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História Looking At You - Capítulo 7


Escrita por: IsaWoodwork

Notas do Autor


ETA GLÓRIA
BORA GLORIFICAR DE PÉ

Demorei horrores, eu sei, desculpa mesmo
Explico td lá embaixo

Esse capítulo eh mega importante, mas amiguinha tá bem insegura em relação às coisas relacionadas a Direito, então se algo estiver errado, POR FAVOR ME AVISEM

Boa leitura </3
Ops
<3 rs

Capítulo 8 - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction Looking At You - Capítulo 7

They've promissed that dreams can come true, but forgot to mention that nightmares are dreams, too. 

Eles prometeram que sonhos podem se tornar realidade, mas esqueceram de mencionar que pesadelos também são sonhos. 

 

- Nós não fizemos nada! - Kile levantou a voz, pela centésima vez.

Depois de sairmos, todos começaram a falar ao mesmo tempo, nossas mães foram tirar satisfações com a promotoria, enquanto os meirinhos tentavam acalmar tudo. Consegui correr até o Kile, e falamos rapidamente um com o outro, antes de levarem-no de volta para aquele fim de mundo, nojento. Nem lembro o que falamos, mas provavelmente não foi nada tão importante, para eu ter esquecido no momento seguinte. O problema de tudo, é que tínhamos um prazo minúsculo. Nossos advogados correram para encontrar provas que nos - porque agora eu também era suspeita - inocentassem. 

Eu devia ir para minha casa, mas acabei indo com meus pais para a casa deles, onde hoje só moravam eles, o Osten e o Kaden. Aproveitei para conversar com meus pais e meu irmão caçula. O problema é que durante a conversa com meu pai, senti que ele estava escondendo algo de mim, assim como o Osten, mas ele por sua vez deixou mais a mostra que não estava  tudo certo.

- Osten? Baixinho, você está aí? - Perguntei entrando em seu quarto.

- Eu não sou baixinho, Eadlyn. - Ele respondeu saindo do banheiro com o cabelo molhado do banho.

- A mãe não é discreta, eu sou sua irmã e tenho o direito de saber o que você tem. - Fui direto ao ponto me sentando em sua cama.

Osten apoiou-se na bancada de estudos dele.

- Bom, eu tenho uma vida e uma irmã enxerida, quer mais algo? - Ele lançou um sorriso amarelo.

Bufei.

- Você entendeu, Osten. Você está estranho, você não é assim, se você estivesse normal, já teria me mandado para o inferno e dito que sua namorada preferia outro! 

Meu irmão ficou tenso por alguns segundos, antes de me lançar um olhar cortante, igual ao da minha mãe. Arregalei os olhos.

- A Giu te trocou?!

Foi a vez dele arregalar os olhos.

- O que?! Não! - Osten respondeu rápido.

Ele baixou o rosto, sussurrando algo.

- O que você disse?

- Disse que esse é meu quarto, essa é minha casa, e espera! - Ele disse sarcástico. - Essa também é minha vida! Não finja que se importa, eu não sou o Ahren, e se te interessa, o Kaden já veio com a Cacau perguntar o mesmo. Eles vinham conversar, você já chegou atacando como se eu fosse uma obrigação. Você teve o Ahren, eu tive o Kaden, assim como você prefere contar as coisas para seu gêmeo, eu prefiro contar as coisas para nosso irmão do meio, se é que você lembra que tem um. - Osten cuspiu com os olhos marejados.

Ficamos um tempo em silêncio, só nos encarando, até que com a respiração acelerada, ele apontou para a porta e disse:

- Enquanto você não se preocupar de verdade, também não precisa voltar.

Do momento que saí do quarto dele, as únicas coisas que martelavam dentro do meu crânio eram:

"Já me disseram isso."

"Minha mãe disse isso."

"Eu sou a pior irmã do espaço-tempo."

- O que aconteceu, Eady? - Meu pai perguntou quando entrei em seu quarto, chorando.

- Está tudo dando errado. - Chorei deitando na cama.

- O que aconteceu? - Ele repetiu pacientemente, acariciando meu cabelo.

