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História Looking At You - Capítulo 8


Escrita por: IsaWoodwork

Notas do Autor


Nem vou repetir, pq sei q demorei
Af, ngm merece meus atrasos

MAAAAAAAAAAS
EH A DESPEDIDA 💔
NÃO VOU FALAR MT AQUI
LEIAM E ME FALEM DPS

BOA LEITURA ❤️

Capítulo 9 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Looking At You - Capítulo 8

It's a quarter after one, I'm all alone and I need you now

Said I wouldn't call but I lost all control and I need you now

And I don't know how I can do without, I just need you now

Need you now - Lady Antebellum

 

Eu não sentia a dor. Sabia que ela estava presente, mas não era capaz de identificar aonde. Talvez fosse uma crise de ansiedade que me deixava assim, eu não tinha certeza. Não tinha certeza de nada. Será que existiria um amanhã? A vida me provou que tudo é possível, desde sorrir, até ter seu namorado tirado de você, e enviado para a Lua (isso seria engraçado, se não fosse completamente trágico). Minha situação devia estar deplorável ao ponto de chamarem o Jason - ou animador de festas infantis, como meus irmãos chamam o namorado da Josie, por conta de seu senso de humor. Porém, nada me animava. A questão é: algo deveria me animar? O Kile está indo embora. Não posso nem ir visitar ele, na Lua só construíram bases de segurança e pesquisas. 

– Eu preciso de você. – Disse segurando sua mão, desesperada. 

– Você não precisa. De qualquer maneira, vai ficar tudo bem. – Kile falou com a testa deitada nas minhas mãos. 

Ele chorava como eu nunca tinha visto antes. 

Eu não aguento mais, e isso nem começou.  

– Não vai. Não. – Neguei aos prantos. – V-Você não pode ir. 

– Não posso impedir, me desculpa. 

Dor. Estava doendo.

– ELES CONTINUAM PROCURANDO PROVAS PARA TE INOCENTAR E NADA ADIANTA! FOI TUDO COMPRADO! – Gritei aos prantos, desesperada. 

– QUEM TERIA FEITO ISSO? – Kile gritou de volta. 

Ninguém sabia o que fazer. Ninguém sabia o que levou a isso. Ninguém sabia nos responder. 

– Eu não sei. 

Fechei os olhos perdida. 

– Vem cá, Eady. – Kile chamou se levantando, e me puxando junto. Fui até ele e nos abraçamos. 

Lágrimas caíam e se misturavam como a chuva. Uma chuva infindável e nada bonita. 

– Vão dar um jeito, isso não vai durar muito. – Kile murmurou com o rosto enterrado no meu pescoço. – E se não conseguirmos...

– Nós vamos. – Cortei. 

– Se nã...

– Rápido! – Um policial disse batendo na porta. 

– VAI PARA O INFERNO! – Berrei alterada para o policial. – VOCÊ NÃO PERCEBE O QUE ESTÁ ACONTECENDO? VOCÊ NÃO ENTENDE? VAI VOCÊ PARA A LUA E NUNCA MAI... 

Kile me interrompeu, chorando. 

– Se não conseguirmos, não quero que você fique assim para sempre. Você é inteligente, linda, e é capaz de tudo. Não deixa isso te derrubar. 

Ele me olhava nos olhos enquanto falava.

– E eu preciso explicar algumas coisas. – Kile fungou, passando uma mão na minha cintura, fazendo carinho. – Tudo o que dissemos no tribunal é verdade em relação a eu te pedir em casamento. Eu ia mesmo te pedir em casamento essa semana, só eu, meus pais e o seu pai sabíamos. Eu tinha comprado as alianças, e também tinha comprado um terreno. Era nossa suposta casa nas colinas, um pouco longe de tudo. – Ele riu triste e eu solucei, me agarrando a ele. – E o buraco no chão da minha sala, eu achei por acaso, e decidi guardar algumas coisas lá, porque você gosta de revirar o apartamento e acabaria achando uma hora. 

Kile fez uma pausa. Eu chorava com o rosto em seu ombro, e ele chorava com a cabeça apoiada na minha. 

– Eu pedi mesmo a ajuda de alguns funcionários, mas era para eles buscarem papéis, as alianças e coisas do gênero. Você me ama tanto que não sobrevivia uma hora sem mim e eu não conseguia sair por muito tempo. 

Nós rimos fraco. 

– Eu amo muito você. – Trocamos um beijo. – Mas agora vou ter que sobreviver sem você por anos. 

Kile me beijou. 

– Não pensa nisso, meu amor.

– Impossível. 

– Entendo. Não lembro como as coisas eram antes de eu conhecer você. – Ele fez graça, em meio à tristeza. 

