História Long Imagine - Baekhyun - Explosão.

Talvez eu esteja ficando igual a ele. 

— Você é muito má (s/n). — Minseok sussurrou em meu ouvido enquanto meus olhos ainda estavam prendidos em Baekhyun. 

A música, os movimentos que fazíamos, a proximidade de nossos corpos, tudo isso sob o olhar de Baekhyun me deixava excitada. 

Mordi meus lábios e dei um sorriso malicioso para ele enquanto subia minha mão direita até a nuca de Minseok tornando nossos movimentos mais sensuais. Tudo o que fazia tinha a finalidade de ver aquela pose tão inabalável de Baekhyun ser destruída, e pelo que me parece, estava tendo sucesso naquilo. 

Baekhyun sempre foi ciumento, ainda mais quando se tratava de Minseok. Ele nunca admitia, mas eu já havia percebido, pois ele fazia de tudo para me afastar do Baozi.   

Nos ver daquela forma deve ter o afetado bastante. 

Ele percebeu o que eu fazia, e então pude ver a raiva dominá-lo por completo. Suas sobrancelhas se franziram e ele apertou os lábios, já partindo em nossa direção. 

Aquilo fez meu coração acelerar. Não sabia mais o que fazer, minha mente travou só pela hipótese de ver Minseok e Baekhyun brigando. Parei com os movimentos e Xiumin me puxou para o lado, já que tinha percebido o que iria acontecer. 

Um, dois, três passos, e no quarto o Byun foi puxado pelo braço com brutalidade, indo de encontro ao peito de quem o fez. 

Chanyeol... 

Vê-lo ali me fez relaxar, afinal sabia ele não deixaria o menor causar confusão. 

Baekhyun se voltou para o rosto do Park, que se inclinou falando algo em seu ouvido. Não pude escutar por conta da distância e da música alta que preenchia aquele local. 

Meus olhos se encontraram com os seus novamente e o vi se virar, tomando um novo caminho para longe de nós. Não sabia o que ele podia fazer depois de ter visto aquilo, por isso, um pequeno medo invadiu meu coração. 

Contudo, todos aqueles pensamentos foram interrompidos, e minha atenção foi novamente voltada para a figura alta que até pouco tempo conversava com Baekhyun. 

Chanyeol veio em nossa direção com a feição séria, parando em frente a nós. Ele parecia bastante tenso, mas logo relaxou os músculos, pondo as mãos na cintura e suspirando pesadamente. 

— Essa foi por pouco. — Dizia enquanto era observado por nós. — (S/n), o que você tem na cabeça? 

— Desculpa. — Sorri sem graça. — Só queria que ele sentisse pelo menos um terço do que já me fez sofrer. 

— Eu entendo... Ainda não acredito nas coisas que ele fez com você por capricho. 

— Sim. — Murmurei desanimada. 

— Fico feliz que vocês estejam juntos de novo, mesmo que isso não tenha alegrado meu amigo, mas, por favor, não repita o que você acabou de fazer. Baekhyun anda muito estressado depois do termino do namoro, e eu tenho certeza que depois de ter visto vocês juntos, ele ficou mais irritado. 

— Não estamos juntos, Chanyeol. — Dissemos ao mesmo tempo logo vendo o mais alto estreitar os olhos. 

— Não é o que tá parecendo. — Ri de sua expressão desconfiada e balancei a cabeça negativamente vendo o maior revirar os olhos. 

Até pensei em perguntar o motivo dele ter brigado com Baekhyun no outro dia, mas antes disso fui puxada por Minseok que acenou para Chanyeol enquanto me levava até o bar. 

— Dois Sojus, por favor. — Olhei surpresa para o mais velho, enquanto ele pedia a bebida ao barman. 

Ele só podia estar doente para fazer aquilo, já que não era muito comum ver o “senhor perfeição” consumido bebidas alcoólicas e muito menos me oferecendo. 

