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História Long live the Evil Queen - Capítulo 6


Escrita por: Nikant

Notas do Autor


Desculpa a demora, postei a fic no nyah e lá recebi dois comentário super desmotivadores. Não obrigo ngm a ler minha fic, e como disse nas notas finais do cap. passado foi um mal necessário ter que escrever sobre CS, mas olhe só sou SWEN e a minha fic é SWANQUEEN, então calma pequenos gafanhotos, a desconstrução já está acontecendo e nesse cap mesmo vemos o casal "perfeito" brigar bastante.
Quero agradecer a quem lê aqui, vcs são incríveis pois nesta plataforma não recebi nenhum hate, apenas amor s2 e é por vocs que pretendo atualizar o quanto antes.
Sem mais delongas aproveitem o cap.

Leiam as notas finais e comentem pfv rs

Capítulo 6 - Capítulo 6


 

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Anteriormente

 

Apos Regina ouvir o que o pirata descontrolado achava sobre sua atitude, a prefeita adentrou ao interior da floresta. Precisava ficar só, pensar consigo mesma sobre o que ouviu. Não queria saber das palavras de compaixão de sempre, não mais. Estava farta de tudo isso. Farta de si. Deste modo, quando a salvadora lhe chamou sequer lhe deu ouvidos. Continuou caminhando, teria usado sua magia, mas ainda fraca devido o embate com o animal. Apertou o passo para se afastar o máximo possível.

Estava com raiva, estava com dor. Se fosse nos velhos tempos teria arrancado o coração daquele pirata antes mesmo dele proferir a segunda frase- Ela pensou- Como ousou falar assim com ela?— mas não, ela não era mais aquele tipo de pessoa. Se livrou do seu EU malvado e foi justamente por isso que além de colocar todos que amava em perigo, ainda teve que aguentar uma estúpida lição de moral vinda do capitão— Debochou descrente-

Talvez não tão estupida— considerou- afinal concordava com algumas partes. Regina sabia melhor que qualquer um que toda magia vem com um preço. Por isso desde que descobriu os efeitos colaterais de sua decisão se martirizou por ter sido tão idiota ao ponto de acreditar que conseguiria facilmente se livrar da rainha dentro de si. Sentia-se idiota por esse erro ingênuo digno de principiante.

Realmente eu não sou diferente de ninguém— ela pensou lembrando-se da fala do homem maneta- Quantos não gostariam de ter uma segunda, de recomeçar e apagar todos os erros do passado? Sim ela sabia que não era a única, contudo quantos sofreram como ela? Tiveram a vida usurpada para suprir os delírios da mãe?

Alguem a perguntou se ela queria ser rainha? Não, pois nunca quis; quantos virão o amado morrer de uma forma desumana em prol de um casamento arranjado? Quantos batalharam para alcançar o mínimo do que consideravam justo e até isso foi-lhes tirado brutalmente? Pois bem, muitas foram as vezes que Regina lutou contra seus próprios instintos, a cada passo que dava para conseguir a vingança regredia para consigo mesma. Perdia-se num caminho sem volta.

Para o azar do destino e a surpresa de todos a rainha se redimiu e reconquistou a confiança do filho, ganhou amigos e até uma família improvável. Estava começando a se sentir bem novamente. Até o amor resolveu lhe dar uma nova chance. E foi até uma certa noite… Mais uma vez o destino lhe disse NÃO, restando a mansão enorme e vazia, um coração despedaçado e o sentimento da certeza de que nunca seria feliz, pois tudo que ama sempre a deixa. Riu amargurada – Como o destino gosta de brincar não?-

Parou de andar, já estava afastada de onde ocorreu o confronto Sentou num tronco de árvore caído e se permitiu suspirar com pesar

E mesmo assim o pirata a chamou de covarde egoísta.- Bufou descrente das palavras que lembrava- Regina era muita coisa, já fez muito. Mas chamá-la disso feriu-lhe de uma forma que nem ela pensava ser capaz de se machucar mais. De fato fora egoísta no passado, mas quantas vezes desde que teve seu filho o colocou em primeiro lugar? Desde que se redimiu quantas vezes ela se sacrificou para salvar quem quer que fosse, para ajudar as pessoas que ainda a viam como monstro?

Estava disposta a morrer para parar o gatilho, abriu mão do filho para privá-lo da maldição de pan, foi essencial para deter Zelena, ‘aceitou’ o afastamento de Robin para ele ‘honrar’ o casamento com a esposa, se infiltrou entre as rainhas das trevas para impedir o plano do mal, no universo alternativo preferiu salvar o menino que dizia ser seu filho em vez de ir atrás do amor da sua vida, se conformou que seria consumida pelas trevas para salvar aqueles que ama e a cidade, barganhou com maestria para ir a procura da salvadora, foi a escolhida para carregar a adaga do sombrio, fez o que pode para ajudar Emma e a DarkSwan. Foi ao inferno e com isso perdeu Robin a sua segunda chance, tudo para ajudar a amiga, a outra mãe de seu filho, a resgatar o namorado- Que era menos do que a loira merecia- Pensava- O mesmo namorado que a minutos atrás deu um chilique grotesco e acusou Regina de ser egoísta.- Egoísta, sério?— Ela falou em voz alta tentando pôr os pensamentos em lugar.

Realmente ela já foi muitas coisas mas chamá-la de egoísta depois de se sacrificar e até mesmo perder, foi mais do que uma ofensa, foi um ato cruel. Algo digno de vilões que sabem o que falar quando querem ferir até a alma de uma pessoa. -Ai está o Killian ou devo dizer Capitão Gancho- Ela sussurrou com nojo pelo homem mais uma vez revelar seu verdadeiro eu. Podia sentir a raiva crescer.

Era culpada? Sim, ela sabia. Mas o idiota só se preocupou em acusá-la, sequer se deu o trabalho de pensar que o que ele chamou de ingenuidade e covardia para a morena na verdade refletia seu desespero. Estava desesperada, já tinha perdido tanto, não poderia perder mais, não suportaria que o destino lhe tirasse mais alguma coisa, outro alguem, preferiu ela mesmo livrar-se do que a atormentava para assim dar inicio a uma vida nova.

Claro que o capitão delineador não pensaria nisso, ele só pensa nele mesmo.— Killian podia enganar a família encantada, cheia de esperanças e que confia nas pessoas, mas não Regina, ele nunca a enganou com esse papinho de ajudar os outros, na verdade só ajudou a si mesmo fazendo o que tinha haver com seus próprios interesses.

A morena foi tirada de seus pensamentos quando ouviu o barulho de galhos quebrando. Alguem estava se aproximando e ela por um momento desejou que não fosse seu eu do mal. Não estava com cabeça para discutir e sequer tinha forças para se defender de ataques. Por sorte, não era quem ela pensou. Snow caminhava em sua direção com olhar terno e um sorriso compadecido. Surpresa porém envergonhada Regina abaixou a cabeça.

