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História Long live the Evil Queen - Capítulo 7


Escrita por: Nikant

Notas do Autor


Olá eu voltei, nossa tive um bloquei nesse final, e olha que já tinha escrito a sinopse do cap, ou seja era só seguir né? mas mesmo assim, tive uma baita dificuldade.
O prometido beijo sq está aí, espero que gostem. rs

Boa Leitura.


Comentem e leiam as notas finais terá spoilers dnv

Capítulo 7 - Capítulo 7


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Após a saída do pirata os ânimos exaltados de todos da casa foram reduzindo. David saiu do quarto para se certificar que a filha estava bem, Snow pegou-lhe água, tinha muito a dizer mas preferiu se calar pois já estavam todos nervosos. Regina sem dizer nada apenas com um olhar de gratidão e imersa em suas dúvidas e reflexões, se dirigiu ao banheiro para tomar banho. Quase meia hora depois já estavam todos indo para cama.

Regina e Henry dividiram a cama de casal no andar de cima. Emma ficou no sofá, pôs um short de sua mãe e tirou a jaqueta ficando só de regata. Como Snow deduziu o pijama da prefeita, que por anos Emma usou, ainda lhe servia muito bem; tinha apenas um diferencial: o cheiro/perfume da salvadora. A morena acariciando o tecido de seda na cor cinza, suspirou antes de dizer boa noite e se recolher.

Assim que as luzes se apagaram não foi difícil ceder ao sono, algumas horas madrugada adentro e só a xerife que não conseguia dormir, fosse pela discussão com Killian ou pela conversa com a prefeita e até mesmo com a rainha. As palavras martelavam em sua mente, se remexia de um lado para o outro desconfortável. Foi tirada de sua tentativa frustrada de fechar os olhos e forçar-se a dormir de novo, quando ouviu um barulho. Acendeu a luz assustada.

-Quem está aí?- Questionou alerta colocando a mão sobre a arma embaixo do travesseiro.

-Eu vim tomar água, te acordei?- A voz rouca da prefeita ecoou pelo ambiente, mesmo piscando os olhos pela luminosidade recente, a loira identificou a imagem da morena a sua frente corada por ter ‘acordado’ a outra.

-Não. Não.- Relaxou deixando a arma onde estava, sentou-se no sofá para ver melhor a mulher que caminhava até a cozinha- Você também não consegue dormir?-

-Mais ou menos isso…- Sorriu tímida. Fez-se um silêncio enorme e Emma ficou observando a morena beber água, cada gole parecia uma eternidade. Lá estava a tensão no ar mais uma vez.

-Bem, vou tentar dormir. Boa noite- Despediu-se Regina

-Boa noite- Disse Emma se ajeitando para deitar e apagar a luz.

A prefeita parou no pé da escada, a três dias algumas dúvidas pairavam em sua mente, se não aproveitasse a oportunidade de estarem só jamais resolveria o que lhe incomodava. Então num impulso de coragem perguntou:

-Por que está fazendo isso por mim?- Foi virando lentamente até encontrar o olhar arregalado da loira.

-O que imagina? Quero garantir sua proteção.- Respondeu sem gaguejar, mas corou. Regina caminhou devagar para perto da salvadora, não estava convencida então num novo impulso:

-Mas por que?- Insistiu. Vendo a cara de desentendida da outra ela continuou com uma lembrança que a intrigava- Naquela noite você disse que sua felicidade dependia do meu final feliz e que faria o possível para não me ver sofrer mais, agora também quer me proteger, escolheu ficar em vez de ir com seu namorado. Por que Emma, por que está agindo assim?-

-Eu Ah- Não sabia como responder, ainda mais com aquelas orbes avelãs lhe fitando com tanta intensidade.

Apertava as mãos suando. Notando que Regina sentou derrotada no sofá a loira se importou e formulou o que tinha na ‘mente’ em palavras o mais rápido que pode.

- Eu não sei explicar- Admitiu vendo a morena entristecer-se- É apenas como me sinto em relação a você.- Observou que a prefeita falaria algo então se antecipou- Sei que nunca tivemos esse grau de afinidade, mas confesso que estou adorando conhecer este seu outro lado… Não que eu não gostasse da antiga Regina, sinto até falta da implicância e as reviradas de olhos que só você sabe- Sorriu com a lembrança- Mas agora é diferente, meus muros estão baixos, nos abrimos emocionalmente uma para a outra e ate nos tocamos- Se ajeitou ao lado da morena ficando de frente para ela e segurando sua mão- Só não me pergunte o por que pois não sei, eu ... eu só… eu só quero cuidar de você.

Uma lágrima escorreu no rosto da morena, enquanto um tímido sorriso se formava. A loirinha com a outra mão secou a face da mulher, estavam bem próximas. Emma notou o olhar da prefeita sobre seus lábios e corou.- Ultimamente estava acontecendo muito entre elas essas situações de constrangimento, tensão, carinho…- Pensou a loira

A surpresa maior foi quando sentiu os lábios carnudos e quentes da prefeita sobre os seus. Se espantou, mas não se afastou, era novo para as duas, Emma envolvida pelos sentimentos confusos se permitiu ceder e desfrutar daquele beijo.

Como esperado o beijo foi leve e calmo, as duas nervosas se permitiram experimentar a sensação de seus lábios unidos, aos poucos os movimentos foram se aprofundando conforme a língua pedia passagem. Emma ficou extasiada quando sentiu o gosto da morena e quase gemeu quando a mesma mordiscou e puxou seu lábio inferior, passou os braços pela cintura da ex monarca trazendo-a para mais perto, Regina lhe enlaçou o pescoço.

Tão rápido como começou findou-se e a prefeita levantou apressada, precisava se afastar da loira, ficou de pé, de costas. A Swan ainda desorientada não parava de pensar na sensação do beijo.- Ultrapassamos todos os limites- Murmurou tocando a boca, balançou a cabeça tentando recobrar como se respirava.

-Regina…- Falou com dificuldade

-Não, não... isso não deveria ter acontecido- Disse afoita beirando ao desespero com a verdade vindo a tona.

-Mas aconteceu e foi... foi bom.- Emma admitiu a maior loucura de sua vida.

Regina lhe fitou confusa com o que acabara de ouvir, olhos marejados mas com um brilho novo, indescritível. Assim foi caminhando de volta ao sofá, num outro impulso, sentou-se de frente no colo da loira, uma perna de cada lado, segurou a cabeça dela e a beijou novamente, dando vazão ao desejo que não conseguia mais controlar.

Espantada pela atitude a loira demorou alguns segundos até corresponder á altura, segurou na cintura da morena, pode sentir o fino tecido do pijama separando suas peles. A sensação era tão gostosa, sorriu quando sentiu a prefeita sorrindo entre o beijo- Ah daria tudo para saber o que ela tá pensando- Emma cogitou. Porém, o momento prazeroso fora interrompido por um barulho vindo do andar de cima.

-Henry- A salvadora falou em choque. Regina olhou para a escoda mas continuou imóvel sobre a loira.- Regina?- Chamou a atenção da outra que parecia atônita. Se o Henry ou qualquer outra pessoa as visse naquela situação seria difícil explicar. Aliás, seria impossível explicar o que estava explícito. Contudo Regina voltou a encará-la com um sorriso genuíno do rosto- TÁ LOUCA?- Sussurrou pasma a loira- Ela não pode tá falando sério em sermos flagradas- Pensou.

