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História Lonely Girl - 10| Cold Water


Escrita por: swaggizzle

Capítulo 12 - 10| Cold Water


JUSTIN


"Ariella, vem, rápido, entra no carro, vou te levar a um lugar." - Disse segurando sua mão enquanto com a outra máfia no cabelo. Arrastei-a para o carro, ela se equilibrava para não cair com aqueles saltos.


"Mr. Justin, pra onde vamos? Não acha que está tarde?" - Ariella disse meio preocupada.


"Não, Ariella, não está tarde, não para nós - Disse e ela me olhou meio confusa então tentei quebrar o gelo. - quer dizer, não para você, você já tem quase quinze anos, e você está comigo, não tem com que se preocupar. Além disso, não vamos demorar muito." - Disse-lhe. É muito difícil para mim ver seus olhos brilhando, e seu sorriso crescendo e não puder beijá-la. Me dá até uma pontada no coração lembrar que adorei ela porque eu a quero, quero mais que qualquer outra coisa.


"Tudo bem, eu confio em você, afinal, os filhos confiam em seus pais, não é? " - Ela disse isso, e eu só me senti ainda pior, segurei minhas lágrimas e tentei disfarçar para que ela não notasse nada.


"É, é sim, Ariella" - Disse da maneira mais seca possível, ela sentiu aquilo, ela não é idiota, só preferiu ficar em silêncio e entrar no carro.


Sabe como é engolir em seco? Era exatamente isso que eu estava fazendo agora, me controlando para ela não se afastar de mim, eu tinha medo que ela percebesse que sinto desejo por ela, caso ela desconfiasse de algum sentimento "estranho" vindo de mim, eu estaria estragando tudo.


Fui dirigindo até a costa, iria levá-lá para uma das praias mais bonitas de Los Angeles, liguei o som bem alto, assim ela não tentaria conversar comigo e não notaria que eu estou ingolindo o choro.


ARIELLA


Justin foi dirigindo em silêncio, ele ligou o som no volume alto, ele me parecia meio estranho. Chegamos a um lugar que me parecia ser uma praia na costa leste de Los Angeles. Justin desligou o som e desceu do carro sem falar nada, então ela veio e abriu a porta com um sorriso enorme no rosto.


"Vem, Ariella, mas eu acho melhor que tire esses sapatos." - Ele disse mostrando-me o lugar, eu já podia sentir o cheiro da água salgada entrar pela porta aberta do carro, era uma noite perfeita e estrelada em uma junção perfeita com a brisa da praia.


Tirei mais sapatos e desci descalça, Justin fechou o carro e guardou a chave em seu bolso, ela segurou minha mão e fomos correndo pela areia úmida. Eu sentia muita falta e tudo aquilo, Justin sabe como me agradar, eu sentia muita vontade de ir à praia todos os finais de semana, mas eu ficava calada, não pedia, porque eu sabia que as irmãs do orfanato sempre estavam ocupadas.


Quando estavamos nos aproximando da água Justin começou a tirar suas roupas ficando somente com uma bermuda escura, ele tinha muitas tatuagens, o braço esquerdo coberto por tatuagens, e o direito coberto pela metade, ele também tinha algumas nas costas, no peitoral e no abdômen.


Ele entrou dentro da água, e eu parei, fiquei com os pés fincados na areia só olhando ele entrando cada vez mais fundo, e água se aproximava dos meus pés e cada vez que isso acontecia eu me afastava mais da água.


throwback_on


Uma vez que os meus pais me levaram na praia, acho que foi umas duas semanas antes de eles me deixaram no orfanato. Eu fui correndo para a água e eu estava me afogando, meu pai estava vendo tudo, eu implorava para que ele fosse me tirar da água, mas ele continuava vendo eu gritar, barrar e afundar mais e mais, mas ele não mexia um músculo sequer. Minha sorte foi que um garoto loiro estava na água e ouviu meus gritos e correu para me tirar da água.


"Menina, meu Deus, onde está os seus pais?" - Ele disse me segurando no colo e me levando para a areia.


"Meu pai é aquele ali." - Eu disse apontando para o meu pai que estava sentado na areia vendo tudo, ela parecia furioso.


