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História Lose Yourself - Jammin


Escrita por: mascarenhask e queendricka

Notas do Autor


Oi meus amores, e pra quem não me conhece, meu nome é Adrielle, mas todos me chamam de Dricka!!! Sou autora de Behind The Lights. Tenho que confessar que suuuuurtei quando vi que a Kim tinha repostado LY porque eu adorava escrever essa fic com ela! EU AMO ESSA MENINA GENTE. To postando o segundo capitulo da fic e em breve vamos postar o terceiro já que já está escrito. PS: eu adoro colocar capa nos capítulos. Espero que gostem! Boa leitura!

Capítulo 2 - Jammin


Fanfic / Fanfiction Lose Yourself - Jammin

Confusão? Isso era pouco para meu estado mental, eu estava completamente louco. O FBI sempre quis me ferrar, isso não era novidade pra ninguém. Mas desta vez, as coisas estavam complicadas, eu não iria conseguir prender aquele cara. Em oito anos de carreira sempre soube qual era a fama de Abílio Lorenzo e nunca, nunca nenhum policial conseguiu pega-lo. Porque eu? Justo eu conseguiria? Dessa vez eu iria rodar, não tinha escapatória, ou vestiria um terno de madeira ou viraria guardinha de trânsito muito em breve.

Cheguei ao meu apartamento revoltado com a vida. Minha vontade era quebrar tudo naquele departamento e depois atear fogo, mas me controlei. A cada vez que pensava que Abílio Lorenzo era o traficante mais procurado do mundo se bobear, eu ficava mais louco. O comandante Cooper só poderia ter merda na cabeça, ele nunca me colocava em risco ou ameaçava meu cargo dessa forma, naquele departamento ele era como um pai protetor, sempre passando um pano em todas as minhas mancadas, mas desta vez. Desta vez ele parece estar bem decidido. Acho que assim como todos, ele pensou que eu recusaria, se eu recusasse seria muito mais prático, ele só iria ter o trabalho de rebaixar meu cargo, mas eu posso ser tudo menos covarde, sei que tenho imensos riscos de rodar, mas recuar? Isso não fazia parte da minha índole.

Quem estava duvidando de mim teria que engolir todas as dúvidas, porque eu iria fazer de tudo para prender aquele tal de el capo.

– O que está fazendo? – aquela voz feminina fininha soou no quarto. – Por que está arrumando essa mala? – Tessalya ainda estava ali, aparentava estar bem melhor do que pela manhã, de cara de limpa, seus lindos olhos verdes realçavam junto aos seus cabelos louros.

– Vou viajar por uns dias – respondi sem dar muita importância para a presença dela, continuei jogando minhas coisas dentro da mala.– Você pode ficar aqui se quiser.

– Pra onde você vai? Eu posso ir?

– É coisa de trabalho, Tessy. É claro que você não pode ir.

– Drew, você não pode me deixar aqui, me leva com você, me diz pra onde você vai.

– Não enche, porra! – empurrei o corpo dela para o lado, para ter acesso ao armário e pegar alguns pares de meias. 

– Você vai me deixar sozinha com o papai? Por que vai fazer isso comigo?

Ela se sentou na cama, colocando as pernas para cima do coxão macio e abraçando os joelhos, me encarando com olhares piedosos. Não Tessalya, esse seu olhar não me convence. Minha irmã tinha mania de tirar tudo o que queria de mim, mas desta vez era diferente, se eu já corria perigo nessa missão, imagine ela? Não, definitivamente não. Tessy não iria comigo de forma alguma. 

– Drew da última vez você me levou, lembra como nos divertimos em Miami? – ela forçava aqueles olhos verdes em cima de mim. 

– Mas dessa vez não dá, Tessy. 

– Eu não quero ficar sozinha com o papai, Drew você é o único que me protege. - ela disse manhosa. 

– Tessy,  relaxa. Vai ficar tudo bem, você pode ficar aqui se quiser, vou ficar fora só alguns meses e depois estou de volta. – dei de ombros. – Eu acho.