O sorriso foi se tornando maior, perverso e malicioso- NÃO- Emma arregalou os olhos apavorada. Com um manejar das mãos a morena em seu colo desapareceu em uma fumaça roxa, enquanto da escada surgia outra morena com cenho franzido preocupada pelo grito da salvadora- descia amarrando o robe-

-Emma o que houve?- Mas a loira se levantou e voou na direção da prefeita, segurou seus braços causando estranheza da outra, fitou-a tão próximo que era possível sentir as respirações se misturando. De repente a xerife irritada subiu as escadas correndo, olhou um lado da cama amassado, porém vazio e no outro o Henry dormindo. Desceu mais calma, mas ainda com dificuldades para respirar.

-É você. É você mesmo- Ela disse para a morena.

-Quem mais seria? Oh não, ela… ela esteve…- Foi caindo a ficha.

-Não- Cortou corada- Não, só um ‘pesadelo’ ruim com ela- Mentiu encabulada, até uns instantes atrás não estava achando nada ruim, muito pelo contrário.

-Ah.-Notou o ruborizar da loira mas nada disse-

-O que faz acordada Regina?- Encarou aqueles grandes olhos avelãs, agora irritados pela luminosidade, o cabelo estava desgrenhado e tinha na face uma feição de sono- Está ainda mais linda- Pensou a xerife que quase sorriu com a observação-

-Estou com sede- Conversa familiar, não?- A torta da sua mãe estava saborosa, porém um pouco doce demais- Caminhou até a cozinha para beber água. Emma ainda a encarava- Você vai ficar bem? Quer que eu fique até você dormir? Podemos conversar- Sugeriu Regina notando a angustia da outra-

-Não, não, não- Apresou-se a dizer pela sensação de déjà vu A morena assentiu desconfortável e voltou pelo caminho que viera.

-Boa noite então-

-Boa noite- Emma disse e dessa vez se certificou que a prefeita subiu e por lá ficou.- Que tormento!- Suspirou

A loira não conseguia parar de pensar no que houve, a imagem dos lábios, do beijo com a Regina- Rainha MÁ, rainha má- Se esforçava a afirmar para si, afinal não beijara sua amiga e sim a versão do mal da mesma. Se chutou mentalmente por ter sido enganada de novo, por ter se rendido aos encantos e desejos- Que diabos Emma, por que?- Estava afoita, teria saído se não fosse tarde e tivesse que ficar para proteger a família que dormia alheia a tudo o que acontecia. Até por que se a monarca conseguiu entrar no apartamento, poderia tentar outra vez.

A morena no andar de cima seguiu imaginando o que se passava com a loira aflita no sofá. Sabia que tivera um pesadelo com a rainha má, e isso lhe embrulhou só de pensar, pois por magia a soberana poderia adentrar nos sonhos de outrem e lhe fazer mal, e caso estivesse fazendo isso a xerife poderia se machucar. Outro ponto a inquietava também, desde que acordou estava com uma sensação estranha no estômago, até seus lábios formigavam, mas preferiu crer que fosse pelo desgaste físico e não algo relacionado a seu outro eu.

A madrugada foi longa, Regina dormiu com aquela sensação que ela não entendia. Emma foi vencida pelo cansaço, mas acordou antes dos demais, não queria encarar Regina no dejejum, precisava organizar os pensamentos. Deste modo saiu bem cedo e deixou um bilhete dizendo que faria o turno da manhã e que portanto era para o pai descansar.

Enquanto ia rumo ao trabalho avistou o pirata dormindo no banco em frente a delegacia. Bufou, pois não queria ter que lidar com o ‘namorado’ naquele momento.

-Sr. Jones acorda, não pode dormir aqui- Chamou sem emoção. O homem levantou e sentiu uma fisgada nas costas devido o mau lugar onde dormiu. Fez uma cara feia tentando acostumar com a luz do dia, até por que sua cabeça latejava sem parar pela bebedeira. Assim, aos poucos as lembranças da noite anterior foram voltando.

-Swan! Eu… nós...- Murmurou tentando manter os olhos abertos

-Não Killian, agora não estou afim de papo.-

-Te encontro mais tarde?- Perguntou esperançoso-

-Não!- Foi curta.

-Mas Emma…- Lamentava

-Não estou afim de mais discussão. Quero ficar só, preciso de um tempo- Suspirou fundo, era o melhor a se fazer após todo o papelão do dia anterior e claro, o beijo com a rainha, o qual a loirinha - Gostou’?!- Sim, ela gostou.

-Não pode jogar fora o que temos- Exasperou-se, sabia que tinha feito besteira, mas daí sua amada não perdoá-lo?- Ah qual é- Ele raciocinava.

-Já disse que não quero discutir. Killian depois de ontem…- O encarou sugestivamente com o olhar pesado- Será que pode me dar um tempo? Aliás, quando eu quiser, talvez te procure.- Foi encerrando o terrível encontro caminhando para a delegacia e deixando o homem para trás.

-Ok, estarei no meu barco, só não demore- O pirata praticamente gritou pois a loira já estava distante.- Droga Jones, não podemos perdê-la- Sussurrou para si dando meia volta e indo rumo ao porto.

 

O que Emma dissera a pouco era verdade, não queria sequer ver o pirata, não depois de seus últimos deslizes. E ainda considerava a grande importância que Regina estava tomando em sua vida, o sermão da rainha e principalmente o beijo da noite passada. Tudo isso não poderia simplesmente ficar de lado, até por que perdoar o capitão estava fora de questão. O fato é, algo novo estava surgindo e a loira precisava esclarecer seus sentimentos para saber o que fazer e não se machucar mais.

 

No apartamento Regina e Snow estranharam a ausência da xerife tão cedo, a mãe procuraria a filha mais tarde para saber o que houve, certamente o pirata- ela pensou- A prefeita preferiu também acredita que Emma resolveu se isolar depois do vexame do namorado, mas ela mesmo não tinha rancor algum da salvadora, pelo contrário sabia que não era culpa da loira. Por fim prepararam o café da manhã. A ex rainha foi chamar o filho e após comerem o levou para a escola, em seguida foi para a prefeitura. Snow igualmente levou Neal para o maternal e foi trabalhar.

 

A manhã transcorreu rápida, Regina assinou as demais ordens de reconstrução da cidade, junto com a verba para tal, e encaminhou uma carta com estimo de melhora e explicações sobre o que houve para as vítimas. Fez também um anúncio publico sobre os visitantes e o novo/velho problema que retornara. Mas acalmou os cidadãos eufóricos, afirmando que precauções já estavam sendo tomadas. O que era verdade.

Emma ficou na delegacia revendo algumas filmagens das noites anteriores, tentava procurar algo que tenha passado despercebido, ou até mesmo encontrar onde Hyde e a Rainha má se escondiam. Ainda com o auxílio de voluntários propôs buscas pelos arredores da cidade a fim de identificar alguma anomalia monstruosa. Felizmente nada foi encontrado, o que também a inquietou, assim como a morena- Sabiam que desta calmaria algo de ruim estava por vir.

 

Na hora do almoço a prefeita aproveitou para ir visitar a irmã conforme prometera. Era difícil olhar para a sobrinha e não pensar no amado que morreu a poucos dias, bem como no fato dela ser filha dele com sua irmã. Mas estava trabalhando nisso, nesses picos de sentimentos. Zelena lhe ajudara e até lhe salvara uma vez, sem contar que estavam desenvolvendo uma relação familiar muito íntima. A ruiva só tinha Regina e a filha bebê, a prefeita por sua vez até tinha amigos, mas só tinha uma irmã que era a ‘bruxa’, então antes fazer as pazes e tentar se entender, assim como os irmãos fazem, do que continuar brigando.