"Se o seu pai está bem ali, porque ele não foi salvar você?" - Ele me questionou, mas eu era só uma criança de quatro anos, ele aparentava ter uns doze, eu não podia responder suas perguntas.


"Eu acho que é porque ele também não sabe nadar." - Disse mas ele não se convenceu da minha resposta. Ele me colocou no chão e foi segurando minha mão até onde o meu pai estava.


"Oi, o senhor é pai dessa menina?" - Ele perguntou para o meu pai que não estava nem um pouco preocupado, hoje vejo que ele gostaria mesmo que eu tivesse morrido.


"Sou sim, o que aconteceu?" - Meu pai respondeu o garoto se fazendo de desentendido.


"Sua filha estava se afogando, o senhor não viu?" - O garoto perguntou desconfiado.


"Não, não vi, obrigada, você salvou a minha filha - Ele disse tentando parecer grato, mas a verdade é que nem o garoto se convenceu de sua atuação barata. - Qual o nome, garoto?" - Ele lhe perguntou.


"Justin."


throwback_off


Senti meu coração parar por um instante, eu estava perdida naqueles pensamentos pois nunca acreditei em coincidências. Agora eu tinha mais que nunca que confiar em Justin e ser uma boa menina como ele pediu. Ele salvou minha vida duas vezes, uma vez na praia e agora ele me  adotou.


Se eu ficasse no orfanato, eu iria concluir o ensino médio e com dezoito anos talvez eu não conseguisse pagar uma faculdade, provavelmente eu seria garçonete em algum café no centro de Los Angeles e passaria o dia inteiro trabalhando para pagar o aluguel de uma casa.


Ouvi a voz de Justin o que me tirou das minhas lembranças, dos meus pensamentos, do foco da vida, do mundo. Meu Deus, o que se passa quando Justin fala comigo, ou se aproxima de mim?


"Ariella, o que está esperando? Entra na água, ou vou aí te buscar!" - Justin disse passando a mão por seus fios molhados.


"Eu não sei nadar." - Disse-lhe.


"O QUÊ? NÃO ESTOU OUVINDO." - Justin disse em voz alta.


"EU NÃO SEI NADAR!" - Respondi-lhe aos gritos. Justin com certeza me ouviu dessa vez, pois saiu da água e veio em minha direção.


"Ariella, você não precisa saber nadar, até porque eu estou aqui com você e caso você se afogue eu faço uma respiração boca boca em você e vai ficar tudo bem." - Ele disse tentando me convencer a entrar na água fria.


"Não sei." - Disse passando minhas mãos pelos meus braços para proteger-me da brisa úmida.


"Vamos, Ariella, você prometeu que seria uma boa menina." - Ele disse-me sorrindo, eu sabia que ela estava falando sério e que se eu não quisesse ele não iria me forçar a nada.


"Tudo bem. Mas eu vou ficar toda encharcada e molhar o carro." - Disse tentando fazer ele desistir de me levar para a água.


"Não tem problema, eu tirei minhas roupas, você também pode tirar as suas e ficar de lingerie, não precisa ter vergonha de mim." - Ele é realmente muito insistente.


"Tudo bem, então. Mas olha pro outro lado, por favor." - Implorei.


"Ariella, não faz o menor sentido você ter vergonha de mim, até porque vamos morar debaixo do mesmo teto e mesmo se eu olhar para o outro lado, eu vou ver você entrar na água depois."


"Você venceu." - Disse-lhe revirando os olhos e depois fiz uma cara de empolgação.


JUSTIN


Ariella tirou o vestido e ficou somente com uma lingerie preta da moshino. Eu não sabia o que fazer, como reagir, como disfarçar o meu pau dando sinal de vida. Ela deixou suas roupas na areia, bem do lado das minhas, me deu sua mão e foi correndo comigo até a água.


"Está gostando da água, Ariella? Disse-lhe enchendo minhas mãos de água e jogando nela.


"Ah, eu estou sim! - Ela jogou meu joguinho me devolvendo água na cara. - e você está?" - Ela começou a rir e jogar mais e mais água em mim.


"Ah, Ariella, você me paga!" - Disse pegando seu corpo cheio de curvas e jogando em cima dos meus ombros.


"Não, Mr. Justin, por favor, não faça isso! - Ela disse dando leves socos em minhas costas. - me solta, por favor!" - Gosto assim.


