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História Lord - Trinta e Um


Escrita por: Thisand1D

Notas do Autor


Espero que apreciem, perdoem os erros. Xx

Capítulo 31 - Trinta e Um


13 de julho de 2014 - 10:27 A.M- Nicolle White.

- Oi.- falei antes de beijar Zayn, ainda na porta de seu apartamento.

- Oi.- quando já tinha libertado-o, ele me puxou para dentro de casa.- você por aqui? Achei que Joanne te prenderia em algum programa de avós e netas.

- Ela foi no mercado, sem os óculos de leitura.- dei um sorrisinho.

- Que maldade, Nicolle White.

Dei de ombros e Malik me abraçou, senti o sofá atrás de mim, e antes que pudesse pensar, Malik estava em cima de mim, beijando meu pescoço, e eu só conseguia pensar em uma forma de tirar sua roupa em segundos.

Ouvimos um pigarro, o que fez com que parássemos o que não tínhamos nem começado, e Zayn deitasse ao meu lado. Olhei para a origem do som, e descobri que era Louis quem descia as escadas.

- Olá, casal.- deu um sorrisinho cínico.- Espero não ter atrapalhado nada.- senti meu rosto quente.

- Vai sair?- Malik ignorou sua provocação.

- É, vou buscar a Emma para sair.- piscou pra mim.

- Só eu chamo ela de Emma.- protestei, me sentando no sofá.

- Isso é passado.- abriu a porta.- até mais crianças, sejam prudentes.

Malik revirou os olhos quando ele saiu.

- Acho que nunca vou me acostumar com seus amigos aparecendo do nada, e nos pegando em momentos constrangedores.

- Não sabia que ser pega me beijando era algo constrangedor.- fez drama.- se te serve de consolo, agora estamos sozinhos. Nenhum amigo vai nos pegar em um momento constrangedor.

Levei isso como um convite para me sentar em seu colo, e beijar tudo que estava ao meu alcance. Já estávamos novamente deitados no estofado, sentindo o calor começar a subir em nossos corpos.
As mãos de Zayn já estava dentro de minha blusa, tocando meus seios quando ouvimos o telefone fixo tocar na cozinha.

- É só ignorar que já para.- falou sem parar com o que estava fazendo.

Concordei, e em menos de um minuto o toque cessou.
Malik deu diversos beijos em minha barriga enquanto descia.
O toque recomeçou.

- É melhor atender, pode ser importante...- Zayn ponderou sobre o que eu disse.

- Você tem razão.- se levantou, e me deu um breve beijo.

Me deitei, concertando minha postura. De onde estava, ouvia a voz do meu namorado no telefone, mas não conseguia entender o que dizia.

O celular de Malik anunciou a chegada de uma notificação, enquanto a tela brilhava.
Fiquei curiosa, mesmo não devendo ficar. Privacidade é algo importante em um relacionamento.

Outra notificação, minha curiosidade aumentou.
Estava entre o dilema de matar minha curiosidade ou respeitar o espaço de Zayn.
Escolhi a primeira opção.

Peguei seu celular e entrei no aplicativo de mensagens.
Eu não devia estar fazendo isso.
A mensagem mais recente era de um número que não estava salvo.
Nicolle não faça isso.
Cliquei na conversa. Duas mensagens não lidas.
A primeira era uma foto, de um papel que não perdi tempo tentando descobrir o que era, li a outra mensagem.

'' Fiz questão de ir buscar o resultado do exame, parabéns papai.''

Abri a foto, enquanto sentia o bolo em minha garganta aumentar a cada segundo, isso precisa ser uma brincadeira, um engano.
Mas não, as palavras naquele papel mostrava que aquilo era tudo, menos engano.

'' Solicitante do exame: Zayn Javadd Malik.
Espécie: DNA.
Resultado: positivo.''

Larguei o celular no estofado, enquanto sentia o efeito daquelas palavras. Eu só queria correr dali, mas a porta parecia tão longe, e eu tão pequena.
Não sentia o chão abaixo de mim, parecia que a gravidade havia se esgotado e outra coisa nos segurava no chão. A atmosfera estava ruim, como diria Zayn.

Zayn era pai.
Essas palavras pendiam em meus lábios, mas não conseguia as repetir alto.
Zayn era pai.
E eu havia sido enganada.
Zayn era pai.
E eu só conseguia pensar em quão patética eu era.

- Era da escola.- ele disse, e sua voz estava próxima demais, e a idéia de olha-lo nos olhos me desesperava.- Parece que tivemos problemas com algumas...-  não consegui esconder o rosto o suficiente, e ele estava de frente a mim. E minha expressão provavelmente denunciava tudo.- o que ouve?

Não queria falar. O bolo na minha garganta não me deixava falar, mas mesmo assim as palavras saíram.

- Há quanto tempo você sabe que é pai?- por um momento, Malik empalideceu.

- Ni-Nick, não é como pensa...

- Tem outra explicação? Você tem um filho, e eu sou uma idiota por confiar em você.

- Eu...