Tentei explicar mais de uma vez como o cosmos estava contra mim, mas tudo o que saíam eram soluços e lágrimas, frases coerentes, que é bom, nada. Só depois de me acalmar que consegui falar de forma que meu pai entendesse tudo. Disse tudo, desde quando eu era pequena - não que eu fosse grande, agora - até alguns minutos atrás. Lembrei de quando eu tinha sete anos e preferia assistir filmes das princesas, do que colocar em algo que o Kaden gostasse, e pudesse animá-lo, porque desde sempre ele sempre foi uma boa pessoa, e poderia fazer o que os outros preferiam sem reclamar, e eu me aproveitava disso, ignorando que quando meus pais chegavam, ele estava triste.

Lembrei também de quando meu irmão mais novo ainda era bebê. Osten sempre foi muito sociável, gostava de estar com pessoas ao seu redor, chamando a atenção delas, adorando quando o elogiavam pela beleza, aliás, um menino com cabelos da cor de fogo, com olhos azuis feito o oceano, era de chamar atenção. O que me machuca hoje, é que eu não dava atenção para ele, sentia ciúmes quando minhas amigas davam mais atenção às brincadeiras dele, do que para mim, quando a atenção que ele queria era a minha.

Tudo o que ele disse é verdade, eu consigo admitir isso, e talvez isso tenha sido o estopim para tudo o que veio a acontecer em seguida. Depois de chorar por um bom tempo no colo do meu pai, passei na empresa para pegar uns papéis, para terminar em casa, mas quando cheguei lá, tudo o que consegui fazer, foi chorar. Lembrei de tudo o que estava acontecendo e o que tinha acontecido. Foi essa instabilidade emocional, que me ajudou a cair tão fundo com tudo o que aconteceu. 

Enfim, logo me vi no tribunal, em meio aos gritos, novamente.

...

- Eu estava na casa dos meus pais, com minha família, conversando e vendo com minhas cunhadas, o vestido que a Kalina, namorada do meu irmão, ia usar na formatura dela. - Repeti para o Sr Daves.

- Depois você e seu namorado fizeram o que? Nossas fontes registraram que os senhores chegaram às dez e quarenta e três da noite no apartamento, mas levariam no máximo quinze minutos o percurso.

Joguei meu cabelo para o lado, irritada.

- Fomos para nossa casa, mas antes paramos numa farmácia para comprar anticoncepcionais. - Expliquei desconfortável. 

Estava lá falando há alguns minutos, e nada do que perguntavam parecia fazer sentido. Qual a importância de eu ter ido na farmácia? Eu, definitivamente, não estava entendendo nada, mas o pior era que Kile parecia estar entendendo algo. 

- Meritíssima, não vamos chegar a lugar nenhum assim. - Kane reclamou. 

- Concordo. Vocês tem mais algo a dizer? Caso contrário, a Senhorita Eadlyn Schreave é considerada inocente. 

- Tiramos nossa acusação de Eadlyn Schreave. 

- Pode voltar para seu lugar. 

Desci indo na direção de Kile, aliviada. As coisas vão acabar bem. 

- Eu disse que daria tudo certo. - Kile murmurou me abraçando.

- É. - Respondi antes de me sentar. 

O outro advogado voltou à frente pronto para abrir a boca. 

- Voltamos então para a acusação de Kile Woodwork, aqui podemos ver que ele claramente tinha coisas à esconder. Se encontrou com pessoas, já declaradas culpadas, e tem um terreno afastado da cidade, onde encontramos algumas pessoas se reunindo próximas à armas. 

Mostraram vídeos de Kile mexendo no esconderijo no chão, olhando para os lados, completamente sozinho. Ele pegava alguns papéis e dinheiro. Logo depois ele guardava tudo com pressa, e apareciam as vozes minha e da Monike conversando. Ele corre para a mesa, e age naturalmente. Isso foi no dia que fomos num bar. Outra câmera revelava Kile apagando o histórico de seu computador agilmente, antes de mandar umas mensagens no celular, então fomos embora. 

Nada fazia sentido. 

Outra gravação mostrava Kile andando por um terreno sem nada, observando tudo, ao passo que seu colega de sala aparecia e eles conversavam algumas coisas. Não conseguíamos ouvir por conta da qualidade do vídeo, mas eu tinha certeza que já tinham resolvido isso em outro arquivo. 

Por último, ouvimos uma gravação. 

"- Daniel, você resolveu o que eu pedi? - Era a voz de Kile. 

