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História Lost (Editando 20.03.21) - Capítulo 15


Escrita por: Ibelongmyself

Notas do Autor


E então galeria?? Eu acho que esse é um dos maiores capitulos dessa história (por enquanto), por conta de um Flashback :D Sem pressa ok? Obrigada!!! E boa leitura <3

Capítulo 15 - Capítulo 15


Fanfic / Fanfiction Lost (Editando 20.03.21) - Capítulo 15

...

P.O.V’S Evy

Flashback On

Após Ward me sequestrar e me levar para conhecer o meu pai, eu finalmente descobri o que aconteceu com a minha mãe, não é nada como eu imaginei. Trip morreu. Se sacrificou por mim e acabou morto. Estou em quarentena até segunda ordem, ainda não sabem se eu fui contaminada de alguma forma. Varias vezes fico repassando a cena em minha mente, Trip não merecia isso, não merecia morrer desse jeito. Não consigo dormir, assim que fecho os olhos vejo o corpo de Trip virar pedra. Me mexo na cama e vejo Coulson do lado de fora.

-Eu também não consegui dormir. – Ele diz e eu me sento na cama.

-Eu ainda penso que Trip vai vir me visitar. – Digo. – Tirar sarro de mim por estar presa na quarentena e me chamar de peixinho dourado, hamster, ou algo assim. E toda vez que eu acordo eu me lembro de tudo o que aconteceu... Eu não acredito que ele não vai mais voltar. Ele não deveria ter descido lá embaixo.

-Vocês dois desceram lá por um bom motivo. – Coulson diz. – Para prevenir que a Hydra iniciasse um cataclismo.

-Ele tentou me salvar.

-Ele salvou a todos nós. O Obelisco ativou um terremoto gigantesco. Imagine o quão ruim teria sido se ele não o tivesse destruído. Ele morreu como um herói. Assim que os médicos a liberarem vamos tira-la daqui. Você só vai estar presa ao mundo real... Como todos nós.

-Como todos estão? – Pergunto.

-Tentando se manter ocupados. Cada um lida com isso da sua maneira. Quando você decide levar esse tipo de vida, aceita que perdas será parte dela, mas você nunca se acostuma que alguém da sua equipe, especialmente quando se trata de um bom homem como o Trip. Isso acontece muito. Com o tempo fica mais difícil se abrir com as pessoas. Às vezes, você só quer fazer as malas e fugir.

...

Estou deitada, a única coisa que se tem pra fazer. Ouço batidas no vidro e vejo Bobbi.

-E ai? – Ela pergunta e eu me levanto. – Kit de sobrevivência de Quarentena. – Ela mostra uma sacola e coloca na local onde as coisas são transferidas para dentro sem contato com a parte externa. Abro a sacola para ver o que tem dentro.

-Um baralho para solidão, um saquinho de sementes se quiser comer algo saudável, barras de chocolate, fones de ouvido e algumas revistas inúteis. – Pego uma latinha de refrigerante. – Refrigerante de abacaxi. Tenho um estoque deles. Só existe na Califórnia é o melhor. Em todo caso... Eu já estive em quarentena antes eu sei que pode deixa-la maluca.

-Obrigada. Eu estava começando a me sentir uma leprosa. - Digo.

-Está brincando? Você conseguiu ser sequestrada por três assassinos, atirou no Ward, depois foi atingida por uma arma química alienígena, e ainda saiu ilesa. Leprosa?! – Ela me olha novamente e dá um sorrisinho. - Está mais para astro do Rock. – Ela diz e sai.

...

Todos estão aqui, como eu não posso sair, Coulson resolveu fazer a reunião aqui, há certa tensão no ar, após os acontecimentos recentes. Coulson quer ir atrás da hidra imediatamente.

-Com uma troca de prisioneiros? Usar o Bakshi desse jeito é um plano perigoso senhor. – Bobbi diz.

-Eu sei que é arriscado, mas podemos tirar vantagem da falta de líder na hidra. – Coulson diz.

-Isso nos deixa vulneráveis. – Hunter diz.

