História Looking for Him - Capítulo VI - Amnésia pt 2

— Apenas quis saber se você estava bem. — Ele disse quase que engasgando.

Solto uma risada irônica, e digo.

— Desde quando você se importa com alguém, a não ser você mesmo Jeon Jungkook?

— Eu não me importo, mas ontem você parecia estar mal, logo me preocupei.

— Me poupe, Jeon.

— Olha, estou falando sério e tentando fazer a porra de uma coisa útil. Se você não quer acreditar, ótimo.

Logo, ouvi o som da cadeira se virar e eu fiquei sozinho no quarto.

Me sentei sobre a cama e comecei a pensar no que pode ter acontecido ontem, já que eu não consigo me recordar de nada. Talvez Suga saiba de alguma coisa, não sei, mas tenho de descobrir.

Me deito na cama e levo uma mão abaixo do travesseiro e a outra deixo por cima de minha cabeça. Sendo uma maneira estranha ou não de dormir, é a maneira na qual eu mais me sinto confortável para dormir. Não demora muito até que a medicação começa a fazer efeito, o que me fez cair no sono.

No meu sonho, eu estava no quarto de Namjoon, junto com os outros meninos, comemorando o aniversário de Josh. Estávamos todos sentados, jogando conversa fora, apesar de que já fazemos isso todos os dias. Dava para ouvir o som de garrafas sendo abertas e o som dos anéis das latinhas de cerveja e refrigerante sendo abertos. Eu fiquei somente com o refrigerante mesmo.

Os meninos pareciam estar se divertindo, por um momento estávamos todos felizes, não estávamos preocupados se somos doentes ou o local em que estamos, naquele momento, tudo o que nós queríamos era se divertir com nossos amigos.

Alguém senta ao meu lado e pega em . minha mão. Sua mão está fria e sinto o bafo de cerveja adentrar e quase queimar minhas os pêlos de minhas narinas. Mas, antes que a pessoa pudesse falar, eu já sabia quem era somente pelo perfume que ele usava.

— Você está bêbado, Suga.

— Euuuuuu nãoooo, apeeeenas eeeestou feeeeliz

Eu ri.

— É notável a sua felicidade, Yoongi.

— Eeee pooor que você nãoooo bebe?

— Não gosto.

— Suga, deixe o Jimin em paz.

Era a voz de Josh.

Mas, comecei a perceber uma coisa. Todos a minha volta estavam felizes, mas eles estavam felizes por conta da bebida? Ou estavam felizes porque estávamos todos juntos e comemorando o aniversário de Josh? Não sei, mas no mesmo instante, larguei o meu copo de refrigerante e estiquei minha mão até a mesinha, onde peguei um copo vazio e estiquei na direção de Josh.

— Não me pergunte e não fale nada, apenas encha até a boca.

Senti Josh despejar a cerveja em meu copo, até derramar um pouco em minha mão. Levei até o nariz e cheirei, o cheiro era razoável. Encostei a ponta da língua e senti a mesma tocar uma espécie de espuma. Abri a boca e bebi um grande gole. Fechei os olhos e os apertei bem, demorando alguns segundos para engolir o líquido. Minha língua estava gritando. Em minha mente, eu dizia que porra de troço horrível e amargo. Depois que engoli pela primeira vez um gole de cerveja, minha mente estava pedindo por mais, mesmo achando o gosto horrível. Levei o copo à boca e dessa vez, eu virei tudo de uma vez. Fui engolindo rapidamente, quando terminei comecei a ficar meio tonto. Bambiei para o lado ameaçando cair, mas senti uma mão segurar.

— Vai com calma, Jimin. Você não pode beber muito rápido

— E por que não?

Ouvi ele sorrindo.

— Porque é isso o que acontece.

Ele me ajudou a ficar em pé e passou alguma coisa no meu rosto. Devia ser água, já que o mesmo não tinha cheiro e nem gosto de nada.

— Beba com cuidado, Jimin. E por favor, não vá se machucar. De todos aqui, você é o que eu mais amo.

Eu sorri. Em seguida, me sentei no sofá e senti meu copo ser cheio novamente. Levei o copo à boca e engoli rapidamente de novo. Pensei no que V me disse e só depois eu fui entender o motivo para não beber muito rápido, caso contrário eu fico tonto.

Terminei de beber e gritei para eles.

— Eu amo vocês.

Logo eles gritaram de volta. Tateei a mesa e encontrei uma garrafa. Estava lacrada. A abri e tirei a tampa, mas me desfiz do copo e bebi direto da garrafa. Era vodca. O gosto era ainda pior que o da cerveja, a diferença é que a vodca é doce e desce queimando sua garganta abaixo.

O som foi aumentado e estava tocando “Don’t Stop the Music” de Rihanna. Vou confessar, eu amo essa música e assim que eu a ouvi, levantei e comecei a dançar.

— Suga me dá sua mão.

Ele pegou em minha mão e eu fiz o que toda pessoa bêbada faz nesse tipo de festa. Subi em cima da mesa e comecei a dançar. Em uma mão eu segurava a garrafa e dava alguns goles de minutos em minutos. Eu estava ficando louco. Eu estava completamente louco. Se meu pai me disse dessa maneira, provavelmente ele ficaria puto. Talvez então, até me bateria, do jeito que ele é, é capaz até de me jogar do prédio.

Mas, eu estava feliz. Mesmo que a felicidade seja passageira, seja por causa da bebida ou porque estou bêbado. Estou adorando esse momento, nunca sequer na minha vida eu fiz uma coisa dessas e agora que eu fiz, nada poderia estragar.

Quando por fim, a música acabou, tocou outra da mesma cantora. Mas, dessa vez foi uma música um pouco mais picante. E, não é atoa que eu amo essa música. Logo, comecei a cantar junto com a música.

— Cause I may be bad but I'm perfectly good at it, eex in the air, I don't care, I love the smell of it. Sticks and stones may break my bones, but chains and whips excite me.

Era uma coisa insana. Conforme eu cantava junto com a música, também dançava e descia até o chão. Me levantei e foi quando a porta se abriu, mas eu continuei dançando. Até que ouvi V falar o nome de Jungkook.

— Jungkook?

Acabei me desequilibrando, e fui andando para trás. Caí. Mas, não cai de fato no chão e sim em cima de alguém. Droga!

— Oi, Jeon.

Eu estava sentado em seu colo. Sentindo o seu toque. Seu cheiro. Sua respiração.

Comecei a pensar no dia em que ele chegou aqui. Lembro que ele foi super grosso com as pessoas. Principalmente comigo, mas naquele momento eu estava em êxtase e tudo o que eu queria sentir, era os lábios de Jeon Jungkook nos meus. Levei meus lábios tentando encontrar os dele, então….

Acordei com alguém me chamando. Me sentei na borda da cama. Era Suga.

— Ah, você está aí. Está na hora das visitas, você não vêm?

Sorri.

— Vou sim, encontro você lá.

Novamente fiquei sozinho no quarto. Mas dessa vez, com um sonho e um pensamento. Pensei não, não é verdade, foi apenas um sonho. Estava querendo acreditar que foi sonho. Eu não poderia ter beijado Jeon Jungkook e não lembraria depois.

Me levantei e comecei a ir em direção a sala de visitas, mas no meio do caminho um cheiro familiar surgiu. Então me lembrei de tudo. Não foi um sonho, foi tudo real. As músicas, as bebidas, a dança e…

Puta que pariu, eu beijei Jeon Jungkook.