— Regina, não… não se esconde de mim- Falou tentando tranquilizar a mulher mais velha.

Não precisava vir atrás de mim Snow- Respondeu envergonhada

—Que bobagem, você é minha amiga e eu me preocupo com você- Sorriu sentando-se no tronco ao lado da mulher. Ver Regina daquela forma partiu o coração da mais jovem.

—Deveria estar com sua família afinal é tudo minha culpa não é mesmo?

—Você faz parte da minha família!- Disse firme- E outra não deve considerar o que o Killian disse…

—Como não se em parte é verdade?- Interrompeu a mulher mais nova.

—Verdade? Ah Regina me desculpa mas não. Já conversamos sobre isso antes, posso não mensurar o tamanho da sua dor mas sei o tanto de coisas ruins que recaíram sobre você, eu estava lá quando a semente do mal foi plantada, assim como estive ao seu lado cinco dias atrás quando finalmente se livrou desse fardo. Você apesar de tanto sofrimento se manteve forte, nunca desistiu e assim como qualquer um merece ser feliz. Killian não tinha o direito de dizer o que disse, quem ele é para julga-la? O homem que literalmente nos levou para o inferno por uma atitude mimada e infantil?- Suspirou- Ah ele ainda vai me ouvir.

Eu sempre perdi Snow- Apesar de surpresa pela fala da mais nova, Regina admitiu. A mais jovem balançava a cabeça em negação- Tudo que eu faço, cada decisão que eu tomo alguém sempre se machuca. Olha onde nos meti dessa vez?- Trocaram um olhar profundo e repleto de significados para ambas, afinal lá estavam como no princípio só quem em situações opostas.

Snow não conteve a vontade de abraçar sua ex-madrasta, a puxou para seus braços e a apertou do mesmo modo como uma vez Regina a consolou. Sorriu ao perceber que a mulher mais velha não se opôs, pelo contrário a prefeita como se fosse uma criança se jogou naquele abraço tentando encontrar um pouco de paz mediante o caos que enfrentava dentro e fora de si.

—Nós já vencemos uma vez e dessa não será diferente- Começou a dizer calmamente- Você se esquece que agora lutamos do mesmo lado, não precisa temer pois de alguma forma o bem sempre vence.— E lá estava o discurso de esperança que a morena mais velha não queria ouvir pela enésima vez. Ah Snow— ela pensou se permitindo sibilar um leve sorriso.

—Acredite Regina, não só a Emma eu também quero que seja feliz, que encontre a paz e cesse seu sofrimento.

—As coisas não são tão simples pra mim- Se separou do abraço para voltar a encarar a mulher a frente, voltou com o semblante triste e amargurado.

—Não pode desistir agora. Pois de tudo que fez já sofreu o bastante para pagar por seus erros. Você é forte, guerreira é a melhor pessoa que eu já conheci— Segurou as mãos da prefeita e as apertou passando firmeza. Regina se surpreendeu com a última frase– Está perto demais para perder as esperanças agora. Eu estou contigo, todos nós estamos e você já é uma vencedora por chegar tão longe.-

A morena mais velha a olhou ainda surpresa, de repente ficou vermelha, abaixou a cabeça e tentou dizer algo mas as palavras não saiam, olhava para suas mãos recém-desvencilhadas do toque da mais nova. Snow notou mas não compreendeu. A prefeita estava deveras envergonhada e arrependida por tudo que fez, sequer sabia por onde começar, na verdade não sabia como dizer aquilo. Para sua sorte, entendendo o que poderia ser a princesa tomou a dianteira com um sorriso radiante nos lábios e um olhar compreensivo.

Com a mão esquerda ergueu o rosto da mãe de seu neto e com a outra voltou a segurar suas mãos. Olhando para as avelãs emocionadas, Snow disse:

Eu te perdoo Regina- A morena não soube como responder, a mais jovem sabia o que atormentava a mais velha e mesmo depois de tanto mal que causou conseguiu lhe perdoar. O chão da prefeita se foi, sentia-se extasiada, triste e feliz ao mesmo tempo. Num gesto involuntário abraçou novamente a enteada- Já faz algum tempo que a perdoei, faltava apenas um momento mais calmo para lhe dizer- Continuou a princesa retribuindo o abraço.

—Desde quando temos calmaria Snow?- Brincou Regina

—Agora sim, essa é a Regina que eu conheço- Entrou na brincadeira soltando a mulher e dando uma batidinha de leve no ombro.

—Não, eu voltei a ser aquela que um dia conheceu- Disse timidamente

—É dessa mesma que estou falando!- Afirmou a mais jovem por tê-la de volta depois de tantos anos. As duas sorriram uma para a outra uma vez mais. Um sorriso cúmplice, amigável, familiar. Estavam em casa.

Após alguns instantes absorvendo o que acabara de acontecer, a jovem princesa rompeu o silêncio.

—E então, pra onde vai agora?- Perguntou se referindo ao que a prefeita faria no decorrer do dia-

—Hum… Agora, para a prefeitura- Depois do acordo que fizera com o Hyde o home não a importunou mais, tinha que procurar o Dr para ver se o que prometera ao vilão do mal já estava pronto, caso demorasse muito o mesmo poderia descumprir o acordo.- Depois… Bem… acho que vou para o meu cofre.- De forma alguma voltaria para a casa da loira, não com o pirata lá e depois de tudo o que ele disse, poderia ter que controlar a vontade de matá-lo, ou pior como justificaria a morte para a outra mãe do seu filho. Por que com certeza, do jeito que estava, se Regina visse Killian não hesitaria em mata-lo.

De jeito nenhum ficará sozinha- Snow se levantou e ficou de frente para a mulher, lhe estendeu a mão- Irá para a minha casa!- Disse firme

—Não se preocupe, meu cofre é seguro e não quero atrapalhar…- Suspirou mas aceitou a mão e ficou de pé. Tinham que sair de lá de qualquer forma.

—Você não atrapalha Regina, quero tê-la por perto. A menos que se importe com choro de bebê, mas Neal é bonzinho- Dizia apressada tentando o possível para que a prefeita ficasse em sua casa.

—Não, não me importo… Eu vou Snow— Notando o tom exasperado da mulher Regina assentiu. A princesa bateu as mãos em alegria.

—Ótimo, vamos poder cozinhar como nos velhos tempos…- Falou. As duas voltaram a andar refazendo o caminho de onde vieram.

—Você ainda se lembra?- Perguntou feliz pela lembrança de ensinar a mais jovem a cozinhar quando a mesma era apenas uma criança.

—Claro! Posso não ser tão boa como você- A olhou com toda admiração, algo que pegou Regina desprevenida a deixando vermelha- Mas sei me virar, e até aprendi outro modo de fazer uma torta de maça que fica tão boa quanto a sua- Piscou convencida

—Essa tenho que conferir- Debochou descrente.