– Você me conhece desde que eu nasci, idiota! – Dei um tapa em seu braço. 

– Para fora, quinze minutos para todos se despedirem. – O policial avisou e desabei novamente. 

– Quando olhar para Lua, finge que está olhando para mim. Se eu puder ver a Terra, finjo que estou vendo você. 

Nos abraçamos e choramos. Alguns segundos depois fomos para a sala onde estavam nossas famílias. Marlee estava escorada na parede de vidro e chorava como uma mãe que está prestes a perder um filho, e ela estava. Carter tentava consolar a Josie que chorava encolhida na cadeira. Todos já tinham se despedido antes separadamente. 

– Mãe, não chora. – Kile pediu, se abaixando para abraçá-la. 

– Não me peça isso, Kile. Eu juro que vamos fazer de tudo para te tirar daquele inferno. – Ela prometeu se agarrando a ele. 

Carter e Josie se juntaram ao abraço. 

– Vai dar tudo certo, vamos tirar ele de lá. – Ahren me abraçou de lado. 

– Tá doendo. 

Eu via câmeras tentando pegar fotos nossas, e eu só queria mandar eles para o inferno. Às vezes parece que o ser humano é o mais retardado dos animais, pois quando o esperado é melhorar, tudo o que fazemos, é piorar. Fico triste, mas não surpresa. 

– Que merda. – Kile riu, sem humor depois de um tempo em silêncio.

– Toma cuidado, não se meta em confusão. – Minha mãe abraçou Kile, com lágrimas escorrendo silenciosamente. – Sua mãe não está bem, mas ela diria isso. – Ela completou baixinho. 

– Você é minha segunda mãe, então também vale. 

Os minutos passaram enquanto todos abraçávamos, falávamos, e chorávamos, até que chegou a hora. Todos nos envolvemos num abraço grupal. Prometemos que íamos dar um jeito nisso.  

– Eu amo vocês. – Kile murmurou no abraço. 

– Logo você volta. - Minha mãe disse, beijando seu rosto, antes de se afastar rápido chorando. 

– Vamos, Woodwork. 

Algemaram Kile, e começaram a levá-lo. 

– Eu te amo. – Sussurrei para ele, que repetiu o mesmo. 

Vi levarem ele para o foguete junto com alguns policiais. Kile levava algumas fotos para ver enquanto estivesse lá. Ele nos olhou uma última vez, antes de ser empurrado para dentro e desaparecer de vista. Todos estávamos apoiados no vidro observando. Tudo o que se ouvia, era o choro. Vi o céu escurecendo, ou talvez já estivesse nublado, representando o humor de todos. 

O barulho da decolagem deve ter acordado todos do transe, pois começamos a gritar, socando o vidro enquanto o foguete começava a subir. 

– MEU FILHO! ESTÃO LEVANDO MEU FILHO! NÃO PODEM FAZER ISSO! – Minha madrinha berrava, esmurrando o vidro desesperada. 

– KILE! 

– NÃO DEIXEM LEVAR ELE! ELE NÃO É CULPADO!

– VÃO PARA O INFERNO! JUSTIÇA DE MERDA!

Todos os gritos se misturavam, e duraram até ele desaparecer entre as nuvens. Achei que nenhum de nós conseguiria gritar mais. Mero engano. 

– Eu errei. É minha culpa. – Tia Marlee começou a balbuciar, vermelha. 

– Do que você está falando? – Tio Carter perguntou fungando. 

– Não, não é minha culpa, na verdade. – Ela mirou os olhos em mim. – Eu errei ao deixar ele namorar com ela! É tudo culpa dela. 

Me virei bruscamente para ela. 

– Minha culpa?

– SUA CULPA! VOCÊ QUIS IR PARA ESSA EMPRESA! VOCÊ SEMPRE QUIS APARECER, E PUXOU KILE PARA ESSE DESASTRE! – Ela gritou, apontando para mim. 

Eu não estava acreditando. 

– EU NUNCA FIZ NADA PARA PREJUDICAR O KILE!

– E QUANDO VOCÊ QUEBROU A MÃO DELE COM UMA PANELA?!

– FOI SEM QUERER! EU ESTAVA TENTANDO APRENDER ALGO!

– Marlee, não fala assim com a minha filha! – Mamãe apontou o dedo, tremendo, para Marlee. 

– Você nunca foi a pessoa certa para o meu filho, ele merecia alguém melhor. 

Olhei para minha madrinha, chocada. Se ela queria me magoar, me fazer chorar, me sentir pior, resumindo, me destruir, parabéns, ela conseguira. 