-Isso nos da à chance de esmagar aqueles que causaram a morte do Trip. – Coulson diz. – Eu topo.

-Responsável, não é? – Mack sussurra algo e todos o olham.

-Tem algo a falar, Mack? – Coulson pergunta.

-Muito, mas vou guardar pra mim mesmo.

-Ele só teve a pior viajem de droga alienígena de todas. – Hunter diz rindo.

-Isso não é engraçado. – Fitz diz.

-Eu só estou tentando aliviar a tensão. – Hunter diz.

-O Mack não pediu para aquilo acontecer com ele. – Fitz se refere ao controle mental da droga alienígena que fez Mack atacar a equipe.

-Claro que não. – Hunter abaixa a voz.

-Só que ninguém pediu pra isso acontecer, a hydra nos coagiu e agora... – May começa a falar, mas Mack a interrompe com o tom de voz mais alto.

-Nos coagiu? A Hydra nos coagiu?

-Calma Mack. – Bobbi diz

-Varias vezes, mas... – Coulson tenta falar e dessa vez Mack o interrompe gritando.

-..Ou entregamos os planos e a localização da cidade alienígena?

-A Hydra nos roubou quando sequestrou a Evy. – Coulson aumenta o tom de voz. – Acha que não deveríamos salva-la?

-Estou dizendo que não teria nada para eles levarem se você e a Evy não tivessem ficado obsecados com mensagens alienígenas! – Mack diz.

-Calma pessoal... – Bobbi tenta acalmar Mack.

-Controle-se, Mack. – May diz.

-Ninguém abandonaria a Evy. – Sky se pronúncia. 

-Não preciso pedir para salvar um dos nossos. – Coulson diz.

-VOCÊ NUNCA PEDE! SÓ DÁ ORDENS, MESMO COM TODOS ABATIDOS! – Mack se aproxima gritando.

-Mack é melhor você respeitar o seu superior agora! – May diz.

-Hierarquia, agora? – Hunter pergunta.

-Não está ajudando, Hunter. – Bobbi o repreende.

-Gente, para. – Digo, mas ninguém ouve. Observo a latinha de refrigerante começar a tremer e o indicador de batimentos começar a exibir sinais e sons de alerta.

-Não, é catártico! Só faz o que ele manda! – Hunter diz.

-Coulson só ia deter a hidra! – May diz.

-NÃO PARAMOS PORRA NENHUMA! SÓ SOLTAMOS ALGO NO PLANETA. – Mack continua gritando.

-Por favor. – Peço novamente e vejo a latinha continuar a tremer.

-Não sabemos... – Fitz é interrompido.

-Trip evitou um desastre! Poderia ser pior! – May está gritando.

-A EVY MAL ESCAPOU COM VIDA! – Mack grita.

-Graças ao sacrifício do Trip! – May diz e os meus batimentos continuam a se elevar.

-NÃO, ELE TROCOU A VIDA DELE PELA DELA! ELE SE PARTIU EM MIL PEDAÇOS! – Seguro a latinha na mão e ela para de tremer.

-Agora chega! – Coulson grita e todos ficam quietos, meus batimentos diminuem e eu coloco a latinha novamente na mesinha.

-Se Trip estivesse aqui, não discutiria ou reclamaria. Se prepararia para o que precisa ser feito. Sim, lidamos com forças que não entendemos, mas da Hidra, eu entendo. Estejam prontos ao amanhecer. Fim da discussão. – Coulson diz saindo. Ainda estou tentando entender o que aconteceu.

...

-Ainda bem que nada de mal te aconteceu. Não gostaria que ficasse lá para sempre. – Jemma diz enquanto um auxiliar coleta meu sangue para outra analise ele coloca num recipiente e deixa o modulo, me levanto.

-Raina... Estava irreconhecível. Foi uma loucura. E não é só o exterior. Veja – Ela vai até um microscópio. – Separamos o DNA dela e mapeamos utilizando eletroforese em gel. O DNA dela não só foi rearranjado, ele contém macromoléculas a mais. Nem achei que isso fosse possível.

