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História Long live the Evil Queen - Capitulo 2


Escrita por: Nikant

Notas do Autor


Troquei algumas coisas, mas é isso ai.
Boa leitura.

Capítulo 2 - Capitulo 2


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Assim que a rainha má desapareceu todos no Granny’s voltaram a falar, alguns apavorados, outros sem entender o que aconteceria adiante. Mas uma certeza era unanime: Tempos sombrios estavam por vir.

Mary ainda estava no colo do marido quando notou Regina se mexendo pela primeira vez, a prefeita estava atordoada e permaneceu em choque assimilando o baque que a sua versão má lhe causou. Quando voltou a si deu meia volta e se direcionou para fora do estabelecimento, todo o grupo que conversava coisas desconexas para ela notaram seu movimento e a seguiram.

-Hei, Regina onde está indo?- Emma foi a primeira a falar saindo do Granny’s, em seu encalço Killian, Mary, David e Bella. Henry foi o único que permaneceu la dentro tentando acalmar Violet.

-Pre-precisamos detê-la- Disse a morena com a respiração descompassada e erguendo as mãos na cabeça. Não pode ser, como ela voltou?- pensava consigo mesma.

-Calma não podemos agir por impulso é isso que ela quer- Respondeu David apertando sua esposa sem seus braços novamente.

-Agora você sabe o que ela pensa?- Falou irritada- Ah desculpa- Tentou corrigir notando que de nada serviria ser grosseira com o grupo que só estava tentando ajudar. Se havia alguém culpada naquela situação era somente ela. A culpa era sempre dela- bufou frustrada.

-Está bem, alguém precisa ficar aqui para não deixar o panico se alastrar. Killian e eu iremos a floresta, ainda a muitos perdidos por lá, pode ser que encontremos alguma pista que nos leve a … Ela- Disse desfazendo a confusão inicial daquele dia. Agora tudo fazia sentido, não era Regina, ao menos não a versão que ela conhecia, por isso o comportamento estranho.

-Ficaremos aqui, vá Emma mas tome cuidado- Mesmo preocupada Mary incentivou a filha.

-Irei atrás dela- Avisou a prefeita.

-Antes- A loira chamou a morena que já estava caminhando- Acho melhor trancar o seu cofre. Vi o Hyde andando próximo ao cemitério e não queremos mais surpresas.- Alertou a loira.

-E quando pretendia me contar isso Emma?- Se surpreendeu

-Eu-eu disse… Quer dizer pensei que fosse você. Era ela.- Gaguejou um pouco diante do olhar feroz da morena.

-Ela foi atrás de você?- Regina ficou pálida só de pensar o que poderia ter acontecido a salvadora-

-Na verdade David e eu também nos encontramos com ela- Foi a vez de Bela falar. 

-Ah, eu vou esmagar aquele coração- Respondeu a prefeita furiosa, não deu tempo de mais ninguém falar ela foi embora.

O grupo fez conforme o planejado Mary e David ficaram no restaurante para acalmar os ânimos dos recém-chegados. Bela foi para a biblioteca pesquisar, Henry foi ajuda-la após se certificar que Violet estava bem. Emma passou na delegacia para pegar uma arma extra e ela e Killian partiram para a floresta a procura de pistas. Regina nessa altura tinha selado seu cofre, mas estava incerta sobre se conseguiria manter sua versão do mal afastada dali, afinal tinham os mesmos poderes.

 

Em seguida a prefeita foi para casa. Bufava impaciente enquanto andava de um lado para o outro. Sua metade do mal estava livre por Storybrooke e sabe-se lá o que faria desta vez. Sua sede de vingança certamente estaria intacta, talvez até maior devido os últimos acontecimentos. Foi então que a prefeita  do sonho que teve meses atrás. Nele, a Rainha má tentava atacar Regina, tentava proteger Robin. Ah Robin- suspirou entristecida ao lembrar do amado. Mais uma vez seu amor havia sido arrancado de ti. Talvez, estivesse certa desde o início: vilões não tem finais felizes. Foi com esse pensamento que deixou-se cair na cama e chorar em desespero.