— Obrigado. — Ele assentiu pegando as bebidas direcionando rapidamente uma para mim. — O que foi? — Indagou quando percebeu o meu olhar desconfiado. 

— Você me oferecendo bebidas alcoólicas? O que aconteceu com aquele papo de “você não tem idade”, “não quero ficar tomando conta de uma pirralha bêbada”? — Ele simplesmente deu de ombros mostrando um sorriso brincalhão. 

— Ok, se não quer, eu não vou te obrigar! — Cantarolou afastando a bebida, mas antes de pôr sobre o balcão, a tomei de sua mão, fazendo com que ele aumentasse mais ainda o sorriso. 

Meus olhos foram atraídos para a garrafa em minhas mãos enquanto minha cabeça se enchia de perguntas. 

— Minseok? — Apenas escutei um “hum” vindo dele como resposta. — É verdade que o álcool nos faz esquecer as pessoas? — Olhei para ele que tentou suavizar sua feição triste com um pequeno sorriso de canto. 

— O álcool nos faz esquecer muitas coisas, mas ao mesmo tempo pode nos afundar mais ainda nelas. — Olhei receosa para a bebida. 

Eu queria esquecê-lo, mas estava ficando cada vez mais difícil. Uma parte de mim pensava que se Baekhyun sentiu ciúmes, era porque ainda sentia algo por mim, e aquilo me dava muitas esperanças de que um dia ainda pudéssemos voltar. 

Balancei minha cabeça inconformada com meus pensamentos involuntários e em seguida levei a bebida até a boca, dando um grande gole. 

— Vai com calma. — Sorriu enquanto passava os lábios pela garrafa ainda me observando. — O que você fez me surpreendeu. Imaginei que quando visse ele, você iria despencar em lágrimas igual a uma criança catarrenta. 

Ri de seu comentário e levantei a mão dando-lhe um soco no braço, mas antes de me distanciar de novo, Minseok segurou meu pulso me puxando de encontro ao seu corpo, logo se inclinando até que estivesse rente ao meu ouvido. 

— Não quero te ver triste por causa daquele pirralho. 

Seu rosto se aproximou mais do meu e então pude sentir sua respiração tocar minha pele. Seus olhos estavam tão calmos, mas me passaram um sentimento de ansiedade que foi intensificado no momento em que o vi umedecer os lábios com a língua tão próxima dos meus. 

Eu queria beija-lo que novo, mas Minseok se distanciou com um sorrisinho malicioso no rosto quando percebeu minhas intenções. 

O olhei incrédula e novamente levei o Soju até a minha boca dando dois grandes goles, sentindo a bebida queimar minha garganta. 

— Tem um jeito de esquecê-lo mais rápido... 

Ele se aproximou de mim novamente e então senti minhas pernas bambearem. A bebida foi tomada de minha mão e Minseok a colocou em cima do balcão. O observava enquanto meu corpo se esquentava a cada movimento que ele fazia. 

Por que estava sentindo aquelas coisas? 

Minseok envolveu suas mãos em minha cintura, deixando nossos corpos colados, e por incrível que pareça comecei a me sentir meio zonza, acho que por conta da bebida. 

— Está se sentindo bem? Você está muito vermelha. — Sua voz transpareceu preocupação, porém aquilo não era algo a qual ele teria que se preocupar. 

— Sim. Só preciso tomar um ar. 

— Quer que eu vá com você? 

— Não precisa. Não é nem questão de cinco minutos. — Sorri para ele que então assentiu me dando um beijo na bochecha. 

Me distanciei de Minseok indo em direção a uma das portas que dava passagem para o lado de fora. Suspirei ao sair daquele local sentindo uma brisa tocar minha pele. 

E como eu estava precisando daquilo! 

Fechei meus olhos para clarear a minha mente enquanto apreciava aquela sensação que inevitavelmente me fez dar um pequeno sorriso antes de abrir meus olhos. Mas às vezes quando procuramos algo, encontramos o que menos desejamos. 