 

Foi nessa conversa descontraída repleta de cumplicidade e gozação que as duas retornaram para a cidade. Regina até se esqueceu do que o pirata falou, foi para a prefeitura após se despedir da mais jovem e combinar que se encontrariam no Granny’s, para irem juntas para o apartamento da princesa.

Assim que chegou ligou para o filho o acalmando, também murmurou descontente ao saber que o menino estava com a ‘namorada’. Tinha que se acostumar com a ideia de dividir seu ‘pequeno’ com essa jovem- Sim ciume de mãe coruja falando mais alto.

O dia foi atarefado, cheio de papelada para revisar e com ligações e reclamações que não paravam de chegar. Os estragos até que não foram tantos mas não significava que foram pequenos. Um celeiro destruído, metade da plantação de abóbora serviu de alimento para a fera. Civis feridos, nenhuma morte, amém. E haviam pelo menos três ruas interditadas com pedaços de casas espalhados pela via.- Podia ser pior- Ela sussurrou ao lembrar da besta alada cuspidora de fogo.

Como não havia tomado café da manhã e estava ocupada demais para sair para comer algo no almoço, pediu um lanche- isso mesmo um lanche- na prefeitura para poder continuar o trabalho. Zelena ligou para saber como a irmã caçula estava e se podia ajudar com algo.

—No momento apenas cuide de você da minha sobrinha- Falou sinceramente sentindo o coração aquecer- Assim que possível passo aí para conversamos.- Se despediram e Regina voltou ao que estava fazendo.

Felizmente, boa parte da cidade se mobilizou para ajudar e liberar as vias, bem como vasculhar se não tinha nenhum ferido por baixo dos escombros ou até mesmo algum outro monstro pela cidade. David se ocupou em avistar o prejuízo, comunicar a prefeitura e explicar a população o que aconteceu. O loiro já estava ficando impaciente pois sua filha que já devia ter chegado a no mínimo duas horas atrás sequer tinha aparecido, nem mesmo o telefone ela estava atendendo.

 

Do outro lado da cidade, em uma zona residencial a salvadora e seu pirata terminaram exaustos, porém satisfeitos, o que estavam fazendo. Não foi bem como a loira imaginara, pensava em algo romântico, talvez um jantar para criar o clima e deixar as coisas fluirem, contudo não foi bem assim, a euforia foi tanta que sequer se lembrou que o filho estava em casa, e mesmo depois da saida do garoto, não conseguiu conter o desejo. Após o “exercício” a loira levantou e foi para a cozinha preparar algo para comerem.

 

Alguem está demorando para voltar pra cama- Disse o homem abraçando por trás a amada seminua que cozinhava algo para eles.

E pelo visto nem voltarei- Disse Emma mostrando a quantidade de ligações do pai em seu celular.

—Ah… O pirata fez um bico tristonho quando a mulher virou-se de frente para ele.

—Você sabe que tenho um dever a cumprir…

Seu pai, os outros…- Ele não diria o nome de Regina- Deixe-os cuidar de tudo, tire o dia pra ficarmos aqui a sós enquanto podemos- Sorria maliciosamente ainda abraçando a amada- Aliás se houvesse mais monstros já teriamos sidos interrompidos-

Por mais que eu queira...- Começou devagar- ... as coisas não são tão simples assim. Pelo o que li de umas mensagens, a besta deixou muita destruição pela cidade, preciso ajuda-los. Também tenho que encontrar Regina, saber se ela está bem…

Sério, de novo ela? Emma, a Regina é adulta, sabe se cuidar sozinha- Ele soltou a loira bufando, pois novamente a namorada queria correr atrás da ex rainha. Isso já o intrigava antes, mas devido os últimos acontecimentos só aumentou o dissabor.

—Não entendo esse repentino ódio pela Regina…

—Ah por favor né, sabe que nunca morremos de amores um pelo outro, apenas nos suportamos. Ela diversas vezes fez parecer que eu era o vilão. Sem contar que eu sei muito bem que ela desaprova o nosso relacionamento, te acha boa de mais pra mim- Riu impaciente. A loira caminhou em direção ao amado em passos lentos, porém postura firme.

Primeiro, quem namora contigo sou eu, e por mais que eu preze pela opinião dela, nisso Regina não pode interferir pois o sentimento é meu- enfatizou sisuda- Segundo até onde me lembro as vezes em que ela “supostamente” te fez parecer um vilão, você realmente estava escondendo algo de mim, não justifica a intromissão dela mas também não te isenta de culpa. Terceiro e ultimo, porém não menos importante, eu gosto de você capitão Killian Jones- Disse esboçando um leve sorriso- Mas também me importo com a Regina, é assim que as coisas são. Portanto se vamos namorar e progredir em nosso relacionamento preciso que entenda. Pois não irei admitir a afronta desta manhã.

—Mas… oque…?- Balbuciava tentando assimilar tudo que a loira lhe disse.

—Isso mesmo, errei em acalmá-lo quando no intimo sabia que deveria ter corrido atrás dela…

Você tem que ficar do meu lado pois EU SOU SEU NAMORADO- Aumentou o tom de voz desconfortável com o rumo da conversa, agora estavam brigando por culpa da Regina- sempre ela— ele pensou.

E ela é a MÃE DO MEU FILHO.- Notando que o pirata se calou e fechou a cara enraivecido a loira abrandou e continuou a falar- QUE DROGA KILLIAN, o que fez hoje não foi correto, não depois de tudo que Regina fez por nós todos esses anos. Sabe tão bem quanto eu que a culpa corroí assim como a vingança, e a conhecendo como a conheço ela não precisa de mais ninguém a culpado por nada. Essa não é a hora para nos dividirmos e sim para nos unirmos, só assim nós livraremos da rainha má. Acha que pode trabalhar em equipe?- Perguntou mas o homem nada disse só revirou os olhos- Agora ouça- Olhou bem nos olhos do pirata, fechou a cara assim como ele, olhos semicerrados e semblante sério- O que aconteceu hoje, que nunca mais se repita…

Mas Swan…- O capitão a interrompeu irado. Não ficaria parado ouvindo outro sermão em defesa da prefeita. Seu limite já havia esgotado.

Eu não terminei Killian.- Levantou o indicador para o outro parar de falar-Nunca, NUNCA mais ouse repetir aquelas palavras, pois sendo você meu namorado ou não, não permitirei que fira ainda mais a Regina.- O homem puxou o ar para replicar, mas a loira foi mais rapida- E o assunto está encerrado, tenho que correr para a delegacia…- Depositou um beijo na bochecha do amado e foi em direção as escadas.

Ainda na cozinha o capitão esmurrou a parede com fúria. Estavam bem, tiveram uma manhã prazerosa e agora haviam brigado por conta da prefeita. Novamente estava a prefeita atrapalhando a felicidade do formidável casal- pensava tentando manter a calma, sua intenção era ir atrás da amada, dizer que ela foi injusta com ele, pois afinal, ele só disse a verdade para a morena, contudo para seu infortúnio o mesmo sabia que prolongar aquela discussão só aumentaria a briga, pois no que concerne a “toda poderosa Mills” a sua namorada sempre a defendia por mais grotescos que fossem seus erros. Mas não, era ele Killian Jones que estava errado e não Regina que trouxe a rainha má de volta.

