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História Lonely - Único


Escrita por: JohnnyZeppeli

Notas do Autor


Oi povo <3
trago aqui mais uma fanfic antiga, sendo migrada do Nyah pra cá hehe
OBS: Eu fiz um Izaya beeem drama queen porque 1- amo ukes dramáticos ♥ e 2- acho muito a cara dele ter dificuldade em aceitar o fato de estar apaixonado EHHEHE, e também fiz um Simon conselheiro amoroso porque super imagino aquele homem gigante sendo super acolhedor e fofo até mesmo com o Izaya, heh ♥ Inclusive, eu criei uma idade pra ele porque as páginas dizem que sua idade é desconhecida D: espero que tenha ficado uma idade coerente EUHHUHUE
Espero que gostem!

Capítulo 1 - Único


Fanfic / Fanfiction Lonely - Único

Izaya adentrou seu apartamento, retirando seus sapatos levemente úmidos por conta da neve. Namie não se encontrava, porém deixara uma janta pronta para o informante.

— Ela acha que eu não sei me virar? - sussurrou para si mesmo, rindo. Mas não reclamaria, afinal, era menos trabalho para ele.

Sentou-se de frente para a janela enquanto jantava. O natal estava chegando, então as ruas se encontravam super movimentadas, e as pessoas sorriam ao lado de quem elas amavam. Izaya riu. Gostava de observar as ruas, gostava de observar as pessoas caminhando. Izaya amava os seres humanos, com a exceção de um que, segundo ele, nem podia ser considerado um humano.

Encerrou sua janta, lavando sua pequena louça e sentando-se no sofá. O silêncio em seu apartamento chegava a ser estarrecedor para alguns... E até mesmo para o informante. Izaya não comemorava o natal, nem o reveillón, nem a páscoa, simplesmente porque ele não tinha com quem comemorar. O moreno sempre ignorava tais datas, mas ele não podia mentir: Sentia falta de alguém com ele.

O informante suspirou, ouvindo a porta se abrir logo em seguida. Namie cumprimentou o rapaz, enquanto reclamava do frio.

— Comprou algo para mim, Namie-san?

— Só compro presentes para quem é importante para mim.

— Oh, isso foi cruel! 

— Ora, peça algo para o seu namorado!

— Que novidade! Eu tenho namorado, Namie-san?

— Faça essa pergunta para todos de Ikebukuro. Eles saberão quem é.

— Está falando de Shizu-chan? - O informante sorria - acho que você tem passado algum tempo com a Erika.

— Sim, estou falando dele. E não preciso passar um tempo com ninguém para saber disso. Você não fica um dia sem procurar por ele, Izaya. Parece até que precisa disso para ter um bom dia. - A morena retirou seu casaco, dirigindo-se para a cozinha, porém encarou Izaya novamente - Você tem um interesse maior por ele do que por qualquer pessoa. Acho que você deveria parar de querer parecer ser forte. Todos precisam de um companheiro, até mesmo você.

Izaya suspirou. Geralmente não ligava para o que os outros diziam, mas ele tinha de admitir que o que Namie falara o afetou, de certa forma. Nunca reparou o quanto gostava de perseguir e provocar Shizuo, e nunca parou para pensar se aquilo tinha um significado. Com a frase de Namie, ele realmente percebeu que Shizuo realmente alegrava seu dia. Então, ele precisava de Shizuo? Ele gostava de Shizuo? Ele queria namorar com Shizuo?

Ele realmente se sentia sozinho?

~~

O informante acordou cedo no dia seguinte. Faltavam três dias para o natal, e novamente o moreno pensou no que Namie falara na noite passada. Desde que começou a morar sozinho, nunca comemorou datas especiais com alguém. Por um momento, o tal "monstro de Ikebukuro" invadiu seus pensamentos. Como seriam os natais de Shizuo? Será que comemorava com o seu irmão? Ou será que comemorava no bar? Ou... Sozinho? Será que o loiro encontrava-se na mesma situação que o informante?

Izaya só saberia se perguntasse. Porém, um diálogo normal entre ele e Shizuo era... Impossível? Ele só conseguiria arrancar respostas por meio de suas provocações e, para isso, uma nova briga entre a famosa dupla aconteceria.