Foram tiradas de uma conversa sobre a dificuldade que a jovem mamãe estava tendo de amamentar a criança, pois a pequena só queria saber de mamadeira e isso a deixava com os seios inchados e doloridos. Regina não sabia o que dizer, nunca passara por essa fase e nem poderia pois ceifou suas chances de gerar uma vida a anos atrás. No entanto, a interrupção as deixou alerta, ora, a única que tem alguma ligação com a ruiva era sua irmã que já estava lá, então quem estava se aproximando?- Elas se posicionaram quando um homem imponente de feição ameaçadora entrou na sala.

-O que faz aqui?- Perguntou a dona da casa.

-Perdoe-me por chegar sem avisar, mas tenho assuntos para tratar com a srª prefeita.- Hyde disse com a voz rouca cortante- A menos que tenha se esquecido que temos um acordo- Recordou do que conversaram dias atrás. A morena revirou os olhos mas não subestimou o homem. Zelena ficara intrigada- O que Regina pode ter acordado com ele?- Pensou.

-Não me esqueci- Suspirou- Jeckyll já está trabalhando numa poção, quando terminar os estudos que precisa irá prepará-la, não posso apressá-lo mais sem que desconfie das minhas intenções- Explicou- Ou se esqueceu que pediu discrição?- Sublinhou sarcástica- Quanto estiver pronto te avisarei.

-Hum- Ponderou o que ouviu- Espero que para seu bem esteja me falando a verdade- Se aproximou cautelosamente da prefeita, Zelena foi para o lado da irmã como proteção- Pois seria muito ruim para seus familiares se descumprisse um acordo comigo- A ameaçou.

-Não sou idiota- O peitou sem medo, quando na verdade estava dando uma de corajosa e torcendo para ser convincente-

-Está bem, darei mais alguns dias. O ar desta cidade está me fazendo bem- Ironizou sorrindo contido- Só mais alguns dias prefeita. Com licença senhoras- Aprumou o terno e saiu pelo mesmo lugar que entrou deixando a morena respirar mais aliviada enquanto a irmã ficou de boca aberta.

-Você fez um acordo com ele Regina?

-Longa história Zelena, apenas confie em mim.

-Em você eu confio, já nele…- Se jogou no sofá frustrada- Aliás o que te faz pensar que pode lhe dar um voto de confiança?- Perguntou. A morena sentou de frente com a irmã tentando encontrar palavras para expressar o que sentia.

-O olhar- Mas a ruiva fez uma feição de confusa da ruiva, Regina continuou- Vejo no olhar dele que também perdeu alguém.

-Sério, você está colocando a segurança de todos na suposição de que ele teve o coração partido?- Berrou incrédula com a tamanha estupidez da mais nova.

-Eu sei o que parece…

-Duvido muito disso, está louca, ele é um vilão.

-Não é diferente de nós e nossas histórias começaram justamente por um coração partido ou não?- Questionou impaciente- Escuta- segurou a mão da irmã- Eu sei que é loucura mas já li milhares de vezes a história do Mr. Hyde e Dr. Jeckyll e se tem uma coisa que eu entendo é que contos são descritos pelo olhar do herói, nunca do vilão, assim como a maldade ela não existe apenas por existir. Se Hyde é do mal, algo o tornou desse jeito e eu sinto que é por que perdeu alguém, assim como nós… Por essa razão resolvi ajudá-lo, não deixaria a cidade a mercê dele.

-Esta bem, mas você não está se atentando ao problema maior: os planos por trás disso. Pra começar o que ele quer com essa poção, que poção é essa?

-Não entendo muito bem, ele sugeriu e eu instrui Jeckyll, mas é algo para romper a ligação entre eles.

-Mas já não estão separados?

-Sim, essa parte é confusa. O Hyde disse que quer ser livre sem que o Jeckyll consiga encontrá-lo. Ou seja, se eu entregar a poção a ele, a promessa é de ir embora sem nos causar mal.

-Estranho, se ele quer ir embora por que o médico não deixaria? Insisto Regina, á algo que não está sendo dito- A fitou preocupada-

-Só promete que não contará para ninguém, é um assunto meu. Cuidarei para que não sejamos pegos desprevenidos.

-Tudo bem, mas eu quero ajudar. Se me permitir ficarei de olho no doutor, de longe claro, quem sabe descubro algo importante.

-Só tome cuidado- Segurou e apertou suas mãos- Não sei o que seria de mim se algo lhe acontecesse e ainda tem a Robin, ela não pode ficar sem a mãe.- Sorriu carinhosa. A ruiva assentiu.

 

Após o dessabor em “trombar” com o vilão, a prefeita voltou ao trabalho, ainda tinha muito a fazer, precisava inclusive fiscalizar os avanços do dr. Jeckyll.

Do outro lado da cidade, em um dirigível, o homem reencontrou sua aliada que por sinal passara o dia anterior todo fora sem deixar uma mensagem ou aviso.

-Ora, ora. Achei que havia me deixado- Falou caminhando em sua direção, a mulher continuava de costas observando o espelho mágico, a imagem nele se desfez quando o vilão se aproximou e a abraçou por trás.

-Tive alguns assuntos a resolver- Respondeu vagamente, tinha o olhar distante e não cedia as carícias do homem.

-E não precisou da minha ajuda? Me deixou no escuro minha rainha-Intrigado

Hyde conhecia a reputação da rainha má, sabia que era uma mulher destemida, resiliente e determinada, sem contar que era sexy e linda, por essas razões não foi difícil se aliar a ela, no entanto ele também sabia que a monarca presava por seus próprios interesses de forma que era capaz de fazer o que fosse preciso para alcançar seus objetivos, nem que para isso tivesse que sacrificar o acordo.

-Apenas sondagem… Eles se livraram da besta alada- Explicou o que o vilão já sabia, e então se desvencilhou dos braços do aliado. Não tinha a menor vontade de se deitar com aquele homem, não depois da noite que tivera.

A rainha havia planejado o ataque, inclusive cogitou que os heróis pudessem se livrar do monstro, mas o que aconteceu depois foi inesperado até para ela. Ficou furiosa com as palavras ditas pelo maneta desengonçado, era a raiva dela e a da prefeita a incendiando. Piorou quando viu a salvadora “presenteando” o namorado- Como ousa Swan?- Se questionou observando tudo de longe- e outra- Era por ela que a loira idiota estava subindo pelas paredes e não por aquele pirata.

Tudo mudou quando presenciou a primeira discussão do casal, notara no tom do capitão a raiva que ele sentia pela prefeita. De indignação pela cena da manhã a rainha deu lugar a um possível plano, mas para isso precisaria observar um pouco mais. Sua surpresa não poderia ser maior quando assistiu de camarote a segunda briga dos ‘enamorados’, a xerife se posicionando a favor da morena. Decidiu após vê-lo beber por algumas horas que era chegado o momento para plantar a centelha da discórdia, e nem precisou muito.

Claro, um pouco antes havia falado umas verdades para a loirinha, sentia-se magoada e a ‘idiota’ precisava saber. Com maestria chegou antes da salvadora no apartamento e pode desfrutar da conversa que lhe inquietou mais, já estava pensativa á dias, desde que ouvira a confissão da loira para o seu outro eu. Vê-la querer proteger Regina daquela forma a deixou impaciente para tirar a história a limpo. E teria feito se o pirata não chegasse para atrapalhar o momento, ou quero dizer para apimentar conforme o planejado.