Eu mereço viu…- Bufou indo para a sala. Diferente do que pensava o capitão não estava sozinho, uma rainha a principio irritada pela afronta de hoje cedo o observava pelo espelho esboçando um sorriso maléfico na face. Acabo de ter um nova idéia- Ela falou pra si mesma.

 

No andar de cima a salvadora assim que entrou em seu quarto mandou um sms para o pai falando que já estava indo, também tentou ligar para a prefeita mas a morena não atendeu. Emma foi tomar banho e enquanto se trocava recebeu uma mensagem, pulou na cama achando que fosse a morena mas se desapontou por ser o Xerife pai- Nem ela sabia o por que de se chatear por isso, deu de ombros e terminou de se aprontar rapidamente. Quando desceu viu Killian jogado no sofá dedilhando impaciente, olhos fechados. Optou por dizer um audível tchau da porta, assim evitaria qualquer estresse.

 

Dirigiu alguns km até avistar as primeiras habitações despedaçadas e os restos por uma rua, se recriminou por ter ido fazer amor com o namorado em vez de cumprir com seu dever como xerife e salvadora. Mas ao mesmo tempo, a loira estava necessitada, faziam no mínimo dois anos que não tinha nenhuma relação sexual, a ultima foi com o ex- noivo símio, inclusive algo que ela ainda lutava para esquecer. Desde então voltou a cidade, começou o namoro e quando algo poderia rolar eles foram para camelot, depois para o inferno e agora isso, sem contar que o namorado morto ressuscitou a seis dias e eles ainda precisavam comemorar, se fossem depender de um momento de paz Emma voltaria a ser virgem.

Ela até estava se controlando bem, mas o dia anterior com as provocações da temida rainha a fizeram acender a chama da luxuria. Por falar em rainha esta exalava sensualidade e promiscuidade- Mas que diabos…- A loira falou em voz alta devido o pensamento sobre a monarca- Foi pelo Killian, eu estava com vontade, nós merecíamos isso- Ela repetiu como um mantra pra si mesma até se tornar a única verdade, pois a outra que ela não entendia, sequer se permitia pensar em relação a Regia (má).

Ainda assim sentiu-se mal por não ter ido atrás da outra mãe do seu filho, olhou novamente o celular, o mesmo continuava sem nenhuma notificação e tentou mais uma vez ligar, porém o numero caiu na caixa postal, ou Regina a estava ignorando ou o celular da prefeita tinha descarregado, algo plausível em tempos de celulares potentes e baterias tão “fracas”, contudo conhecendo a mulher, Emma pressentiu que fosse a primeira opção. Estacionou o carro ruas antes da delegacia quando avistou a viatura do pai, e enquanto descia mando uma mensagem par ao filho:

Oi garoto, você está bem? Falou com sua mãe? Sei que passou um pouco do horário mas pensei que podíamos almoçar juntos no Granny’s que tal, me faz cia? Apertou em enviar.

 

Onde você estava? Estive te procurando pelo o resto da manhã- David perguntou gesticulando com os braços, impaciente.

—Ocupada…— Ela falou desviando o olhar e fazendo a maior cara de paisagem para que o pai não suspeitasse o que ela estivera fazendo pela manhã. Corou.- Fui me certificar que não há nenhum outro monstro- Mentiu descaradamente pois o loiro a frente ergueu a sobrancelha esperando que a filha continuasse.

Hum. Bom.- Semicerrou os olhos- Comunicarei a Regina, assim ela também fica tranquila.— Foi pegando o celular para ligar na prefeitura.

—Conseguiu falar com ela? Como ela está?-

Depois do papelão que seu ‘namorado’ fez sua mãe foi falar com ela. Regina está bem, é forte até mais do que imagina.- Ironizou a palavra namorado encarando a filha com um olhar fechado.

Eu sei, já falei com ele. Não voltará a se repetir. — Notando que o homem iria replicar ela se apressou- Onde ela está?

Cumprindo com o dever dela de prefeita, diferente de você- O loiro foi ríspido e virou caminhando em direção ao pequeno grupo de moradores daquela região que foram afetados. Pois diferente do que a salvadora achou, o pai não acreditou em nenhuma palavra que ela dissera, pelo contrário sua intuição de progenitor dizia que a filha estivera todo esse tempo com o namorado pirata. Emma corou pela bronca, abaixou os ombros envergonhada, mas nem poderia dizer nada, ela estava errada e assumia as consequências.

Emma que tal trabalhar?- O loiro gritou em sua direção, chamando atenção e tirando a loira de seus pensamentos- Há dois quarteirões daqui na Apple 243A a srª MadClain solicitou apoio policial, estou meio ocupado aqui, se você puder…

—Claro deixa comigo- Interrompeu o pai e entrou apressada na viatura, precisava se afastar e começar a ajudar.

 

Emma então começou a trabalhar, logo após atender a ocorrência, recebeu a mensagem do filho, o mesmo já havia almoçado com Violet, mas não dispensou um sorvete para mais tarde, o que fez a loira rir. Aproveitou que estava com o celular nas mãos e pensou se ligaria ou não para a prefeitura, por fim não ligou, Regina devia estar ocupada e bem, o que ela diria? Ligar para perguntar se a outra estava bem soaria estranho, até mesmo para esse novo patamar de relação que estavam compartilhando. Optou por deixar para falar com a morena quando chegasse em casa.

O restante do dia passou correndo para a loira, apesar dos estragos na cidade conseguiram adiantar boa parte dos reparos com a ajuda de voluntários. No inicio da noite, Henry enviou uma mensagem avisando que iria para a casa dos avós, Emma aproveitaria para passar em casa, tomar um banho, falar com Regina com calma, para só então, passar no Granny’s, comprar o sorvete e ir ao encontro do filho na casa dos pais, se certificando assim que estariam todos bem.

Chegou em casa, abriu a porta e viu o namorado descendo as escadas lhe fitando, uma face impassiva de emoções.

—Oi- Ela falou receosa devido a discussão de mais cedo, contudo para sua surpresa o namorado a agarrou e lhe beijou com vontade- A Regina já chegou?- Ela perguntou desfazendo o beijo, o pirata que mantinha a testa encostada na da amada, foi lentamente abrindo os olhos, era inevitável a formação do bico e a carranca. Suspirou pesado antes de se afastar da loira.

—Não, Regina não chegou e por mim ela sequer volta a pisar nesta casa- Falou com o maxilar travado. O homem ficou em casa o dia todo pensando na amada, no momento de prazer que desfrutaram e até considerou relevar a defesa da loira para com a prefeita. Estava disposto a por uma pedra no que houve para ficar bem com a Emma de novo, porém lá estava Regina entre eles mais uma vez. Ela sequer perguntou como ELE estava, mas questionou se a morena já havia chegado. O capitão teve que se controlar muito para não agir grosseiramente.