Eu entrei com ela dentro da água, ela ainda estava presa em meus ombros, fui descendo-a devagar, segurando em suas pernas, mas antes da me afastar totalmente dela, segurei-a pela cintura novamente, ela pareceu ficar com medo da água, então me abraçou ainda mais forte, passando seus braços pelo meu troco e suas pernas pela minha cintura, nesse  momento fiquei com medo que ela sentisse minha ereção e perguntasse o que era aquilo, o que eu iria dizer? "Ah, é nisso que dá ter uma filha gostosa com as pernas ao redor de você", Não, não mesmo, eu preciso aprender a não confundir as coisas.


"Ariella, você não tem que ter medo, tem que aprender a confiar mais em mim - Ela olhava para mim, ainda com seu corpo entrelaçado ao meu. - sabe, vou te contar uma coisa, quando eu tinha uns doze anos, um dia eu estava nessa mesma praia, e eu vi uma garotinha de cabelos pretos como os seus, ela estava se afogando e gritando para que o pai fosse salvá-la, eu fiquei muito confuso pois o pai dela estava bem em frente ao espaço em que ela estava se afogando, então eu olhava para ele, depois para ela e ele não se movia, sabe, não entendo como algums pais querem o mal para os seus filhos, bem, continuando, eu salvei a garota e levei-a até o seu pai, ele me disse que não estava vendo que ela estava se afogando e nem ouvindo os gritos quase esnsurdecedores da menina, mas eu sei que era tudo mentira, ele viu e ouviu tudo, ele só não se importava se a menina continuasse viva ou morresse. Moral dessa história tão... confusa, se alguma coisa ruim acontecesse com você, Ariella, eu não sei o que seria de mim, acho que ficaria louco." - Ela continuava olhando lá no fundo dos meus olhos, prestando atenção em cada palavra que eu falava.


ARIELLA


Justin me contou a mesma história, exatamente igual a que eu estava me lembrando antes de entrar na água, Justin é uma pessoa maravilhosa, eu sei que é, eu confio ainda mais nele agora, pois sei que ele só quer o meu bem. "Se alguma coisa ruim acontecesse com você, Ariella, eu não sei o que seria de mim, acho que ficaria louco", suas palavras ecoavam na minha mente e eu só conseguia amá-lo ainda mais, eu só me sentia muito confusa em relação aos meus sentimentos.


"Você é uma pessoa maravilhosa, Mr. Justin, obrigada por me querer tanto bem assim, obrigada por ter me adotado à obrigada por ser tão bom comigo, eu prometo que vou me esforçar para que você me ame." - Disse abraçando-o a dando alguns beijos em seu rosto.


"Ariella, você não tem do que me agradecer, eu só... precisava adotar você... sabe, eu precisava de alguém." - Ele disse sem dar muitas voltas, ele estava sendo honesto e gentil comigo.


Nós saímos da água e nos sentamos na areia, ficamos olhando para o céu azul escuro e estrelado e ouvindo o barulho do mar quebrando. Justin estava com os olhos brilhantes, notei que ela queria falar alguma coisa mas não o fez.


"Ariella, antes de você me conhecer, o que você pensava sobre mim?" - Foi como um soco no meu estômago, como eu iria responder a ele uma pergunta dessas? Iria lhe dizer que eu me sentia atraída por ele e ainda me sinto assim? Que nunca o imaginei como um pai?


"Bem, é difícil lhe responder isso Mr. Justin. Você sempre foi um mistério para mim." - Disse sem pensar, acabei me arrependendo depois. Ele soltou um pequeno riso nasal ao ouvir minhas palavras, o que me deixou ainda mais nervosa.


"Ariella, você já beijou algum garoto? Digo, você já se sentiu atraída por alguém?" - Ele me questionou.


"Não Mr. Justin, eu nunca tive muito contato com garotos, eu estudo numa escola somente para garotas." - Respondi-lhe. Ele me olhou e seus olhos de escureceram. Eu estava muito confusa com tudo aquilo, por parte a minha vida estava uma maravilha, porém, parecia estar tudo de cabeça para baixo.


"Ariella, seja sincera, você me vê como um pai? Eu preciso que me fale a verdade." - Ele implorou que eu lhe dissesse.