~~

O moreno caminhava pelas ruas, procurando pela pessoa que mais despertava seu interesse. Sabia perfeitamente onde encontrar o barman.

Parou em frente ao famoso Russia Sushi, mas não fora necessário adentrar, já que o loiro encontrava-se atrás do informante.

— Veio morrer, Izaya?

— Ah, Shizu-chan! Cadê o seu espírito natalino?

— O natal fica muito mais feliz sem você, Izaya.

O informante suspirou. Pela primeira vez, viu o quão dolorosas podiam ser essas palavras. Shizuo o odiava tanto assim? E por que isso fazia diferença para ele agora?

— Ora, Shizu-chan! Não precisa ser tão cruel! - O moreno disfarçava. - Se continuar assim, vai passar o natal sozinho!

— Não ligo para companhias. E qualquer coisa é melhor do que estar com você, pulga!

Novamente, as palavras machucaram. Mas Izaya tinha conseguido uma pequena pista. Se Shizuo não ligava para companhias, então provavelmente passaria o natal sozinho, certo?

— Bom, já que não me quer aqui, eu poupo seu trabalho e vou embora! - Forçou um sorriso, porém mantendo-se cabisbaixo, e dando as costas para o loiro em seguida.

Shizuo encarava aquela cena, estranhando-a. Izaya sair sem uma briga? Não era típico do informante.

Já na porta do bar, Simon encarava a cena, rindo de Shizuo.

"Você ainda não percebeu, Shizuo?", pensou.

~~

Novamente, o moreno encontrava-se em seu apartamento. Ficou alegre em saber que as chances de Shizuo passar o antal desacompanhado eram grandes, mas saber que "qualquer coisa era melhor que sua companhia" foi como uma facada.

— Namie-san maldita... Por que colocou isso em minha cabeça?

A mente de Izaya encontrava-se completamente desorganizada. Sentia como se a única coisa que importasse agora era estar ao lado de Shizuo. Queria que o loiro lhe falasse coisas diferentes. De repente, ser odiado por Shizuo era com um pesadelo. 

Ele não queria se sentir só. Ele não queria ter o ódio de quem ele amava.

~~

A noite caiu, e Izaya não havia percebido que adormeceu no sofá. Novamente Namie não se encontrava em casa, provavelmente já estaria na casa de sua família. 

"Então, estou realmente sozinho?" o moreno riu, entristecido

egou um casaco quente e saiu pelas ruas de Ikebukuro. Precisava se distrair com algo que não fosse o barman. Porém, parece que quanto mais uma pessoa tenta evitar a outra, mais essa pessoa aparece, ou pelo menos alguém relacionado a essa pessoa.

— Yo, Izaya! - O russo sorria.

— Ah, Simon! - Retribuiu o sorriso.

— O que faz caminhando por aqui sem rumo? Achei que você estaria observando as pessoas de sua janela.

— Hm, hoje eu quis fazer diferente. 

— Algum motivo em especial?

— Não. - Respondeu, curto e grosso.

— Hm... - Simon se aproximou - Ty grustish', ne tak li?¹

— Pochemu ty tak govorish'? ²

— Você jamais sairia sem uma perseguição, Izaya. O fato de Shizuo dizer que qualquer coisa é melhor do que a sua presença o incomodou, eu sei disso.

— Virou vidente, Simon?

— Eu tenho 46 anos, Izaya. Pode não parecer, mas eu entendo de assuntos amorosos. Pra falar a verdade, acho que você e Shizuo só sabem enrolar. 

— E com isso, temos três pessoas pensando assim. Viva! - Respondeu, irônico.

— Três? - Simon ria - Não são só três, acredite. Mas não esconda seus sentimentos, Izaya. E não acredite em tudo que Shizuo diz. Com a fama de "homem mais forte de Ikebukuro", ele precisa manter a personalidade de durão, certo?

Izaya levantou o rosto, encarando Simon com certa surpresa. Shizuo estaria mentindo, então? Antes que o russo se retirasse, Izaya aproveitou sua oportunidade.

— Ah, Simon! Sabe se Shizuo passará o natal acompanhando?