Você quer dizer MINHA CASA?- Enfatizou afinal ela que comprou a residência.

A casa que EU escolhi para começarmos uma vida, Swan.- Relembrou a loira de quando mostrou o folheto com o anúncio da casa.

—Qual é o seu problema?

—No momento Regina.- Deu de ombros

—Você é um idiota sabia?

Claro só eu sou o errado…- Buffou descrente

—Não é este o caso.

—Então qual é?

Esta casa é minha, eu comprei e enquanto eu morar aqui as portas sempre estarão abertas para meus amigos e familiares, isso inclui a Regina você gostando ou não.- Suspirou- Achei que tinha deixado claro hoje cedo, está sendo infantil…

INFANTIL EU?- Riu sarcasticamente caminhando para a sala

Sim, parece uma criança mimada que está brava por que algo que queria muito deu errado.- Aproximou-se do homem gesticulando – Acha que também não quero paz?- Pausou- A diferença entre nós dois é que estou tentando resolver esse problema em vez de ficar procurando culpados para responsabilizá-los pela minha falta de atitude.- A loira sequer esperou pela resposta do moreno, caminhou em direção a porta

Onde está indo?- Perguntou enfurecido- como assim ela sairia? Não terminamos a discussão- Ele pensou

—Quer mesmo que eu diga?- O olhou fixamente e bateu a porta com força. Não era preciso ser um gênio para saber que a loira iria atrás da outra mãe do seu filho. O pirata viu a verdade estampada na face da namorada, o que aumentou exponencialmente sua raiva.

Emma foi até seu carro, ainda estava com a viatura, ligou e começou a dirigir a principio sem rumo, tentava se acalmar da discussão calorosa minutos antes. Não conseguia entender o motivo do amado de uma hora para a outra começou a implicar com a Regina. Que eles nunca foram amigos ela conseguia aceitar, eles trabalhavam em conjunto e respeitavam cada qual o seu limite. Mas desde que retornou a vida o moreno tem destilado odio gratuito para a prefeita.- Injusto— a loira pensou. Foi tirada de seu pensamento quando uma figura se materializou dentro do carro.

—Mas que po…- ia soltar um palavrão por estar alheia ao redor e ter se assustado, o carro saiu da via e foi para a contramão, felizmente não vinha ninguém do outro lado, a loirinha restabeleceu a direção ainda aturdida, respirava com dificuldades pelo susto.

Olhe o linguajar, está diante de uma rainha- a monarca a encarava prepotente, porém logo deu continuidade ao plano- Até gosto dessas e outras expressões de baixo calão, mas em outra circunstância- Piscou e mordeu o labio inferior com malicia- A menos que usemos o banco de trás- Disse sugestivamente- Nunca fiz sexo nisso que vocês chamam de carro.

Emma ignorou a fala da morena, já havia se livrado mais cedo do formigamento que sentia, não se deixaria persuadir/envolver novamente pela rainha.

—O que está fazendo aqui?- Parou o carro caso precisasse se defender.

—Queria conversar com a senhorita, tinha que ser longe do fedor de fornicação que sua casa emana- Pigarreou com nojo- Aliás estou muito desapontada com você Emma.- Olhou para a loira fazendo um biquinho charmoso, tentou tocar a outra mas a loira se desvencilhou do toque se afastando-

—Você desapontada comigo?- Debochou- tá de brincadeira...

Posso não ter escrúpulos mas ao menos não dormi com o homem que humilhou a mulher que você chama de amiga e família.- Ergueu a sobrancelha. A xerife nada disse, balbuciava mas nada saia.

—Você é patética Swan, o usou para suprir o desejo que eu lhe causei, não adianta negar, você sabe e eu também.  Se faz de salvadora e correta mas se deita com o homem que te enganou diversas vezes por puro egoísmo, ainda o perdoa e depois se faz de difícil para com seus pais e até mesmo com Regina quando foi a DarkSwan. Emma, hoje você ultrapassou todos os limites, deixou aquele projeto de homem humilhar o outro EU, mesmo depois de dizer que a protegeria.

Emma piscou algumas vezes, a verdade veio como um soco em seu estomago, porém não podia se abater, tinha que achar Regina e tentar consertas as coisas. Sabia que a monarca estava lhe confundindo e isso não era bom sinal.

—Não terminou, não sou obrigada a ouvir sermão da rainha má. Agora saia, tenho que encontrar a verdadeira Regina- Cuspiu tentando ser firme.

—Agora? Hoje cedo o que você fez mesmo? Ah, presenteou seu namoradinho com um bela transa. Está certa Swan- Ironizou inojada-  Por ora irei, mas não pense que se livrará de mim- Piscou, antes mesmo que a loira pudesse prever a rainha se inclinou sobre ela e depositou um beijo em sua bochecha, desaparecendo logo em seguida. Emma ficou atônita absorvendo o que ouvira e o beijo. Podia sentir o lugar quente em que a rainha lhe beijou, podia sentir o perfume inebriante que se espalhou pelo carro. Recobrando a sanidade após balançar a cabeça a loirinha deu partida  e continuou a dirigir, agora aturdida pelas palavras da monarca.

 

 

Do outro lado da cidade, Regina ficara até tarde na prefeitura. David e os demais voluntários ajudaram bastante consertando os reparos superficiais. Até Snow logo após o expediente foi para o escritório da prefeita lhe ajudar. Eram quase 20:30h quando saíram rumo ao apartamento da professora. A morena ainda desconcertada por incomodar o casal encantado, mas ao menos sorriu ao lembrar que o filho também ficaria com eles. Estariam todos presentes, quer dizer, quase todos.

Seu celular estava desligado e só percebeu quando por curiosidade foi verificar se havia recebido alguma chamada da outra mãe do seu filho. Como havia deixado o carregador na casa da loira, ficaria até o dia seguinte sem saber se alguém lhe ligou ou não. O percurso foi tranquilo, as duas mulheres conversaram trivialidades, estavam cansadas.

Assim que chegaram no pequeno, porém aconchegante apartamento, David já estava com o filho mais novo no colo, brincava com o garoto que gargalhava. Foi inevitável ver a cena e não se lembrar do Henry bebê. Regina sorriu ainda mais quando viu seu filho jogando videogame. Cumprimentou a todos e o abraçou apertado por mais tempo do que o necessário, o menino que havia dado pause no jogo aproveitou uma mão livre para continuar jogando, percebendo que esse seria mais um daqueles momentos chiclete da morena.

Após alguns minutos soltou o menino e viu que Snow já estava na cozinha, caminhou em direção erguendo as mangas. A mais nova viu a ex madrasta se aproximando.

