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História Loser - I don't know.


Escrita por: wozart

Notas do Autor


Essa é a primeira fanfic que tô postando, então perdoem os erros.
Fiz ela baseada em uma imagem que vi por aí, vulgo facebook.
Só tô postando pq @KTHYUNG não foi dormir esperando, ou já foi, nem sei q
Eu não sei o que falar aqui, então é só isso.
Boa leitura! (?)

Capítulo 1 - I don't know.


Era uma madrugada fria de inverno, Taehyung abriu os olhos e se levantou de sua cama, saindo de seu quarto com estilo rústico e andando até a cozinha, pegando um copo para colocar água dentro e beber. 

Andou até a sala e se sentou no estofado marrom que ali havia, ficou observando o local frio e sem vida enquanto pegava o telefone fixo que havia em sua estante, ligando para o número tão conhecido por si. 

– Ah, olá, sou eu, Taehyung. – Disse, mesmo caindo na caixa postal. – Tudo bem com você? – Perguntou e esperou alguns segundos, mesmo sabendo ser algo inútil à se fazer. – Comigo não. Sei que não haverá uma reposta, como sempre, mas a minha esperança ilusória é maior do que crer que você não mais está do meu lado. Quantos anos já se passaram? Dois? Três? Hm, talvez cinco? – Suspirou mantendo seu rosto inexpressivo. – Queria muito que me atendesse... Pois bem, preciso ir, tomar um ar talvez, esfriar um pouco a cabeça... Pode me esperar, certo? Você sabe que irei ligar de novo.

Pegou um casaco qualquer e abriu a porta da casa, saindo por esta e fechando-a com um estrondo, não se importando com a vizinhança. Aliás, morava longe da cidade, o local era bonito, mas ainda sim vazio, não haviam pessoas ali, e isso deixava Taehyung mais confortável.

Não gostava de socializar, preferia ficar em casa, se afogando em lágrimas ou revivendo memórias passadas. 

Do que adianta tentar sair, beber, socializar, namorar, sair por aí transar e fazer coisas que todo mundo faz, se no final todos vão embora?

Até mesmo sua própria família se vai.

Chega um momento que ninguém mais aguenta. 

E Taehyung sempre irá se culpar por isso.

– Deus, me dê forças, por favor. – Pediu olhando pro céu, onde havia uma única e pequena estrela, quase ofuscada pela neblina.

Deu uma volta até chegar atrás de sua casa e pegou sua bicicleta velha, subindo em cima desta e começando a pedalar lentamente pela estrada vazia e com árvores.

Era possível ouvir apenas o barulho dos galhos balançando ou se quebrando, o assovio do vento, os pneus contra o chão, os sapos e grilos. 

Começou a pedalar mais rápido, porém, a rua não era de cimento, mas sim de pedras, fazendo com que diminuísse – novamente – a velocidade para não cair nas pedras.

Mas o que é um um simples machucadinho nos joelhos e braços  comparando ao machucado que havia em seu coração? Exatamente, nada.

Já estava próximo da cidade, aumentou a velocidade em que pedalava e percebeu que havia um morro para descer mais a frente.

Descendo esse morro, Taehyung se lembrou de Jeongguk, os garotos sempre desciam o morro na maior loucura, sem medo de cair e quebrar a cara no chão. Só queriam sentir o vento bater em seus rostos enquanto riam e sorriam.

Pena que tudo aquilo acabou há alguns anos atrás. 

– Porra Jeongguk, por quê? – Gritou quando terminou de descer o pequeno morro, já chegando na cidade. 

Ah... A sensação de sentir o vento gélido da madrugada já foi melhor, agora parece mais um tapa da realidade. 

Desceu da bicicleta, jogando-a em um canto qualquer e entrando em uma cafeteria 24h.

Andou até o balcão, ignorando o sorriso sugestivo da moça – que supôs ser a garçonete – e pedindo um chá de camomila junto de um pedaço de torta de maracujá.

Procurou uma mesa perto da janela e se sentou observando o céu, ausente de emoções, ele estava tão vazio quando o coração de Taehyung. E aquele pequena estrela brilhando no meio do nada, era como se fosse Jeongguk ocupando e brilhando no único espaço em seu coração vazio e massacrado.