— Oh, gostei desse interesse! - Ele riu - e não, ele não estará acompanhado. Minha família virá me visitar e passarei o natal com eles. E Shizuo não se dá bem com o irmão, certo? Então ele prefere passar sozinho. Aliás, se procurar por ele amanhã, o Sushi não estará aberto... Mas acho que você sabe onde encontrá-lo. Aproveite! 

— Simon... Spasibo!³

O russo acenou, sorrindo para o menor, que agora estava mais animado. Precisava dar um jeito de fazer o seu Shizu-chan passar o natal ao seu lado. Estava extremamente confiante.

~~

Dois dias para o natal. Novamente, o informante andava pelas ruas atrás do barman. Dirigia-se para a casa do loiro, porém não foi necessário ir até seu destino final. E, como sempre, a forma de Shizuo anunciar que estava por perto era bem discreta.

— I-za-ya-kuuun~~ - Chamou pelo informante, atirando uma placa de "Pare" eu sua direção.

— Oh, Shizu-chan! Sentiu saudade? - Sorriu, empunhando sua pequena faca.

— Saudade? Só se for saudade de tentar de matar, pulga!

— Shizu-chan pensa em mim o dia inteiro, não é? Está apaixonado?

— Que? Pare de falar merda! - Arrancou outra placa ao seu lado, pronto para, novamente, atirar no moreno, que sorria.

Izaya desviava de tudo que Shizuo atirava. O informante tentava se aproximar do loiro, com o objetivo de provocá-lo, mas tinha de admitir que a tarefa estava complicada.

— Shizu-chan, cadê seu espírito natalino? Atacar as pessoas não é legal. Nem ao menos consigo chegar perto de você.

— Quer apanhar de perto, então? Pois venha, pulga maldita!

Izaya manteve seu sorriso, aproximando-se do loiro e parando em sua frente, colocando sua faca no pescoço do mais alto.

— Não é mais legal assim, Shizu-chan? Podemos lutar de igual para igual.

— Igual para igual? Eu te esmago facilmente, maldito!

— Shizu-chan parece ter tanto ódio de mim... Por que?

— Porque você é nojento, Izaya. Você é apenas uma pulga!

— Por que...? Por que pensa isso? - O informante já não sorria.

— E por que isso está te afetando do nada, Izaya?

— Isso me afeta porque eu não me sinto assim em relação à você. Eu não sei o motivo de tanto ódio, Shizuo. Minha presença te incomoda tanto assim?

O loiro parecia incomodado. Izaya jamais o chamava de "Shizuo", e nunca parecera tão sério antes.

— Oe, Izaya...

— Por favor, não fale nada. Se é tão ruim me ter por perto, então eu posso te evitar. Posso deixar de aparecer na sua frente, assim sua vida será mais feliz, não? E, se você tem tanto nojo de mim... - O moreno se aproximou mais do loiro, colocando sua faca na mão do maior e, num ato rápido, depositando um selinho nos lábios do rapaz - então corte sua boca depois disso, que tal? E não se preocupe, eu não vou mais aparecer.

Izaya tinha um sorriso triste em seu rosto e, antes de se virar, Shizuo podia jurar ter visto uma lágrima escorrer de seus olhos.

As pessoas passavam por perto, encarando com um olhar confuso, enquanto Shizuo encontrava um tanto perplexo. Em todos os seus 24 anos, ele podia jurar que nunca havia ficado tão chocado. E o pior é que tal atitude tinha vindo de Izaya. E, ainda pior que isso, é que ele deveria admitir: Não sentira nojo do que Izaya fizera. 

Que sensação era aquela?

~~

Um dia para o natal. As ruas já ficavam mais tranquilas devido ao fechamento de algumas lojas. Shizuo caminhava cabisbaixo, ainda pensando no que acontecera ontem. Com toda a certeza, foi a cena mais estranha que já aconteceu com o barman. Desde as épocas de colégio, lutar e odiar Izaya era um "hobbie" seu. Por que de repente o informante se sentiu ofendido? E por que, de repente, o loiro se importava?

Em meio aos seus pensamentos, nem reparou que atravessava a rua e que quase fora atropelado por uma moto muito conhecida, que conseguiu frear a tempo.

Shizuo? Algum problema? Eu quase te atropelei e você nem percebeu! - Celty mostrava seu celular para o maior.

