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História Look At Me (Laurinah). - 21: Banana Pancakes


Escrita por: misslaurinah

Notas do Autor


Boa noite, bolinhos!!! Mais um capítulozinho pra vocês. Espero que gostem.

Obs.: vou postar uma parte de um One Shot hoje, ficarei feliz se vocês puderem ir dar uma olhada. <3

Capítulo 21 - 21: Banana Pancakes


Fanfic / Fanfiction Look At Me (Laurinah). - 21: Banana Pancakes

Banana Pancakes - Jack Johnson

"Because I love to lay here lazy, we could close the curtains. Pretend like there's no world outside and we could pretend that all the time. Can't you see that it's just raining? There ain't no need to go outside."

"Porque eu amo deitar aqui com preguiça, nós poderíamos fechar as cortinas, fingir que não há nenhum mundo lá fora. Nós poderíamos fingir isso o tempo todo. Você não percebe que está chovendo? Que não há razão para ir lá fora?"

- Lauren, quero falar com você.

Assustei-me ao ouvir a voz de Camila. Achei que todas as meninas tivessem saído para comer, e que eu fosse finalmente ficar sozinha por algum tempo, já que estava sem fome.

Eu não tinha muito do que reclamar. Desde que tudo aconteceu entre Dinah e eu, há uma semana, as coisas estavam caminhando - muito lentamente, para frente. Ela deixava com que eu desse um passo a mais, a cada dia, embora aquilo ainda não fosse o suficiente para mim. Eu entendia o seu lado, sabia de seus bloqueios e tentava não forçar nada que a fizesse recuar.

- Fala, Camila. – Disse finalmente, tirando a almofada que cobria meu rosto. Eu estava deitada em minha cama, que ficava logo abaixo da sua e ao lado da de Dinah. Quando Camila se sentou no chão ao meu lado, puxou a cortina para o lado e fez com que uma luz irritante ficasse por cima de meus olhos, fazendo-me franzir o cenho para poder enxergar. – Você tá tentando me deixar cega? – Perguntei, fazendo-a revirar os olhos.

- Não sei nem porque você tá enfiada aí essa hora.

- Porque eu quero ficar sozinha, talvez? – Ela revirou os olhos mais uma vez. Camila conseguia ser bem irritante quando queria. – Fala logo o que você quer.

- Credo, Lo, para com esse mau humor. Quero te perguntar uma coisa. – Apenas meneei minha cabeça para frente, para que ela prosseguisse.

- Você acha que Normani sente alguma coisa por mim? – Tive vontade de rir. Dinah havia comentado alguma coisa comigo, mas eu ainda não havia percebido o fato de que Camila realmente estava interessada em Normani. Ela me olhava com uma expectativa de dar dó.

- Claro que sente. - Eu disse, fazendo com que seus olhos brilhassem. - Pena, porque você nasceu retardada desse jeito.

- Cala a boca! - Ela me deu um tapa forte no braço, fazendo-me gargalhar. - Eu tô falando sério, Lo! - Agora Camila tinha um bico enorme nos lábios, tornando-a totalmente infantil.

- Camz, sinceramente, eu não sei... – Fiz uma pausa, virando-me de lado para poder enxerga-la melhor. – Nunca ouvi Normani falando sobre ter nenhum interesse em garotas, sempre a vi namorando homens, então...

- Dinah também nunca falou de garotas. – Parei de falar no mesmo instante. O que ela estava querendo dizer com aquilo? Será que Camila havia visto Dinah e eu nos beijando alguma vez? Tenho certeza de que qualquer resquício de cor havia abandonado o meu corpo naquele instante. Eu estava pálida. Se Dinah soubesse que Camila sabia, iria ficar chateada e voltaríamos a estaca zero. Eu não queria correr aquele risco.

- O que tem a ver a Dinah com isso, Camila? – Minha voz saiu um tanto quanto trêmula e eu esperava sinceramente que ela não notasse.

- Tem a ver que isso não significa nada, porque Dinah não gosta de garotas e mesmo assim nos beijamos naquela festa. – Okay, agora sim, eu estava sem reação. Que história era aquela de beijo? Que festa? Por que Dinah não me contou aquilo? Por que CAMILA NÃO ME CONTOU AQUILO QUANDO EU DISSE A ELA QUE GOSTAVA DE DINAH?

- O quê? – Consegui dizer depois de um longo tempo. A latina me encarava com uma expressão engraçada, como se quisesse rir. Tenho certeza que se ela soubesse a minha vontade de socar sua cara naquele momento, ela não estaria achando a menor graça.

- Esquece isso, Lo, foi só um exemplo. – Ela disse quando notou a surpresa em meu rosto, percebendo que não deveria ter falado nada.

- Não vou esquecer, me conta isso agora, Camila! – Sentei-me com tanta pressa em minha cama, que acabei batendo a cabeça no teto daquela “beliche” que havia no ônibus, soltando um grito por causa da dor que senti. Camila riu. Desgraçada! Mil vezes desgraçada!

- Acho melhor a gente conversar depois. – Ela disse, saindo correndo dali e me deixando furiosa.

- Camila, volta aqui! – Gritei, mas ela já havia sumido.

Sai dali o mais rápido que pude, vestindo um moletom por cima da camisa de meu pijama e calçando meus tênis. Eu não me importava nem um pouco se minha cara estava toda amassada de sono ou meus cabelos bagunçados, eu iria encontrar aquela garota e fazê-la me contar direitinho aquela história de beijo em Dinah.