-É incrível. – Digo.

-É horrível. – Simmons diz me repreendendo. – Precisamos garantir que você não esteja contaminada ou infectada de modo algum.

-O que pode acontecer de pior? – Pergunto

-Uma epidemia.

-É uma conclusão apressada. – Digo

-Eu me sinto responsável. – Ela diz e volta a analisar o microscópio.

-Todos sentimos. – Digo – Mas não podia ter feito nada.

-Podia sim. – Ela diz chegando mais perto. – Eu estava tão curiosa com seus poderes, com a biologia extraterrestre. Imaginando no que daria, esperando entender melhor, controlar. Deveria ter tentado exterminar, apagar da existência.

-O que? Você... Você já ajudou pessoas com poderes. É parte do mundo em que vivemos. – Digo.

-É uma praga Evy.  Só traz morte. Donnie Gill, Chan Ho Yin, Creel, e a lista só cresce. – Ela diz contando nos dedos.

-Não os Vingadores, eles...

-Os Vingadores não seriam necessários se não tivéssemos liberado horrores alienígenas! – Ela diz.

-Mas deve existir outro jeito...

-Trip estava em fragmentos! – Ela começa a chorar.

-Eu sei. – Digo baixo.

-Bom isso termina com ele. – Ela diz secando as lagrimas – Inundar essa cidade pode ter sido a primeira coisa responsável que fiz para proteger meus amigos. – Ela diz e eu afirmo. – Vou checar essas amostras do seu sangue e comparar com as que temos guardadas, só para termos certeza.

-Certo. – Digo

-Só por garantia. – Ela diz saindo me deixando com algumas palavras do meu pai na cabeça, “Quando você mudar, ninguém vai te entender”.

...

Ainda abalada com as discussões de hoje, como de costume não consigo dormir, com a musica dos fones no volume alto me assusto ao ver Fitz pelo outro lado do vidro, parado olhando para algo em suas mãos. Me levanto indo até ele, tirando os fones.

-Oi Fitz. – Digo. Ele está com aquela cara, de quando algo ruim aconteceu. – O que foi?

-Você pode me contar? Eu concertei seu relógio biológico. Chequei seus órgãos vitais na hora em que o Templo desmoronou. – Ele diz mostrando o relógio. – Sua frequência cardíaca foi em quase 300 bpm.

-Isso é bem rápido.

-Não. Isso é inumano. – Ele me olha e meus olhos começam a lacrimejar. – Achei que fosse algum erro de leitura. Que não concertei direito. Estava pensando que... Havia algo de errado com a minha cabeça.

-O que está dizendo?

-Então eu pensei em como ele foi quebrado de fora para dentro quando ainda estava no seu pulso. Não faz sentido. E como encontramos você basicamente ilesa depois do desmoronamento e com tudo destruído por sua volta. – Ele está com a voz tremendo e gritando. Os vidros do laboratório começam a tremer, junto com o laboratório. – Achei que estava enlouquecendo de novo! Que havia algo de errado. Por isso, demorei um tempo para entender ou talvez eu só estivesse com medo de pensar que... Você sobreviveu à destruição, pois... Foi você que a causou.

-Não. – Digo indo até o limite do vidro.

– Raina não foi à única que mudou lá. E os resultados do DNA vão comprovar isso. – Fitz diz e os tremores aumentam.

-Não. - Digo colocando as mãos em volta da cabeça.

-Não há nada de errado com a minha cabeça Evy.

-Não.

-Tem algo de errado com Você.

-Não! – Grito e as luzes começam a se apagar e a luminária se quebra. Fitz deixa o laboratório correndo.

...

Tento me acalmar e começo a juntar os cacos de vidro, que acabaram cortando minha mão, pego um pano que está em cima de mesa e coloco em minha mão. Vejo May entrando e me levanto escondendo a mão.

-Oi. – Ela diz

-Oi. – Respondo.

-Sentindo como se estivesse presa nesse aquário de vidro à vida toda? – Ela pergunta. – Você está bem? – Ela pergunta de novo.