 Estava muito frio.

– Aqui está senhor, deseja mais alguma coisa? – Novamente aquele sorriso travesso e sugestivo. 

 

– Não. – Respondeu de forma rude e com uma carranca ainda pior em seu rosto. Nem se importou em pedir desculpas pela grosseria.

A mulher estalou  a língua no céu da boca e saiu, batendo o salto no chão do local.

De qualquer forma, era um lugar bonito, tinha um estilo antigo, paredes cor bege com vários tons de marrom nas laterais, quadros de artistas famosos, um chão de madeira brilhante, tudo muito bem organizado. 

Pagou pela torta e pelo chá, pedindo um lanche para viagem e saindo do estabelecimento quentinho logo em seguida, encarando novamente o frio de inverno.

Estava indo até sua bicicleta quando viu um senhor  sentado em frente a uma loja de roupas, andou até este e agachou-se em sua frente.

O senhor de aparentemente 50 anos de idade  lhe sorriu pequeno quando Taehyung estendeu-lhe a mão e o entregou o lanche que havia comprado.

– Quem é você? – Perguntou.

– Eu já nem sei, senhor. Mudei tantas vezes desde ontem de manhã.  – Respondeu Taehyung, se levantando. – Eu preciso ir agora, tenha um bom dia?  

– Ah, meu jovem... Quer um conselho? – Perguntou, não esperando uma resposta para continuar. – Siga seu coração e não desista, mesmo que isso seja algo egoísta para se fazer. – Lhe sorriu começando a abrir o pacote que havia ganho. – E, muito obrigado!

– Não foi nada, eu quem deveria agradecer. – Sorriu, um sorriso pequeno mas o mais verdadeiro em anos. 

Correu pela estrada, não se importando em deixar a bicicleta para trás, parou em frente ao trilho do trem.

Repense sua vida.

Repense sua vida, era a frase que ecoava na cabeça do garoto.

Taehyung deitou no gramado do local e olhou pro céu. 

– Você lembra Jeongguk? Lembra quando fugimos da sua casa porque seus pais não te aceitavam? Mas é claro que os meus sempre estavam de braços abertos pro que der e vier, mas sabe... Agora eu me pergunto: o que houve com eles? Sempre de braços abertos... E do nada, em um piscar de olhos, eles fecham esses braços, eles simplesmente te abandonam, quando você mais precisa. – Suspirou fechando os olhos. – Porra Jeongguk, eu queria tanto te ter aqui do meu lado, você não sabe o quanto dói te ligar todos os dias e você não me atender, te mandar mensagens todos os dias e você não me responder. E sabe o que dói ainda mais? Eu não conseguir seguir em frente, parece que estou preso a você. Caralho eu choro toda noite, às vezes eu simplesmente pego uma faca e tento me matar, mas parece que uma força do além vem por trás de mim e simplesmente não deixa eu fazer isso. É você, não é? Você está sendo egoísta, de novo. Eu só queria sentir o conforto do seu abraço, porque eu sei que seu abraço é capaz de juntas todos os caquinhos quebrados dentro de mim.

Taehyung se pôs de pé e correu, correu tanto que suas pernas doíam, já era por volta de 4:00 da manhã, nessas alturas Taehyung já estava chorando tudo que não chorou desde que se levantou.

Parou somente quando avistou os portões do cemitério que visitava uma vez por ano, era covarde demais para ir mais vezes. 

Procurou pelo túmulo e desabando em lágrimas quando achou, pegou uma rosa preta que havia colhido no caminho, segurando em suas mãos.

 

Jeon Jeongguk.

 

1992 - 2011.

 

– Todo ano isso... Bem, vamos lá, com o mesmo discurso de sempre... Você sempre esteve do meu lado. Desde criança, você sempre foi minha primeira opção em tudo, assim como eu sempre fui a sua. Quando você me pediu em namoro eu fiquei em choque e chorei, mas depois de tudo eu te abracei tão forte que achei que havia quebro seus ossos. – Riu. – Começamos a namorar eu tinha 14 e você 12, muito novos. Seus pais sempre foram homofóbicos, e isso me preocupou! – Parou subitamente, colocando a rosa preta em cima do túmulo.

