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História Looking for the Past - Capítulo um


Escrita por: baldwnz

Notas do Autor


Oii! Desculpa pela demora, fiquei esperando a sinopse nova ficar pronta e como ela não saia nem por base de reza sagrada, tive que eu mesma fazer. Pesado, né?
Obrigada pelos favoritos e boa leitura, amorinhaaaaaas sz

Capítulo 2 - Capítulo um


Eu não sabia o que estava acontecendo. Meu corpo estava dolorido, em todas as partes, sem exceção. Estava escuro, aqueles homens haviam me colocado em um carro e eu não tinha muita certeza se era correto confiar no que estavam fazendo, o medo era meu maior inimigo.  

Não demorou para que eles parassem o carro e me levassem para o interior de um prédio enorme. No caminho, haviam me dado uma manta para cobrir meu corpo, já que me encontrava em um estado completamente anormal para a sociedade.

— Levem-na para a sala de exames. Precisamos saber quem ela é. Estarei com a diretoria, caso precisem de alguma coisa. — Disse o homem que eu não fazia a mínima ideia de quem era, em alto e bom tom.

— O que vocês vão fazer? — Perguntei em meio aos soluços.

— Nada mais que o necessário. — O agente que me segurava disse, sem nenhuma expressão no rosto. 

Ele me levou até uma sala, onde uma mulher de cabelos escuros recolheu meu sangue — contra minha vontade — e em seguida me levaram para uma espécie de galeria, onde um homem de porte médio estava sentado, aparentemente impaciente.

— Você ficará sob os cuidados do agente Bieber a partir de agora. Não precisa ter medo, tudo correrá bem conforme você for cooperando com a operação. — Um arrepio correu por minha espinha. Como iria cooperar sem saber de nada? 

O homem que havia me trazido saiu da sala, me deixando apenas com o suposto agente Bieber.

— Vamos, sente-se. 

Não hesitei em sentar-me na ponta da cadeira em sua frente. Qualquer deslize e eu entraria em uma enrascada.

Estava me sentindo como um animal prestes a ser sacrificado; primeiro eles me estudariam e somente depois dariam o veredito final.

— Você já pode começar a me contar sobre o seu passado. — Como o outro homem, aquele não marinha nenhuma expressão na face. — Comece pelo seu nome.

— Eu não sei. — Me encolhi na cadeira quase que automaticamente. Apesar de sem expressão, seu olhar era extremamente intimidador.

— Como não sabe o seu nome? — Seu tom de voz estava alterado, muito mais alto do que anteriormente. — Me diga, quem é você?!

Saltei da cadeira com suas palavras. Preferia mil vezes ter ficado com o agente que não olhava em meus olhos. Minhas mãos tremiam de uma forma descontrolada, um misto de frio, medo e principalmente ansiedade. Além de tudo, a fome havia começado a me torturar.

— Eu não sei, juro. — Minha voz saiu em um sussurro. As lágrimas em meu rosto não eram mais uma novidade.

Ele levantou da cadeira em um único movimento, e a mesma não tardou em ir ao chão. Meu olhos se arregalaram no mesmo instante em que prendi minha respiração, ele estava fora de si.

— Bieber. — Uma voz feminina soou pelo fundo da sala e ele foi ao seu encontro. Ela fechou a porta assim que ele passou e eles ficaram ali mesmo, do outro lado do vidro da sala. 

Eu não era muito religiosa, mas estava implorando a Deus por uma escapatória ou qualquer que seja razão para me dar força, estava desgastado com aquilo tudo. A dor passara a ser insuportável, principalmente em meu abdômen. 

O agente Bieber e uma mulher mais velha discutiam incansavelmente do outro lado do vidro, até que ela lhe deu a última palavra, saindo e o deixando falando só. Ele passou a andar de um lado para o outro com a mão posta na cabeça, aparentemente preocupado.

Minutos depois, voltou para a sala em minha companhia. Sua respiração estava descontrolada e ele não ousava sequer direcionar o olhar para minha pessoa.

— Os resultados saíram. Você realmente foi drogada e esse é o motivo da perda de memória. Infelizmente a dose da droga que usaram em seu organismo foi mais alta do que poderíamos reverter. — Direcionou a olhar na minha direção. — Sinto muito… por tudo. 

