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História Lorena - Ajuda (parte três)


Escrita por: larieRock

Capítulo 6 - Ajuda (parte três)


Fanfic / Fanfiction Lorena - Ajuda (parte três)

- Alô? Rafa ?- a garota falou ao telefone.

- Oi ! Nossa eu tava preocupada com você. E aí, a noite foi boa? - perguntou animada.

- Olha, eu preciso te explicar umas coisas. Eu preciso que me ajude. - ela fechou os olhos, temendo a reação da menina do outro lado da linha.- você tá sozinha?- continuou.

- Sim. Aconteceu alguma coisa ? Aquele cara fez algo se ruim com você? - sua voz estava tensa.

- Não, ele me ajudou e muito. Agora presta atenção, o que eu vou te contar é extremamente importante pra mim. Um pouco perigoso também. - ela ouviu um ok seguido de um suspiro- Estou há quase um ano, planejando minha fuga de casa. 

- QUÊ ?! COMO ?! - ela se surpreendeu.

Lorena viu que ter essa conversa pelo telefone seria mais complicado do que pensou. O loiro a qual ainda não sabia o nome, entrou no quarto e pegou o telefone de suas mãos, colocando-o no viva-voz. Ele também queria entender essa história, já que depois do café, eles trocaram palavras aleatórias sobre assuntos banais. Ela cruzou as pernas em índio na cama e fechou os olhos, respirando fundo tomando coragem para contar com ele a encarando.

- Rafaela ! Fica quieta ! Deixa eu te contar do começo ao fim pra você me ajudar, por favor ! - esbravejou.

- Ok. Vou ficar quietinha. E percebi que a ligação tá no viva-voz. Por quê? - indagou.

 - Oi. Sou o loiro da boate que você viu. Também quero saber por qual motivo sua amiga quer fugir. Matteo, prazer. - ele disse estendendo a mão para ela, piscando.

- Ah.. oi Matteo ! Vê se cuida da Lorena aí enquanto eu vejo o que faço aqui. - Rafaela diz e Lorena enrubesce.

- Ok. Vamos ao assunto. Como você Rafa, já sabe, a relação lá em casa não é boa. Mas eu nunca te contei o quê realmente acontece, enfim. Eu estou há muitos meses, muitos mesmo -seus olhos encheram d'agua- colhendo provas contra meus pais e meu irmão, para incriminá-los e prendê-los. E tudo o quê tenho de prova até hoje está num fundo falso do meu guarda-roupa, perto daquela caixa que você viu aquele dia, lembra ? Eu sou bolsista na faculdade e o dinheiro que meu pai acha que está transferindo pra conta da faculdade, está transferindo pra uma conta em meu nome. 

- E por quê você andava faltando tanto na faculdade?- Rafa não aguentou ficar calada.

- As provas que tenho contra minha família. São vídeos que consegui gravas escondido. Eles..eles me drogaram muitas vezes nesses anos, e depois me machucavam e..- ela foi interrompida.

- Não. Não continua. Dá pra ver o quanto dói em você. - Matteo, o loiro falou.

Um momento de silêncio angustiante invadiu o ambiente. Rafaela segurava o choro pela amiga, pois imaginava o horror que era viver tantos anos assim. Lorena estava envergonhada, pois em sua mente, iria abrir isso apenas para a polícia, e não para pessoas próximas. Matteo a observava, imaginando como ela suportou tantos abusos calada, fingindo estar tudo bem.

- Eu preciso que você vá comigo até minha casa, para pegarmos tudo isso sem deixar pistas. Eu ia sumir no aniversário da minha mãe, eu nunca fico em casa e ia aproveitar a desculpa para sumir. Mas já que Matteo resolveu me ajudar, pensei em adiantar o plano. - ela tentou sorrir.

- Claro. Ajudo sim, sem problemas ! Onde vocês estão ?-  Lorena tirou o celular do viva-voz e entregou para Matteo. A morena não tinha mais estruturas para conversar. O bolo que vinha se formando em seu peito, desde que acordou com o loiro ao seu lado estava doendo, queimando. 

A morena se fechou no banheiro e se deitou na banheira que havia ali, vazia. Aos poucos, sentia a lágrima quente descer silenciosamente sobre suas bochechas. Colocar seus planos em prática, ainda com ajuda de um desconhecido e uma colega de classe, que era a pessoa mais próxima do status de amiga, pra ela era difícil. Confiar nas pessoas era difícil. As figuras iniciais de confiança que todos tem, ela não tinha, pois essas figuras tiraram toda a infância e adolescência da garota. O mais próximo de amigo que ela poderia ter tido, deu à ela a primeira experiência com drogas. Seu primeiro possível namorado, lhe deu a pior experiência sexual que nenhuma mulher merece receber. 




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