As coisas ocorreram melhor do que ela imaginara, e sabia que em breve o capitão lhe ajudaria, porém outra uma vez a loira lhe deixou intrigada- escolheu ficar, escolheu Regina- Se segurou por mais algumas horas até não resistir mais e resolver aparecer como a prefeita. A princípio sua intenção era só esclarecer as dúvidas que tinha sobre a atitude da salvadora, mas novamente a filha dos encantados a deixou perturbada com suas palavras- O que significam?- Ela se perguntava.

Então a aproximação era tanta que não pode evitar fitar os lábios finos da loira, a viu corar mas não recuar, assim aproveitou para saciar o desejo que sentia e avançar o nível do plano de conquistar a xerife. Nem ela pode negar que o beijo estava bom, ainda mais depois de se fazer de arrependida, o toque se aprofundou mais intimamente, conseguia sentir como a outra lhe pressionava a cintura com possessão, o quanto ela também queria aquele contato. Sorriu satisfeita. Infelizmente a verdadeira Regina acordou, e ela teve que ir embora mas antes revelando quem realmente era.

Desde então, estava acordada pensando no que aconteceu. Tanto no que ouviu quanto no beijo. O plano estava dando certo, ambos, Killian revelava quem realmente é, e a xerife estava cedendo aos seus encantos de rainha. Mas algo mais estava acontecendo e era dentro dela, ela podia sentir. Isso a deixava vulnerável, o que não seria nada bom se alguém descobrisse. Portanto, tinha que seguir adiante, precisava agir contra os heróis antes que fosse tarde para conseguir a vingança. Foi com esse pensamento que saiu andando ignorando completamente o homem com quem desfrutou grande intimidade dias antes.

-Aonde está indo?- Ele perguntou notando que a mulher novamente o deixaria sozinho-

-Preciso de algo que está sob a posse do senhor das trevas- Respondeu e parou, olhou para trás esperando que o vilão a seguisse, evitaria assim mais perguntas.

A monarca voltaria para a loja do sombrio, assim como planejara no dia em que foi flagrada por Bela, e conseguiria seja pela força ou não o que precisava para destruir aquela que é o coração, senão a emanadora de esperança, do grupo dos heróis: Snow.

Não era assim que ela planejara se vingar da jovem que destruiu sua vida, mas diante as dúvidas recentes não poderia fraquejar. Então a única saída era mostrar sua força imediatamente nem que para isso tivesse que acelerar a vingança contra a Snow.

O caminho foi rápido, logo transportaram-se para dentro da loja do sr. Gold, que obviamente já os aguardava.

-Parece que seu ‘aliado viril’ não possui o que precisa. Sabia que logo viria me procurar- Debochou com um sorriso presunçoso no rosto.

A monarca revirou os olhos impaciente, típico. Teria retrucado mas precisava se por de volta aos eixos, então não tinha tempo para joguinhos com o sombrio. Se aproximou do mesmo e apenas gesticulou com as mãos, como quem diz: Cadê o que procuro?- Afinal, não era preciso dizer, o feiticeiro sabia exatamente o que a rainha queria, como dito acima, ansiava por sua visita. A questão, no entanto, era outra o que a soberana teria que ceder para firmar o acordo?

-Quer que eu acredite que vai me dar este frasco desde que eu não cause nenhum mal a sua ex- esposa e o filho que está sendo gerado?- Incrédula, pois nunca em seus sonhos mais loucos imaginou um acordo tão simples, sequer parecia ser coisa do temível Rumpelstiltskin. Nem mesmo o sr. Hyde pareceu acreditar.

-Eu sei que busca vingança e não pretendo te impedir- Suspirou e o olhar foi divagando- Quero apenas me certificar que Bela e meu filho não serão prejudicados- Disse firme e sincero, algo inédito para o senhor das trevas-

-Hum- Grunhiu avaliando a situação propícia a sua frente, poderia ter o vilão em suas mãos pois o mesmo cometera o erro de admitir fraqueza, a primeira lição que ele lhe ensinou, ela lembrou. No entanto, não se daria o trabalho de arrumar mais o que fazer, e a verdade é que nunca tivera algo contra a jovem bibliotecária, a achava irritante, mas era só. Portanto assentiu concordando.- Está certo que aqui contem o que preciso?- Ela questionou analisando o frasco com um líquido amarelado em seu interior.

-Eu mesmo fabriquei com uma gota infernal do vale dos condenados. Lhe asseguro que é o que procura.- Afirmou com domínio. A mulher sorriu satisfeita.- Use com sabedoria- Foi o conselho do sombrio, ela apenas o olhou e tão rápido como chegaram, a rainha má e seu aliado foram embora.

De volta ao dirigível o vilão continuava desconfiado, visto que a visita ao senhor das trevas só aumentou suas suspeitas de que a monarca estava mesmo cuidando apenas dos próprios interesses e sendo assim poderia descartá-lo a qualquer momento. Mas como não era homem de viver de suposição tratou de findá-las.

 

-Presumo que este líquido nos dará a vitória ou devo lembrá-la que no nosso acordo ficou explícito o desejo mutuo de vingança? - Falou sugestivamente. A morena que encarava o líquido com fascínio suspirou em desagrado pela cobrança do aliado, mas tratou de se explicar novamente- Algo que já estava irritando-a.

-Claro meu querido Hyde- Se aproximou do homem acariciando seu ombro másculo- Lhe darei o coração do doutorzinho assim que a ligação entre vocês deixar de existir.- Sorriu forçado-

-Então o frasco não tem nenhuma importância para mim?

-Não diretamente, mas nos beneficiará- Explicou com calma- Este pequeno frasco contém a pior maldição já criada e o infeliz que a for confinado sofrerá um destino pior que a morte.- Os olhos ameaçadores do homem deram lugar a um brilho genuíno no maior estilo vingativo que possa imaginar- Só preciso testar para ver se funciona e então nos livraremos de todos aqueles que entrarem em nosso caminho, permitindo assim que você se delicie em torturar o pobre doutor- Fez um biquinho manhoso porém diabólico.

A rainha observou vitoriosa o homem voltar a confiar em ti. Hyde esclareceu o que lhe incomodava e sentia-se revigorado com a justiça perto de ser alcançada e a ideia de conferir a Jeckyll um destino pior que a morte.

Por outro lado, Regina (má) mesmo satisfeita em ser tão boa manipuladora, já estava se enjoando do homem. Verdade seja dita ela pegava asco com facilidade e ter alguém lhe fazendo cobranças quando seus próprios planos estavam sendo ameaçados por uma sensação crescendo dentro de si, era horrível. O fitou sorrindo por mais alguns segundos até decidir que se livraria o mais rápido possível daquela aliança.

-E quem será a primeira vítima?- Hyde perguntou tirando-a de seus pensamentos macabros.

 

~

 

Durante o almoço Emma conversou pelo telefone com a mãe, Snow queria lhe falar pessoalmente mas ao notar a voz fraca da filha despejou o alento materno e por fim a encorajou com mais um de seus discursos de esperança. Falar com a morena de cabelos curtos até que aminou a xerife, pois essa relação com a mãe que mais parecia sua melhor amiga a ajudava bastante em se abrir e perceber que não precisa resolver os problemas sozinha.