Mal terminou de dizer as palavras e seguiu até a porta nos fundos da sala, por onde saiu, seguindo pelo corredor escuro. 

Eu estava em choque. Não conseguia dizer nada, muito menos gritar. As lágrimas haviam cessado e dessa vez minha respiração estava mais ritmada, ela seguia a batida do meu coração.

Levantei-me da cadeira devagar, seguindo pelo corredor até chegar em uma saleta, onde todos os agentes estavam reunidos. Ao me ver, o agente que havia me trazido pediu silêncio de todos, como se, em hipótese alguma, eu pudesse saber do que eles estavam falando.

— Vocês podem me dar um par de roupas? — Sussurrei sem manter o olhar fixo.

— Vá com a Cornetto, vocês devem encontrar algo no próximo andar. 

Assenti, encontrando com a mulher que vinha em minha direção. Ela tomou frente, sem sequer dizer uma palavra. Suspirei fraco, em rendimento.

— Então… 

Ela me olhou com um sorriso simpático estampado nos lábios, em seguida tomou seu olhar para frente novamente.

— Você está quase liberada. Antes de procurarmos um par de roupas para você, vamos encontrar a analista de inteligência e escanear essas tatuagens. Precisamos descobrir quando, como e porque fizeram isso com você. Ninguém quer e ferir, somente ajudar, huh? — Sua voz era firme e muito clara. Pela primeira vez, me senti bem com a presença de um deles. 

— Obrigada… Cornetto? 

— Darla, por favor. 

Assenti em concordância. Entramos em uma sala estreita, cheia de equipamentos que emitiam luzes e barulhos que me deixavam perturbada por estar na presença de tudo aquilo.

— Vá para dentro da cabine, por favor. — Disse a moça que já estava na sala quando entramos. Aparentemente, ela não era de muita conversa. — Não encoste os braços no tronco e as pernas devem permanecer afastadas durante todo o processo. 

Abri a porta seguindo até o interior da cápsula, ficando na posição que havia sido instruída a ficar. Não tardou para que ligassem os scanners, emitindo lasers em minha direção. A base começou a girar, para pegar meu corpo por completo, o que causou uma leve ruborização em minhas bochechas e um estranho formigamento em meu abdômen, mas não era permitido que era fizesse qualquer movimento que expressasse dor naquele momento. 

Alguns minutos se passaram e as luzes foram desligadas, indicando que eu estava liberada para sair. Ao deixar a cápsula, Darla me entregou um par de roupas; uma calça escura e uma blusa branca, juntamente a uma sandália. Agradeci com um sorriso e segui até o banheiro, onde me troquei. 

Deixei o cômodo e voltei para a sala de inteligência, agora, estavam ali mais três pessoas: A supervisora, um senhor de idade e o agente Bieber.

— Bem, todos os resultados dos exames feitos hoje já saíram, precisamos de você amanhã para que faça mais exames de reconhecimento e para fazer acompanhamento com o nosso psicólogo. No mais, você está liberada por hoje. — O homem mais velho dali disse, com o desdém estampado na voz. 

— Eu não tenho para onde ir. — Meu olhar se voltou ao chão e mais uma vez, minhas bochechas queimaram. 

— Quanto a isso, não se preocupe. Você ficará sob os cuidados do agente Bieber em uma casa aqui perto até que encontremos algum familiar para cuidar de você. 

Um misto de alívio e ansiedade tomou conta do meu corpo. Estava aliviada por ter onde ficar, por não precisar ir para a rua e fingir que tenho um propósito a ser seguido em minha vida. Entretanto, não sabia se ficar sob os cuidados de Bieber era uma boa ideia, ele realmente parecia ser agressivo.

Assenti, direcionando o olhar a Bieber pela primeira vez. Ele não parecia estar contente com a ideia de passar a noite em minha companhia.

— Vamos. — Disse seco, seguindo até a porta.

Abaixei minha cabeça seguindo o homem de cabelos castanhos que estava a pelo menos dois passos a minha frente. Fizemos todo o trajeto até o seu carro em silêncio, sem sequer olhar um para o outro. Meu coração estava a mil e a dor em meu abdômen ainda não havia cessado. 

