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História Loser [HIATUS] - Capítulo 02- Um covarde que finge ser durão


Escrita por: LuaSama

Notas do Autor


Só gostaria de deixar claro três coisas.
1 não conheço muito de AOA, então aceito qualquer ajuda sobre a personalidade das garotas e a relação delas com o sf9.
2 queria introduzir o Band Team mas não sei muito bem como, se puderem me ajudar tambem com a personalidade deles, nomes etc.. aceito
3 LOSER É A MUSICA MAIS LINDA DO SÉCULO

Capítulo 3 - Capítulo 02- Um covarde que finge ser durão


Fanfic / Fanfiction Loser [HIATUS] - Capítulo 02- Um covarde que finge ser durão

Meu corpo todo ardia como se fosse explodir. Não importava quantos remédios eu tomasse, não seria o suficiente para me fazer esquecer os hematomas espalhados pela minha pele. Eu tentava não demonstrar qualquer remorso, qualquer incômodo.  Porém era impossível com as bolinhas de papel voando em minha direção.

Segurei a borda da mesa, me controlando para não revidar. Se ao menos eu estivesse com meus raps, poderia ignorar tudo ao meu redor. Por um fone de ouvido e me isolar do mundo.

-Juho-ssi. - As mãos de Dawon pousaram sobre meus ombros. - Quer...

Foi interrompido por uma bolinha que acertou seu rosto.

-Escutem aqui seus vermes, acham que são donos do mundo? - Levantou-se, não ligando para a presença do professor em sala. Na verdade, o mesmo lia algum livro qualquer em alemão, não prestando atenção nos alunos. - Juho pode até aguentar vocês... Não sei por quê. Mas saibam que estou de saco cheio. A próxima vez que mexerem com um de nós eu não serei pacífico como tenho sido todo esse tempo.

Encolhi em meu lugar. Nunca havia o visto tão exaltado, principalmente por algo bobo. Eu não queria problemas, por que Dawon insistia em procurá-los?

-Hey, vamos meter o pé. É o último tempo de qualquer forma.

Assenti de forma meio tímida, o seguindo para o pátio ou onde quer que fosse. Mandei uma mensagem para Chani com o número do ônibus e onde pegá-lo. Não sabia se voltaria para casa em 10 minutos ou em meia hora, quando saíamos para cabular aula nada era previsível. Às vezes apenas ficávamos esperando dar a hora para o portão abrir, outras nos entediávamos e pulávamos o muro da educação física, e ainda havia as vezes que íamos para um lugar qualquer e não percebíamos o tempo passar.

Estava andando sem saber exatamente para onde, quando trombei com o mais velho. O mesmo parara de repente, próximo à nossa "mureta de escape". Escorregou ao chão ali mesmo e não soube o que fazer. Pude ouvi-lo soluçar e sentei o reconfortando. Odiava vê-lo triste e não saber o que fazer.

-Como você aguenta isso? Porque não os fez parar logo?

-Como vou fazer isso Beagle? Yoongbin me marcou, Rowoon faz tudo o que o primo manda. O que quer que eu faça? Peça para ele se lembrar de quando estudávamos juntos no fundamental? Não é assim que funciona.

Eu não queria ter gritado. Não queria ter deixado lágrimas escorrerem por meu rosto.

-Por que está chorando? Você sabe o motivo disso tudo?

Foi a vez do Lee levantar a voz. Encolhi-me sem saber o que responder. Por que ele insiste tanto nisso? Não há um motivo específico.  Não precisa ter... Assim que a vida é e eu já havia aceitado esse fardo.

-Yoongbin não podia separar o primo dele do Inseong-hyung. Você sabe tudo o que meu irmão passou. E quando você ingressou no colégio apenas entrou no quebra cabeça. 

-Que merda! Foda-se o motivo Dawon. Se eu me meti nessa merda toda só por ser próximo do cara que o primo do maluco gostava, foda-se. Eu perdi ele entende? Eu o perdi muito antes dessa merda começar e agora sou um merda de um saco de pancadas. Mas se isso... -Bravei, apontando pra mim mesmo. -Se isso for capaz de impedi-lo de enlouquecer de vez. De machucar meu irmão ou você. Tudo bem!