Continuou trabalhando por mais algumas horas até o pai chegar, eles trocaram algumas palavras sobre o que houve no dia anterior, mas o homem percebeu que a filha já estava sendo massacrada pela própria consciência e não precisava de mais sermão para fazer o que é certo. Então se calou e foi trabalhar, tinha uma papelada para assinar e levar a prefeitura ainda hoje. Sugeriu para Emma ir levar, mas a loirinha gaguejando nervosa e alegou ter uma ocorrência urgente.- Não havia ocorrência alguma, ela apenas não estava pronta para encarar a prefeita, assim como imaginar que ela iria para sua casa de noite a estava fazendo perder o controle.

Regina passou os olhos na papelada deixada por David, mas resolveria isso no dia seguinte. Se perguntou por que a loira não viera, já que ela que costumava fazer isso, mas deu de ombros- Deve estar ocupada- Pensou. Sentia-se cansada e o expediente chegara ao fim, ainda tinha que passar no cofre para pegar algumas peças de roupa antes de ir para a casa da salvadora- que insistiu muito por sua presença-

Deste modo pegou o casaco preto e sua bolsa, foi caminhando rumo a saída quando recebeu a ligação da Snow avisando que Henry iria com ela para o apartamento, assim o menino a ajudaria a cuidar do bebê Neal, enquanto ela corrigia algumas provas, mas que a prefeita deveria ficar despreocupada pois mais tarde o xerife pai levaria o neto para a casa. Assentiu em compreensão e continuou seu caminho.

Foi só quando se deparou frente a casa da loira é que suspirou ao perceber que ficariam sozinhas- Que mal há Regina?- Se perguntou tentando conter a ansiedade e nervosismo que crescia dentro dela.- Mas que diabos...- murmurou por essa sensação boba.

Tudo estava calmo dentro da residência, a xerife ainda na delegacia. Portanto a morena aproveitou para tomar um longo banho relaxante e em seguida, trajando um vestido meia estação na cor vermelha e saltos pretos, se direcionou para a cozinha, prepararia o jantar afim de quebrar a tensão que certamente se instauraria entre elas quando a salvadora chegasse. Optou por fazer sua deliciosa lasanha.

Nem duas horas se passaram desde que chegou, mas tremeu quando reconheceu o barulho do fusca da loira estacionando em frente a casa.

Emma deu umas cinco voltas no quarteirão quando ao se aproximar e ver as luzes acesas, teve certeza que a morena já estava em casa.- Para de ser infantil Swan, você já encarou coisas piores- Ela sussurrava para si- Vamos lá, você consegue. É apenas a Regina- Disse na terceira volta- A mesma Regina que pensou beijar ontem de noite- Bufou no fim da quarta volta- Mas não foi ela e sim a rainha que nos beijou- Tentava raciocinar- Elas possuem a mesma face o que dá no mesmo, os lábios continuam sendo carnudos…-Considerou- Ótimo, agora voltei a pensar no beijo!- Esmurrou o volante-

Por fim, após gastar bastante gasolina, ela tomou coragem e resolveu enfrentar a outra mãe do seu filho. Ao abrir a porta foi embalada pelo aroma delicioso da comida da prefeita- Eu posso me acostumar com isso- sussurrou sorrindo, foi caminhando até a cozinha onde visualizou Regina de costas- Ela tem que ser impecável sempre? Até pra cozinhar?- Exasperou-se diante a beleza da outra mulher.

O fato é que desde o “maldito”- bendito- beijo a loira não conseguia parar de pensar na morena, tentou focar no trabalho mas a todo instante vinham imagens da outra em sua cabeça, memórias das vezes em que estiveram juntas e de tudo que passaram. A culpa era da Rainha má, mas ela lembrava era da Regina, afinal quando o beijo aconteceu ela acreditou ser a prefeita e não sua cópia sexy do mal- Tudo isso a estava correndo por dentro, pois por um lado Regina era sua amiga, mas por outro seu coração errava uma batida toda vez que pensava nela.- E ai, como sair dessa Swan?- Se perguntou.

Regina respirou fundo ao perceber que a loira já estava presente mas não ousava dizer nada, virou e então encarou a outra que a olhava com uma feição confusa, como se enfrentasse uma batalha por dentro.

-Oi- Foi só o que Emma conseguiu dizer antes de engolir em seco

-Boa noite.- Respondeu Regina notando a voz falha da outra. Até queria saber por que a salvadora saiu apressada na manhã, mas achou melhor guardar a curiosidade pra si, não queria voltar a conversa de ontem nem ao fato constrangedor no fim da noite.

-Você está bem? Quero dizer, depois de ontem?- Porém a loirinha perguntou

-Sim, ficarei. - Se limitou a dizer, mas sorriu, pois sempre que entravam nesse tipo de assunto a loira a deixava sem palavras e isso fazia com que se arrepiasse toda. -Eu não sabia se deveria mas acabei trazendo algumas peças de roupas minhas…- Continuou um pouco apreensiva.

-Fez muito bem, inclusive fico feliz que tenha aceitado voltar pra casa- Conseguiu abrir um sorriso sincero. Peraí ela me associou ao lar quando disse voltar pra casa [como sendo NOSSA casa] ?- Regina se perguntou e lá estava ela se arrepiando pela loira novamente.-Droga!

-Eu que agradeço por me abrigar.- Suspirou envergonhada- Ah, fiz o jantar, espero que esteja com fome.

-Claro…- Respirou ansiosa. De repente a campainha tocou. Emma agradeceu internamente pois estava aflita pela tensão entre as duas a sós em casa. Ela também recebeu a ligação da mãe e sabia que o filho não estaria presente, esse foi mais um motivo pelo qual ela deu tantas voltas pelo bairro. Enfim, naquele momento se dirigiu para a porta e ao abri-la encarou a loira a sua frente.

-Malévola?- Regina espantou-se ao chegar logo após a salvadora.

-Desculpas se cheguei em má hora, mas tenho um assunto que é do interesse das duas- Respondeu intercalando o olhar entre as mulheres, mas, por fim, demorou fitando a morena.

-Oh, desculpa... Por favor entre- A loira indicou para a outra o caminho até a sala para que pudessem conversar com mais conforto- Aceita alguma bebida, água, suco…

-Uísque por gentileza- Pediu e Emma ficou parada por alguns segundo até perceber que a casa era dela e portanto ela que teria que servir a bebida. Assim que saiu, palavras não precisavam ser ditas, a feiticeira e a ex rainha conversavam pelo olhar.

-Do que se trata a sua vinda?- A xerife perguntou ao voltar para sala e entregar o drink. Regina sentava-se na frente da mulher dragão, Emma sentou-se ao seu lado na poltrona numa posição em que poderia olhar para a duas.

Malévola tinha um semblante impassivo.

-Encontrei mais cedo dois filhotes de cérbero*- Viu as mulheres a frente arregalarem os olhos então tratou de acalmá-las- Mas não se apavorem tratei deles no meu ‘almoço’- Emma sentiu o estômago revirar só de imaginar- Faz parte da minha dieta. Enfim, em seguida continuei procurando e encontrei o que acho ser a mãe ferida. Deve ter sido graças ao animal alado de ontem. A questão é que pelo visto não foi apenas um monstro que passou pelo portal…- Dizia antes de ser interrompida, o que por sinal ela odiava.

-Pensamos nisso, mas já fizemos várias varreduras pela área e até o momento nem sinal de outro animal-

-Também não encontraram os cérberos hoje, no entanto….- Foi sugestiva e a ineficiência fez Emma se sentir uma idiota com a imponência da mais velha-

-Verificarei pessoalmente, magia, qualquer coisa que sirva- Falou a prefeita, ela mesma se certificaria se estão seguros. Deveria ter feito desde o momento em que a rainha as avisou, mas tantas coisas aconteceram que ela sequer se lembrou.- Um erro- Se repreendeu.