– Eu quero saber onde é que você vai.

– Eu já disse que é coisa do meu trabalho, pare de insistir nisso!

– Por favor, Drew. Me diz o que você vai fazer lá.

–  Tessalya, chega. – alterei a voz, perdendo o pouco de paciência que havia sobrado. – Porra, eu já estou puto da vida e você ainda vem encher o saco. – peguei meu distintivo e logo depois fechei a mala que tinha ficado um pouco pesada.

– Drew...

Eu estava vestindo minha jaqueta, mas ela ainda não havia desistido. Costumava ficar sem controle em algumas vezes, mas Tessalya sabia me domar, aquela maldita conseguia tudo com aqueles olhinhos verdes brilhantes.

– Caralho Tessy, para de ser chata, eu não vou falar e pronto! 

– Eu não quero ficar sem você.

– Olha pra mim .... – segurei a pontinha de seu queixo, nivelando nossos olhares, era como se ela estivesse prestes a chorar e eu odiava ver minha menina chorando. – Eu não vou demorar tá? Eu prometo.

– Mas...

– Shh – a abracei fortemente, calando seus lábios. 

Era minha obrigação proteger aquela menina, eu era a única família que Tessalya tinha, então eu iria executar aquela missão e voltar logo para cuidar da minha irmã caçula, que precisava muito de mim. 

– Nada de homens no meu apartamento. – ela riu, secando as lágrimas, se afastando. 

– Está querendo que eu mude minha opção sexual? 

– Não posso dizer que seria uma má ideia. – sorri debochado, recebendo um soco de leve no ombro. 

– Quero que você me ligue todas as noites.– ela me acompanhava até a porta. – E não adianta dar desculpas porque vou ficar esperando, Bieber. – ela disse, como se o assunto fosse de um teor muito importantíssimo. 

– Se eu não estiver muito ocupado, prometo que te ligo. 

– Nada disso. – ela disse, emburrada. – Você vai me ligar até se estiver no meio de um tiroteio.  

– Você é hilária. – disse, rindo. 

– Eu te amo, Drew. 

– Eu também te amo, pequena. – segurei o nariz dela com os dedos a fazendo rir. 

– Se cuida tá? – ela segurava a porta com o pé. 

– Você também, não faça nada do que eu não faria. Eu te amo. – pisquei de lado e ela me abraçou forte, dando um beijo em minha bochecha. 

– Não esqueça de me ligar, Justin Drew Bieber. 

– Ok. Ok. – disse, indo em direção ao elevador a deixando para trás. 

Foi difícil me despedir dela, eu não gostava dessas coisas, com Tessy era diferente, ela tinha todo o meu amor, todo o meu carinho, daria minha vida a ela se fosse preciso. Não me lembro muitas coisas de minha mãe, mas sei que Tessalya tem os olhos idênticos ao dela e isso de um jeito me alegra. Ela é a única mulher da minha vida, a única que já amei e me dediquei. Sinto necessidade em protege-la porque sei muito bem o que é se sentir sozinho. Sou a única pessoa que Tessalya pode chamar de família, ou melhor, pelo menos o único se importa com ela.

Me joguei no assento de motorista daquela lata velha e dirigi por alguns minutos até ao departamento. Deixei minha mala na minha sala e rumei para a sala do chefe, encontrando uma equipe reunida e ao que tudo indicava, estavam a minha espera. Respirei fundo e adentrei a sala, me juntando aos meus amiguinhos fardados. 

- Já que estamos todos aqui, vamos começar. – o comandante Cooper se levantou de sua cadeira seguindo até o quadro com alguns esboços ao lado de sua mesa. – Bieber. – ele sorriu. – Você é nosso brinquedinho de ouro. Disponibilizei todos esses homens para viver a sua função então não me decepcione. – cerrei minhas mãos em punhos, sentindo que ali era só pegar, porque largar já não dava mais tempo. – Creio que você já conheça grande parte da equipe, mas irei fazer as cerimônias. O agente Somers irá te acompanhar a todo o tempo, ele será sua sombra. 