Poucos entendiam o que a prefeita sentia. Claro, perder alguém nunca é fácil. Entendiam a dor da perda. Mas não era só isso, não para Regina. Assim como não era a primeira vez. Ninguém compreendia a magnitude de seus sentimentos, de sua dor. Sabia que no fundo alguns cidadãos sequer se importavam, afinal, seria este o castigo por todo o mal que gerou no passado. Mas e Daniel? Por que ela o perdeu num momento em que era o mais puro dos seres? Buscava liberdade, ser feliz ao lado do amado e trilhar uma vida bem longe dos palácios. Isso ninguém lembrava, ninguém falava.

Tudo que aconteceu nunca foi Regina que escolheu. Se tornar rainha, viver num palácio, ter poder. Optou pela vingança anos atrás, mas foi apenas por ser mais uma vítima das insanidades da mãe. Não teria sido assim se seu amado não estivesse morto. Pensar no passado em nada ajudaria na atual conjuntura, a morena sabia, mas durante todos esses anos, desde a perseguição á maldição, ela nunca conseguiu se livrar dos fantasmas que constantemente a assombravam.

Estavam lá, todas as noites incessantemente. Diminuíram quando Henry entrou em sua vida, mas as vezes ainda acordava assustada. Voltaram com intensidade quando o filho saiu de casa para morar com a mãe biológica- Swan- a rainha sorriu amarga da lembrança da loira quebrando sua maldição. Tirou-lhe tudo que conquistou e lutou. Sacrificara o pai em vão. No entanto, o mundo dá voltas e olha quem aparentemente era a única que entendia a rainha. Justamente a filha, fruto do amor verdadeiro de Snow e Charming, que a soberana tanto fez mal no passado.

Novamente sentia um peso que não podia suportar. Realmente o destino gosta de brincar. Estava mais uma vez sozinha, sempre estivera, sempre se sentiu solitária. Podia ouvir as vozes em sua cabeça acusá-la. Queria gritar, mas de que adiantaria. Estava só, quem ouviria? Ninguém. A perda de Robin apenas intensificou algo que ela pensou ter deixado para trás, desde que por amor ao filho alcançou a redenção e ganhou como presente amigos, encontrou sua segunda chance, uma família. Entretanto, agora via seu mundo se despedaçar.

Como disse em NY a Emma, não podia seguir adianta, afinal vilões não tem finais felizes, iria sempre perder. E também não poderia voltar-se para a vingança, pois só a faria perder aqueles que ama. Pensou que ao se livrar da parte má conseguiria encontrar a paz, no entanto, lá estavam todos sob ameaça da temida rainha e era sua culpa mais uma vez. Estava no fundo, submersa por dor, angustia e sem nenhuma esperança. Perdida em si mesma, num lugar onde ninguém a encontraria.

 

Não muito distante a Xerife e seu namorado entravam na floresta, seguiam o rastro de um zepelim, pois foi nele que muitos recém-chegados entram na cidade. A loira suspeitava daquele local, algo que não podia explicar lhe dizia que estava no caminho certo. Talvez fosse seu instinto de sobrevivência, era boa em encontrar pessoas, ou talvez fosse sua magia funcionando como um radar, se conectando a magia daquela que procurava. Sorriu, a ideia de certo fazia sentido, pois desde a primeira vez que a sentiu, quando a usou magia sem sequer saber que estava usando, foi ao lado de Regina.

Lembrara daquele dia, como ao encostar na morena o chapéu de Jefferson ganhou vida e abriu um portal para outra terra. Infelizmente caiu no buraco junto com sua mãe. Mas daquele dia em diante, de alguma forma soube que sua magia permanecia conectada a da prefeita. Juntas eram mais poderosas do que sozinhas.

A loira tentou aprender, estava se esforçando cada vez mais. Porém a teoria era muito complicada, acabava por confiar em seus instintos que reagiam bem frente ao perigo. Ao mesmo tempo tinha conhecimento que não poderia confiar apenas na sorte, precisava aprender para seu próprio bem. Regina sempre lembrava-a disso.