— Oh, Celty! Não aconteceu nada, não se preocupe.

 Sabe, eu sou uma mulher. Sou muito esperta, e você não sabe mentir. Me conte, confia em mim, não é?

— Eu confio... É só que, nem eu mesmo sei o que aconteceu.

— Tem a ver com Izaya? - Shizuo mostrou um olhar de surpresa ao ver que a motoqueira acertara de primeira - Eu não disse que era esperta? 

— Eu o fiz chorar ontem. Mas, para mim, eu estava agindo como sempre agi, sabe? Atirando coisas nele, dizendo que eu tenho um ódio mortal por ele, e isso nunca o afetou. Mas ontem, de repente, parece que tudo o que eu sempre falei foi como uma coisa horrível para ele. - Afirmou, enquanto acendia um cigarro.

— Ora, parece que temos alguém apaixonado! 

— Hein?

Com certeza é isso! Sabe, mulheres sabem quando homens estão apaixonados, porém cada um tem seu jeito de demonstrar. Shinra, por exemplo, não tem medo de gritar ao mundo que me ama, e eu acho isso realmente fofo. Por outro lado, Mikado permanece tímido ao lado de Anri, mas todos sabem que eles namoram. Já Izaya procurava demonstrar isso por provocações, mas, por trás disso, provocá-lo era o jeito que ele encontrava de estar ao seu lado, Shizuo!

— É estranho pra mim, Celty. Izaya nunca agiu como ontem, tenho a impressão de que algo aconteceu com ele nesses últimos dias.

Alguém pode ter aberto os olhos dele. Ele pode ter percebido que se sente sozinho, afinal, ele sempre passa o natal desacompanhado.

— Isso é sério? - O loiro demonstrou-se surpreso. Celty assentiu. Vasculhou o bolso de seu casaco, encontrando a faca do moreno. "Corte sua boca, então". Aquelas palavras foram realmente pesadas, e Shizuo sentia como se precisasse consertar seu erro. Levantou-se, apagando seu cigarro e agradecendo Celty pelos conselhos. 

~~

Natal. A neve caía com certa força, e o frio obrigava qualquer um a ficar em casa ou, pelo menos, sair extremamente bem agasalhado. 

Izaya encontrava-se deitado em sua cama - lugar de onde mal saiu desde que falara aquelas "bobagens" para o barman -.

— Como eu fui tolo... Pareço uma adolescente apaixonada. - Ele ria de si mesmo.

Decidiu tomar banho e fazer algo para comer. Uma das vantagens de estar sem Namie é que ele não tinha horário para nada, podendo acordar, almoçar, jantar e dormir sem ouvir reclamações do tipo "Você não faz nada de útil".

Após sair do banheiro, ligou a tv para poder ouvir algo enquanto preparava seu almoço. As propagandas se resumiam em natal, famílias felizes, casais felizes.

— Merda de perseguição. - Izaya dirigiu-se até sua tv, porém foi impedido pelo barulho da campainha.

O moreno permanecer parado no meio de sua sala, pois achou que estava ouvindo coisas, porém, ouviu o som novamente.

— Mas quem seria?

Abriu a porta e, em questão de segundos, fechou-a novamente, observando-a, incrédulo. 

— Você sabe que eu posso derrubar essa porta, não é? Fechá-la não vai adiantar. - Disse a voz do outro lado da porta.

— E por que é que você está aqui?

— Vim te visitar, não posso?

— Não.

— Certo, então vou embora. - Izaya ouviu barulhos de passos se afastando e, depois de um tempo, abriu a porta, colocando seu pescoço para fora. Um erro, pois em questão de segundos, seu corpo estava contra a parede.

Shizuo olhava profundamente em seus olhos, enquanto o moreno sentia seu rosto completamente corado.

— Eu sinto muito. 

— Por...?

— Por ter te machucado, por não ter percebido seus sentimentos.

— Sentimentos? Não sei do que está falando. Me dê licença, não quero queimar meu almoço. - Izaya tentou se afastar, porém fora puxado novamente, dessa vez ficando no colo do mais alto.

— Izaya, por favor, você sabe do que eu estou falando. Nunca dei bola para os sentimentos de ninguém, mas você me afetou de alguma forma... Eu quero que você me perdoe de verdade.