-Sim. Eu só... Me sinto... Me sinto isolada e exposta ao mesmo tempo. Ser um animal enjaulado não é legal.

-É para o seu próprio bem, temporariamente. – Ela diz.

-Eu sei. – Respiro fundo. – Talvez eu só precise de um abraço. Odeio ver todo mundo brigando.

-Eles só estão sofrendo um pouco.

-É, mas eu nunca vi o Coulson daquele jeito antes. Ele parecia tão... Cruel. – Digo.

-Sim, eu mesma nunca o vi desse jeito. Para Coulson, Trip era a personificação dos princípios nos quais queria que a Shield fosse construída. Compaixão, lealdade, bondade. E essa é à força da Shield. E a morte do Trip lembrou ao Coulson que a Hydra não tem isso, e esse é o seu ponto fraco. – May diz e eu me sento.

-Está sangrando? – May pergunta preocupada.

-O resultado do DNA deve estar saindo. Quando descobrirmos que não há nada errado, você sairá daí. – Simmons diz entrando. May me olha e eu fico sem reação.

– Tem algo errado? – Jemma pergunta se aproximando. Elas esperam uma resposta.

- O que aconteceu? – May pergunta. – Evy?! – Eu tiro o pano de cima da minha mão e eu começo a falar com a voz tremula:

 – Fitz...

-Fui um trapalhão de novo. Ela está limpando tudo. – Fitz diz aparecendo na sala. – Desculpe-me, a culpa foi minha. Derrubei a lâmpada quando fui tirar o sangue da Evy com aquela roupa anticontaminação ridícula. Acho que minha coordenação ainda precisa de treinamento. Mas eu estava ansioso para checar os resultados. –Ele diz entregando um tablet a Simmons. – O DNA está idêntico ao anterior. Ela está liberada. – Fitz diz e eu sorrio de leve.

-Que bom! – Simmons diz.

-Vou ligar para o Coulson. Uma boa noticia vai anima-lo. – May diz. – Você está bem?

-Estou. – Respondo. May sai e Simmons continua olhando o tablet.

-Evy, seu quarto já está pronto? – Fitz pergunta.

-... Não, está uma bagunça.

-Talvez seja melhor você pegar uns lençóis limpos para ela. Ela precisa dormir. – Fitz dia a Simmons.

-Sim, merece uma noite de sono. – Simmons tira os olhos do tablet.

-Eu até arrumaria alguns, mas da ultima vez que fui lá estava cheio de coisas de garotas, ela é bagunceira. Vou enfaixar a mão dela, foi minha culpa mesmo. – Fitz diz.

-Ok. - Simmons diz e sai. Fitz abre a porta e eu o encaro.

- O que acabou de fazer Fitz? – Pergunto.

-Troquei o seu exame atual pelo antigo. Me da a sua mão – Ele diz e eu alcanço.

-As amostras novas são diferentes? – Pergunto.

-Drasticamente. Mas até todos se acalmarem aqui, eu acho que não devemos contar a ninguém. – Ele limpa o corte. – Olha só o jeito que a Simmons está agindo... Por enquanto, devemos manter isso entre nós. Fique em segurança até que resolvamos isso certo? – Ele pergunta e eu afirmo e vou abraça-lo começando a chorar.

-Está tudo bem. – Ele diz.

-Isso foi culpa minha. – Digo.

-Como?

-Eu poderia ter parado ela, eu deixei isso acontecer, eu sinto muito.

-Não, está tudo bem. – Fitz diz me apertando.

-Não tudo isso é culpa minha. Você está certo. Tem algo muito errado comigo.

-Não você só está diferente agora. Só está diferente e não tem nada de errado nisso. – Ele diz.

...

Flashback Off

...

-Onde estamos? – Pergunto.

-Bem vinda à resistência. – Luke responde e eu olho para o restaurante a nossa frente.

-É aqui que estão todos? – Pergunto.

-Alguns, outros saíram. – Ele responde.

-Estamos falando das mesmas pessoas?