- Claro chefinho, A COISA já está lá. 

- Você tem certeza que ninguém viu, né? Se alguém descobrir vai tudo por água abaixo. 

- A bomba já está lá. 

- Bomba?! Você quer que descubram que eu supostamente estou escondendo uma bomba? Eu trabalho na IABI o qu... Eu tive uma ideia. Tem uma coisa na minha sala, pega lá e leva para o lugar planejado. Olha por onde anda. - Kile fez graça, antes de desligarem."

- Gostaríamos de fazer algumas perguntas para o réu. 

Kile sentou novamente no lugar indicado. 

- O senhor poderia nos dizer o que o senhor escondia de tão importante? É verdade que você coagiu outros funcionários a te ajudarem? - Perguntaram. 

Kile olhou para algo atrás de mim, baixou o rosto aparentando frustração, antes de responder. 

- Eu escondia os documentos da compra do terreno, dinheiro e alguns esboços. E, não, eu não obriguei ninguém a nada, simplesmente porque não era nada fora da lei, só pedi ajuda para esconder algo pessoal. 

- E o que seria de "tão importante"?

Kile olhou para mim triste. O que ele estava escondendo?

- Eu ia pedir a Eadlyn em casamento. 

Todo o meu ar sumiu. Como assim? Não. Não. Simplesmente, não. Isso não pode estar acontecendo agora. Não me refiro ao pedido que ele pretendia fazer, mas ao que estava acontecendo. Isso não está acontecendo. Porque as coisas não poderiam só seguir um fluxo sem icebergs para entrarem no meio do meu Titanic, e destruir tudo? Tudo isso é um pesadelo. Eu acordarei, não existirá acusação, nem coisa nenhuma para estragar tudo. 

- O que?! - Saiu pela minha garganta. - Como assim? - Olhei para trás. Era para meu pai que Kile tinha olhado. 

- Silêncio no tribunal. - A juíza pediu, só então reparei que não era só eu que tinha sido pega de surpresa. 

- O dinheiro era para comprar as alianças, a papelada era do terreno onde estava planejando construir uma casa para nós. Esboços eram desenhos que tínhamos feito imaginando nossa casa, e que eu pretendia transformar em realidade. Todas essas conversas eram com pessoas que eu tinha pedido ajuda para planejar tudo, que seria semana que vem. - Kile continuava me olhando. 

Senti meus olhos marejarem. 

- Conversamos com os funcionários, e todos negaram esse fato. O senhor Nathan achou estranha sua animação súbita, e disse que o senhor estava diferente. Muito agitado. Podemos ver isso nas câmeras. 

Balancei a cabeça negando. 

- Não! Eu estou falando a verdade! - Kile protestou. 

- O senhor tem provas?  

- Aqui os recibos das compras, e a conversa com Maxon Schreave a respeito disso. - Catherina levantou uma pasta, levando-a à juíza. 

- As mensagens podem ser falsificadas, assim como recibos. - Juíza Johnson deu de ombros, como se não pudesse fazer nada. 

- Temos o responsável pela joalheria para comprovar, assim como o antigo proprietário do terreno. - Kane contestou. 

Se passou mais um tempo, mas eu era incapaz de processar isso tudo. Eram muitas coisas. Não tinha certeza se afixos tinha caído que eu estava num tribunal, que o país inteiro estava vendo. Acho que mesmo com tudo acontecendo, com todas as possibilidades, meu coração ainda acelerava feliz de pensar que eu seria pedida em casamento, mas logo imagens de Kile sendo declarado culpado invadiram minha mente. Talvez tenha sido uma visão do que estaria prestes a acontecer. Uma das maiores desgraças da minha vida. 

Tudo começou a desmoronar quando a bagunça se instalou no local, e gritos começaram a serem ouvidos do lado de fora. 

- Meritíssima, tudo aponta ao senhor Kile. Encontramos provas do envolvimento dele, ele tem contato direto com armamento bélico, e existem testemunhas. 

- NÃO! O KILE NÃO FEZ NADA! VOCÊS PRECISAM ACREDITAR NELE! - Gritei já de pé. 

- Acho bom a senhorita se sentar imediatamente, caso contrário será convidada a se retirar. - A juíza disse ríspida.  