— Hm... - O informante permanecia corado - Eu mesmo demorei pra perceber isso. Eu te perdoo, mas por favor, me solte. - O loiro o fez - Não quero desperdiçar comida. 

O moreno levantou-se, direcionando-se até a cozinha, porém soltando um baixo "fique à vontade" para o loiro, que corou ouvindo a frase.

Tirando o som da TV - Que Izaya acabou não desligando -, o silêncio dentro do apartamento era completamente incômodo. Shizuo sentava de frente para Izaya, e os dois almoçavam sem trocar uma única palavra. A primeira palavra foi dita cerca de trinta minutos depois, por Shizuo.

— Então... Você sempre passa o natal assim?

— Sim.

— E nunca te incomodou? 

— Já. Mas eu só percebi isso esse ano, depois de conversar com a Namie.

Shizuo permaneceu em silêncio, levantando-se para lavar a louça. Ergueu as mangas, porém sua tarefa não teve início, pois sentiu-se abraçado pelo menor.

— Eu sou sozinho. Sempre fui, e sempre me recusei a aceitar isso. Mas dói, Shizuo... Eu não tenho ninguém.

Se fosse como um dia qualquer onde eles estivessem brigando pelas ruas, Shizuo mandaria Izaya ir à merda e atiraria algo contra ele. Porém ele sentiu a tristeza na voz do moreno. Virou-se, abraçando o pequeno corpo em sua frente. O silêncio retornou, porém nenhum separou-se do abraço.

— Shizu-chan... Posso te beijar?

Shizuo corou, apertando a cintura do menor de leve. O moreno afastou-se um pouco, ficando na ponta dos pés e depositando um leve beijo nos lábios do loiro. Desviou seu olhar enquanto se afastava, porém não reparou que o loiro voltou a se aproximar e o beijou novamente. Pressionava seus lábios contra o do informante com certa força, porém ele se recusava a abrir sua boca. Vergonha, talvez? Shizuo se afastou, rindo.

— Abra sua boca, Izaya... Não quer continuar? - Ele tinha um sorriso malicioso.

Izaya não respondia. Mantinha seu olhar desviado, porém não esperava pela ação de Shizuo a seguir: O loiro colocou suas mãos na bunda do menor, apertando-as com certa força, o que fez o moreno gemer. O maior aproveitou para penetrar sua língua na boca de Izaya, iniciando um beijo profundo.

Izaya não tinha como não corresponder. Levou suas mãos até o pescoço do loiro, abraçando-o e aproximando-se um pouco mais. Shizuo colocava certa força no beijo, mas Izaya tinha de admitir que estava adorando. Não esperava menos do tal "monstro de Ikebukuro".

Enquanto beijava, Shizuo explorava o corpo inteiro do menor com suas mãos. Não haviam curvas. Não haviam seios ou coxas grossas. Apesar de ser famoso no bairro, Shizuo nunca dera atenção para relacionamentos amorosos, mas também jamais imaginou que ser primeiro beijo seria com um homem, muito menos com Izaya. Mas ele gostou. Shizuo tinha a certeza de que aquilo era o certo.

Separaram-se por conta do ar, ainda unidos por um pequeno filete de saliva. Izaya tinha seu rosto corado e respirava com dificuldades, e seus lábios estavam entreabertos. Shizuo encarava-o fixamente. 

— M-Me desculpe, eu... - Começou, mas fora interrompido pelo menor.

— Não se desculpe. Só faça.

O maior sorriu, sentando-se e trazendo o menor para seu colo e beijando-o novamente.

Izaya perdeu as contas de quantas vezes se beijaram. Quando terminaram, já se encontravam deitados no chão da sala, e ambos com o peitoral à mostra.

— Izaya... É melhor pararmos.

— E por que deveríamos?

— Você é um homem, assim como eu. Você sabe que temos desejos, e que chega um certo ponto onde não podemos mais controlar nada.

— Eu sei disso. E quem disse que quero controlar algo?

— Escute... Eu não sei ser carinhoso. Eu posso te machucar, mesmo não querendo. Entenda, Izaya, pode doer muito.