– Poderia ser uma mulher. – murmurei, fazendo o comandante me recriminar com o olhar. 

– Somers você é o cabeça dessa missão, estou te deixando responsável pelo Bieber. Quero que você me deixe a par de tudo, e por favor, cuide desse moleque, porque ele com certeza irá te dar trabalho. – só faltei gargalhar, eles falavam de mim como se eu fosse um garotinho que precisasse de super cuidados. – Agente Davis. – até o momento eu não havia notado a ruiva, mas quando ouvi agente Davis, meus olhos procuraram o dito cujo e na hora me animei ao encarar aquele decote discreto, brilhando em minha frente. Essa eu ainda não havia pego. – Ela foi deslocada do departamento de Los Angeles, seu curriculum é um dos melhores do país, por isso peço respeito para trabalharem com ela. Digamos que ela é nosso interceptador, creio que irão se surpreender com nossa mulher. 

Eu já estava mais do que surpreendido, estava vidrado, nem prestei mais atenção no resto das apresentações. A única coisa que prendia minha atenção eram aqueles lábios finos e aquele decote discreto que gritava por mim, eu podia até ouvir aqueles peitos chamando pelo papai. Francamente? Aquela missão não seria tão ruim quanto eu imaginava, as coisas estavam começando a ficar interessantes. 

Assim que saímos do departamento as regalias começaram, nunca me senti tão importante dentro da policia como naquele momento. Tivemos carros particulares e um jatinho fretado com destino ao México.  Lá se iniciariam as primeiras investigações,  era o local onde existia vestígios do vagabundo que procurávamos. México não ficava muito longe de Washington, pelo menos não voando em um jatinho fretado. 

Aterrissamos cerca de quatro horas depois em Rosarito, um luxuoso carro preto nos esperava, eu estava enjoado e ainda viajamos por mais uma hora e pouca dentro dos carros. Ficamos hospedados em hotel que parecia o paraíso, ele era definitivamente o mais caro da cidade, que é a maior do estado de Baja Califórnia. Tijuana sempre teve suas lendas, quem nunca sonhou em passar uma noite em Tijuana? Pois bem, ali estava eu na cidade sem jurisdição. Em Tijuana os crimes são mais frequentes do que em qualquer outro lugar, não há policiamento como na maioria das cidades grandes, é como se todos pudessem fazer o que bem entendessem, é como se não existissem leis, Tijuana é a cidade da tequila e da Marijuana. Aqui o que você faz não tem sanção, o lema dessa cidade é quebrar as regras. 

Era por esses e outros motivos que eu sabia que seria ainda mais difícil prender o el capo. O cara era o rei do tráfico e suas primeiras pistas começavam em Tijuana, um lugar sem lei. As coisas seriam complicadas, mas eu estava prometendo a mim mesmo dar o meu melhor. 

– Você está dispensado por hoje – observava a equipe montar os equipamentos quando Chaz disse, entrando no quarto. Nós nos conhecíamos de algumas datas, Chaz e eu fomos escalados para algumas missões em Miami, ele era um dos agentes mais fodas da federal e era reconhecido por todos os departamentos.  – Se quiser, pode ir dar um role. Mas não se esqueça do trabalho e fique sempre atento a qualquer coisa que perceber. 

– Está me dando um dia de folga em Tijuana? – disse, sem acreditar. 

– É isso ai, Bieber. Estamos livres por hoje, as instalações de alguns sistemas vão demorar e acho que está tudo muito recente para começarmos a pegar pesado com as investigações. Abílio manda nessa cidade, com certeza alguém já deve ter delatado pra ele nossa movimentação estranha. 

– Pensando por esse lado, você parece ter razão. 

– Eu sempre tenho razão. – ele disse, convencido. 

– Vai ficar aqui mofando?

– Estou cansado. – ele deu de ombros, encarando o celular. – Preciso passar um relatório do último caso que solucionei, não tive tempo para fazer essa merda, estou um pouco encrencado. 

–  Ah, qual é, Chaz? – saquei um maço de cigarro do bolso e o acendi, oferecendo um a meu amigo, que recusou. – Estamos em Tijuana. 