“Eu sou um viadinho de merda. Que faz uma rima de merda e não tem força para revidar. Se puder ser útil impedindo que machuquem qualquer outra pessoa... É isso que vou fazer. Não importa como começou.”

Pulei o muro, ignorando seu chamado. Precisava o pensar um pouco. "Você ainda tem esperança!" Simples palavras nunca feriram tanto. Não, eu não tinha esperança de ver o Seokwoo do passado, mas não queria que o do presente se torna-se o mesmo monstro que seu pai e um de seus Hyungs. Ele não tinha culpa pela morte da mãe. Não tinha culpa pelo desespero do pai ao descobrir a sexualidade do irmão. Não tinha culpa por uma declaração que fiz imprudentemente séculos atrás. Ele estava com medo e lutando pela sobrevivência.  Se a forma de manter-se vivo era fazer da minha vida um inferno. Eu aceitaria. Não importa se por ordem de alguém ou por vontade própria. Era minha culpa não tê-lo mantido na linha. Como eu poderia ser feliz tendo arruinado a vida de alguém?

...

Em algum momento

Eu comecei a olhar mais para o chão do que para o céu

É difícil até mesmo respirar

Eu estendo minha mão, Mas ninguém a segura.

Eu sou um

Perdedor, solitário

Um covarde que finge ser durão

Um delinquente ordinário.

 

A letra de Loser do BigBang rondava pela minha cabeça. Descrevia minha vida, descrevia como eu me sentia e falava tudo o que eu não conseguia. A batida calma no fone de ouvido fazia com que cada passo meu parecesse um vídeo musical. Eu andava sem rumo, olhando para meus próprios pés, vez ou outro chutando uma pedra qualquer no meio do caminha. Droga! Havia pisado em uma garrafa de vidro quebrada. Inferno!

Sim, minha vida havia se tornado em um inferno. E eu não havia pegado meu caderno de volta.

Senti meu celular vibrar no bolso e resei para todos os santos, demônios ou entidades que fosse uma chamada qualquer da operadora. Eu não iria atender. Não era capaz de imaginar o que eu falaria para qualquer pessoa que estivesse do outro lado da linha. Não que eu fosse atacar a pessoa, eu podia parecer uma pessoa agressiva por fora, mas eu vivia pelas minhas emoções, era um fraco. Sofria com coisas banais e desabava na primeira pessoa que aparecesse.

Tocou mais uma vez.

E outra.

Joguei o telefone na lata de lixo. Quem quer que estivesse me ligando, poderia fazê-lo eternamente, que não receberia resposta.

 

Queria me esconder nos travesseiros, desaparecer do universo. Já deveriam ter se passado mais de duas horas que eu havia chegado em casa e me jogado na cama. Não conseguia dormir, meu corpo não permitia que eu me desligasse completamente. Chani provavelmente já estava em seu quarto, falando no celular com qualquer amigo novo que tivesse feito e Jimin só voltaria por volta das 5 horas da tarde. Sinceramente, eu estava sem força alguma para me levantar, muito menos para descer as escadas e verificar se estava sozinho. Ouvi batidas na minha porta e apenas murmurei qualquer coisa para que a tal pessoa pudesse entrar.

-Juho-ah, você está bem? - Apesar de a maioria das vezes ela ser um saco, ainda era uma irmã cuidadosa. - Foram eles?

Não consegui responder, ainda com a cata enfiada nos travesseiros. Me virei para encará-la ao sentir suas mãos passando pelos meus fios bagunçados e recebi um selar de seus lábios em minha testa.

-Meu pobre menino...

Pude ouvi-la dizer antes de finalmente adormecer.


Notas Finais


Acharam que o nome da fanfic era a toa??
Sei que falei que o cap ia demorar, mas me inspirei. kk agora o proximo talvez demore


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