"Não." - Eu disse com um aperto no coração, não faço a menor idéia se eu disse o que ele queria ouvir, eu só fui sincera como ele pediu.


"E de que maneira você me vê, Ariella?" - Eu só me sentia mais e mais pressionada à casa pergunta que ele fazia, eu não sei onde ele está querendo chegar me fazendo todas essas perguntas. Só me deixa ainda mais confusa.


"Eu não sei Mr. Justin, é muito complicado, eu não entendo muita coisa, você já deve ter notado." - Respondi.


"Eu sei, Ariella. Você é pura e inocente, é isso que eu adoro em você, mas com o tempo você vai entender as coisas." - Ele disse.


"Que coisas Mr. Justin?" - Perguntei.


"Isso." - Seus lábios tocaram os meus com calma, sua língua entrou em minha boca e começou a se mover levemente, eu fui abrindo minha boca com calma dando o espaço que sua língua pedia. Fui acompanhando os movimentos da sua língua, ele deu leves mordidas no meu lábio e o beijo foi ganhando mais voracidade, ele foi deitando meu corpo calmamente pela areia, ficando por cima de mim, afastou meus cabelos para o lado e com sua outra mão Justin acariciava minhas coxas. Eu não sabia o que estava acontecendo, os pais beijam os filhos desse jeito? Eu me recordo que minha mãe assistia muitos filmes então eu cheguei a ver algumas cenas de beijos, não muitas, pois ela sempre me mandava fechar os olhos. No orfanato, as freiras não aceitavam a qualquer filme ou programa de entretenimento que não fosse religioso, então eu não sabia até então o que era um beijo de verdade. Justin interrompeu o beijo, olhou no fundo dos meus olhos, enquanto eu fazia o mesmo com ele. Ele se afastou, sentou na areia e ele levou suas mãos aos seus cabelos, como se estivesse arrependido de algo.


"Me desculpa, Ariella, me desculpa, não sei o que deu em mim, eu não devia ter feito isso." - Ele se amaldiçoou. Eu sabia que aquilo era muito errado, mas era muito bom.


"Não tem problema. Eu gostei." - Disse me aproximando dele e passando meus dados por seu cabelo brilhante. Ele olhou para mim, deu um pequeno sorriso mas continuou com uma expressão preocupada.


"Ariella, isso não parece errado para você?" - Ele me perguntou.


"Sim, é errado. Os pais não beijam seus filhos assim, não é?" - Perguntei.


"Não, não vou mentir para você, um pai não beija uma filha assim." - Ele disse, dava para ver a culpa em seus olhos, eu gostei do beijo, mas agora eu estava me sentindo culpada.


"Então, se um pai não faz isso com uma filha, porque você fez isso, Mr. Justin? Como você me vê Mr. Justin?" - Me amaldiçoei mentalmente depois de fazer essa pergunta, mas eu precisava saber o que Justin sentia.


"Vamos embora, já está tarde." - Disse. Sua expressão era rígida, sua voz perdeu a meiguice e aquele tom afetivo que ele sempre mostrava. era o mesmo tom que ele tinha usado quando falava com irmã Dulce hoje mais cedo, quando disse que se alguém tentasse me afastar dele, ele iria até no fim do mundo para me achar. Ele saiu me arrastando pela areia da praia, entrou no carro sem falar nada e nem abriu a porta para mim como fez das outras vezes.


Eu senti vontade de chorar, não por que eu fiquei magoada, ele não é obrigado a responder minhas perguntas, mas porque sentia um misto de emoções, não sabia nem dos meus sentimentos, mas queria saber os dele.


Ele ligou o volume do carro muito alto, e dirigia muito rápido, ele estava me assustando daquele jeito, me mostrando um lado dele que eu nem imaginava que existia. Eu encostei minha cabeça no vidro e deixei algumas lágrimas deslizarem pelo meu rosto. Como será que Amberly e Noelle estão agora? Será que já estam dormindo? Será que Noelle leu alguma estória para Amber dormir?


Justin olhou para mim e vou que eu estava pensativa, e viu que meu rosto estava molhado pelas lágrimas, eu notei sua expressão triste e depois furiosa pelo reflexo do vidro. Ele não falou nada, e aquele silêncio estava me matando.