— Você está se auto denominando o ativo? - O moreno riu, o que deixou o loiro um tanto desconfortável - Que fofo, Shizu-chan. Mas eu não ligo. - Levou suas mãos até o rosto do maior, acariciando-o. - Eu quero com você. Eu estou preparado pra isso. E quero fazer agora. - Segurou uma das mãos do loiro, levando-a até seu membro, que encontrava-se completamente ereto, assim como o de Shizuo.

O barman assentiu, sorrindo e atacando o pescoço do menor, que gemeu em resposta. Izaya nunca se imaginou sendo carinhoso com alguém e, consequentemente, nunca imaginou alguém sendo carinhoso consigo. Ele só sabia que precisava de Shizuo nesse exato momento e, caso sentisse dores, poderia abusar do loiro nos dias seguintes. Sorriu, pensando na cena, enquanto o loiro descia seus beijos, deixando marcas por onde passava. 

Chegou até a calça do informante, retirando-a e encarando sua última peça de roupa. Ele realmente ia fazer isso. Com Izaya. E não sentia nojo, muito pelo contrário. 

— Sou tão bonito assim para você ficar só observando, Shizu-chan?

O maior se aproximou do ouvido do moreno, sussurrando:

Você é muito mais do que apenas bonito. Me desculpe por demorar a perceber.— E sorriu, mordiscando o lóbulo do menor, que novamente corou.

Shizuo voltou à boxer negra de Izaya, levando sua boca até o cós da peça e retirando-a dessa forma, enquanto encarava o moreno. Shizuo realmente sabia ser sexy. E Izaya estava adorando isso.

O barman levou sua boca até as coxas do informante, beijando e mordendo vários locais. Aproximava-se cada vez mais do membro de Izaya, porém, ao chegar perto, afastava-se, deixando o moreno com cada vez mais desejo. Repetiu isso por diversas vezes, até que Izaya se queixasse.

— Eu tenho cara de masoquista, por acaso? Ande logo, Shizu-chan!

O maior riu, observando o olhar de necessidade de Izaya.

— Pra que essa pressa? Nós temos o dia inteiro, I-za-ya-kun. - Esse chamado fez Izaya se arrepiar. 

Beijou Izaya novamente, dessa vez, o beijo fora lentamente torturante. O moreno estava cada vez mais necessitado, e o barman estava adorando ver Izaya implorar cada vez mais.

— Shizu-chan... Por favor.

— Por favor o que?

— Vá logo...

— Com o que? Diga o que você quer, Izaya!

O menor encarou. Seu rosto encontrava-se absurdamente corado, porém ele deveria dizer. Sabia que Shizuo adorava vê-lo tão indefeso.

— Me chupe, Shizuo!

O loiro riu. Aquilo soou como música para ele, que em seguida abocanhou o membro inteiro, o que fez Izaya soltar um grito.

Shizuo estava certo. Ele não sabia ser delicado, porém estava longe de ser bruto. Ele estava sendo como Izaya sempre imaginou. Podia ficar melhor? Quem sabe...

— S-Shizu-chan... - O loiro apertava as coxas do menor, enquanto mantinha o membro dentro de sua boca. Izaya estava praticamente enlouquecendo, porém o barman mal havia começado.

Quando Izaya estava perto do seu ápice, o maior parou o que fazia, lambendo a pequena quantidade de gozo que saía do informante. No fim, tapou a glande do rapaz, sorrindo para ele em seguida.

— Você tem um gosto muito bom, pulga. 

— Como você é sádico, Shizu-chan. - Izaya tentou se levantar, porém fora impedido pelo loiro, que segurou suas mãos no alto de sua cabeça.

— Eu ainda não terminei. - Lançou outro sorriso malicioso.

Levantou-se, retirando suas últimas peças de roupa lentamente. Ficou de frente para Izaya, encarando-o.

— Você quer isso, Izaya? - Provocava o informante, colocando a mão em seu membro. - Peça por ele.

— Que cruel, Shizu-chan! - O moreno sorriu, ajoelhando-se diante do maior. - Então... Eu posso te chupar? - Sorriu, sendo correspondido pelo loiro. Abocanhou o membro inteiro, engasgando-se em seguida, o que arrancou um riso do loiro. Porém o moreno não queria ficar para trás, e permaneceu com tudo em sua boca. A cena excitava Shizuo cada vez mais. O loiro retirou-se de dentro da boca do menor antes de ter seu primeiro ápice. Segurou os cabelos negros de Izaya, forçando-o para trás e beijando-o novamente.