– A trabalho. – ele deu de ombros. 

– Cara eu desisto de você. – traguei mais uma vez a nicotina para meus pulmões. – Se você não vai se divertir, pode deixar que farei isso por você. - disse, rindo. - E claro, tudo a trabalho. 

Confesso, demorei um bom tempo pra me arrumar. Depois de tomar um banho relaxante naquela banheira enorme, troquei de roupa e passei perfume enquanto me olhava no espelho. Sem querer ser convencido mas puta que pariu, eu sou gostoso pra caralho! Na recepção, perguntei ao cara se tinha algum bar por ali e ele informou que tinha um pub há apenas duas quadras dali, mas que apesar de ser o mais frequentado, ele me advertiu que era meio perigoso.

Nada mal para quem estava a procura de um traficante, lugares perigosos sempre tem drogas e drogas sempre tem um vendedor que compra de um fornecedor que me levaria até o cara. Não demorou mais que dez minutos até chegar ao tal pub perigoso e ao meu ver, já fui em lugares muito piores que aquele. Aquilo não passava de um boteco sujo, enfestado de Playboy e patyvadias.  Aqueles eram os tipos de pessoas que eu detestava encontrar, mas engoli seco e adentrei o local, a noite só estava começando. 

Como um bom e velho policial, fui para o fundo do bar e me encostei em uma mesa, nada de suspeito. Peguei uma cerveja e fiquei observando o local. De início, parecia um bar normal, vadias rebolando e servindo velhos bêbados enjoados, músicas eletrônicas, alguns drogados. A maioria deles me encararam quando eu cheguei, dizem que tiras tem cara de tiras, mas eu não me jugava assim. Com certeza as pessoas me encaravam por eu ser novidade por ali, mas a ação não durou por muito tempo, fui esquecido quando outras novidades começaram a surgir. 

– Deseja mais alguma coisa? – uma garçonete, loira, segurando uma bandeja prateada em baixo de seu braço se aproximou.

– Você está no cardápio? – perguntei, brincando com o rótulo da garrafa de cerveja. 

– Não. – ela sorriu, safada. 

– Então não desejo nada. – dei um gole em minha cerveja. 

– Americano? Cheira como um. 

– Canadense. – sorri de lado, fazendo a mulher me encarar estonteante. 

– Meu turno termina daqui há duas horas. – ela puxou uma folha de seu bloquinho, anotando algo. –  Se quiser pode me encontrar. – ela abandou o papel em cima da mesa, me fazendo rir. Olhei o papel pálido e havia uns números esboçados, mais um telefone para minha humilde lista. 

Guardei o papel no bolso e talvez depois de duas horas o usaria, quem sabe? Mais uma vez, corri os olhos por todo o ambiente e não conseguia ver nada de mais, nada que fosse realmente importante, nada do que deixasse Chaz e sua obsessão pelo serviço feliz. A música que tocava naquele lugar estava me irritando, ficar ali estava ficando cansativo, permaneci mais um tempo encostado em minha mesa, mas não sabia se suportaria esperar mais algumas horas para foder a garçonete. Iria levar ela pra aquele hotel maravilhoso e cair naquela cama King size confortável, só Deus sabe quando vou ter a chance de dormir em uma cama assim de novo.

Em um suspiro, tirei o celular do bolso e disquei o número de Chaz.

– Alô? – ele estava sonolento.

– Dormindo né filho da puta?

Ele riu.

– Quem pode, pode.

– Chaz não tem nada aqui, eu vou voltar pro hotel.

– Nada? Que horas são? – aquilo pareceu uma pergunta retórica, pois depois de um tempo ele mesmo disse em que horas estávamos. – Espera mais um pouco, cara. Você acabou de chegar.

– Mas porra não tem ninguém aqui, o cara é um dos traficantes mais procurados do mundo, você acha mesmo que ele ia ser burro de ficar dando bandeira por ai?

