. Uma amiga que eu gostava. 

 

 

 — E agora que você não quer mais, ela quer? 

 

 

 — Não, isso é porque o namorado dela fez besteira. — eu disse pegando meu troco — Desculpa por isso tudo. 

 

 

 — Sem problemas. — ela sorriu. 

 

 

 — Okay. Obrigada. — e virei as costas. 

 

 

Olhei Camila de longe, estava parada, encarando o nada. Me aproximei, encostei em seu ombro com as pontas dos dedos. "Desculpe", disse sem jeito e ela me olhou, dando de ombros com um sorriso fraco. Levantou nos seus saltos vermelhos, se apoiou brevemente em mim, estava melhor, é o que sempre digo, pra uma bebedeira, nada melhor que comer. 

 

 

 — Você está certa. — disse quando entrei no carro. 

 

 

 — Sobre o que?

 

 

 — A escolha foi minha. — disse se encolhendo no banco. 

 

 

 — Desculpe pelo o que disse. 

 

 

 — Você não tem que se desculpar. — me olhou, os olhos cheios de água — Você está certa, Laur. 

 

 

 — Não se culpe pelas besteiras que ele fez. 

 

 

 — Eu não me culpo por isso. 

 

 

 — Ótimo! — eu disse, a olhando rápido e lhe dando um sorriso, que não foi correspondido. 

 

 

 — Me culpo por ter te perdido. 

 

 

Meu sorriso desapareceu na hora e minha cabeça girou umas cinco vezes em um segundo. Pisquei tantas vezes, que se não fosse quase duas horas da manhã eu juro que teria batido. Por que isso agora? Por que, Camila?! É claro, porque Dylan quebrou seu coração e eu, que gostei tanto dela, apesar de tudo, ainda estou aqui quando ela precisa. Essa é a única explicação. Camila nunca gostou de mim de outra forma, e nunca vai gostar.  

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado e estejam gostando da história. Até a próxima.


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