—Fique a vontade Regina, embaixo da escada tem um calçado baixo, deve estar exausta e seus pés merecem descanso. Sei que tem um pijama da Emma que ficou aqui… Na verdade é seu, o Henry trouxe anos atrás, talvez ainda sirva você continua esbelta.- Sorriu simpática para a morena mais velha que retribuiu a gentileza e o esforço da anfitriã em deixá-la a vontade.

— Obrigada Snow, logo mais eu troco. Posso te ajudar?- Sugeriu ao ver a mais nova cortar tomate.

Não, hoje eu quero cozinhar para você- Disse enquanto agilmente jogava os pedaços de tomate no liquidificador.- Vamos ver se aprendi bem o que me ensinou-

Acredito que sim, senão já teria matado a metade dessa casa de fome- As duas riram e conversaram outras coisas em seguida. Regina notou que a jovem preparava um macarrão, algo facil, rápido e gostoso, ideal para qualquer momento principalmente para aquele em que ela estava faminta. Notando que Snow iniciava o preparo do que pelos ingredientes ela soube ser uma torta de maça, novamente se prontificou a ajudar.

Tem certeza que não quer minha ajuda?- Insistiu, adorava cozinhar, era como um hobbie e a deixava relaxada e feliz. Estava tão compenetrada esperando a resposta da jovem que não notou quando o David se aproximou.

—Você não vai por uma maldição do sono ou algo parecido? Sabe Neal é pequeno e o Henry também está aqui- Falou sorrindo enchendo o saco da prefeita que entrou na brincadeira.

Hoje não, afinal nem estou com meus ingredientes.- Tentou falar séria, mas não conseguia conter o riso no canto dos lábios, foi até Snow e ajudou a jovem a cortar a maçã- Mas se quiser mando uma rosquinha para a delegacia, cuidado para não dormir em serviço Xerife.— Eles riram, o homem maneou a cabeça pensativo.

—Até que não seria uma má ideia, to precisando de uma sono de beleza né garotão?- Respondeu olhando para o filho que mesmo sem entender também riu do momento de descontração. Era fato que o casal estava cansado, não só pelos ultimos acontecimentos mas também pelo bebê. Neal era pequeno e demandava muita atenção e cuidados, por vezes após trabalharem o dia todo ainda ficavam acordados com a criança risonha e sem sono no meio da madrugada- Dorme Neal, papai tá com sono- Charming lembrou de algumas noites atrás.

Uma hora se passou desde que chegaram e Snow começou a cozinhar, o jantar estava pronto e a torta no forno. Regina tirou os sapatos e quase gemeu de alivio quando tirou os saltos. Sentaram a mesa, após insistir muito para que Henry largasse o jogo e viesse comer —Onde está minha autoridade?- Se perguntou Regina que teve que chamar o filho 3 vezes, outrora isso não aconteceria- Claro- ela pensou, seu lado rigido pertencia a outra versão de si. Balançou a cabeça afugentando tais pensamentos, estava em paz, em família e não deixaria nada abalar aquele momento.

O jantar transcorreu tranquilo, conversaram, riram bastante. Regina elogiou a comida da Snow, estava realmente maravilhosa. Se levantou para ajudar a lavar a louça mas foi a vez do Xerife interromper e pedir para a Regina fazer companhia ao filho. Não achou certo, afinal estava tão cansada quanto eles. Por fim, após longa insistência sentou ao lado do Henry, Snow estava com Neal no quarto trocando o garoto.

Mãe, quando posso convidar Violet para um jantar formal?— O menino continuava olhando para a TV e apertando os botões do joystick, porém estava ansioso para conversar com sua mãe morena, pois sabia que a reação dela seria mais exagerada do a da sua outra mãe.

Um jantar formal?- A prefeita arregalou os olhos e agradeceu pelo filho não ve-la- Como assim um jantar formal querido?

Ah, sabe, um jantar com a família. Quero que conheçam a Violet o pai dela- Explicava bem calmo.

Está gostando mesmo dessa garota?- Regina perguntou cautelosa, os olhos já marejados por seu menino estar tão crescido, logo mais não poderia chama-lo de menino. Henry pausou o jogo e olhou dentro dos olhos da mãe.

Sim- Acenou sorrindo- E gostaria que vocês a conhecessem.-

Certo, por mim tudo bem. Farei o possível para esse jantar ser o quanto antes- Afagou o cabelo do menino- Já falou com a Emma?- Perguntou sentindo a necessidade e perguntar da loira.

Ainda não, mas ela vai curtir a ideia, tenho certeza- Voltou a dar play no jogo, mas notou a mãe morena fazendo um bico só fingindo estar ofendida. Pausou novamente e olhou pra ela- Não faz assim, você sabe que é mais sentimental que a minha mãe loira. Só quis falar com você primeiro, saber em como se sentiria em relação a isso. —Regina não poderia estar mais orgulhosa, seu menino a conhecia mesmo.

 

Emma saiu do carro frustrada, rodara a cidade inteira a mais de 1h e nada de encontrar a Regina, foi até a prefeitura, depois ao cofre, até correu risco indo a mansão. Passou pelo Granny’s e foi ao parque. Não encontrava Regina em lugar algum. Foi então que ligou para sua mãe, já estava preocupada e talvez seus pais soubessem do paradeiro da morena.

—Filha calma, Regina está bem. Ela está aqui- Respondeu Snow no quarto após atender o telefonema afoito da filha. Foi então que a ficha da salvadora claro- Claro sua idiota, se elas saíram juntas onde mais ela estaria?- Sussurrou pra si mesma antes de agradecer e dizer que estava indo para lá.

 

 

Na casa da xerife, após a briga com a amada, o pirata se pôs a beber, já estava na quarta dose de whisky jogado no sofá quando uma fumaça apareceu no meio da sala se revelando. O homem deu um sobressalto com a surpresa, mas não esmoreceu, se a rainha tinha vindo lhe matar, ele ao menos morreria de cabeça erguida. Para deixa-lo ainda mais intrigado a mulher olhou para o restante da casa como se procurasse alguém.

—Regina não está?- Questionou já sabendo da resposta

—E eu por acaso sou porteiro para saber?- Falou enraivecido- Essa casa é minha e da Swan, por que insistem em perguntar da Regina? Sempre Regina… blábláblá- Falou gesticulando com a única mão. Estava muito alterado.

—Tenho um assunto a tratar com minha outra versão, pelo visto nem a salvadora está, não me diga que ela foi atrás da Regina?- Perguntou com um sorriso cínico já sabendo o que causaria no pirata. E era isso mesmo que ela queria.

A rainha estava observando o homem desde que a salvadora saiu. Viu quando o mesmo foi até os fundos da casa e esmurrou alguns objetos- ótimo, raiva, preciso disso capitão- murmurava escondida. Depois acompanhou de longe quando o homem começou a beber, esperou o momento exato de embriaguez para perturbá-lo.- Hum que bela amizade Piscou para o homem e desapareceu em sua fumaça, uma risada perversa ecoou pelo local.