Ambos os corpos já estavam suados, mas a vontade de tornar Izaya "seu" estava dominando Shizuo. Sua vontade de tê-lo crescia cada vez mais. Porém, novamente, ele faria o informante implorar por ele.

Colocou o informante no sofá, virando-o de costas para si, ficando com a vista "perfeita".

— Tem lubrificante, Izaya?

— Que cuidadoso, Shizu-chan! E sim, eu tenho. Está na gaveta da mesa do computador.

— Eu perguntei achando que a resposta seria "não"... Por que você tem isso em casa?

— A resposta não é óbvia? - Ele encarou o loiro, que ficou um tanto corado. O lubrificante ainda se encontrava na sacola, juntamente do seu cupom fiscal. O produto fora comprado há dois dias atrás... "Então Izaya o comprou com a expectativa de que algo ocorreria", pensou. Sorriu, pois realmente nunca imaginou aquele estudante insuportável tendo sentimentos tão sinceros.

Retornou até o moreno, lubrificando sua entrada, o que fez com que o menor se arrepiasse. 

— Uh... Que sensação estranha.

— Eu sei, porém vai ajudar muito.

Colocou o líquido em três de seus dedos, penetrando a entrada do menor com um deles. Izaya era realmente apertado, o que excitava o barman cada vez mais. Os gemidos que o informante soltava era melhor do que qualquer coisa que Shizuo já escutou na vida. Melhor que isso, só o moreno gemendo o seu nome. Colocou os outros dois dedos juntos, o que fez Izaya soltar outro grito. A cena que Shizuo via era maravilhosa. 

O loiro movia seus dedos em uma velocidade torturante para o menor, que não via a hora de ver algo maior dentro de si. Sentiu os dedos saírem de dentro de sua cavidade, porém, em vez de ser penetrado, Shizuo apenas encostou seu membro na entrada de Izaya, que encarou o loiro com um olhar de reprovação.

— O que foi agora? - Perguntou ao barman.

— Quero que você peça, Izaya.

— D-De novo? Você sabe que eu quero! Não me faça passar vergonha de novo.

— Ora... - Shizuo riu, se aproximando - Sua voz é linda, Izaya. Quero ouvi-la pedindo por mim.

Novamente, o moreno corou. Mas as palavras do loiro o alegraram, de certa forma. Não podia ser diferente, vindo de Shizuo.

— ... Me foda.

— Como?

— Heiwajima Shizuo, eu quero que você me foda agora!

— Como quiser, minha pulga.

Penetrou o informante de uma vez, porém com movimentos lentos inicialmente. Algumas lágrimas escorriam dos olhos de Izaya, porque a dor realmente era grande. Mas, apesar de ser o "monstro", Shizuo sabia ser cuidadoso, e estava evitando a máximo que a dor aumentasse.  Permaneceu um bom tempo com movimentos lentos, até que Izaya desse permissão para que aumentassem. Com o aumento da velocidade, veio também o aumento do prazer. O informante já não sentia mais dor, e Shizuo estocava-o cada vez mais forte.

— A-AH, S-Shizu... - O moreno gritava pelo loiro o tempo todo. Era a melhor cena que Shizuo já presenciou, sem dúvida alguma. - Shizu... E-Eu vou...

— Shhh! - Shizuo levou sua mão até a boca do menor. Parou de estocá-lo por um instante para virá-lo de frente para si. Sentou-se no chão, colocando Izaya em seu colo. - Agora você pode vir, Izaya-kun!

Ambos sorriram, e Izaya começou a cavalgar no membro do loiro, que permanecia estocando-o, porém de forma mais profunda, já que a posição favorecia.

— S-Shizu-chan! - Izaya chamou-o novamente, alcançando seu ápice em seguida, sujando ambos os corpos. 

— Oh, atingi seu ponto? - O loiro sorriu, segurando Izaya pelos ombros e estocando-o com mais velocidade. Os gemidos aumentaram. Izaya buscava pela boca de Shizuo, começando um beijo necessitado, acompanhado de vários gemidos de ambos. 

