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História Long Live The Queen - Quase Uma Rainha


Escrita por: Queen_Chase e MaryMorgenstern

Notas do Autor


Hello People✧
Sou péssima pra começos, não liguem. Esse primeiro ta parecendo uma novela mexicana sim, mas acalmem, é só o primeiro capítulo...
E eu sei que devia ter postado ontem. Sorry. Não deu mesmo, mas quarta que vem a Queen Chase posta sem falta (ou eu espero que sim né). E eu teria postado de manhã mas precisava que ela revisasse tudo também né.
Mas whatever, aproveitem a fic e boa leitura♡♡

Capítulo 2 - Quase Uma Rainha


Querido Lenny,

Não, muito infantil.

Lord Leonard Lennor Whistall,

A Corte de Caeseris já tem os preparativos prontos para chegada da Corte Italiana nesta agradável semana. Estou ansiosa para vê-lo em breve.

Amacei a carta e atirei-a na lareira. O que tinha de errado comigo? Se uma rainha não pode escrever uma simples carta, como pode ser capaz de subir no altar com alguém que mal conhece?

Nem todos os contos de fadas começam com Era Uma Vez.

E, certamente, muitas princesas não possuíam um final feliz.

Se tinha alguém que sabia disso era a Rainha não coroada de um reino cheio de problemas, prestes a se casar com um quase estranho e praticamente órfã.

-Então, Vossa Graça?

-Uhm?-Perguntei e levantei a cabeça, parando de fitar o chão e olhando para o chefe de cozinha do palácio a minha frente. 

-Estava falando-lhe sobre o grande banquete, Alteza.

-Ah, sim. E então?

-Precisava de vossa aprovação para o cardápio.

-Ah, claro. Está ótimo. Pode ir.

Vendo-o acima do trono, percebi seus paços inseguros indo em direção a porta. Eu não havia escutado sequer uma palavra e ele sabia disso, é claro. Mas ninguém contrariaria uma Rainha.

Levantei-me e comecei a descer as escadas. As grandes janelas do salão deixavam entrar o sol da manhã, mas eu continuava com sono por não ter podido dormir na noite passada. Mas não estava reclamando. Essas noites valiam a pena e eu ficaria com sono de bom grado.

-Você está com uma cara péssima.

Eu já estava no corredor quando vi Aramina apoiada na porta, com a usual cara de deboche.

-Sei disso.

-Deus, você é quase a Rainha, vá dormir. Tem servos para fazer essas coisas.

Endireitei a postura e comecei a andar pelo corredor e Aramina começou a andar ao meu lado. E mesmo que fosse para implicar comigo, gostava desses momentos. Por mais que ela estivesse se afastando de mim, ainda era minha melhor amiga. Não só a Lady de companhia da Rainha.

-Não é só colocar uma coroa na cabeça, sabia? Tenho minhas obrigações, Aramina. E amanhã chegará a corte Italiana e tudo deve estar em perfeito estado. Não gosta tanto de andar por aí na vila? Então sabe o quanto Caeseris precisa disso.

Ela bufou e parou de me acompanhar dando meia volta. Dês de pequena sempre me vencia em diálogos com a língua afiada, mas eu sabia muito bem falar de política e ela odiava.

Mas quando entrei no meu quarto, reparei no garoto alto no canto da sala, vestido com trajes ricos e os cabelos negros que já deveriam  ter sido cortados há tempos. Fechei a porta rapidamente e ele se virou, os olhos azuis encontrando os meus. Corri pra abraça -lo, mas ele não retribuiu, e me afastei surpresa.

-Cohen? O que aconteceu?

-Jura, Minerva?

Ele estava bravo. Ótimo.

Por um tempo fiquei só encarando-o. O que mais eu poderia fazer? 

-Bonito vestido. Vai usar amanhã? Pra ele?

-Pare.

-E isso é uma ordem? Minhas sinceras desculpas, Vossa Graça.

-Pare com isso. Por que está agindo assim comigo? Sabe que não tive escolha. E você sabia disso muito antes.

-Disse que podíamos tentar. Que tentaria adiar ao máximo. Mas agora está preparando banquetes, eu não significo mais nada pra você?

-Você significa tudo pra mim. Mas o meu povo também, e eu sabia que você entendia. Você faz parte do meu Conselho, sabe que nosso país está em crise. Sem uma aliança política, não sei quanto tempo Caeseris vai durar...

-Então quando decidir colocar a sua felicidade acima da dos outros, me procure de novo.

Ele se virou pra porta com passos largos e eu segurei o braço dele. O homem por quem eu me apaixonei não era assim, não era egoísta a ponto de achar que eu deixaria todos do meu país morrendo de fome por caprichos...

Mas ele puxou o braço de volta com força, fazendo o meu doer, e só não bateu a porta ao sair pois ninguém poderia nos ver juntos. 

Mas depois, repensando, até que aquilo havia sido bom. Lord Leonard ou o Rei Rodolfo não poderiam saber que eu nutria sentimentos por outro se eu quisesse tirar meu país de suas péssimas condições. Eu faria de tudo por essa aliança com a Itália.