A fúria do pirata aumentou, ele já estava muito alcoolizado para dizer que tinha total controle dos seus atos, terminou de virar a garrafa que tinha nas mãos, pegou outra e foi em direção a porta, encontraria a loira e a traria para casa, para o lugar onde ela deveria estar, ou seja, ao seu lado.

 

 

Uns 15 minutos se passaram desde que findou a ligação com a mãe. Emma subiu as escadas do apartamento onde por algum tempo viveu com os pais, e parou na porta apreensiva, encontraria a morena e os demais familiares. Respirou fundo e bateu na porta. Achou-se idiota por fazer isso na casa dos próprios pais mas o nervosismo que sentia era maior.

Regina foi desperta de seus pensamentos, ainda sentada ao lado do filho, quando ouvira a porta bater. Já era tarde. Quem pode ser?— ela pensou. Snow atravessou o pequeno espaço e abriu a porta já sabendo quem seria. Emma abriu um sorriso sem jeito e falou um Oi. Assim que entrou o filho pausou o jogo e sorriu para a mãe.

—Demorou mãe, achei que nem viria mais-

—Mas trouxe sorvete!- Ela balançou a sacolinha com o pote nas mãos.

—Oba- Ele esboçou animado mas fitou Regina que o olhava com a expressão de quem diz: Você já comeu a sobremesa e está tarde para sorvete— A ligação entre eles era forte pois era exatamente isso que a morena estava pensando- Por favor mãe, só um pouco, depois prometo que vou dormir- Fez cara de cachorro e a prefeita não resistiu.

O menino correu para pegar o pote das mãos da outra mãe, foi até a cozinha. David que terminara o banho, foi até a sala ver quem chegou, ainda secava o cabelo enquanto caminhava. Snow fechou a porta, só então notou a tensão da filha encarando a morena no sofá que desviava o olhar.

—Bem… Vamos deixar vocês a sós. - Chamou o marido e maneou com a cabeça indicando para o neto subir para o quarto- Se precisarem de algo estamos logo ali- Por fim entrou no quarto do casal, onde Neal dormia.

Ok Emma e Regina estavam sozinhas na sala. A loira caminhou devagar tentando diminuir o nervosismo, afobada colocou as mãos no bolso. Regina ainda desviava o olhar, podia sentir a ansiedade da xerife o que lhe deixou apreensiva, sem contar que não suportaria a loira tentando defender o pirata idiota.

—Oi- Sussurrou a salvadora depois de alguns minutos de silêncio constrangedor

—Oi- A prefeita a olhou pela primeira vez desde que chegou.

 

Enquanto isso no quarto:

—Snow?

—Shiu!

—Snow?

—SHIU!!!- Fez uma cara de brava, voltando a atenção para a porta. O homem ficou impaciente e sua esposa percebeu, foi então que se rendeu e voltou a atenção para ele.

Porque disse que a deixaríamos a sós se as estamos espiando?- Perguntou David confuso por ele e a esposa estarem colados na porta tentando ouvir a conversa das duas mulheres

Por que sim- Sussurrou baixinho- Só… só quero saber, ah… como mãe e ‘enteada’ quero saber o que elas conversam, apenas isso.- Mentiu, não era total inverdade, no entanto a morena de cabelos curtos tinha um pressentimento e aquela conversa era crucial para ela confirmar ou não suas suspeitas. Alias eles não eram os únicos que estavam ouvido, alguém através de um espalho via e ouvia cada vez mais intrigada aquela conversa.

O loiro assentiu e puxou uma cadeira.

 

De volta a sala:

—Você… você está bem? O ferimento…- Disse preocupada se referindo ao ataque com a besta alada.

Apenas cansada. Zelena me curou, no demais uma boa alimentação e um pouco de descanso e ficarei melhor- Sorriu tranquilizando a outra que sentou no sofá a frente. Continuaram se encarando por alguns minutos até Regina retribuir.

—E você como está?-

Exausta- Suspirou- Não é como se enfrentássemos uma fera daquela todos os dias- riu nervosa o que fez a morena também rir do azar.

-Deveria estar em casa descansando…

—Você também.

Emma eu não…- Se endireitou no sofá, podia sentir que a tal conversa sobre o pirata se aproximava e ela não estava afim então cortaria o quanto antes, inclusive deixaria explicito, caso ainda não estivesse, o motivo de não retornar a casa da loira.

—Por favor Regina, sei que o que o Killian falou foi errado, mas eu quero você lá, me sentirei mais segura se souber que posso te proteger.- Disse que salvadora lembrando a aparição da rainha má- Você e o Henry. Prometo que isso não voltará a se repetir, já falei com o capitão. Discutimos pois eu não admitirei…

—Brigou com ele por minha causa?

Emma, maneou positivo com a cabeça - Não gostei do que ele falou nem como falou, apenas te… te machucou mais— Foi suavizando a voz compreendo a dor da morena.-

Não deveriam se desentender por mim- Se levantou aflita- Não percebe que continuo atrapalhando a vida das pessoas?- Completou triste.

Não Regina.- A loira também se levantou e caminhou até se aproximar da outra

—Não posso voltar, agradeço mas não posso. Não quero atrapalhar ainda mais a relação de vocês.- Regina pôs uma mão na cabeça enquanto a outra foi carinhosamente segurada pela loira- Agora era assim entre elas, o medo do toque não existia mais.

—Você não atrapalha. Killian que foi insensível…

—Ilógico, egoísta, mimado, grosseiro, abusado, inconveniente, inútil, um completo idiota.- Regina a interrompeu e começou a listar os atributos do pirata-

—Ee… Isso também- A loira engoliu em seco as palavras da morena,não discordava.

—Você merecia alguém melhor...- Num suspiro acompanhado do balançar da cabeça. Assim seus olhares se encontraram e foram sustentados pelas duas. Até a loira desconcertada com a frase concluir seu discurso.

—Ok- Respirou fundo- Realmente ele foi tudo isso, o que é imperdoável. Mas ouça, não peço para que você o desculpe, sei que apenas se aturam por anos, mas por favor volte comigo para casa, enquanto eu viver as portas sempre estarão abertas para você, gosto o Killian ou não.

Regina foi pega de surpresa pela fala da outra, Emma realmente a queria de volta. Queria protegê-la, queria por perto. Seria difícil para a morena dividir o mesmo ambiente com o pirata, mas ver aqueles olhinhos suplicantes e arrependidos da loira, assim como Henry, tinham efeito imediato na prefeita. Começava a considerar um sim quando ouviram batidas na porta.

A xerife intrigada saiu do momento que compartilhava com a prefeita e foi em direção a entrada da casa, abriu e sua surpresa não poderia ser maior ao ver seu namorado logo a frente, para piorar estava bêbado, podia sentir o cheiro de álcool a quilômetros, sem contar que o homem mal se sustentava em pé e ainda tinha metade de uma garrafa de whisky na mão.

O que está fazendo aqui Killian?- Perguntou atônita.