Ao entrarmos no carro, ele bufou em negação. Aparentemente, meu corpo responderia a qualquer reação do homem com uma leve ruborização. O que dava a entender era que meus movimentos, ações o deixaram incomodado.

— Bieber, você está comigo para me proteger ou para me amedrontar? — Disse simples, em tom baixo. Não poderia imaginar que aquilo causaria aquela reação no agente.

— Nenhum dos dois, só estou com você porque é minha obrigação. 

— Oh, claro… —  Sussurrei olhando pela janela. — Mas e se…

—  Cala a boca. — Acelerou um pouco mais, com os olhos presos no retrovisor. — Acho que estamos sendo seguidos.

Confesso que quando ele aumentou a velocidade, o barulho do motor me fez arregalar os olhos. Ainda estava sensível a barulhos muito fortes. Bieber jogou o carro em que nós estávamos na direção do outro, no intuito de tirá-lo da pista, mas a única coisa que ele conseguiu fazer foi deslizar na pista. 

— Droga! — Bateu a mão no volante com tanta força que a direção girou um pouco, fazendo barulho no asfalto.

Eu não conseguia dizer uma palavra, meu estômago embrulhava e minha cabeça estava girando, ele precisava agir rápido, antes que eh deixasse um presentinho no carpete de seu carro.

A avenida que havíamos entrado era pouco movimentada e com isso, o carro que estava na nossa cola pode se aproximar ainda mais, chocando com a traseira do carro em que estávamos. 

— Ei! Você vai precisar me ajudar! — Ele estava se controlando, afinal, estava acostumado com tudo que estava acontecendo. — Pega a pistola no cós da minha calça, quando eu fizer a curva, você abre a porta do carro, se abaixa, mira no pneu do carro e atira.

Levei minha mão aos meus lábios quase que automaticamente, ele só poderia estar brincando comigo. 

— Você quer morrer, caralho?!

Fechei os olhos respirando fundo cerca de três vezes, já sabendo que tudo daria errado, nunca nem havia pegado em uma arma antes — não que eu me recordasse.

Hesitei um pouco antes de levar minha mão até a barra de sua blusa, a puxei devagar, pegando no cano frio da arma. 

— Vou contar até 3 e você atira. — Sua voz era firme, me fazendo estremecer. 

Minha mão ainda estava por baixo da sua blusa, até que eu puxei a arma, segurando a mesma com as duas mãos. 

— 1… 2… — Ele fez uma curva brusca e eu logo puxei a maçaneta da porta a abrindo em um movimento rápido. Nem eu estava acreditando que aquilo estava realmente acontecendo. — ATIRA! 

A arma já estava destravada e eu só precisei abaixar, sentindo o calor do solo se chocando contra a pele de meu rosto. Mirei no pneu dianteiro do carro que estava a nossa cola e, sem perceber, fechei os olhos na mesma hora em que atirei, podendo ouvir um alto estrondo.

O carro havia deslizado e vindo em nossa direção, mas Bieber conseguiu desviar, enquanto eu segurava na porta para não cair do carro. Voltei a minha posição inicial com a cabeça a mil, fechei meus olhos e, como se alguém tivesse injetado em minha mente, uma cena se formou.

A minha frente estava um alvo posicionado em uma árvore. Por algum motivo, eu não parava de sorrir enquanto olhava para o homem ao meu lado. Seu rosto estava embaralhado, eu realmente não conseguia vê-lo.

Segurei a arma com calma, enquanto morava no alvo e, para minha surpresa, acertei direto no ponto. Minha primeira Texas foi abraçar aquele homem que eu não sabia quem era, logo, ele me beijou. 

— Você está bem? — Foi a última coisa que ouvi antes de me sentir mais leve, como se a minha pressão sanguínea fosse quase inexistente e meus sentidos tivessem sumido em um estranho sono profundo.


Notas Finais


E aí, gostaram dessa mini cena de ação? Fui no embalo e nem sei se saiu alguma coisa que preste ndfjsn
Até o próximo capítulo, beijxxx


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