Não havia nada ali além de folhas secas, folhas mortas, até parecia que Taehyung era o único que ia ali, e não duvidava disso. Jeongguk sempre foi introvertido e nunca se deu bem com a família.

Taehyung tentou silenciar sua mente, falhando, obviamente. Sua mente parecia querer lhe subornar. 

Parecia querer lhe pregar peças.

O peso de suas consciência era a coisa mais pesada que havia carregado, mas o peso da culpa que sentia com certeza superava. Era como se estivesse sendo esmagado debaixo de mil caminhões, Taehyung apenas queria recuar da dor como sempre tentou fazer desde que Jeongguk se foi.

Ele apenas queria poder viver novamente, sem se sentir culpado por algo que não fez, sem precisar amar alguém que está praticamente no além por mais de três anos.

 

Hoje faziam cinco anos desde que Jeongguk havia morrido, o garoto de cabelo negros, olhos redondinhos e igualmente negros como a escuridão, pele acobreada, porém pouco mais clara que a sua, algumas pintinhas. Jeongguk era o motivo do sorriso de Taehyung. Eram tão felizes juntos, nem parecia que de uma hora para a outra Jeongguk morreria, sem mais nem menos, e o pior de tudo: levaria a paz e o sossêgo de Taehyung.

Mas é isso que o câncer faz, ele te mata aos poucos.

– Aquele foi o pior dia da minha vida, você se lembra? – Perguntou olhando fixamente para a lápide. – Eu me lembro. Eu tinha acabado de ganhar uma oferta para ir fazer intercâmbio na Alemanha... Achei que você iria ficar feliz e querer ir comigo, mas você disse que não poderia, pois havia acabado de arranjar um emprego. Você estava me trocando por um trabalho, mas acho que aquilo não era exatamente um trabalho.

 

 

 

Daegu - Coréia do Sul. 

11/11/2011.

 

– Gukie? – Havia entrado na casa de seu namorado mas ainda não havia o achado.

Estava ansioso para contar a novidade e esperava que Jeon também ficasse.

– Oi, Tae. – Apareceu na cozinha de repente. –  O que faz aqui em plenas – olhou seu relógio – 22:47 da noite? – sorriu cansado. 

– Eu vim te contar uma novidade!

- Prossiga. – Lhe dando um abraço apertado.

– Nós vamos para Alemanha, amanhã! – Disse animado, percebendo Jeon ficar tenso e se afastar de si lentamente, desviando o olhar para o chão.

– Que? Não, eu não... Eu não posso, me desculpe.

– O quê?! Por quê? – Perguntou já se desanimando.

– Taehyung me desculpe, eu acabei de arranjar um emprego...

– Vai me trocar por um emprego?! – Se exaltou.

– Taehyung... Por favor, não torne tudo ainda mais complicado! Não seja infantil.–  disse com a voz baixa. – Eu não quero brigar com você. 

– Você não me ama mais, é isso? Porque se for podemos resolver isso agora, podemos terminar ou não sei.  

– Não é isso Taehyung... Eu amo você! 

– Então prove, indo comigo! Lá tem mais oportunidades de empregos.

– Não da, desculpa... – Falou baixo.

– Então é isso mesmo, não é? Tudo bem então. 

Taehyung já estava com lágrimas no olhos  e tinha certeza que iria se arrepender do que iria lhe dizer no segundo seguinte.

– Então eu vou sem você. Espero que faça um bom proveito do trabalho.

– Taehyung, vá embora! Por favor, você está tornando tudo mais difícil.

– Sim, eu vou. Mas isso é um adeus? 

Correndo para fora da casa, não esperando resposta de Jeongguk, deixando-o chorando sozinho na cozinha.

 

Dias atuais.