E agora estava Emma caminhando pela floresta, seguindo sua intuição, indo atrás do lado mau da outra mãe do seu filho. Caminhou em silêncio pensando no assunto. Num súbito sentiu seu coração apertar aflito. Pegou-se imaginando como Regina devia estar se sentindo. Por que o sofrimento dela não cessa?- Perguntou-se internamente.

As duas mulheres já passaram por muitas coisas juntas, a loira sabia o quanto a mulher havia mudado, o quanto a prefeita lutou contra seus impulsos maléficos. No entanto, o que ela recebia em troca? Mais sofrimento. A xerife fez uma nota mental, encontraria um minuto para falar com Regina, seus próprios muros baixos, para poder consolar a mulher que durante os últimos anos se tornou sua amiga, parte essencial de sua família.

Enquanto caminhava perdida em seus pensamentos. Emma não percebeu que estava sendo seguida. Nem mesmo Killian percebeu. O homem que observava-os permaneceu escondido, seria facil demais destruir o casal desatento. Não teria graça- ele pensou. Virou-se e seguiu em outra direção, precisava avisar a rainha que tinham visitas pelas redondezas. O pirata e a namorada notaram a sua frente alguns barulhos, abaixaram-se e foram devagar espreitando por entre as árvores e os arbustos. O coração da loira congelou quando ela viu a rainha.

Ja tinha mudado de roupa de novo, estava agora de cabelo preso com direito a um rabo de cavalo enorme. Usava um vestido preto de couro, colado, que lhe delineava o corpo, fazendo jus a suas belíssimas curvas. Como ela consegue se mexer?- Sussurrou curiosa. Hook só balançou a cabeça em negação. Mas o que realmente inquietou a salvadora foi ver que no local onde a rainha se encontrava, existiam muitos recém-chegados. Mais do que haviam no Granny’s. A soberana acenava com a cabeça e rapidamente alguns paravam em sua frente. Todos mantinham os olhos baixos, podia-se ver de longe que estavam tremendo.

-Não gosto de espiões- Disse alto. Virou sua cabeça em direção aos arbustos em que se encontravam o casal. Num simples gesticular de mãos, que mal deixou a loira tomar ciencia sobre o que estava acontecendo, ela e seu amado se virão frente a frente com a temida rainha má. Puderam notar no olhar dela a indiferença e o ódio. Por um momento Emma pensou em Regina, melhor dizendo, na prefeita. Reconhecera aquele olhar, porém, ali estava mil vezes mais cortante.

-Se pensavam em me surpreender, enganaram-se. Tenho olhos e ouvidos por toda a cidade- Alertou-os, um sorriso satisfeito crescendo nos labios. Fitou de cima a baixo o pirata com extremo desdém. O sorriso deu lugar a uma carranca amargurada e raivosa. Num impulso arrancou o coração do aldeão que estava ao seu lado. O homem levara um susto e caiu ajoelhado tamanha a dor dilacerante que sentiu.

-Solte-o Regina- Ordenou apavorada a xerife. Seus olhos arregalados, mãos preparadas para atacar, algo que não passou desapercebido pela monarca.

-Não. Você não me chamará por este nome.-Advertiu à loira.- Mostre mais respeito a sua soberana.- Disse de cabeça erguida, refinada como uma rainha.- Ao menos mostre respeito a mulher que matará seu namoradinho- Imediatamente esmagou o coração que tinha na mão, o homem tombou já sem vida. Com a outra mão acenou e num instante o pirata fora capturado. Emma em choque não conseguia se mover.

Killian foi suspenso no ar, tinha sua garganta sendo apertada a distancia pela rainha má. Emma continuava atônita. Foi despertada apenas pela gargalhada aguda e cortante da mulher que prendera seu namorado. No mesmo instante a loira ergueu as mãos, delas irradiaram magia de luz. A rainha, por outro lado, conhecia muito bem a salvadora. Sua magia abobalhada que respondia ao instinto protetor. Deste modo, desviou com maestria, mesmo estando naquele vestido colado que fazia-lhe andar com cautela.