-Me coloco a sua disposição para ajudar Regina- Se prontificou e novamente os olhares se sustentaram.

-Se precisarem de algo basta me avisar- A loirinha um pouco envergonhada falou e olhou para a morena que acenou um sim com a cabeça- Er... e a Lily como vai?- Tentou mudar o foco da conversa.

-Ficou em casa descansado. É complicado aprender a controlar o dragão dentro de si, mas minha filha tem se saído muito bem.- Explicou orgulhosa e voltou a olhar para a prefeita ruborizada a frente.

-Gostaria de ficar para jantar conosco?- Regina se apressou a perguntar toda enrolada. Sabe-se lá por que teve esse impulso. Talvez por que estava se sentindo muito a vontade com a presença da sua velha amiga, ou por que não queria ficar sozinha com a salvadora, há tantas possibilidades.

-Não obrigada, já atrapalhei demais.- recusou a mais velha levantando-

-Por favor, Regina está certa, fique e nos faça companhia.- Emma reafirmou o convite, não que ela quisesse mesmo a presença da outra, os olhares entre Regina e Malévola estavam intrigando a xerife, contudo, seria melhor ter outra pessoa jantando com elas do que deixar a prefeita e a salvadora sozinhas naquele clima estranho em que estavam antes da feiticeira chegar.

-Se insistem.- Concordou, e abriu um sorriso misterioso direcionado a morena. -Você está bem?- Murmurou para a ex rainha ignorando totalmente a loira.

-Não totalmente, mas sim- Assentiu.

-Não tema, pois uma vez uma jovem aprendiz me lembrou que se nem um dragão como eu teria meu final feliz quem dirá ela, no entanto olha só onde chegamos.- Regina lembrou-se da ocasião e riu envergonhada- Graças a salvadora aqui tenho minha filha e você Regina, ainda pode ser feliz no amor.- O olhar se intensificou, a morena arregalou os olhos mas não desviou por um bom tempo, aliás tempo demais na percepção da loirinha que notou uma tensão no ar.

-Eu tomarei um banho rápido, já desço para jantarmos. Fiquem a vontade- Falou quebrando a troca de olhares e chamando a atenção. Foi então caminhando pensativa para as escadas, tinha a impressão que a mulher dragão estava flertando com a prefeita- Será?- Ela morena parecia gostar?!

-Fica bonita quando sorri assim- Malévola sussurrou para Regina, Emma quase tropeçou na escada quando ouviu. Estava nitidamente incomodada.

A dona da casa tomou um banho apressado, queria descer e ficar de olho nas duas mulheres lá em baixo. Algo na troca de olhares era suspeito. Sabia que Regina e Malévola se conheciam a muitos anos, mas parecia ter algo além, e era esse além que a estava deixando irritada, tanto que a maldita calça jeans que sempre serviu perfeitamente, naquela noite estava apertada, teve que trocar e por azar para quem tem pressa a segunda calça estava com o botão faltando. Finalmente quando conseguiu descer ouviu o final do que parecia ser uma história contada pela morena.

-… e ele disse eu teria tudo desde que eu me aliasse a ele- As duas gargalharam com o que Regina estava contando.

-O rei com cara de texugo nunca perde a graça- Disse a loira mais velha. Diferente de como Emma as deixou, Malévola e Regina estavam sentadas lado a lado no sofá, uma de frente para a outra e ambas se deliciavam com uma dose de uísque, a salvadora as interrompeu limpando a garganta.

-Desculpa a demora. Vamos? Estou faminta.- Avisou e todas foram até a cozinha.

Inciaram a refeição e a princípio os comentários eram em agradecimento pela gentileza e elogios pela deliciosa comida. Aos poucos Regina e a velha amiga travaram uma nova conversa, na qual animadas mal prestaram atenção na xerife que só observava a interação das duas.

-Estou te dizendo, neste mundo nossas histórias são conhecidas como contos de fadas- Regina falava e via a mulher revirando os olhos inconformada.

-Minha amargurada vida alegra crianças?- Perguntou confusa- Não posso nem imaginar este insulto- Zombou com desdém.

-Não, digamos que não contam como realmente aconteceu…- Explicava mas percebendo que a outra continuava sem entender, tentou exemplificar- Por exemplo, acredita que há uma animação muito famosa que fala sobre a rainha má?- Se referiu a si mesma na terceira pessoa, até por que na atual conjuntura existia uma rainha má que não era ela, enfim- E que ainda por cima é intitulada Branca de Neve e os Sete Anões- Dizia rindo.

-Aqueles paspalhos? Céus Regina não posso imaginar- Debochou levando uma garfada de lasanha á boca.

-E não te contei a melhor parte.- A prefeita respirou fundo para não rir, em outros tempos sempre revirava os olhos com essa informação, mas agora um pouco alterada pela bebida se esforçava para conseguir contar até o final. Malévola parou de comer e prestou atenção, mas não conseguia conter o sorriso pela conversa cômica- Em dado momento do filme eu encaro meu espelho- o Sidney- e digo: Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu- Gesticulou com as mãos debochando da referência- E ele responde que é a Branca de Neve- Pronto foi o suficiente para explodirem em gargalhadas de novo.

-Retiro o que eu disse, tenho que ver essa cena-

-Ria enquanto pode, pois não pense que você ficou de fora- Viu a face de surpresa da outra- Sim minha querida, na adaptação você amaldiçoa Aurora a ferir-se numa roca de fiar e cair no sono ‘eterno’.

-Que desrespeito com uma pessoa como eu, minha imaginação é bem melhor do que isso.- Fingiu estar ofendida, mas na verdade estava se rasgando em risos com a prefeita.

Não que Emma, agora sabendo de toda a verdade, concordasse com os contos, mas jantar com duas vilãs de clássicos da Disney, tendo uma delas ‘debochando’ da sua mãe, estava a incomodando. Ainda mais em ver a interação contagiante das duas. Malévola estava certa quando disse que o sorriso da prefeita era bonito- a loirinha suspirou diversas vezes durante o jantar ao presenciar tal espontaneidade, ao passo que também sentia um bolo no estômago pela afinidade das duas amigas.

Não entendia o que estava sentindo, talvez sim, mas não queria pensar sobre o que realmente significava. Afinal passou o dia todo tentando fugir dos próprios pensamentos em relação a morena.

-Então, vocês se conhecem a muito tempo, não?- Emma chamou a atenção para tentar entrar na conversa e quem sabe descobrir um pouco mais sobre a relação e o passado das duas.

-A Malévola foi a primeira amiga que eu tive- Olhou para a feiticeira agradecida. A outra assentiu. Infelizmente para a curiosidade da xerife ficaram em silêncio degustando o alimento.

-Lembra-se Regina quando fomos para o castelo de verão?- Falou após alguns instantes, voltando a atenção para a prefeita, cuja encarada foi erótica e Emma não deixou passar.

-Impossível esquecer.- Respondeu Regina que em seguida abaixou a cabeça e mordeu os lábios. Emma as encarou boquiaberta com a insinuação. Foram tiradas daquele momento com o barulho da porta da frente. Era Henry que havia acabado de chegar.

-Oi mães- Ele falou e então cumprimentou também a feiticeira que as acompanhava. - Boa noite-. Malévola retribuiu e então bebeu outra dose de uísque. O menino permaneceu parado próximo a mesa olhando a mulher dragão, já ouvira falar dela, principalmente em filmes e livros, mas não tivera a chance de ficar em sua frente. Alheia ao que se passava Emma voltou a olhar Regina com uma feição desconfiada, já a mãe morena tratou de quebrar o silêncio.