– Não interessa, Justin. Fica ai e tenta descobrir alguma coisa, por que nós temos que... – parei de prestar atenção no que ele dizia no momento em que bati os olhos em uma mulher sentada no balcão, eu não conseguia ver seu rosto, mas seu cabelo caia perfeitamente em suas costas nuas em um vestido vermelho colado, portando uma silhueta deslumbrante, não precisava a ver de frente, porque só em olhar a parte traseira eu já estava vislumbrado com aquilo tudo.

Caralho, que gostosa!

– Tá, tá bom, Chaz. Eu vou ficar! – sorri, malicioso – Depois a gente se fala, tchau!

Desliguei a chamada e ajeitei meu cabelo, logo me aproximei do balcão onde estava encostada aquela deusa deslumbrante. Seu perfume podia ser sentido á metros de distância. Ocupei o banco ao seu lado, mas ela nem pareceu notar minha presença, estava enchendo a cara, completamente bêbada.

– Vai querer algo? – perguntou o barman.

– Uma dose de Jack Daniels por favor! 

Ele assentiu e a mulher tomou mais um gole de seu drinque fazendo uma careta logo depois. Juro que aquilo foi sexy.

– Hey – chamei a, aproximando meu banco um pouco mais para perto dela.

– Hey – ela olhou pra mim, esbanjando um sorriso dengoso em seus lábios carnudos e puta merda, completamente beijáveis, seus olhos eram castanhos assim como seu cabelo, o tipo de mulher que enlouquece qualquer homem.

– Tudo bem?

– Eu estou ótima, e você?

– Melhor agora, claro. – ela gargalhou, Deus do céu, eu estava viciado naquele som, aquilo era como crack, uma vez experimentado e o vicio é despertado.

– Você é novo por aqui, não é?

– Sim, eu sou. Preciso tirar uma dúvida, será que você poderia me ajudar?

– Acho que sim, o que é?

– Eu queria saber se o seu pai é ladrão.

Ela arregalou os olhos, me olhando com espanto, largando seu shot de tequila.

– É claro que não, por que?

– É que ele roubou o brilho das estrelas pra colocar em seus belos olhos.

– Uau – ela gargalhou – Essa é a pior cantada que eu já ouvi em toda minha vida!

– Qual é o seu nome?

– Por que eu te diria isso?

– Bom – mordi os lábios, aproximando meu rosto do dela – Eu diria que é por que eu sou irresistível, mas isso você já deve ter percebido então...

– Bonito, convencido, sedutor... – ela me olhou no fundo dos olhos – O que eu ainda não sei sobre você?

– Meu nome gata – beijei o cantinho de sua boca – Eu sou Justin.

Ela pareceu ter perdido os sentidos por alguns segundos, mas depois se recompôs.

– Jammin.

– O que? – dei risada – Seu nome é Jammin?

– Sim.

– We're Jammin, jammin, and i hope you like Jammin, Jammin too – cantarolei uma parte da conhecida música de Bob Marley.

– Oh, meu Deus! – ela riu alto, então tive a confirmação que eu realmente estava viciado naquele som. 

– Aqui está sua bebida – o barman nos interrompeu, mas eu nem me dei o trabalho de olhá-lo, apenas chacoalhei o liquido do copo, fazendo os gelos colidirem com o vidro do copo e soar um barulhinho ritmado, sem tirar os olhos daquela bela mulher.

– Sabe de uma coisa? 

– Hum? – ela franziu a sobrancelha, tão espontânea.

– Você me lembra a minha irmã.

– Você foderia a sua irmã?

– Se ela fosse você. – dei de ombros. – Eu não pensaria duas vezes. – ela riu, e que sorriso lindo. – Só um minuto. – corri até a banda que começava a animar as pessoas e troquei algumas palavras com o vocalista. Não poderia deixar de ouvir Jammim naquela noite, aquilo seria em especial a minha deslumbrante companheira. 

Mais uma vez me juntei a ela e quando o baixista começou a arriscar as notas ela soltou mais uma de sua maravilhosa gargalhada, me deixando mais entorpecido do que já estava. 