- Eu confiei em você.- o interrompi novamente.- e você faz isso? Esconde coisas na minha cara.

- Eu só queria resolver tudo, antes de te contar.- puxou os próprios cabelos.

- Deixa eu te explicar uma coisa, filho a gente não resolve, e também não esconde.- caminhei em direção à porta.

- Eu sei mas...Onde você vai, Nick?

-  Pra bem longe de você, antes que você comece a resolver mais coisas.- sai dali, e corri até o elevador de serviço, que estava aberto, apertando o botão do térreo.

Parecia que alguém momento eu desmoronaria em lágrimas.
Zayn era pai.
Há quanto tempo estava mentindo pra mim?
Zayn era pai...

Quando as portas foram reabertas, corri para fora do prédio, procurando o ponto de táxi mais próximo.

[...]

Abri a porta de minha casa, desejando que Joanne não estivesse, a amava, mas esse não era um momento propício para seus questionários.
Vi um relance de seus cabelos negros na cozinha, e subi correndo, rezando para que não tivesse me visto.
Me joguei na cama, e imediatamente libertei minhas lágrimas, dando espaço para o desespero chegar.
Abafei gritos no travesseiro, ainda me debulhando em lágrimas.

- Querida, não vi você chegar.- Joanne falou, e me almadiçoei por não ter fechado a porta.- tá tudo bem?

Queria dizer que sim, para ela poder sair, mas se eu abrisse a boca, não seria capaz de conter os gritos que estavam em minha garganta.

- Nicolle, fale comigo.- ela se sentou ao meu lado na cama.- o que aconteceu, minha querida?

Senti seus dedos acariciando meu cabelo, enquanto eu tentava parar de chorar. Sem o menor sucesso.

[...]

- Nick, por favor, fale algo.- Emanuelly estava debruçada sobre mim- por favor.

Não queria falar, não queria contar das minhas desgraças para todos, mesmo que fossem as pessoas que mais amo.

- Ela não diz nada desde que chegou.- minha avó falou.- Acha que pode ter acontecido algo grave?

- É isso que quero descobrir... Dona Joanne, a senhora pode nos deixar sozinhas por uns minutos? Acho que tenho uma idéia do que aconteceu...

- Claro, vou fazer um chá para ela.- acariciou minha cabeça antes de sair.

- Se você não falar nada agora mesmo, vou ligar para Zayn, para Luke e para qualquer pessoa que tenha envolvimento com isso.- tentou desenterrar meu rosto do travesseiro.

Respirei fundo, tentando estabilizar a voz, precisava falar antes que ficasse louca, e quando ela saiu, não parecia a voz de alguém que estava em caos por dentro.

- Malik tem um filho.- finalmente disse as palavras que atormentavam meus pensamentos.

- Aí meu Deus, eu sinto muito.

Olhei para Emanuelly, e ela não estava surpresa. Sua expressão mostrava compaixão, mas não surpresa.

- Espera- me sentei, e tentei arrumar a bagunça dos fios de meu cabelo.- você já sabia?

- Nick, como você soube disso? - Ignorou minha pergunta.

- Emanuelly... Você já sabia?- ela olhou para seus pés por um momento, enquanto respirava com mais concentração que o necessário.- Você já sabia que ele tem um filho?- disse mais alto que pretendia.- Você escondeu isso de mim esse tempo todo?

- Nick...

- Você me enganou...- senti a dor ao dizer essas palavras.

- Não, eu não te enganei- negou com a cabeça, de uma forma desesperada.- eu...

- Todo mundo me enganou esse tempo todo...- sussurrei, olhando para minha mão em cima do cobertor.

- Nick, eu não podia fazer nada, eu nem tinha nada a ver, e... - Levantei minha mão, fazendo um sinal para que parasse de falar.

- Então você simplesmente me enganou, assim como Zayn, e todos os outros?- me levantei, e passei a caminhar de um lado pro outro no quarto.- Aposto que quando eu não estava por perto, vocês riam da minha ingenuidade.

- Claro que não...

- Sai daqui!- não deixei que terminasse.- Eu quero ficar sozinha, eu quero chorar por ter sido enganada pelas pessoas que mais confiei.

- Nick, por favor, me desculpa.- se levantou, e veio até mim.- sei que não foi o certo, mas eu não sabia como falar para você...

- Sai daqui, Emanuelly.- Entrei para o banheiro, e bati a porta.

Fique ali até senti que já tinha acabado com minhas lágrimas, e quando sai, Emma já tinha ido.
[...]

Pensei que o dia seguinte ao da minha morte interior seria comigo deitada, planejando a forma mais fácil de me suicidar.
Seria assim, se Joanne não tivesse aqui, e se hoje não fosse o dia de pegar o resultado das provas na Alive.

Depois que Emma foi embora, minha avó ainda tentou fazer com que eu falasse, mas parou assim que percebeu que isso só estava me chateando.

- Anda logo, Joanne.- falei sentada no sofá da sala.

- Já estou indo, querida.- ela descia as escadas, concertando a bolsa no braço.