-Todos que não assinaram o acordo estão aqui. – Luke diz. – Agora, não são somente os vingadores que precisam assinar, mas sim todos os “indivíduos aprimorados”. – Ele diz entrando no restaurante. O sigo e assim que entro fico surpresa ao não ver ninguém exceto o barmen.

-Bom dia Luke. – O barmen o cumprimenta.

-Bom dia Simon. – Luke diz se sentando numa mesa, ele faz sinal para mim me sentar também e assim o faço.

-É melhor apertar os cintos. – Ele diz e eu o olho com duvida. A mesa começa a tremer e então começa a descer, deixando o restaurante acima. Assim que a mesa para estamos num corredor onde uma porta de ferro está fechada. Luke aperta num botão ao lado e a abre revelando a base secreta.

- Venha, você vai ter tempo para explorar depois. – Ele diz me conduzindo até uma sala no final de um corredor, ignoro algumas pessoas que não conheço, apesar de estarem me encarando. Assim que entramos, percebo que estamos numa espécie de enfermaria improvisada. Uma mulher está de pé com uma prancheta na mão.

-Luke você voltou e... – Ela para de falar ao me ver. – Achou ela. Pode deixar, eu cuido dela. – Ela sorri pra ele que pisca pra ela e deixa a sala. – Sou Claire.

-Amanda. – Respondo.

-Acho que vou precisar te examinar. – Ela diz.

-Estou bem. – Digo.

-Seu rosto não diz isso. – Ela diz e eu me assusto, ela pega um espelho e eu me espanto ao ver alguns hematomas roxos na minha cara.

-Eu juro que não estou sentindo isso. – Digo e ela sorri.

-Mesmo assim, é sempre bom checar. – Ela pede para eu me sentar em uma cama. – Soube que você levou dois tiros, posso saber onde?

-Aqui. – Digo erguendo um pouco a camiseta e mostrando uma cicatriz na cintura. – E aqui. – Aponto para a perna.

-Já está praticamente cicratizado. – Ela diz surpresa. – É impossível.

-Não no nosso mundo. – Digo.

-Parece que você está bem, fisicamente, quer conversar a respeito dos seus machucados?

-Não, estou bem, mesmo. – Digo.

-Vou ter que acreditar em você.

-Quem está financiando esse lugar? – Pergunto.

-T'Challa. – Ela responde. – Ou o Pantera Negra. – Ela diz e eu fico surpresa. - Sabe é bom ter outra mulher aqui. – Ela diz. – Eu fiquei meio sozinha, Jessica não é muito de parar na base, só vem de manhã trazendo noticias e Wanda não é muito de conversa.

-Wanda... Os outros estão aqui? Capitão, Sam, Bucky? – Pergunto.

-Capitão, Sam, Clint não estão, foram atrás de outros que possam precisar de ajuda, o governo está pegando pesado. Barnes está aqui. – Ela diz e eu a encaro.

-Será que você pode me levar até lá? – Pergunto.

-Posso. – Ela sorri e eu me levanto. – Mas, não sei se ele vai querer te ver, Steve mal entrou lá e ele anda meio quieto, não quer ver ninguém. – Ela espera eu dizer alguma coisa, mas como continuo quieta ela começa a andar. Novamente passamos pelo corredor, vejo Scott lendo um jornal e Wanda manipulando alguma coisa no ar. Chegamos a uma porta fechada, Claire bate na porta e a abre.

-Tem alguém querendo te ver. – Ela diz.

-Não quero falar com o Steve. – Ouço a voz de Bucky.

-Não é ele. – Claire diz e me dá espaço, assim que apareço na porta vejo Bucky ficar imóvel, ele se levanta e assim que o faz eu vou até ele e ele vem até mim, ele me abraça fortemente, ele me olha e então me beija, um beijo quase desesperado, aflito. Assim que paramos voltamos a nos abraçar.

-Eu pensei que você estivesse... – Ele não termina.

-Estou viva. - Digo e ele me aperta mais. Ouço Claire fechar a porta e assim que ela sai Bucky pega as minhas mãos.