– Você pediu para eles tocarem Jammim? – ela parecia desacreditar. 

– Não poderia ir pra casa sem ouvir essa música. – rocei meus lábios no pescoço dela aspirando seu cheiro para dentro de mim, tentando aspirar o máximo daquela essência para meu nariz e guardar boas lembranças.

– Cuidado, rapaz. Meu marido não iria gostar nenhum pouco de te ver comigo.

– Ah, é? – mordi os lábios – Então vamos pra um lugar mais privado, assim não corremos o risco de sermos vistos  – acariciei sua bochecha e nivelei nossos olhares, então coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. – Só eu e você. Você e eu.

Ela ficou paralisada, engolindo em seco. 

– O que me diz sobre isso, gata? – minha mão ainda acariciava seu rosto com suavidade, tinha certeza de que ela estava lutando contra sua consciência  pois seus olhos denunciavam o quanto ela estava sedenta para aceitar meu pedido. 

– É assim que as coisas funcionam de onde você veio?

– É assim que as coisas funcionam onde eu encontro gostosas como você.

Ela bebeu o último gole de seu drinque e se levantou, abriu aquele sorriso de tirar o fôlego.

– Então me mostra como é que você faz com elas.

Foi mais fácil do que eu imaginava, passei meu braço pelo ombro dela, passando pelo meio da multidão, que estava enlouquecida ao som de Jammim.

– Você conhece esse lugar melhor do que eu? – sussurrei em seu ouvido a fazendo arrepiar.

– Por ali – retrucou ela, cochichando baixinho.

Jammin P.O.V

Eu estava levando um completo desconhecido para o porão imundo daquele bar, aqueles olhos castanhos, aquela boca, aquele corpo, aquela voz rouca e sexy. Eu não seria capaz de resistir a ele, principalmente porque estava bêbada, louca e com muito ódio. Ninguém havia me dito que completar vinte anos era tão bom, até aquela noite.

Eu sabia muito bem para onde estava levando meu convidado, talvez aquela coragem toda havia surgido com a ajuda do álcool,  mas eu a aproveitaria, nunca na minha vida teria outra oportunidade como aquela. Lá dentro havia apenas um sofá velho, cheio de pó e algumas mesas com tralhas tampadas por um pano branco que na verdade já estava preto por causa da poeira. 

O homem misterioso e delicioso fechou a porta. Ao me empurrar com brutalidade contra a parede recebeu um gemido em resposta, sua língua logo passou por meu pescoço, deixando estragos enquanto suas mãos poderosas apertavam minha coxa, aos poucos subindo meu vestido exageradamente curto. Puxei meu celular do meio de meus seios e o joguei em qualquer canto do cômodo. 

– Eu te ajudo – ofeguei, erguendo os braços para que ele tirasse meu vestido de uma vez.

– Gostosa! – ele gemeu, colando nossos lábios sem cerimônia, era um beijo selvagem e bruto, nossas línguas travavam uma batalha onde territórios eram explorados de forma incontrolável, eu queria que ele me fodesse naquele exato momento. Só assim conseguiria extravasar toda minha raiva.

– Quero você porra! 

– Calma, gata! –  ele pediu, um pouco desnorteado, seus dedos tocaram minha bochecha e eu fechei os olhos apreciando seu toque, suavemente gentil,  senti novamente seus lábios nos meus, eles eram quentes e macios e com certeza os meus estavam extremamente inchados.

Me inclinei pra frente aprofundando o beijo, lentamente, saboreando o gosto que ainda restava de seu uísque barato. Quando o ar nos faltou, sua língua deslizou pelo meu pescoço, deixando seu rastro, meu coração bateu ainda mais rápido quando senti o toque de sua língua, seus lábios se moveram para minha clavícula, depositando alguns beijos ali, tendo total acesso a minha pele.

A temperatura parecia ter aumentado em dobro naquele porão abafado, meu coração pulava freneticamente por debaixo das minhas costelas, sua boca me impedia até mesmo de raciocinar. Mas aquilo não era o suficiente, eu precisava de mais daquele homem, precisava que ele aplacasse o calor que me consumia.