Dei de cara com Baekhyun que estava apoiado em um parapeito me observando tão surpreso quanto eu. Por alguns segundos, tive medo de que ele se vingasse pela provocação de mais cedo. 

Meus pés se moveram para trás, e então vi Baekhyun vir em minha direção. 

— (S/n)! — Pronunciou se aproximou rapidamente enquanto eu me virava seguindo em direção à porta, mas antes de chegar até ela, meu pulso foi puxado com brutalidade por Baekhyun, fazendo com que eu virasse de frente para ele. 

— Me solta, Byun! — Esbravejei olhando o maior com raiva, mas ele apenas me ignorou. 

— Sempre soube que você era uma vadia. Não perdeu tempo e voltou com o Minseok. — Baekhyun me olhava com muita raiva enquanto apertava mais ainda meu pulso. — Eu pensei que você me amava e fui burro em acreditar em suas palavras. 

Arregalei meus olhos incrédula com o que ele havia dito, enquanto meu sangue fervia abaixo de minha pele. Então tudo pelo que havia passado por conta dele me veio em mente. 

Puxei meu braço com foça conseguido me soltar, mas eu não queria mais fugir, queria enfrentá-lo. Segurei sua blusa com toda a força que tinha, o empurrando contra a parede. 

— Quer saber a verdade? Você não passa de um pirralho mimado que acha que todo mudo tem que te servir. — O vi arregalar seus olhos se mostrando surpreso com as minhas ações. 

Sabe quando você está em seu limite e vê tudo explodindo? Eu me encontrava nessa situação. Meus pensamentos estavam a mil e a única coisa que eu queria era falar tudo na cara dele. 

— Eu não sou um brinquedo, Baekhyun, e esse tempo todo você brincou com meus sentimentos. Porra! O que você ganhou com isso? O meu sofrimento? — Estava cara a cara com ele, enquanto sentia meu rosto esquentar. — Eu te amo, mas você não quer o que eu tenho a te oferecer. — Ele abriu a boca, mas eu não o deixei falar. — Se acha que eu vou passar o resto da minha vida sendo tratada dessa forma, então você está enganado. Tenho pessoas que me amam e que querem meu bem, mas sabe o que eu fiz? Eu os machuquei para te dar amor. 

Deixei uma lágrima cair, não por medo ou tristeza e sim por finalmente me sentir livre. Eu estava me reerguendo sob o olhar de quem havia me rebaixado por muito tempo. 

— Como eu fui burra! Eu te odeio tanto Baekhyun, mais tanto que você nem imagina! — Suspirei desviando meu olhar dele enquanto enxugava a lágrima que tinha caído, mas quando voltei a olhá-lo dei um sorriso de superioridade. — Talvez eu saiba o motivo de você agir assim, e eu confesso que me dá certa pena de você. 

Eu sabia que havia cutucado uma de suas feridas. Sempre soube de suas dificuldades e nunca tive coragem de falar sobre aquilo com ele pelo simples fato de pensar que iria machucá-lo. 

Mas agora não me importava mais com o que ele sentia, ou pelo menos era isso que eu queria. 

Hoje estava vendo um lado de Baekhyun que eu nunca havia visto. Depois de ter dito tudo aquilo, senti meu corpo se empurrado e pelo fato de não ter me preparado acabei caído bruscamente no chão. 

Se doeu? Claro que doeu, mas aquilo não era minha preocupação maior. 

Baekhyun deu-me as costas, indo em direção à saída daquele estacionamento e então eu me desesperei, pois queria terminar nossa conversa e ele estava fugindo. 

— Volta aqui Baekhyun! Do que está fugindo? — Disse já me levantando e o seguindo rapidamente. 

Quando consegui alcançá-lo, puxei seu braço o fazendo virar. 

— ME DEIXA EM PAZ, PORRA! — Gritou possesso, e logo o soltei assustada com o que via. 

Baekhyun estava chorando. 

— ESTÁ SATISFEITA? 

O sonho que tive com ele há alguns dias atrás veio em minha mente, e então vi nossos papeis sendo trocados. 