Vi… Vim buscar a minha muler, mu- mulher— Tropeçava nas palavras devido o alto nível de embriaguez. Sorte estar escorado na parede senão cairia.

—Ah…- A loira balbuciava mas nada saia

—Vamos Emma para casa, para nossa casa.- Ele ordenou, tentou puxar a mão da loira mas a mesma se esquivou com rapidez.

—Eu não vou com você e também não iria se estivesse sóbrio. O que pensa que está fazendo?- Perguntou incrédulo com a cena que testemunhava

Já disse vim buscar a minha mulher- Falou aumentando o tom- Sou o seu namorado e você deve me obedecer.

—Eu não sou uma propriedade sua e já disse que não irei.

É por ela não? Ela tá aí? REGINA? REGINA APAREÇA, VEM DIZER UM OI!- Começou a gritar

CALA A BOCA!- Replicou Emma. A morena que estava até o momento ouvindo o desenrolar da conversa na porta, foi se aproximando. Emma notou pela visão periférica e acenou com a mão para que a prefeita não se aproximasse, afinal só pioraria as coisas com o homem bêbado descontrolado.

—NÃO até você ir para casa comigo. Por que ficar se podemos…

EU NÃO VOU KILLIAN. -Ela gritou farta— JÁ CHEGA, você está fora de si, acha que sou um objeto seu no qual manipula como quiser. EU JÁ DISSE QUE NÃO VOU. Estou em casa, estou com minha família e você está sendo ridículo ao fazer esse showzinho.- Cuspiu irritada. O homem retrucaria mas ela foi mais rápida- Vai para casa, toma um banho gelado para ver se diminui essa embriaguez ou não me importa se é meu namorado, como xerife irei lhe prender por desacato e perturbação da ordem.

Você não ousaria.- Murmurou descrente.

Se ela não fizer eu faço- Emma, Regina e Killian puderam ouvir a voz do xerife pai gritando de dentro da casa. Claro, ele e a esposa estavam ouvindo a conversa das duas mulheres quando também passaram a observar o escândalo feito pelo capitão alcoolizado. Qualquer coisa interveriam, assim como David acabara de fazer. Já estava no limite com a capitão, adoraria prendê-lo e jogar a chave fora.

Tchau. Quem sabe amanhã conversamos- Falou por fim ressentida, afinal diferente das outras vezes não perdoaria fácil a atitude estúpida do namorado-

Ela está aí não? Só me diz isso, prefere ficar aqui do que ir pra casa com seu namorado- Ele estava triste, havia abaixado o tom de voz.

Sempre. Tchau Kill- A loira virou intercalando o olhar entre o namorado e a morena atrás da porta, assim que terminou fechou a mesma na cara do capitão e torceu para que ele fosse embora sem causar nenhum problema.- Puxa que dia- ela pensou esgotada.

Regina que ainda estava processando a conversa que estava tendo com a salvadora antes de serem interrompidas, se surpreendeu novamente com a atitude da loira, além de querê-la por perto, foi capaz de preferi-la ao invés do namorado que a menos de uma semana voltava dos mortos. Não podia ser só coincidência, conseguia sentir um turbilhão de sentimentos e emoções no ar, ainda era confuso, era como se não fosse somente dela o que estava sentindo, sabia que algo estava acontecendo só não entendia o que. Do mesmo modo a loira sentia-se igualmente aturdida dentro de si.

 

Do outro lado da porta o capitão ainda mantinha o olhar entristecido na porta, não conseguia acreditar no que ouvira. Virou-se ainda cambaleando e foi saindo para fora do prédio. Aos primeiros passo se culpou por ter gritado com a loira, bebeu um gole da bebida, depois outro e outro, sentia a necessidade de senti-la rasgando a garganta, talvez só assim com a amargura do álcool pudesse sufocar a amargura de seu coração.

Deu mais alguns passos até sair de fato do prédio, a raiva voltava a irradiar, enquanto ele caminhava pela rua e não deixava de imaginar sua mulher no mesmo ambiente que a prefeita- Ah Regina!— Ele grunhiu estridente. Era novamente por culpa dela que eles haviam brigado. Sua loucura embriagada foi interrompida por uma fumaça familiar.

Ora, ora capitão- A rainha debochou do estado caótico do homem. Em uma luz de sanidade o pirata se recordou que a monarca procurava a razão de seu dessabor.

Verdade seja dita, a soberana não queria falar com a Regina, sequer estava achando ruim a aproximação das duas, pelo contrário isso só a ajudava no plano de conquistar a loira, no entanto precisava parecer incomodada com sua outra versão, assim uma ideia perversa formaria na cabeça do homem e ela juntaria o útil ao agradável, se livraria da Regina, o maneta destruiria seu relacionamento deixando o caminho livre para ela e a salvadora- Perfeito Regina- Ela sussurrava pra si- Só preciso que esse idiota volte a ser vilão. Voltou com o teatrinho visto que o homem nada respondeu apenas a fitou desconfiado.

— Sabe, Regina é um empecilho que estou tentando eliminar, mas parece que a salvadora sempre está no meu caminho- Comentou rodeando o pirata.

—Não ouse tocar na Emma ou…

—Para! Olhe para você, não tem condições de me ameaçar, que dirá cumprir a ameaça.- Riu- Esqueceu que quase o matei?-

—E por que não mata agora?

—Seria muito fácil e você merece sofrer. Sem contar que não seria um castigo para sua namorada não é mesmo...- Riu desdenhando do fato da loira tê-lo deixado para ficar no apê com a Regina- Não. Não. No momento preciso me livrar de alguém mais urgente, porém estou cansada de sempre encontrar a xerife para me atrapalhar.- Fingiu estar furiosa- Talvez…- Ergueu a sobrancelha, quando viu o manear de cabeça do homem que demonstrava pensar.— Talvez possamos nos ajudar.

—Estou bêbado mas não sou idiota- Retrucou o capitão que não cometeria o erro de se aliar a rainha má.

—Bem- Fez um bico insatisfeita- Se mudar de ideia é só me procurar como nos velhos tempos- Um sorriso perverso no canto da boca, em seguida desapareceu deixando um pirata ressentido e pensativo.

 

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Notas Finais


O que acharam?
Pensei em construir a fic diferente, é mto facil para nós que detestamos CS e vemos quanto o Killian é abusivo falar mal dele. Por isso resolvi por o ponto de vista do pirata, o que não aliviou a barra, o cara é ridiculo, mimado, egoista, MACHISTA. E é isso que eu quero causar em vcs e livrar Emma desse babaca.

SPOILER: Aos leitores impacientes de plantão, relaxem, pois no proximo capitulo haverá beijo SQ. Não digo sob quais circunstâncias mas haverá e se tudo correr como eu planejo (digo, se eu não criar outra ideia no meio do caminho) termino o capitulo com o capitão cavando a cova do seu relacionamento, ele fará algo imperdoável e a Swan irá ver (A Queen vai mostrar né rs)

É isso, agradeço a atenção e até breve


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