– EU NÃO LIGO SE VOCÊ ACABOU DE PERDER SEU FILHO, MAS SE VOCÊ CONTINUAR MALTRATANDO A EADLYN, EU JURO QUE ESFREGO A SUA CARA NO ASFALTO! – Minha mãe urrou, e teria avançado nela, se meu pai não tivesse segurado ela. 

Meu sogro teve que fazer o mesmo. 

– Se não me aprovava, dissesse cinco anos atrás, não se pode chorar por leite derramado. – Falei no meio delas, tentando controlar o choro. 

Me ignoraram. 

– O dia que você perder um filho, America, você vai ter moral. Agora se você quer brigar na frente dos seus filhos, eu não tenho problema nenhum. 

– Quietas as duas! – Carter cortou, bravo. – Nenhuma tem moral para nada. Vamos para casa. 

– Você vai sair do apartamento do Kile. – Minha sogra mandou. 

Virei e comecei a andar para ir embora. Eu não conseguia aguentar mais nada. 

– Nós falamos para vocês saírem da IABI antes de tudo começar! Dissemos que era arriscado e perigoso! NÓS AVISAMOS! – Marlee gritou atrás de mim, enquanto eu chorava, aliás, era tudo o que eu vinha fazendo. – AGORA POR IMPRUDÊNCIA DE VOCÊS ELE ESTÁ INDO PARA O FORTE! VOCÊS TÊM IDEIA DA MERDA QUE FIZERAM?!

– Ninguém previa isso! – devolvi com a voz falha. 

– Mas por teimosia deixaram isso acontecer! – ela disse com o rosto marcado pelas lágrimas. 

– MARLEE, PARA! – Minha mãe gritou.  – A Eadlyn não tem culpa! O Kile não quis também! Ela está arrependida! A minha filha também está chorando! Ela também está machucada! Só para! – Minha mãe também chorava. 

– É o meu filho, America! – Marlee protestou com a voz esganiçada. 

– É o meu namorado! 

– Estão todos desestabilizados, mas já deu vocês três. – Meu pai apontou para mim, tia Marlee e minha mãe.  – Ninguém está bem, e vocês não estão ajudando. 

Virei o rosto me encolhendo. 

– Eu nunca te agredi, nem ninguém que eu amo, como você acabou de fazer comigo. O Kile ficaria muito feliz de ver isso. – Disse por fim. – Eu vou embora. 

– Eu te levo. – Ahren falou, se aproximando. 

– Eu preciso ficar sozinha. Por favor. 

– Nos falamos depois então, toma cuidado. 

– Você não quer ir pra casa, Eady? – Osten perguntou baixo, pela primeira vez. 

Meu coração doeu mais ainda. Também tinha brigado com Osten, e ainda não tínhamos nos resolvido. Talvez fosse tudo culpa minha mesmo. 

– Agora não. Obrigada. 

Sai com o carro, e fui até o primeiro lugar que me veio à cabeça. Quando avistei uma senhora com um carrinho de cachorro quente na calçada, estacionei e corri até ela, chorando. 

– Eadlyn? Ah, minha filha, eu vi o que aconteceu! – Nancy disse me abraçando, quando me viu. 

– Diz que vai parar de doer. Por favor. – Implorei, como uma criança. 

– Uma hora vai. Talvez demore, mas todos vocês vão superar. Ele já foi? – Ela perguntou, me dando água, enquanto sentávamos em banquinhos. 

– Sim, e m-minha madrinha disse que é tudo minha culpa. Acho que é mesmo. – Solucei. 

– Ela está sem cabeça, não escuta ela. Palavras com raiva nunca vem do coração. Você nunca faria isso, você esquece que eu conheço vocês desde pequenos. – Ela sorriu carinhosamente. 

– Ele ia me pedir em casamento. 

– Vocês vão casar quando ele voltar, então! 

– Com quantos anos? 80 anos? – Chorei. 

– Antes tarde do que nunca, Eadlyn. Não perca as esperanças, as surpresas são raras, mas não inexistentes. Uma hora alguma vai aparecer, é só esperar. – Nancy falou, docemente. 

Olhei para o céu. Começava a chover. 

Nancy levantou quando uma família apareceu. 

– Vou atender eles, mas já volto. 

A chuva caiu junto com as lágrimas, e senti que juntas elas tiravam as cores do mundo.


Notas Finais


N vou mentir, chorei escrevendo
Teve treta básica ---> o q acharam do surto da marlee? Talvez eu tivesse surtado tbm, but n foi necessário
Já tô com sdds do Kile </3
Me falem o q acharam, pq eu tenho um amor especial por ele, terminei de escrever essa hora da manhã (olá vida de acordar cedo, pode vazar)
Espero q tenham gostado

Beijooos ❤️


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