Faz uma semana que não vejo Lydia, sei que está me evitando depois do que aconteceu, talvez isso até seja bom. Minha cabeça está uma bagunça só, ansioso que sou, já criei milhares de cenários, possibilidades, até mesmo expectativas para tentar entender o que aconteceu, nada faz sentido, porem todos os dias, em todos os momentos, relembro da sensação de ter sua boca junta a minha, seus lábios grudados nos meus, sua... enfim, só que também revivo a humilhação e frustração que aconteceu seguinte. Não entendo o porquê ela fugiu de mim, a única coisa que eu sei é que acabei com uma amizade, destruí tudo o que tínhamos só porque não consegui controlar meus impulsos. Porem quando penso naquele dia tenho a certeza que não foi somente eu que se entregou, sei o que vi e senti, e digo com toda convicção que Lydia estava igualmente entregue a mim, seu olhar e tudo nela estava diferente, então tudo isso passa a ser ainda mais confuso, já que ela correspondeu, se abriu e logo depois saiu correndo. É bem frustrante e
Estou na aula e novamente sem prestar atenção em nada, somente pensando nela e nos seus lábios e nos seus... Foco! Uma coisa que me faltava constantemente, e de repente meu celular toca
-Stiles você sabe da Lydia?- mel me perguntou no telefone, parecendo agitada
- Não, porque?
- Ela sumiu, não tenho ideia para onde foi- meu coração parou- Não atende o celular, não está em casa e nem mesmo veio para a faculdade. Tem ideia de onde possa estar?- nesse ponto já havia saído da sala e andava de um lado para o outro no corredor
- Já procurou no Rudy’s? Ou na biblioteca, aquela do centro?- estava realmente preocupado.
Como eu já disso nos preocupamos muito um com o outro e nesse momento um medo doentio de ter acontecido alguma coisa com ela tomou conta do meu ser, tudo que passava na minha mente é que a encontraria morta em um desses becos em Nova York, mas o meu maior medo era dela ter tido um ataque banshee e ter se enfiado em algum lugar desconhecido nessa cidade imensa, estando perdida, sozinha e em perigo.
- No Rudy’s ela não está, o Scott também está a procura e eu vou para a biblioteca
- Não, não, deixa que eu vou!- sai de lá correndo e entrei no jipe
...
São quase seis horas da tarde e ainda não a encontramos, fomos para todos os lugares possíveis e impossíveis e... nada . Já estava praticamente desistindo e bem desesperado, quando me lembro de um lugar.
Na nossa primeira semana aqui em Nova York, eu e ela fomos ao Central Park, passamos a tarde lá, mas na hora de irmos embora não tínhamos ideia de como fazer. Andamos, andamos, mas sempre voltávamos a mesma arvore, um Carvalho enorme, bem antigo com uma grande linha vermelha pintada na sua casca. Depois de tanto andar, desistimos e sentamos sob a arvore. Tivemos que esperar até Scott nos encontrar e nos tirar de lá, foi bem patético.
Aquela arvore fica um pouco afastada e é bem calma, talvez ela tenha ido para pensar. Tomara que esteja lá.
- Ah! Lydia! Ai que bom que te encontrei- fui em sua direção a abraçando forte
Como imaginei ela estava sob a arvora lendo um livro tranquilamente
- Está bem? Aconteceu alguma coisa? Por que está aqui? Ai que bom, que bom mesmo- falei em quase desespero a abraçando e alisando loucamente
- O que está fazendo aqui?- em ouvir a sua voz e vê-la, fez meu desespero ser substituído pela raiva
- O que VOCE está fazendo aqui!? Está todo mundo igual uns loucos o dia todo te procurando! Voce não pode fazer isso, não pode sumir e nos deixar sem saber nada. Tem ideia de como eu fiquei? Estava desesperado, não conseguia parar de pensar que te encontraria morta em algum lugar. Por que você fez isso!? Quer me matar? Por favor, eu não posso mais perder ninguém muito menos você... não posso te perder... não depois de tudo... não depois de ontem.- Dizia realmente desesperado, lutava para as lagrimas não caírem
- M-me d-desculpa, não sabia que iria ficar assim- falou preocupada
- Lydia eu me preocupo com você- respirei fundo tentando me controlar- Entao... Só me diz o porquê. Por que sumiu desse jeito?
- Pelo mesmo motivo que rodeou sua mente o dia todo, a morte, o medo de se perder alguém que ama- foi então que realmente a olhei e percebi que estava bem abatida, umas olheiras gigantes e com a expressão triste- O simples fato que estou tão feliz e tão dependente de alguém que sinto que em qualquer momento tudo isso pode falir e escorregar pelas minhas mãos sem eu poder fazer nada.Quando as pessoas estão com medo elas fogem e eu estou apavorada, apavorada por tudo o que sinto e as consequências disso, penso em como me meti nisso e em só de imaginar em ficar sem, o ar me falta. Isso já aconteceu comigo e não sei se estou disposta a passar por tudo de novo, então vim aqui para pensar, pensar no risco e no que fazer, pensar em me entregar e sofrer ou em escolher viver sem isso
- Mas quem está te causando tudo isso, Lyds? Quem é o problema? - ela respirou fundo e bufou
- Voce Stiles! Voce é a única pessoa em que me deixar completamente feliz, é quem consegue despertar em mim coisas que nunca havia sentido na vida, é quem com um simples beijo consegue tomar conta de toda a minha cabeça e me deixar desesperadamente desesperada por mais, é a dependência de não conseguir simplesmente imaginar passar um dia sem te ver e é a pessoa que mais me aterroriza na vida, já que é a única que pode me fazer feliz. Mas como eu disse Stiles, eu não posso, não posso te perder... não posso te amar- as lagrimas escorriam pelo seu rosto, ficamos nos olhando em completo silencio e quando fui me aproximar ela levantou e saiu correndo
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