O empurrei no sofá empoeirado e subi em cima dele sentando em seu colo de pernas abertas, suas mãos fortes agarraram firmemente o meu quadril, me prendendo contra seu corpo, agarrei sua nuca, puxando sua boca em direção a minha. Corri minhas mãos por seu peito, braços e desci até a barra de sua camisa tocando a pele por baixo. Suas mãos desceram pelo meu quadril e voltaram subindo por dentro das minhas coxas até minha bunda, onde ele apertou com força. Me livrei da camiseta e tive uma surpresa, o brasão brilhava preso a uma corrente dourada, suas tatuagens eram destaques em sua pele, fiquei sem palavras observando aquilo. 

– Você não é uma fora da lei, é? – ele mais uma vez acariciou minha bochecha e eu continuei encarando seu distintivo. 

– Você não tem ideia do quanto estou feliz por estar no colo de um tira. – ri alto, voltando a ação, atracando mais uma vez nossos corpos, voltando para o ritmo que estávamos. 

Abri o zíper de sua calça revelando uma cueca boxer da cor de meu vestido,  era óbvio que eu precisava de ar depois de ver sua ereção, distribui beijos e mordidas em seu pescoço o fazendo suspirar. Encostei minha mão em sua cueca de uma vez e ele soltou um gemido, grunhindo.

– Ahhh... Jammin! Oh, Jammim. – ele gemeu, quase que cantarolando meu nome. 

O estalo da minha calcinha fio dental se partindo soou mais sensual do que eu imaginava, ele jogou os pedaços em qualquer lugar e me tocou entre as pernas me fazendo gritar ao sentir seus dedos gelados entre minhas pernas. Mordi os lábios e joguei a cabeça pra trás soltando um gemido rouco. Santo Deus, ele tinha dedos tortos, talentosos e habilidosos. 

Eu tinha a leve impressão que ele poderia conseguir qualquer coisa com aqueles dedos.

– Justin.... – eu estava ofegante, girando meus quadris sem nenhuma vergonha, aumentando a pressão de seus dedos. Minhas bochechas assim como o resto de meu corpo ardia, sentia minhas pernas fraquejarem e minha intimidade latejar, se contraindo. Eu sentia que não poderia aguentar se ele não me fizesse gozar logo. Ele friccionou com mais velocidade meu ponto de prazer, me fazendo urrar. Minha pulsação sanguínea se intensificou e quando seus dedos deslizaram mais uma vez para dentro de mim, senti que havia morrido por alguns minutos. Eu nunca havia sentido nada daquilo em toda minha vida.

Poderiam estar procurando por mim, mas eu não me importava, estar nos braços daquele homem por muito tempo era tudo o que eu desejava. Sai de casa naquela noite com intuito de extravasar, com intuito de me vingar de todos e alguém tinha me encaminhado o melhor presente de aniversário. Ele estava com a respiração acelerada, apertei seu membro e seus dedos me penetraram mais fundo nos fazendo gemer ao mesmo tempo.

– Eu preciso de você dentro de mim. – supliquei, meu pedido abafado em seus lábios aveludados.

Levantei um pouco para abaixar sua boxer e sua calça até seus joelhos fazendo com que elas caíssem no chão logo depois, com seu membro livre, suas mãos puxaram meu quadril, fui descendo lentamente sobre seu corpo, sentindo suas mãos apertarem minhas coxas com força, até que nos conectamos.

Soltei um grito prazeroso ao sentir toda sua extensão dentro de mim. Minha intimidade se alargava para suportar seu membro imenso e ereto, puxei sua boca pra minha e comecei a me movimentar devagar, enquanto o beijava, remexia o quadril, aumentando a velocidade cada vez mais, podendo logo sentir meu clímax se construir fazendo meu corpo inteiro gritar enquanto minha intimidade mastigava seu membro. 