O sorriso da monarca apenas aumentou quando viu o olhar desapontado da loira, e depois apavorado quando a mesma olhou para o namorado e o viu numa tonalidade diferente. Não podia perdê-lo novamente- A xerife pensou. Foi então que novamente investiu contra a temida rainha. Os gritos se espalharam pela floresta tamanha a força que estava fazendo. Regina desviou novamente e de novo, este ultimo por pouco. Mantinha o pirata suspenso, já quase inconsciente. Quando a salvadora respirou e finalmente olhou para frente, fioquiaberta com o que viu, a monarca ainda estava de pé. Então veio o revide, tamanha a intensidade do poder jogou a mulher mais nova para longe, atrás das árvores em que a principio estava escondida.

-Você deveria me agradecer Emma. Esse projeto de homem não é bom o suficiente para você- Falou alto o suficiente para a xerife ferida ouvir, lá onde tinha caído.

Voltando sua atenção para o capitão, Regina caminhou lentamente até alcançá-lo. Deixou-o na sua altura e com a própria mão agarrou a garganta do homem, tomando a devida cautela para que suas unhas fossem aos poucos penetrando na carne. Conseguiu ver um pouco de sangue começando a cair antes de falar

- Eu vou te destruir Killian- a voz rouca era fria, transmitia seu ódio pelo pirata- Não é justo você estar vivo enquanto Robin não- O capitão pode notar os olhos de sua carrasca se enxerem de lagrimas ao citar o nome do arqueiro. Ali, Jones entendeu, não era apenas uma vingança contra Emma, ou até mesmo contra ele, pelo que fez no passado. Regina acreditava estar fazendo a justiça matando-o também.

 

Com o corpo todo dolorido pelo impacto e fraca demais para levantar. A salvadora com lagrimas nos olhos sentiu-se de mãos atadas. Seu amado estava prestes a morrer e o que ela poderia fazer? Tentou levantar, mas sentiu uma dor dilacerante na barriga, certamente havia quebrado alguma costela. Deixou as lagrimas caírem. Pensou em Regina, na prefeita. Desejou que estivesse ali, pois só ela seria capaz de lutar contra seu próprio eu.

 

Chorando em sua casa, enrolada entre as cobertas, soluçando como uma garotinha perdida, a prefeita sentiu seu corpo estremecer. Já sentiu-se assim antes e nunca significaram coisas boas. Fechou os olhos preocupada, precisava se concentrar. Sua mente levou-a diretamente para Emma. Soube naquele momento que a salvadora deveria estar em perigo precisando de sua ajuda. Num pulo já estava de pé, secou as lágrimas e fora ao encontro de sua irmã Zelena. Para o que quer que fosse, para a loira não estar dando conta sozinha, a prefeita sabia que então se tratava de algo grave. Precisaria de ajuda. Em outros tempos não admitiria isso, mas agora sem o lado mau dentro de si, sentia-se mais leve para confiar nas pessoas e pedi-las ajuda.

 

A rainha má mantinha o pirata sufocando. Com a mão direita entrou em seu peito e arrancou-lhe o coração. Observou com satisfação por alguns segundo. O Coração do homem era enegrecido assim com o dela, mas não totalmente. Fitou-o mais uma vez

-Olhe pirata- mostrou-se órgão pulsando em suas mãos- Vilões não tem finais felizes- Disse com amargura, a recíproca era verdade.

-SOLTE-O- Gritou a prefeita chegando ao meio da mata e se deparando com a cena que se desenrolava por lá. Emma estava caída de um lado, parecia imovel. O que deixou a morena apavorada. Killian por sua vez tinha seu coração nas mãos da rainha má. A situação estava pessima, mas poderia rapidamente ficar pior. Precisava agir.

Ao ouvir a voz da prefeita, Emma se surpreendeu mas também aquietou seu coração. Levantou a cabeça procurando pela morena, seus olhares se encontraram e a loira notou que a mulher estivera chorando pelo inchaço ao redor do olho. Regina apenas acenou com a cabeça, num pedido de desculpas silencioso.

-Ora, ora se não é a dupla de vilãs redimidas- Debochou olhando para as mulheres- Irmazinha duvido muito que queira ficar do lado perdedor quando a batalha começar- Tinha um sorriso sarcástico- Me procure, temos muito o que conversar.- Piscou para a ruiva que até então observava em silêncio. Conhecia muito bem aquela tática, ela mesma usava-a para distrair a atenção e atacar sorrateiramente.