- Pai, está tudo dando errado. - Balbuciei em meio às lágrimas, abraçando meu pai. 

- Não está, não, vai dar tudo certo. - Ele murmurou devolvendo o abraço. 

Mas eu sabia que não daria. 

– Os senhores tem mais alguma prova que inocente o réu? - A juíza perguntou. 

Catherina e Kane começaram a revirar os papéis enquanto discutiam baixo. Kile olhou para nós aterrorizado. Meu coração batia descontrolado. Minha sogra chorava sem chão. No fundo todos sabíamos o que isso significava. 

- Então declaramos Kile Tames Woodwork culpado por desvio de dinheiro, tráfico de armas e atentado contra o governo. Como está expresso na constituição illeana, no condenado deve cumprir cinquenta anos de prisão fechada no Forte Lunar. Infelizmente, aqui temos o primeiro caso em anos à ser enviado para lá. Levem ele para a próxima saída para a Lua, essa segunda-feira, daqui três dias. O senhor Woodwork não tem direito à visitas até o dia da viagem. - A juíza bateu o martelo. - Caso encerrado. 

Os próximos momentos foram um dos piores da minha vida. 

Kile começou a gritar enquanto algemavam ele. Ele dizia que não era culpado, que era uma armadilha. Marlee gritava desesperada tentando alcançar o filho. Carter também teve uma reação parecida enquanto meus pais brigavam com as câmeras, tentando dizer a verdade, enquanto tiravam elas de lá. 

- Por favor. Alguém para isso. - Implorei aos prantos observando tudo ao meu redor, aérea. 

- Todos agradecemos aos telespectadores, Kile Woodwork será mandado para o Forte do Inferno, mais popularmente dito. Estamos todos salvos de um possível golpe... - Um jornalista dizia, enquanto quase todos corriam na direção do Bosh e o Ministro de Segurança. 

- ... uma hora todos pagamos pelos nossos crimes. 

- Como quase todos queriam, o réu foi declarado culpado. 

Eu sentia como se todas vozes dos jornalistas estivessem no meu ouvido. Que inferno. 

Inferno. Dor. Injustiça. 

O que aconteceu depois, foi um borrão. Gritei, trazendo todo o foco para mim. Chorei, xinguei, sofri. Fiz quase tudo o que tinha, e não tinha direito. Meus sogros estavam na mesma. Não podiam tirar Kile de nós dessa maneira, não era justo. Não era certo. 

Meus pais chamaram um táxi para meus padrinhos, então me levaram para a casa deles. Eu não parava de soluçar. Eles tentavam parecer fortes, mas via que também estavam sofrendo. Eu queria que isso tudo acabasse. 

É só um pesadelo. É um pesadelo.

Chegamos em casa e meus irmãos estavam com as respectivas namoradas. Minha mãe desapareceu rapidamente, meu pai parecia não saber o que fazer. Ahren perguntou várias coisas rapidamente, se aproximando, enquanto eu deslizava pela parede até o chão. Meus olhos estavam fechados, mas nada impedia as lágrimas de saírem. 

Céus, estava doendo tanto. Estava com tanto medo. 

Então eu percebi. Isso não era um pesadelo. Um pesadelo acontece quando adormecemos, e a única certeza que eu tenho, é que estou acordada. Os sentimentos são reais demais para serem minha imaginação. Isso é a realidade, e saber isso, me destrói. 

- Pai, o que aconteceu? - Kaden perguntou de pé, enquanto as garotas traziam um copo com água para mim, para meu pai, e a Giulianna ia levar para minha mãe. 

Abri os olhos balançando a cabeça. Meu rosto estava encharcado. 

- Acabou.


Notas Finais


Então
Como tinha dito antes, a escola tem me consumido bastante, mas eu tbm n tava conseguindo escrever direito esse cap. Ontem q ganhei gás e escrevi quase tudo, e acabei de terminar de escrever ~n corrigi, perdoem os erros
Só consigo as coisas um dia antes da prova de matemática, q maravilha dndnsnsnsn (rezem por mim pq n me dou bem com Matemática *risada nervosa*)
Espero q vcs tenham gostado, falem TUDO pq assim como no último, tô bem insegura com esse capítulo
Queria agradecer pelos comentários e favoritos, amo vcs dndnsn ❤️
Beijooos


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