-Pergunte logo querido- Suspirou já imaginando o que viria pela frente devido o semblante empolgado do garoto.

-Eu… É.. Dói? Quer dizer, é muito difícil se transformar? Voar parece ser muito legal.- Falou afobado, tinha tanto o que perguntar.

A feiticeira sorriu com a espontaneidade do menino.

-Não dói. Requer muito estudo e um ritual que eu sei que suas mães não vão querer que você aprenda.- Ambas negaram com a cabeça- No começo é difícil, principalmente pousar. Lembro-me que no primeiro voo que foi libertador por sinal, eu destruí um pequeno vilarejo ao tentar diminuir a velocidade- Sorriu- Por fim acabei presa numa montanha e só sai de lá quando consegui me transformar em mortal novamente.- Explicava com dedicação, afinal a pouco tempo também explicou a própria filha.

-INCRÍVEL- Ele sorria fascinado, o que fez Regina e Emma sorrirem como mães bobas. Quando percebeu os olhares Henry tratou de encerrar o assunto- Bem, obrigado. Vou subir, tenho que terminar a lição.

-Precisa de ajuda querido?- A prefeita se prontificou, fazia tempo que não o ajudava com os deveres e era um hábito que sentia falta. Emma sorriu ao presenciar outro momento íntimo dos dois.

-Não, eu já fiz as contas na casa dos meus avós, só preciso passar a limpo. Boa noite e obrigada pela explicação. Incrível mesmo. Com licença - Retirou-se apressado para seu quarto.

-É um príncipe- Malévola afirmou olhando para Regina que sorria orgulhosa.

 

Conversaram por mais alguns instantes até findarem a refeição. Emma se adiantou a lavar a louça, alegando que uma era visita e a outra tinha preparado, então era justo ela ficar com a bagunça. Contudo prestou atenção as informações que ora ou outra surgiam enquanto as duas mulheres conversavam na sala, a fim de construir um mapa do grau de ‘relacionamento’ entre Malévola e Regina. Sentiu-se enciumada com as constatações, pois nunca foi amiga da prefeita com a mesma afinidade que a mulher dragão.

A feiticeira foi embora logo em seguida, ela e Regina se despediram na varanda com a porta fechada, quando voltou a morena tinha um sorriso bobo nos lábios e suspirava animada. Emma fingiu não ver enquanto guardava os utensílios. A prefeita até pensou em fazer companhia para a dona da casa, mas ainda sentia-se cansada, então perguntou se Emma precisava de ajuda ou se queria algo, e recebendo um não para ambas as respostas desejou boa noite indo se recolher, mas antes passou no quarto do filho para dar-lhe um beijo.

-Está feliz mãe!- Ele percebeu ficando alegre, sua mãe estava precisando sorrir mesmo

-É bom rever os velhos amigos, traz lembranças de bons momentos- Deu um beijo no garoto e foi deitar, ainda sorrindo.

No andar de baixo, a xerife deixou a cozinha arrumada, perfeita no estilo Regina Mills. Jogou-se então no sofá tendo a certeza de que era a maior idiota de todos os reinos, terras, dimensões ou, no estilo Star Wars, das galáxias- Até Jar Jar Binks é mais esperto do que eu- Bufou frustrada. Cochilou cansada, mas felizmente acordou e foi se deitar na cama, senão sabia que acordaria com dores de cabeça e no corpo, e já bastava seus problemas.

 

Dois dias se passaram desde que voltaram a dividir a mesma casa, nem sinal do pirata- Regina agradeceu aliviada, mas, por outro lado, pensava se a mãe biológica do seu filho não estaria sofrendo com o afastamento. Mal ela sabia que a loira tinha mais o que fazer e até mesmo o que pensar, para perder tempo lembrando do capitão. Nesses dias sequer a rainha má deu sinal de vida, não procurou a salvadora, nem enfrentou seu outro eu, estava a espreita aguardando o melhor momento para agir, como sempre.

A prefeita assim como combinou com Malévola utilizou magia para ‘escanear’ o perímetro e felizmente nem sinal de outro monstro. Quando chegou sábado saiu cedo para ver a irmã e a sobrinha mas deixou combinado com a família encantada que os encontrariam no restaurante da Granny para o almoço, tentaria convencer Zelena a ir, mas a ruiva no fim preferiu ficar em casa do que receber o olhar de desdém de alguns cidadãos. O que por sinal Regina cuidaria em breve para que sua irmã se sentisse bem e voltasse a se inserir na comunidade- fez uma nota mental para tratar deste assunto na próxima reunião.

Três dias se passaram desde que o capitão deu aquele vexame no apartamento dos ‘sogros’, há dois Emma não o procurava e isso estava deixando-o irritado, ainda mais depois de ir até a casa em que eles dividiam para pegar algumas roupas e ouvir a voz da prefeita rindo com o filho. Ficou furioso e para não piorar a sua situação com a loirinha preferiu ir embora, mas já não aguentava se manter afastado. Tinha decidido naquela manhã de sábado que gostando ou não ele e a loira teriam uma séria conversa, estava otimista que conseguiria reatar o namoro.

 

Os primeiros a chegar ao restaurante foram Emma e Henry, estavam em casa jogando videogame então foram juntos. O menino aproveitou o trajeto para falar sobre o jantar com a Violet, e que ele também já tinha falado com a Regina e ela aceitado. A loira concordou adorando a ideia. Em seguida a prefeita entrou, explicou sobre a decisão da irmã. Então o celular da loira tocou avisando que Neal resolveu mamar, ou seja, o casal atrasaria mas eles em algum momento chegariam. Os três decidiram fazer os pedidos pois já estavam famintos.

 

Como passou os últimos dias bebendo o pirata não tinha horário para acordar ou dormir, assim que saiu da cama foi para o Granny’s comer algo antes de ir atrás da sua loira. Parou do outro lado da rua e ficou encarando com cenho franzido e punhos fechados, o maxilar estava trincando tamanha a rainha que sentia ao presenciar a cena da sua namorada, com o filho e a prefeita. Conversavam e riam como se fossem uma família feliz, como se ele sequer existisse e a loira não tivesse terminado o namoro a dois dias.

-Incomoda não? Você quer uma mas a outra está sempre no caminho- Frase dúbia dita pela rainha má, de voz rouca, que surgiu ao lado do maneta. Ele continuou encarando, sequer viu o olhar invejoso porém triste que a mulher tinha ao observar aqueles três almoçando juntos.- Sentia falta do filho, daria tudo para estar no lugar da prefeita naquele momento e desfrutar da companhia dos dois ‘desastrados’.- Sorriu fraco.

-O que eu tenho que fazer?- Ela o encarou ansiosa- Diga e farei o que for preciso para me livrar da Regina de uma vez por todas- Cuspiu entredentes, só então encarou a monarca pela primeira vez desde que ela chegou. A rainha deixou de lado o que sentia e abriu um largo sorriso malicioso, maneou a mão e o frasco com líquido amarelo que buscou dias atrás na loja do senhor das trevas, surgiu entre seus dedos. O entregou para o pirata que analisou amargurado.- O que tenho que fazer com isso?-

-Faça-a inspirar um pouco e então... – Fez um gesto de expulsão com a mão- Ela dormirá eternamente.

-Outra maldição do sono?- Ele debochou descrente.