Porém, eu não era de ferro. Não era forte como a minha mãe. Então limpei as lágrimas e mandei chamarem Liana na sala do trono. Estava decidida a resolver tudo antes do jantar, para visitar depois a pessoa que sabia que poderia me ajudar. Pois naquele momento eu estava me sentido perdida... 

Terminei tudo a tempo e disse que estava indisposta para o jantar. Pedi a Helena que preparasse uma cesta com o meu jantar e que dobrasse a comida é levasse ao meu quarto com a mesma descrição de sempre. Vesti um vestido mais simples de um azul marinho discreto e chamei quatro dos guardas de minha guarda pessoal. Um deles levou a pesada cesta para mim e fomos sem sermos notados até as escadarias que levavam á torre-norte. Chegando lá em cima,  peguei a cesta e os dois outros guardas em frente à porta abriram-na ao ver-me, e fechando -a logo que entrei. 

O quarto era grande, com uma porta para um pequeno banheiro na lateral. Estava cheio de velas espalhadas pelo quarto mas não muito perto da cama. Também havia um guarda roupa e uma mesa de escrivaninha, onde deixei a cesta e sentei-me na beirada da cama.

Se descobrissem, eu poderia ser decapitada. Mas quando eu tinha treze anos foi a única decisão em que consegui pensar, e agora aos dezoito, próxima a me casar e ser coroada, ainda era a úncia solução da qual conseguia pensar. 

- Pai? - Chamei-o e mexi de leve em seu ombro pra que acordasse. Meu pai, o bom Rei James |||, doente e fraco em uma cama em uma torre escondido e isolado... Mas ainda era melhor do que de baixo da terra, onde as pessoas achavam que ele estava...

Ele acordou e me olhou sorrindo, tentado se levantar um pouco.

-Olá, Emmaline. Eu tive uma boa noite de sono, e você?

Ele estava com a voz rouca devido a velhice, e ouvir aquelas palavras doía muito, cada vez que ele as dizia.

-Pai. Sou eu, Minerva. Sua filha. Mamãe não está aqui.

-Não está? Onde está Emmaline? Chame-a Minie, estou sentindo um cheiro ótimo de comida, podemos jantar os três...

-Papai, mamãe não está aqui. Lembra-se? Ela não está aqui a muito tempo.

Não está aqui a dezoito anos... Mas não iria dize-lo em voz alta.

Ele ficou me encarando sem expressão por um tempo até que se recompôs e ficou com uma cara triste mas tentou disfarçar.

-Me desculpe, minha princesinha. É essa maldita doença, Minerva, me de desculpe...

-Não tem que se desculpar. Está tudo bem. 

Sorri e peguei uma bandeja de madeira para colocar na cama e ele não precisar levantar, colocando a comida em pratos e suco em taças. Então sai para dizer aos guardas que acendessem a lareira e sentei-me com ele na cama.

-A comida está ainda melhor do que ontem, minha filha. Agradeça a Helena por mim? Ela ainda cuida de você, não cuida? Ela era muito bondosa, espero que ainda seja a mesma.-Helena era empregada do palácio mas sempre cuidou de mim. Ela não poderia substituir a falta que eu tinha da mãe que nunca conheci mas chegava perto. Era ela quem cuidava dos meus machucados quando caia, quem me aconselhava quando brigava com Aramina...

-Ela cuida sim.

-E a carta que estava escrevendo ontem, conseguiu terminar? Ficou até tarde tentando escrever. Você é a Rainha, tem de estar sempre bem disposta.

-Não sou a Rainha ainda.

-Seria, se aqueles membros do Conselho fizessem algo que não fosse critica-la. É um ultraje que tenha que se casar para que tenha seu trono por direito.

Foi você quem decretou assim, antes de ser dado como morto... 

-Está tudo bem pai. A aliança com a Itália beneficia aos dois países.-Expliquei para ele outra vez- Lord Leonard é como um filho para o Rei Rodolfo. Caeseris é ao lado da Itália, e o Rei não quer o seu protegido longe, e vai casar-se com uma Rainha, e ter a coroa matrimonial, enquanto Caeseris vai ter todo o suporte da Itália e do Vaticano que precisar.

-E quanto a sua felicidade?

-Não é como se não nos conhecemos. Conversávamos por carta desde que soubemos sobre o casamento, quando eu tinha treze anos.

-Então por quê a dificuldade com a carta de ontem, Minie?

Porque não conversamos a dois anos e o que eu deveria dizer? Ele chegaria amanhã e logo já iríamos casar, e não era o que eu queria, mas o que meu país precisava... 

Mas não queria prolongar o assunto. Então conversamos sobre outras coisas e quando acabamos de comer e ele adormeceu, resolvi que não estava tarde para escrever uma outra carta.

Minerva Adelaide Rosette, setembro, 1587

Queria Mamãe...


Notas Finais


O que acharam desse começo e dos personagens? Comentários, recomendações e favoritos deixam as autoras felizes e com vontade de continuar e também não vai doer deixar a sua opinião.
Normalmente eu diria até semana que vem, mas semana que vem quem posta é a Queen Chase. Então até o capítulo três, tenham uma boa semana, Ladies and Lords♡


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