 

– É, aquilo de fato era um adeus. Você estava morrendo, Jeon! Eu chorei tanto quando recebi a ligação de sua mãe, falando que você havia partido por causa de câncer cerebral. Você se recusou a fazer o tratamento! Chorei ainda mais lendo esta carta que você deixou, não era pra mim achá-la, né? Mas eu achei. Eu vou ler aqui pra você. E você vai ouvi-la, de onde quer que esteja. 

 

  De Jeon Jeongguk, para Kim Taehyung.

 

  Oi, Tae... Pimeiramente, me desculpe. Você sabe melhor que ninguém do que eu passava em casa. Enfim, somos, ou éramos, namorados por anos, mas eu... Eu simplesmente não conseguia mais, eu me tornei dependente de você e eu não queria estragar a sua felicidade! 

Quando você chegou todo animado aqui em casa, falando sobre ir para Alemanha, eu segurei as lágrimas, pois sim, eu queria ir contigo, e não... Não era trabalho que me fez ficar aqui.

Eu tinha câncer, Taehyung, eu estava morrendo aos poucos. – Nessas alturas, Taehyung já lia tudo embolado por conta do choro. –  Eu havia emagrecido cinco quilos em dois dias, dois dias!

Eu me deixei levar pela morte porque o único motivo que me mantinha vivo estava indo para a Alemanha! Eu ia fazer a cirurgia, mas você foi embora! Eu estava sendo egoísta! E nunca, nunca, se sinta culpado, isso foi escolha minha! De maneira alguma eu quero fazer com que se sinta culpado.

Mas sabe, eu escrevi isso quase morrendo, pode perceber pela caligrafia horrorosa. Porém, queria te dizer que algo que partiu meu coração foi saber que você foi embora, e eu, burro, não te contei sobre  meu câncer, por medo! Medo de você me deixar, medo de você desistir de mim, medo de tudo! Porque eu sou um fracote, e eu merecia e mereço a morte sim, e você merecia seu futuro bem sucedido. Comigo você só iria conseguir despesas e ainda mais trabalho!

Mas o que me cortou ainda mais o coração, foi você dizer que eu não te amo. Eu sempre te amei, eu sempre vou te amar... Seja aqui, no além, no céu ou no inferno. Você é o amor da minha vida e deveria saber que eu não faria nada pra te magoar, e me desculpe... Do fundo do meu coração, que daqui algumas horas, minutos ou segundos não irá bater mais, me desculpe se eu te magoei aquela noite. Mas saiba que eu te amo e sempre vou te amar, e espero te encontrar  outra vez. Apenas lembre que isso não é um ade...

 

A carta acabava ali. Incompleta. Jeon morreu na metade do caminho, com 19 anos, jovem, bonito, e que fazia de tudo para ver o sorriso no rosto de Taehyung.

Taehyung limpou as lágrimas e voltou até o trilho do trem, sacou seu celular do bolso e mandou uma mensagem pro moreno.

 

                                                         Taehyung

Hoje sonhei com você de novo.

Foi engraçado.

 Sabe, às vezes eu tento entender a vida, pq você se foi tão cedo?

E ainda por cima quando estávamos brigados...

Taehyung viu uma luz amarela brilhando, mas não deu importância, apenas deu de ombros e enviou a mensagem. Vendo que faltava algo, logo mandou sorrindo, ou tentou mandar, havia se esquecido que estava nos trilhos. 

 

                                                             Taehyung

 Ah, eu te amo. 

 E talvez, mas só talvez, isso seja um ade...

                                                                    

O celular voou com o impacto da batida e Taehyung foi levado junto com o trem. A mensagem continuava incompleta. E talvez, mas só talvez, fosse um aviso de que não poderia haver um outro adeus entre eles. Mesmo se passando anos, porque afinal, o que é verdadeiro nunca acaba. Assim como o amor que sentem um pelo outro.

 

Nem a morte foi capaz de lhes separar.


Notas Finais


Eu não sei pq escrevi isso, deu vontade
Espero q tenham gostado kjjjota
Nos vemos numa proxima, talvez, pq não gosto de postar as coisas sem nexo que escrevo e pq acho que preciso melhorar muito minha escrita.
Tchauzao e obrigada por perder seu tempo lendo isso q


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