Depois de alguns minutos chegamos a uma casa muito bonita, bem grande e espaçosa com uma decoração e um estilo bem arquitetados. Justin estacionou o carro em uma garagem com outros quatro carros. Ele desceu do carro e veio abrir a porta para mim, achei estranho ele agir assim mesmo estando com um péssimo humor. Ele ficou com a porta aberta esperando que eu saísse mas eu fiquei parada como uma estátua, vi que ele ficou ainda mais nervoso, mas respirou fundo, soltou o ar e seus pulmões e disse:


"Você não vai querer descer e conhecer sua nova casa, Ariella?" - Ele disse dando um falso risinho, tentando disfarçar sua raiva mas mesmo assim eu não fiquei chateada.


"Claro que sim, não via a hora de conhecer meu novo lar. " - Disse entrando no seu joguinho. Justin foi andando comigo até um pequeno jogo de escadas.


"Eu odeio escadas, vamos subir pelo elevador, é mais rápido. " - Ele segurou minha mão e fomos andando até a porta metálica. Justin deu as coordenadas clicando em alguns botões. Nos poucos segundos que ficamos lá dentro, Justin ficou me analisando e quando tive a impressão que ele iria falar algo o elevador abriu nos dando acesso a uma sala de estar, bem moderna e ampla.


"Me acompanhe, por favor."


"Bom, você vai ter tempo suficiente para conhecer a casa toda depois. Mas já está um pouco tarde, então, vem comigo, vou te mostrar o seu quarto." - Ele disse me dando sua mão. Eu segurei-a e ele me guiou até o meu quarto. Era uma suíte linda, ampla, iluminada, com os meus tons de cores favoritos.


"Meu Deus... Justin, eu amei, você é incrível... Eu não sei o que..." - Eu tentei agradecer mas as palavras não saíam.


"Não precisa dizer nada, Ariella. Eu sabia que você ia amar, então por isso eu fiz isso. Para te ver feliz." - Ele disse. Eu tinha vontade de abraçá-lo e nunca mais soltar, como ele poderia querer agradar tanto uma pessoa que acabou de conhecer?


"A quanto tempo você tem planejado issso?" - Perguntei.


"Eu não planejei nada. Faz algum tempo que eu queria te adotar, mas eu mandei uma decoradora fazer uma reforma nesse cômodo hoje. Foi meio que de última hora." - Ele disse.


"Mesmo assim está muito lindo, eu... - Eu o abracei, sem pensar duas vezes, ele demorou alguns segundos mas depois passou seus braços pela minha cintura. - Eu adorei. Muito obrigada mesmo." - Disse


"Que bom, Ariella. Fico feliz que tenha gostado. Mas, bem, já está tarde, acho melhor você ir tomar um banho para dormir, amanhã você tem aula cedo. Olha, o banheiro já está pronto para o banho, eu vou te deixar sozinha." - Ele disse saindo do quarto.

Entrei no pequeno banheiro da minha suíte, era um cômodo bem dividido e espaçoso, com um grande espelho. Tinha uma banheira cheia com muitos sais e espuma. Me despi, amarrei meus cabelos em um coque e entrei na banheira, lavando minha pele com uma esponja e derramando alguns óleos no meu corpo.

Depois de fazer a minha higiene, vesti meu baby doll que mais se parecia com uma lingerie. Escovei meus dentes e meus cabelos e fui me deitar.



Justin tinha deixado algumas coisas em cima da cama e em cima dos criados-mudo, tinha um buquê em cima de um deles, com flores muito vermelhas. Entre as flores tinha um pequeno cartão com a seguinte mensagem:

"Para minha linda baby girl."
- Justin


Sorri como uma nova ao ver o que ela tinha me escrito. No outro criado mudo tinha um pequeno vidrinho, abri e lá tinha algumas pétalas de flores cheias de terra. Eram as mesmas pétalas que eu tinha arrancado daquela flor na janela do orfanato enquanto o esperava e ele não aparecia. Então, isso significa que enquanto eu o esperava ele estava me olhando de algum lugar.

Em cima da minha cama tinha uma pequena caixinha Branca com uma maçã desenhada. Abri, era um celular, eu sempre boa as garotas da escola exibindo seus celulares enquanto eu ficava com a cara escondida nos livros. fiquei muito feliz com o presente, Pois era uma coisa diferente que eu nunca tive contato.