-Não! Jamais repetiria. E apesar de terem o efeito parecido as consequências são irreparáveis- Disse, mas o homem continuava com cara de poucos amigos, então ela explicou- Ela dormirá e ninguém saberá o que causou. Regina ficará presa no limbo revivendo seu pior pesadelo infinitamente, definhando a cada dia até enlouquecer e seu corpo perecer. - Revirou os olhos com nojo- Caso os heróis encontrem uma forma lhe garanto que o sofrimento é enlouquecedor, duvido que volte sã.

Killian sorria pois parecia o sofrimento adequado para a prefeita que lhe roubou a felicidade ao lado da mulher que ama.

-O que me diz capitão?-

-É melhor me apressar pois daqui a pouco Regina Mills dormirá para sempre- Sorriu perverso e piscou para a rainha. - Ótimo o idiota caiu- a soberana pensou satisfeita, agora tinha que tratar de outro assunto importante. Deu meia volta e partiu. O pirata fez o mesmo, voltou para seu navio e começou a se arrumar. Já que iria se livrar da prefeita e reconquistar sua namorada tinha que estar diabolicamente lindo- Pois irresistível eu já sou- Murmurou enquanto fazia a barba.

Quase no fim do almoço, o casal encantado chegou e pediram a sobremesa, juntos conversaram trivialidades. O restaurante estava praticamente vazio quando Emma se levantou para ir cumprir seu turno na delegacia. Regina levou Henry até a casa de Violet, o menino estava ajudando a namorada a estudar. O casal com o bebê foi passear no parque, e a prefeita aproveitou para ir para casa ler um pouco e descansar.

Porém lembrando que o destino a odeia, ela mal sentou e a campainha tocou. Já não bastasse a irritação por não poder sequer relaxar, a surpresa foi maior ao se deparar com o pirata quando atendeu a porta.

 

Emma estava sentada assinando alguns papéis e terminando outros relatórios quando foi tirada de seus afazeres com a ligação do filho, estava angustiado. Ela se preocupou.

Assim que Regina deixou Henry na casa da namorada, o garoto em menos de 10 minutos que se despediu da mãe começou a sentir o coração apertado, ele bebeu água tentando se livrar da amargura que de repente inundou sua boca. Mas foi em vão. Notando que o menino não sentia-se bem, Violet tentou ajudar, mas Henry apenas pediu o telefone, tinha que ligar para a mãe morena.

O celular da mesma estava carregando no andar de cima, tocou diversas vezes e sem obter respostas o menino se apavorou, agora a sensação ruim estava aumentando. Ele não sabia explica, talvez fosse por sua ligação com a mãe ou por ser o autor, o fato é que ele só sentia que algo ruim estava para acontecer e sua mãe Regina estava em perigo.

Foi então que ele ligou para a delegacia, a princípio Emma não entendeu nada que o garoto falava, estava realmente afoito. Saiu apressado da casa da namorada e estava correndo pelas ruas da cidade indo para a casa da loira.- Droga tem que ser tão longe- ele praguejou com o aperto aumentando em seu peito, era desesperador- Quando a xerife finalmente conseguiu entender do que se tratava teve a intuição de ir para casa, até por que melhor ela refazer o caminho depois sabendo que está tudo bem do que não estar presente caso o filho e outra máe precisem de socorro.

Ela dirigiu o mais rápido que pode, tentava ligar para a prefeita mas a mesma não atendia. A preocupação foi ganhando espaço tanto que sequer se preocupou em virar a rua no sinal vermelho, estava mesmo chegando em casa e se tivesse que levar uma multa ela mesma que aplicaria. Nem foi preciso estacionar, seu corpo todo se arrepiou quando viu o ex namorado e a prefeita frente a frente na entrada da residência.

Tirou o cinto- Maldito- que enroscou só por que ela estava com pressa, então tudo que viu a seguir foi muito rápido. Observou que Regina disse algo, mas não pode entender o que, em seguida Killian que estava com a mão boa para trás segurando um pano, levou o mesmo num piscar de olhos até a face da morena que desfaleceu assim que suas narinas aspiraram a poção banhada no tecido.

O pirata foi ágil e segurou a mulher com o outro braço impedindo que ela caísse de uma vez- Boa noite prefeita- sussurrou vitorioso. Olhou para os lados se certificando que estava só [sqn] e foi deitando o corpo inerte da morena no assoalho de madeira, foi só o tempo de esconder o lenço no bolso de trás da calça até ouvir.

-O QUE VOCÊ FEZ?- Gritou a salvadora apavorada. A pouco quando viu o pirata colocando algo na face da morena, ela correu o máximo que pode para tentar impedir, mas chegara tarde demais.

-Na-nada Swan- Assustou-se com a presença da namorada ali- Eu vim buscar minhas roupas e a encontrei desmaiada- Mentiu descaradamente, torcendo para que a loira não o tivesse flagrado- algo que ela fez, mas ele não sabia. Emma teria retrucado se não fosse a voz exasperada do filho gritando

-MÃÃÃEE!- Henry atravessava a rua correndo, a dor em seu peito era tanta que ele pensou que fosse infartar. Quando chegou e se deparou com Regina caída teve a comprovação de suas intuições, realmente algo grave estava para acontecer com a morena. A loira tentou segurar o garoto, nem ela sabia o que tinha acontecido ainda, se a prefeita estivesse… estivesse sem vida- Suas pernas perderam as forças com essa hipótese- não deixaria o filho presenciar.

Mas o menino conseguiu se desvencilhar dos braços da outra mãe e se ajoelhou frente a prefeita.

-Ela está dormindo- Constatou ao segurar a mão ainda quente da mulher e se aproximar do rosto sentindo a leve respiração.- Parece com a maldição do sono.- Estava sentindo novamente, o garoto estava com a cabeça pesada, o peito apertado, mas, mesmo assim, algo dentro dele dizia que Regina estava apenas dormindo. Foi com esperança digna de sua família, bem com o amor gigantesco que tinha por sua mãe, que ele foi lentamente inclinando o rosto até beijar com delicadeza a testa da mulher.

Emma estava apreensiva, até mesmo Killian pois se Regina acordasse ele estaria encrencado. Eles esperaram alguns segundos mas a morena permanecia desfalecida. O desespero estampou a face da loira que por pouco não salvou a prefeita.

-Não funcionou, o beijo não funcionou- Disse Henry, uma lágrima escapando de seus olhos.

 

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Notas Finais


Antes de resolverem me matar, só lembrando que eu não as enganei, disse que rolaria bj swanQUEEN e rolou beijo Emma e Rainha se pegando. Adianto que em dado momento da fic acontecerá beijo xerife+prefeita ok? ok.
Adam e Eddy perderam por não aproveitar a semelhança das duas, é muito cômico e fod@ cada vez que a rainha finge ser a prefeita. Amo escrever essas cenas.

*Cerberos, aquele animal mitológico parecido com um cão de três cabeças. Apareceu na série quando todos foram para o inferno, ele é o guardião dos portões do submundo.

Só pra deixar claro, com a Malévola, a Regina não estava debochando da Snow, poxa elas fizeram as pazes e estão de boa. A rainha na vdd estava debochando do fato da animação colocar o embate delas focado na beleza.

SPOILER: prox capitulo Emma manda o Killian pastar de vez, a Evil Queen dá fim no pirata, fora isso todo o cap. será só Henry e Regina- Lindíssimo mãe e filho demonstrando tanto amor.


AGORA UMA ESQUETE IMPORTANTÍSSIMA: Querem que o Killian
( ) Morra
( ) Sofra um destino pior que a morte?


Obrigada leitores (as) lindxs do meu coração.


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