Quando sai para fora do ônibus, fui surpreendida com gotas fritas e grossas de chuva. A que momento começou a chover que eu não percebi? Ótimo, além de tudo, estava ensopada. Soltei um suspiro frustrado e corri até o outro lado da rua, entrando no pequeno shopping de beira de estrada e procurando por algo próximo a uma praça de alimentação. 

Não havia muitas pessoas ali. Na verdade, eu diria que o lugar parecia ser populado por moscas. Lojas pequenas e simples estavam enfileiradas em pequenos e fofos corredores, decorados com vasos enormes de plantas que eu sequer sabia o nome, e grandes bancos de madeira. Caminhei até o final de um deles, e olhando para a direita, enxerguei o que parecia ser um restaurante, onde Camila estava entrando, após abandonar um guarda-chuvas ao lado da porta. Ótimo. 

Caminhei até lá, recebendo alguns olhares curiosos quando passei pela porta dupla de vidro. Logo localizei Normani e Dinah em pé ao lado de uma mesa de sobremesas. Mais para a direita, encontrei todos sentados em uma mesa grande, pareciam entretidos com sua comida e riam de qualquer coisa que alguém havia dito. Camila estava sentada entre duas cadeiras vazias. Ótimo de novo.

- Meu Deus, olha pra você! Está toda molhada. - A latina desgraçada disse, levando uma das mãos até a boca para impedir uma risada.

- Você poderia ao menos ter me dito que estava chovendo, né!? - Ally gargalhou do outro lado, estendendo-me algumas toalhas de papel. 

- Enxuga esse rosto, Lo. Sua maquiagem está muito engraçada. - Eu não queria nem imaginar como eu estava linda naquele momento. Peguei o que Ally me oferecia e passei por minhas bochechas, depois embaixo dos olhos e em minha testa.

- Camila, a gente ainda precisa conversar. - Disse para que apenas ela ouvisse, enquanto lhe dava um beliscão na cintura, fazendo-a dar um gritinho e se contorcer na cadeira ao meu lado.

- Lo, é que...

- Hey! Você roubou meu lugar! - Ouvi a voz de Dinah atrás de mim e me virei, encontrando o sorriso mais lindo que existia no mundo. Não tive como retribuir, perdendo-me em seu olhar por alguns segundos. Quando olhei para o lado, Camila havia se levantado e apontava para a cadeira vazia.

- Pode sentar aqui, Di! Eu quero ficar perto de Ally. - Filha da puta, fugiu! 

Neguei com a cabeça e lhe direcionei um olhar que dizia que aquilo ainda não havia acabado, ela iria me explicar direitinho aquela história. Ou eu perguntaria a Dinah, mesmo sabendo que correria o risco de avançar alguns degraus a mais do que nossa relação me permitia.

- Você está toda molhada, por que não pegou uma capa de chuva? - Dinah perguntou, sentando-se ao meu lado. Logo senti dedos quentes em meu rosto, afastando uma mecha do meu cabelo molhado para trás. Eu nem conseguia me mover quando ela me tocava daquele jeito. - Você não pode ficar resfriada, Lo, nós temos um show amanhã, lembra? - Ela arqueou as sobrancelhas daquele jeitinho lindo e eu estava toda abobalhada encarando-a, sem sequer me lembrar de que deveria responder alguma coisa. 

- Terra chamando. - Camila gritou do outro lado da mesa, lembrando-me que eu ainda queria matá-la. 

Ficamos por mais ou menos uma hora naquele lugar, onde Dinah e Ally me obrigaram a comer alguma coisa e a tomar um antigripal. Dinah também me emprestou sua jaqueta seca, e poder ficar respirando seu cheiro enquanto aquele tecido quente envolvia meu corpo, era a melhor sensação do mundo. Depois de beijá-la, é claro. 

Quando voltamos para o ônibus, me prontifiquei a tomar um banho quente e a vestir outro conjunto de moletom. As meninas conversavam sobre alguma coisa nos fundos do ônibus e eu preferi ficar na parte da frente, sentada em um dos sofás que havia ali para tentar enganar minha curiosidade com um de meus livros, já que Camila estava mais escorregadia que um peixe e eu provavelmente não iria conseguir o que queria. 

- Oi, pessoa que passou o dia todinho me evitando. - Ainda olhava para o livro quando meus lábios se curvaram em um sorriso por ouvir aquela voz. Ergui meus olhos até Dinah, enquanto ela se aproximava para se sentar ao meu lado, quase em meu colo.

- Isso não é verdade, eu não te evitei. - Minha mão rapidamente buscou pela sua e nossos dedos se entrelaçaram, iniciando um carinho que enviava paz para todo o meu corpo.

- É verdade, é que eu já estava tão acostumada a ter você na minha cola, que quando você não está, sinto falta. - Ela disse em um tom de brincadeira, fazendo com que meu sorriso se ampliasse. 

- Eu não ficava na sua cola! - Dinah deu de ombros e deitou sua cabeça em meu ombro, suspirando bem baixinho. - Posso te perguntar uma coisa?

- O quê? - Ela perguntou com a voz sonolenta, aconchegando-se melhor em meu corpo. Ela estava tão tranquila, agindo de forma tão natural ali perto de mim, que não tive coragem de estragar aquele momento para perguntar sobre Camila. Naquele instante, a única coisa que me importava de fato, é que estava apaixonada.

Apaixonada por Dinah Jane que acabara de beijar meu pescoço Hansen.

 


Notas Finais


Eu só queria dizer mesmo que eu não queria estar no lugar da Camila, amém.

E pra quem me perguntou sobre Normila: is coming soon!! E eu realmente queria perguntar se vocês querem mais detalhes Normila ou foca só em Laurinah mesmo. Beijos de luz. <3


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