Regina sentia-se enojada com a visão de si mesma. Como pudera ser tão repugnante assim? Ela se questionou. Porém, não se deixou abalar. Tudo aconteceu muito rápido, a prefeita levantou as mãos em direção ao seu eu malvado, Zelena a acompanhou. Infelizmente para as duas, a Rainha má conseguiu desviar dos ataques. Contudo, sentiu que seria arriscado continuar. Estava em desvantagem, não poderia ser pega- cogitou antes de soltar o coração do pirata e alertá-lo.

-Não terminamos por aqui capitão- Despareceu em sua fumaça. Killian caiu desacordo. Emma observava tudo com a cabeça erguida, sentia muito dor caso tentasse levantar. Regina foi imediatamente ajudar a loira. Ao se aproximar desviou do olhar agradecido da moça. Sentia-se culpada. Absorveu para si parte da dor que a xerife estava sentindo, precisava curá-la. A jovem gemeu baixinho quando sentiu algo acontecendo entre suas costelas. Regina estava-a ajudando, ela sorriu ainda mais agradecida.

Assim que conseguiu se mover apenas com uma dor incomoda mas não dilacerante, Emma correu para perto do namorado. Regina permaneceu agachada se recuperando do imenso desgaste emocional e ‘mágico’. Seus poderes estavam fracos. Do outro lado, Zelena tratou de colocar o coração de volta ao lugar. O homem grunhiu baixo, mas não acordou. A ruiva curou suas feridas no pescoço.

A xerife quando viu o sangue escorrido pelos ombros e camisa do amado, sentiu suas lágrimas caírem. Quase o perdeu de novo, não suportaria esta dor novamente. Beijou-lhe a testa aliviada ao tê-lo ali ainda com ela, apesar de machucado. Mas ela sabia que Hook era bom em sobreviver, desta vez não seria diferente. Iria se recuperar, ela mesma cuidaria de suas feridas em sua casa, no lar escolhido pelo pirata para ser deles.

Zelena deixou o casal apaixonada e foi amparar sua irmã. A relação das duas realmente melhorou após os ultimos acontecimentos. Viviam dores parecidas, foram de certa forma amaldiçoadas por sua mãe, fizeram escolhas ruins e agora estavam pagando caro pelas mesmas. A dor uniu-as. A ruiva sorriu de canto para a mais nova, um olhar terno e preocupado, afinal, por mais que nunca tenham tido esta intimidade, Zelena estava adorando ter uma irmazinha. Regina lhe sorriu de volta antes de fitar Emma com Killian ao seu colo. O coração da prefeita apertou. Inveja?- Ela se perguntou. Sim, sentia inveja pela loira ter seu amado enquanto ela não. Porém, estava trabalhando nisso, aceitando que seu destino era sofrer pelo mau que causou aos outros.

 

O quarteto se transportou para casa da salvadora, Zelena os levou até lá. Regina tratou de chamar Snow e Charming para uma reunião. Após,  certificar que o pirata estava bem, a loira desceu encontrando seus pais e as duas mulheres conversando.

-Emma minha filha você está bem? Ela te feriu?- Perguntou Mary preocupada. Recebeu como resposta apenas um aceno de cabeça positivo, pois a jovem ainda estava muito abalada pelo o que aconteceu.

 

 

~

Henry e Bela passaram boa parte da tarde procurando algum livro que pudesse lhes ajudar. Encontraram algumas coisas mas nada substancial ao fato de haver DUAS rainhas. Henry então lembrou-se do livro igual ao de Storybrooke que encontrou anteontem em NY. O livro tratava-se das histórias não contadas, e nele havia o conto do Dr. Jeckyl e Mr. Hyde. Ao contar a Bela, ambos acharam prudente busca-lo na mansão Mills. Talvez houvesse algo que ajudasse a entender toda essa confusão. A jovem bibliotecária usou um dos carros de seu marido e dirigiu até a casa 108.