- Vai em algum lugar depois da escola?- perguntei, enquanto media seu vestido pouco casual.

- Vamos fazer um programa de avós e netas.- foi para a cozinha, após deixar a bolsa na poltrona mais próxima.

- Quando você diz: vamos, está se referindo a quem mesmo?

- Eu e você, Nicolle White.- falou ainda dentro do cômodo.

- Joanne, eu não vou a lugar algum.- disse no momento que a campainha tocou.

- Para de reclamar, e vai atender a porta.

Fui obrigada a levantar, e me arrastar até a porta.

- O que você quer?- perguntei ao ver de quem se tratava.

- A sua vó...

- Olá, minha querida.- Joanne a interrompeu, falando logo atrás de mim.- Estávamos apenas esperando você chegar.

Minha avó me empurrou ''delicadamente'' de frente da porta, e saiu, fechando-a.

- Vamos?- saiu caminhando em direção ao seu carro.

- O que ela tá fazendo aqui?- perguntei quando já tinha alcançado-a.

- A sra. Way me pediu para levá-la para buscar os resultados, como nós já íamos fazer isso, não vi problema em fazer um favor para uma família de amigos.

- Amigos que enganam.- falei entredentes. Joanne não me ouviu, Emanuelly sim.

Quando entrei no veículo, liguei o rádio para evitar conversas, e passei o trajeto todo encarando a rua.

[...]

Como a vida era engraçada. Se alguém me dissesse há 2 meses atrás, que estaria hoje, ansiosa para pegar o resultado de meus estudos, acharia graça.
Agora, no entanto, eu só conseguia pensar em como um simples papel mudaria minha vida.

E esse não seria o primeiro papel que faria isso. A certidão de óbito de meu pai havia feito isso uma vez, a primeira passagem de Laura para um lugar longe de mim, e o exame que dizia que Zayn era pai. Todos simples papéis, que tiveram um impacto grande em minha vida.
E todos, a sua maneira, destruíram parte de mim.

Quando Joanne estacionou no pátio da Alive, fui a primeira a descer do veículo.
Seria tolice dizer que não estava nervosa.

Enquanto subia os degraus que antecediam a porta principal da escola, um filme passava em minha cabeça. Todas as aulas que tive na casa de Zayn.
Todas as tardes perdidas em textos e exercícios do livro, que resultaram em tantas coisas depois.

Caminhei até à secretaria, primeira sala, e abri a porta em um só movimento.
A secretária que eu não sabia o nome, sorriu para mim, e para as duas pessoas que entraram atrás de mim, Emanuelly e Joanne.

- Bom dia, vieram buscar o resultado das provas?- assenti com a cabeça.- Certo, quais são seus nomes?

- Nicolle Olivia White.

- Emanuelly Anne Way.

A mulher digitou em seu computador por um tempo, e quando se voltou para nós, tinha algumas folhas recém saídas da impressora, em suas mãos.

- Certo, assinem aqui.- ela nos entregou uma folha cheia de nomes, para que assinassemos na frente.- aqui está.- nos entregou os envelopes individuais.

Segurei o papel branco, enquanto acalmava as batidas do meu coração.

- Abre.- Joanne incentivou.

Obedeci, fazendo o processo de forma coreografada.

- Eu passei!- Emanuelly deu um gritinho, enquanto lia o papel.

Não deixei de ficar feliz por ela, eu sabia o quanto ela se esforçava em seus estudos, ela merecia passar sem margem de erro.
Já eu...

- E você? - Ela perguntou, e eu estendi o envelope semi aberto.- abre!

Puxei a folha de papel durinho, e prendi a respiração enquanto procurava o resultado.

- NP?- Emanuelly perguntou, e só então percebi que estava lendo o papel por cima do meu ombro.- O que significa isso?

- Nota pendente.- a secretária respondeu.- mais na frente tem a matéria que você está com pendência.

Voltei a encarar o papel, vendo que aonde devia estar escrito ''aprovado'' ou ''reprovado'' estava apenas as letras NP, como Emanuelly havia constatado.
Encontrei o quadro, que tinha a relação das notas e matérias, e lá, no final, quase despercebido, estava um único quadrinho em branco, em cima dele o nome da disciplina e o professor:

Inglês e literatura. Zayn Malik.


Notas Finais


Esse capítulo tá menor que o costume, por motivos de: vamos manter o suspense né meo.

Coloquem seus coletes, que daqui pra frente todos os mistérios de Lord serão esclarecidos. Estamos caminhando para a reta final :')

Levem em consideração o textão do capítulo anterior, pedindo para que vocês sempre digam o que acharam do capítulo.

* vou deixar meus fucking xingamentos a: Erica Diovana, que se recusou a comentar o capítulo anterior, eu te odeio, mas te amo. Sz*

Minhas redes: (podem me xingar e pedir spoiler por lá)
Facebook: https://www.facebook.com/amanda.ferraz.7712826
WhatsApp: 027 996234900
Twitter: @thisand1d

Obrigada por lerem, amo vocês demais, nunca se esqueçam.


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