— Você não sabe nada da minha vida! — Disse como a voz fraca como se estivesse morrendo aos poucos, enquanto passava a manga da camisa no rosto enxugando as lágrimas que escorriam por sua pele, agora banhada em um tom rubro. 

Nunca pensei que aquilo aconteceria, no máximo esperava que ele me batesse ou sei lá, mas nunca chorar. 

Por que vê-lo daquele jeito me doeu? Por que eu ainda continuava o amando tanto? 

— Eu sei o suficiente. Sabe, Baekhyun? Quando uma pessoa ama a outra, ela presta atenção nos mínimos detalhes e com isso acaba percebendo coisas as quais ninguém jamais iria reparar. — Murmurei calma vendo mais uma lágrima deslizar por seu rosto delicado. 

Por que ele tinha que ser tão bonito? 

— Eu não acredito no que você está falando. — Franziu o cenho fungando de leve tentando retomar sua pose inabalável. 

— Que seja! Acredite no que você quiser. — Dei de ombros. — Eu só quero que saiba que tudo o que nós tínhamos acabou. Não quero mais nada que venha de você. 

— (S/n)? — Me virei ao ouvir a voz de Minseok e então pude vê-lo andar em nossa direção visivelmente preocupado. 

— Vamos embora, Oppa. — Caminhei até ele sem ao menos olhar para trás, enquanto sentia o peso dos olhos de Baekhyun em minhas costas. 

~~~ 

— Olha só pra você! Toda suja e descabelada! O que sua Omma vai pensar de mim? Eu sabia que não deveria ter te deixado sozinha. Como sou irresponsável! 

Eu estava levando uma bronca daquelas do Baozi enquanto íamos para casa. 

— Aigoo! Pare de brigar comigo. — Disse com raiva vendo o maior suspirar enquanto segurava o volante. 

Estávamos perto de casa e minha Omma realmente não iria gostar de nos ver chegar tarde da noite cheirando a álcool e comigo toda suja. 

— Você merece uma bronca, só estou fazendo o meu papel. — Ele já estava calmo, mas eu continuava irritada. 

— Papel de trouxa só pode! — O tom da minha voz saiu mais rude do que queria e me arrependi no mesmo instante. 

Minseok parou o carro perto de um casarão velho que havia a duas quadras da minha casa me fazendo morder os lábios já imaginando um terço da briga que iria acontecer. 

— O que você disse? — Em sua fala pude perceber que ele realmente estava com raiva do que eu tinha dito. 

— Nada, Baozi. — Desviei meu olhar para a janela do carro. 

Escutei um suspiro pesado vir de Minseok, mas ele não falou nada por dois longos minutos, o que me levou a estranhar aquilo. Pensava que ele iria passar horas e horas me repreendendo por ter desrespeitado alguém mais velho, como era de costume, e aquilo não aconteceu. 

— Você me tira a paciência, (s/n). — Murmurou enquanto finalmente ligava o carro voltando ao nosso percurso inicial que rapidamente foi finalizado. 

Minseok me esperou sair, mas eu não queria, pois quando nós brigávamos, por mais besta que fosse o motivo, eu me sentia péssima. 

— Minseok. — Me virei para ele, mas o mais velho continuava com os olhos fixos na estrada. 

— Vá logo antes que fique tarde. 

— Não! Eu quero ficar com você. — Levantei uma de minhas mãos até seu rosto e o puxei levemente fazendo com que ele me olhasse. — Me desculpa. — Aproximei meu rosto do seu e então selei levemente nossos lábios. 

— A sua Omma vai brigar. — Ele parecia meio apreensivo, mas eu já sabia o que eu queria. 

— Não ligo. Eu quero você, Kim Minseok. 

Já ansiava por ele há algum tempo, não queria apenas beijos e sim algo mais íntimo. 

Minseok suspirou pesado tentando se controlar, mas eu o queria sem controle algum enquanto me fodia da maneira mais gostosa que existia.