-Oi mãe- Disse Henry ao abrir a porta e se deparar com Regina fitando o espelho, sobrancelha arqueada e face preocupada. A mulher olhou aturdida para o filho, mas o mesmo nem deu atenção, subiu apressado- Eu sei, desculpa não vou correr.- falou antes que sua mãe pudesse lhe chamar a atenção por correr pelas escadas. Henry foi até seu quarto, vasculho dentro de uma mochila e tirou o livro que procurava. 

-Vovó ligou, parece que minha mãe… Emma quer nos ver na casa dela.- O jovem não notou quando a mulher revirou os olhos a menção de Snow. A morena continuava quase sem se mover. Tinha apenas caminhado para perto da escada para aguardar o filho descer. O olhou com curiosidade- A senhora não quer vir conosco? Bela e eu estamos em um dos carros do meu avô- Dizia animado.

-Não querido… Tenho que pegar algumas coisas antes.- Falou com calma, usou um tom leve para não assustar seu filho. O garoto assentiu, depositou um beijo no rosto da mãe e saiu pela porta. Ela sorriu verdadeiramente com o gesto. Seu próprio filho não a reconheceu como má, ele a viu apenas como ela era: sua mãe.

 

~

-O que estava acontecendo lá Emma?- Perguntou David com cautela, pois sua filha ainda estava em estado de choque.

-Ela… ela. Eu… vi ela esmagar um coração. Tirou-o sem remorso algum e o esmagou como se descartasse uma folha de papel- Enquanto falava revivia o momento. Regina engoliu em seco reconhecendo seus gestos passados.- Ela é um monstro! Desculpa Regina mas aquela não é você. Pode ter sido em algum momento no passado, mas não é agora. Eu te conheço.- Ao dizer estas palavras fez com que a morena lhe olhasse diretamente pela primeira vez desde que saíram da floresta. Regina evitava aquele olhar que lhe despia, lhe deixava sem armadura alguma pois a reconhecia, enxergava seu coração, sua alma. Emma não a culpava, sentia-se compadecida com o sofrimento da prefeita. Isso inquietou a mulher. Foram tiradas de seu momento quando Henry entrou pela porta da frente com Bela.

-Oi mães- Ele disse empolgado- A senhora foi rápida- Disse olhando para Regina que franziu o cenho na hora.-Era ela não?- Henry questionou já sabendo da resposta só pela reação de espanto de sua familia.

-Ela te machucou?- Falou Emma preocupada olhando para o filho de cima a baixo.

-Não. Ela apenas... Eu só fui ao meu quarto buscar isso. Ela disse que precisava pegar algo.- Explicou afobado

-Regina o que há na sua casa que pode ser do interesse da Rainha má?- Perguntou Snow temorosa.

-A pergunta é o que não há lá que não seja de seu interesse- Bufou frustrada, se jogou já sem forças no sofá. Sua mente girada. Aquele dia estava sendo longo demais.

-Bem, ao menos uma coisa já sabemos- depois do silêncio que se instalou a xerife chamou a atenção de todos ao falar- Ela foi a mansão. Não poderá voltar para lá-

-Não irei fugir- Respondeu rispida.

-Não é esta a questão,ela pode ter pego algo, assim como, pode ter implantado algo.- Explicou com cautela para que a morena entendesse onde ela queria chegar.- Você e Henry não podem voltar lá. Não quero meu filho preso numa maldição do sono novamente, muito menos você- Seu tom era terno e evidenciava a preocupação que sentia.

-Está bem, iremos para o Granny’s querido.- Concordou a prefeita, Henry sentara ao seu lado para consolá-la.

-Regina você é família e não deixarei que durmam naquele colchão duro. Ficarão aqui- Afirmou Emma com convicção. Não aceitaria um não como resposta. Além do mais queria conversar com a morena, seria bom se passassem algum tempo morando sobre o mesmo teto. E poderia também se certificar que seu filho e a outra mãe dele estariam em segurança. Seu olhar era carregando de angustia, Regina pode notar o mix de emoções que passavam no mar dos olhos da loira. Apenas assentiu com a cabeça agradecida.

 

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Notas Finais


Teve tudo menos SQ, aliás o que teve foi só amizade né...


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