Eu queria ir agradecer a Justin pelos presentes. Tirei o buquê de dentro do caso o segurando em uma só mão e segurei o celular com a outra mão. Abri a porta e saí procurando Justin pela casa, um pouco mais a frente tinha outra porta. Bati esperando alguém responder mas ninguém falou nada.

Abri a porta bem devagar, entrando na Ponta dos pés. As luzes estavam acesas e eu ouvi barulho de chuveiro. A voz de Justin ecoava por todo quarto, ele cantava uma música que eu não conhecia, mas que era linda, era linda a maneira como ele cantava.

Sentei na cama e esperei ele sair do banho. Não demorou muito até ele aparecer todo molhado e coberto com uma tolha da cintura para.


Senti meu rosto esquentar, ele vinha andando calmamente enxugando seus cabelos com outra toalha, ainda sem notar a minha presença.

"ARIELLA! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?" - Disse quando notou que eu estava lá.

"Me desculpe Mr. Justin, eu só com aqui te agradecer por esses presentes." - Disse.

"Ariella, eu te falei que já estava tarde, porque não deixa para agradecer amanhã?" - Ele disse. Aparentemente, continua sendo seco comigo.

"Tudo bem, eu não queria encomodar. Até amanhã." - Falei dando as costas e abrindo a porta. Ele não estava afim de conversar comigo, não custava nada dizer: "Por nada, Ariella". Mas se ele não queria conversar, o melhor a fazer era ir para o meu quarto, não?

"Espera, Ariella. - Ele disse me puxando pelo braço, deixando nossos rostos tão próximos quanto na hora que estávamos na praia. - Me desculpa, eu não queria ser grosso com você." - Disse passando seus dedos pelos meus cabelos.

"Não tem porque pedir desculpas, o senhor quer ficar sozinho. Isso não é grosseria." - Disse tentando não demonstrar que estava sentida. Me afastei dele novamente e fui andando até a porta.

"Não, Ariella. Eu, não quero ficar sozinho. Dorme aqui comigo?" - Ele disse, fiquei surpresa ao ouvir suas palavras e não consegui conter o pequeno riso que escapou de meus lábios.

"Tudo bem." - Disse.

"Eu só vou vestir uma roupa e já volto." - Fiz sinal positivo com a cabeça. Ele foi até o seu closet, pegou alguma peça de roupa e foi andando para o banheiro.

Enquanto ele estava lá corri para o meu quarto e deixei o buquê dentro do vazo para que as flores não murchassem. Voltei para o quarto de Justin e deitei-me em sua cama fiquei enchendo no meu celular enquanto ele ainda não tinha saído do banheiro.

JUSTIN


Quando eu saio do banheiro me deparo com Ariella deitada em minha cama mechendo no celular. Porra, essa menina está me levando ao limite, não parece ter inocência alguma, parece que está fazendo isso para me provocar. Como ousa ser fodidamente comível, assim, na minha cama?


"Meu Deus, Ariella - pensei em voz alta e ela me olhou assustada, cobrindo seu corpo rapidamente. - Você já está viciada nesse celular? - Tentei disfarçar falando alguma coisa aleatória, e para completar, a filha da puta ainda morde o lábio fazendo uma carinha de quem aprontou. Como eu quero morder essa boquinha, como eu quero essa boquinha no meu pau, como você é trapaceira, Ariella.


"Você não vem, Mr. Justin?" - Ela diz me afastando dos meus pensamentos sujos.


"Sim, baby girl." - Digo me deitando do seu lado, ela vira e nós ficamos de conchinha.


"Bom, Mr. Justin, além de agradecer pelo buquê e pelo celular, eu também quero te agradecer por outra coisa." - Ela disse.


"Que coisa, Ariella?" - Perguntei.


"Por salvar minha vida, se não fosse por você, eu não sei o que seria de mim." - Não consegui entender nada do que ela falou.


"Como assim, Ariela, eu não estou entendendo nada, o que você quer dizer?"


"Eu, sou a menininha que você salvou na praia." - Ela virou para me olhar nos olhos, por um momento, não estava acreditando, mas depois fez todo o sentido. Talvez desde aquele dia, nós nunca esquecemos um do outro.



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