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História Loser - Capítulo I - A origem da friendzone?.


Escrita por: PoohUnnie

Notas do Autor


Será tipo um diário, então imaginem o tanto de merda que pode surgir aí.

Capítulo 1 - Capítulo I - A origem da friendzone?.


Fanfic / Fanfiction Loser - Capítulo I - A origem da friendzone?.

Capítulo I - A origem da friendzone?

Apenas nos meus infelizes dez anos de vida, enquanto cursava o quarto e mais sofrido ano de minha desaventurada infância, eu descobri oque era o tal de ''amor platônico''. 

Deborah R., a garota de pouca inteligência, aparência comum e excluída por quase todos, - vulgo eu, - me apaixonei por  Gabriel M., o garoto mais gentil, inteligente e bem humorado da turma.

Sempre reparei em sua presença radiante, mas com admiração, um pouco infantil na verdade, já que conhecemo-nos desde o maternal.

Porém, tudo mudou quando me mudei para a carteira ao seu lado. Foi ai que me peguei reparando em tudo o que fazia, nas suas expressões enquanto lia, no seu cabelo dourado que escorria até a testa, os olhos azuis sempre concentrados. Ele era perfeito, e não me esnobava como a maioria dos garotos do quarto ano faziam. Gabriel era bondoso comigo, me ajudava quando pedia, e eu era a pessoa mais feliz do mundo por causa disso. 

Mas, como sou desprovida de sorte desde meu nascimento, - isso é um fato, - ele resolveu entregar o seu coraçãozinho a outra pessoa. E advinhem a quem ele pediu ajuda? 

Sim, exatamente quem você está pensando, EU.

Por quê? Eu era amiga da dita cuja! Bem, pelo menos fui até aquele fatídico dia, em que tive de ajudar Gabriel com seu amor pela loirinha maldita com uma carinha bonita, a qual eu passei a nutrir um ódio imensurável. Ele me perguntou o que poderia dar de presente para ela junto de uma carta. Respondi por pura burrice: Uma pulseira fofa, ela gosta de roxo e rosa.

Sim, fui sincera. Coisa da qual eu me orgulho um pouco, desde que a garota não tinha culpa de nada

E então, no dia seguinte, durante o intervalo, ele aparece próximo a mim no jardim da escola, mostrando a linda pulseira que havia comprado. Com suas pedrinhas roxas e cor-de-rosa alternadas com um pequeno pingente de coração pendurado ele a exibiu para mim.

- Bonita, não é? - Gabriel perguntou com um sorriso envergonhado no rosto, enquanto minha cabeça acenava desanimadamente para ele. - Hei, obrigada por me ajudar. - Ele sorriu outra vez, afundando aquela covinha profundamente maravilhosa em sua bochecha quase sempre corada, e então me deu um leve abraço.

Ainda lembro do cheirinho que ele tinha. Era doce, misto de roupas novas e pasta de dente.

Não sei se foi pela leve embriagues adquirida pelo cheiro do infeliz, ou talvez desespero mesmo, só sei que de repente eu decidi atirar toda a merda no ventilador. 

O grande problema é que ela só voou na minha cara.

- Gabriel, eu gosto de você. - Falei rapidinho, só percebendo poucos segundo depois a grande besteira que havia falado. Tapei minha boca enquanto ele se afastava, com a expressão mais confusa do universo.

O sorriso dele morreu aos poucos, e eu senti o meu peito se apertar um pouquinho. Grande cagada, ein Deborah.

- Ah. - Gabriel se afastou mais um pouco, olhando para a pulseira em sua mão, disfarçando. - Eu sei.

Inferno, como assim eu sei. Era tão obvio?

- Me desculpe, mesmo, mas eu só vejo você como minha amiga. - Disse indo para cada vez mais longe.

Eu não sabia o significado de friendzone até aquele momento, e porra, é ruim.

Virando as costas, Gabriel começou a caminhar e então, com um pouco de hesitação, ele decidiu pisar em mim mais um pouquinho. - Bem, acho melhor a gente ficar um pouco longe um do outro, né? Assim ninguém se magoa. 

Ora, diabos, ele tinha acabado de dizer a pior merda que alguém poderia dizer. Magoada era pouco para descrever o que eu estava sentindo.

- É, talvez seja melhor. - Minha voz não era mais que um miado sofrido. Eu só queria morrer.

 

Depois disso, durante a aula de educação física, eu pedi para o professor para buscar minha garrafinha d'água propositalmente esquecida sobre a carteira.

Misteriosamente, no mesmo dia, a bendita pulseira foi encontrada aos pedaços no banheiro masculino, boiando tristemente no químico azul junto de uma carta de amor parcialmente desmanchada... 

 


Notas Finais


EU JURO QUE NÃO QUERIA TER FEITO ISSO. Mas gente, eu tinha dez anos, me deem um desconto.

Me arrependo disso até hoje.

EU SOU UMA VERGONHA!

[Experiências como a minha? Comentem aí <3]


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