Ele girou o corpo, ficando por cima do meu, dominando a situação, investindo pesado dentro de mim, tocando em lugares ainda desconhecidos dentro de mim, eu não conseguia pensar, raciocinar, estava tomada pelo prazer que aquele homem me dava. Ele entocava cada vez mais rápido e mais fundo, meus gemidos eram cada vez mais altos, eu tinha chegado ao meu máximo, e explodi, sentindo uns espasmos enfraquecerem minhas pernas. Sentia uma sensação de  êxtase atravessar meu corpo, me fazendo esquecer tudo e somente sentir as reações que ele causava dentro de mim. Que homem, que homem.

– Gostosa. – ele gemeu, enquanto gozava liberando um jato de porra dentro de mim, seu corpo tremeu ao atingir o ápice do prazer, e aos poucos a expressão em seu rosto foi se aliviando, e então em segundos pude ver um sorriso de satisfação brincando em seus lábios doces.  Eu encarei seu rosto fascinada por todas as sensações que ele tinha me feito sentir, ele tinha o sorriso mais lindo que eu já tinha visto.

No momento não pensei nas consequências, mas havia sido um tremendo vacilo transar sem camisinha com um desconhecido, mesmo me precavendo, eu não estava acostumada a ter muitos homens em minha vida, na verdade ele havia sido o segundo e o primeiro, o primeiro que me levou ao paraíso. 

Em um gesto impensado encostei nossas testas esperando nossas respirações se acalmarem, seus braços estavam enrolados firmemente em volta da minha cintura, eu me sentia muito bem ali, não sei, mas o policial fazia com que eu me sentisse protegida.

...

Acordei com o barulho irritante do meu celular, tocando. Ao sentir um peso enorme sobre mim pude me dar conta de que não estava no meu quarto, e aquele não era nem de longe o meu marido. Como eu tinha vindo parar aqui? Quem era aquele ser desconhecido em cima de mim? Aos poucos a noite passada foi se assentando e eu fui me lembrando dos divinos momentos que tive ao lado daquele deus. A porra do celular não parava de tocar, mesmo sentido meu corpo dolorido consegui desvencilhar os braços do homem de cima de meu corpo, me levantando um pouco zonza, atendendo aquele maldito aparelho.

– Alô? – atendi, prendendo meu cabelo em um coque frouxo.

– Onde você se meteu, porra? To te procurando há horas!

– Eu já estou indo, Ryan. Fica calmo. – pedi, gentilmente, mas ele estava pilhado demais para ficar calmo.

– Fica calmo é o caralho, se o patrão descobre que eu deixei você escapar eu estou fodido, Jammin!

Por mais que eu tentasse, não conseguia encontrar uma desculpa plausível para o que tinha acontecido. Mas ainda não tinha amanhecido, eu poderia chegar em casa antes do meu marido, ou antes de qualquer empregado notar minha ausência.

– Não vai acontecer nada, me encontra no posto sete daqui há dez minutos. – toquei levemente minha cabeça. – Acho que estou um pouco bêbada, leva um café fresco.

– Jammin. – ele bufou. – Você fode com a minha vida!

– Dez minutos, Ryan – desliguei na cara dele, sem oportunidade para respostas. Se alguém descobrisse eu estaria completamente ferrada.

Peguei meu vestido que estava coberto de poeira e o vesti, ficando sem calcinha já que a que estava usando tinha virado trapos e estava perdida naquele chão imundo. Meu cabelo estava péssimo, mas tudo em que eu conseguia me preocupar era naquele homem que eu teria que deixar ali dormindo com aquela perdição de bunda pra cima, aquelas costas largas e definidas, puta merda, só de pensar que eu nunca mais teria aquelas mãos tocando minha pele, aqueles dedos tortos me dando prazer, eu já me sentia em completo estado caótico de depressão.

Peguei meu salto nas mãos e dei um beijo em seu pescoço que ainda tinha um fraco cheiro de seu perfume, sai e o deixei ali, dormindo, como um anjo, um anjo que eu nunca mais iria ver.


Notas Finais


Gostaram? Qualquer coisa meu ask é jbieberhorny e o da kim é mascarenhaskim

beijinhos da dricka e da kim!!!!


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