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História Lorena - Resiliência


Escrita por: larieRock

Capítulo 9 - Resiliência


Fanfic / Fanfiction Lorena - Resiliência

- Tive uma infância muito pobre. As roupas que usava eram doações, e mal me serviam. Com dez anos, meus pais morreram enquanto trabalhavam coletando latinha nas ruas,e eu fui pra um abrigo.. fiquei lá até os catorze,depois fugi com dois colegas. Viramos trombadinhas de rua. Drogas me mantinham aquecido e alerta. Vez ou outra alguém me dava um banho, prato de comida e roupa nova..Vez ou outra. - seus olhos estavam fixados num canto vazio, era claro que sua mente estava voltando à essa época. Lorena mantinha sua total atenção nele. Se duvidar, estava até prendendo a respiração.- Quando fiz dezesseis, uma mulher me parou na rua e disse que eu era muito bonito pra estar jogado. Ela me deu abrigo e me fez uma proposta de trabalho. Aceitei. Virei garoto de programa das riconas. Não era fácil. Uma parte do dia estava na academia, a outra me drogando e a noite, era o brinquedo sexual delas. 

- Como você virou lutador ? - ela não se conteve.

- Dos dezesseis aos dezoito, fui garoto de programa. Numa noite, eu estava de folga e resolvi ir pra uma academia diferente. Do outro lado da cidade. Comecei a treinar com outro cara no box e um cara me viu. Esse cara, era o dono dá academia, e pra minha sorte o filho dele estava sendo meu saco de pancadas ! Frequentei aquela academia durante um ano, sempre escondido. Ele me adotou como filho. Eu contei pra ele minha história, achando que ele iria desistir de mim, e me dar as costas, mas ele quis me ajudar. Eu fechei minhas dívidas com a dona do bordel com a ajuda dele. Fiquei limpo e ela me botou nos ringues. - seus olhos agora brilhavam em direção aos dela. 

- Isso à quanto tempo?- questionou.

- Seis anos. Hoje tenho vinte e quatro.

Um breve silêncio tomou conta do quarto. Ambos estavam na cama. Apenas a luz do abajur iluminava. Estava frio lá fora. Frio dentro de Lorena também. Ela o chamou para conversar, e ele quis contar sobre sua vida. 

Matteo pensava sobre isso desde que a observou dormindo. Contar de onde ele havia saído era uma boa ideia. Assim ela, quem sabe, firmaria sua confiança nele. 

- Confiar é preciso para superar os obstáculos do caminho. Eu confiei em quem não conhecia. E hoje, tenho ele como pai. Por que não confia em mim ?-  pegou em suas mãos para aquecê-las 

- Você demorou um ano. Eu te conheço há menos de dois dias. E nos conhecemos por uma transa casual. E eu nem faço sexo assim. - foi áspera.

- Eu estou aqui até agora, não estou ? 



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