O loiro colocou o menor no chão, colocando os pés do mesmo em seus ombros, sem parar de estocá-lo. Queria alcançar seu ápice dentro do menor. Enquanto era estocado, Izaya levou suas mãos até os cabelos loiros de Shizuo, acariciando-os. 

— S-Shizu-chan... Eu t-te...

Não concluiu sua frase, pois o loiro atingiu seu ápice, fazendo com que ambos soltassem um gemido alto juntos. O maior caiu sobre o menor, escutando sua respiração descontrolada. Nenhum deles falou nada durante uns minutos.

— S-Shizu-chan... Obrigado.

— Me deixe fazer uma coisa... - O loiro levantou-se, pegando sua calça do chão e retirando uma pequena barra de chocolate do bolso. Retornou para cima do moreno, quebrando um pedaço do chocolate e se aproximando do rapaz - Sempre quis fazer isso quando eu começasse a namorar. - Colocou o chocolate em sua boca, iniciando um beijo em seguida.

"Namorar". Aquela palavra ecoava na cabeça do informante. Eles estavam namorando? Podia chamar Shizuo de namorado, então? Era tudo absolutamente confuso, já que se tratava do barman. Mas ele não queria pensar nisso agora, afinal, o que fazia com Shizuo agora era muito melhor.

O beijo durou cerca de 4 minutos, até que o chocolate derretesse por completo. Se encararam por um bom tempo, até que o moreno quebrasse o silêncio.

— Obrigado... Shizu-chan...

— Hm? Pelo que?

— Por me tirar da solidão.

O moreno adormeceu logo em seguida. Estava completamente exausto.

~~

Izaya acordou cedo. Cedo demais, ele diria. Porém, dormira antes das 22 horas ontem, o que justifica. Ele estava em sua cama, cheirava a sabonete e usava seu pijama. "Será que foi só um sonho?" pensou, um tanto entristecido. Porém seu pensamento foi interrompido ao ouvir o barulho de panelas, e uma voz grossa dizendo coisas como "panela de merda!".

Olhou para seu peitoral, e encontrou diversas manchas. Sorriu, então fora real. Preparou-se para se levantar, porém caiu de quatro no chão antes mesmo de dar um passo.

— Cacete, Shizuo! - Reclamou, passando a mão no local onde doía.

— O que foi, Izaya?

— Eu não consigo nem andar! Vem, me carrega! - Disse, erguendo os braço para o loiro.

"Que coisa fofa!", ele pensou, recompondo-se no segundo seguinte.

— Ora, então devo cuidar de você hoje... - Sorriu.

— Sim. O dia inteiro.

O maior se abaixou, pegando o moreno no colo e segurando-o como um bebê. Izaya encarava-o profundamente. Levou suas mãos até os cabelos loiros, acariciando-os. 

— Gostou do meu cabelo? 

— Uhum... E não é só dele.

O loiro corou, desviando o olhar, o que fez o moreno rir. Ao chegar na sala, colocou o menor deitado no sofá e, ao se afastar, foi puxado pelo pescoço, sendo abraçado pelo informante.

— Obrigado, Shizu-chan. Obrigado por me fazer feliz.

O maior afundou o rosto na curva do pescoço do moreno, sentindo seu cheiro.

— Me perdoa por não ter percebido. Sua presença não me incomoda, você não é nojento, e ficar ao seu lado é ótimo. 

— Ei, Shizu-chan. - Izaya sorriu, afastando-se do maior, segurando seu rosto e olhando em seus olhos - Eu te amo!

O loiro corou novamente, desviando o olhar. Puxou o menor para seu peito, beijando o alto de sua cabeça.

— Eu também te amo, minha pulga.

Beijou seus lábios novamente, sorrindo entre o beijo.

Shizuo não era uma pessoa tão insensível assim.

E Izaya não era mais uma pessoa solitária.

 


Notas Finais


¹ = "Você ficou triste, não é?"
² = "Por que diz isso?"
³ = "Obrigado!"
Créditos totais ao Google Tradutor porque eu não entendo coisa nenhuma de russo. É isso ai :v


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