-O pior... O pior não era pensar que você tinha morrido, mas o que poderiam fazer com você. - Ele diz e coloca minhas mãos em seu peito. – O que fizeram com você? – Ele diz olhando os hematomas.

-Nada, estou bem, só alguns arranhões. – Respondo e ele me olha desconfiado. Eu não quero falar sobre isso.

-A hora que estiver pronta pra falar, eu estou aqui, ok? – Ele pergunta e eu afirmo. – Ah Evy – Ele me abraça de novo. – Eu não posso te perder. Eu não vou sobreviver. – Ele diz.

-Você não vai me perder. – Digo. Um barulho alto vem lá de fora.

-Alguém chegou. – Bucky diz, vamos pra fora e encontramos Steve, Sam e Clint.

-Está pior. – Steve diz. – Eles pegaram o Demolidor.

-Como assim? – Luke pergunta.

-Foi o Tony, o Homem-Aranha ajudou. – Sam diz.

-Desculpa se o Tony é seu amigo, mas se eu o ver acabo com ele. – Luke diz e alguns heróis que não conheço se remexem ou balbuciam algo. Steve me olha e sorri.

-Você voltou. Como? – Steve diz chegando mais perto.

-Luke me achou. – Digo e ele olha para Luke fazendo um sinal positivo com a mão a qual Luke apenas mexe a cabeça.

-Pelo menos uma boa noticia. – Sam diz.

-Está feliz em me ver Sam? – Pergunto rindo.

-Eu não disse isso. – Ele ri.

-O que aconteceu? – Bucky pergunta e Steve o encara por alguns segundos.

-Estávamos... – Ele explica alguma coisa, mas minha atenção agora está na mulher sentada na cadeira ao fundo da sala, ela me olha com um sorriso divertido.

-Fiquei me perguntando quando iria perceber minha presença. – Ela diz se levantando.

-O que faz aqui? – Pergunto.

-Sabe por que estou aqui. – Ela diz e eu a olho com fúria.  - Isso,é extamente por isso que estou aqui. – Ela dá uma gargalhada.

-Os outros não conseguem te ver? – Pergunto.

-Ele vem o que eu quiser que eles vejam. – Ela começa a andar pela sala.

-Você não está aqui. – Digo.

-Não, eu não estou aqui. Estou na sua cabeça. – Ela aponta para minha cabeça. – O tempinho que ficamos juntas antes, causou uma certa conexão eu acho.

- Vai embora. – Digo.

-Estou apenas colocando os fatos na mesa Evy. – Ela diz.

-Amanda. – Corrigo.

-Quantas? Quantas pessoas você matou? Quantos inocentes? Você se lembra do templo? Os moradores. Aqueles inumanos. Aquele agente que só estava tentando cumprir seu dever, coitado morreu empalado. Seu amigo Trip.

-Sai da minha cabeça. – Digo começando a sentir minha pulsação aumentar.

-Aquelas pessoas todas que morreram tentando te proteger quando era criança. – Fecho os punhos. – Você não é tão diferente do Ward. Sabe, ele também matou alguns membros da sua família, talvez vocês devessem se unir mesmo, eles sabem? Que sua mãe morreu por sua culpa?

-Sai da minha cabeça! – Grito.

-Evy! – Bucky aparece na minha frente me assustando, olho para a direção em que ela estava há poucos segundos e ela sumiu. – Tudo bem? Vem. – Ele me conduz até seu quarto. Assim que entramos ele fecha a porta e eu me sento na cama.

-O que foi? – Ele pergunta e eu abaixo a cabeça. – Uma vez você me disse para não te afastar quando as coisas ficassem difíceis. – Ele chega mais perto e eu ergo o olhar encontrando o dele. - O que fizeram com você lá?

-Eu revivi minhas piores lembranças. Os piores dias da minha vida. – Digo sentindo algumas lagrimas escorrerem. - Primeiro eles me curaram com algum soro e algumas pílulas. Depois me mantiveram dormindo, tinha uma inumana, uma enfermeira ou medica que me mantia dormindo, acho que o nome dela era Liz. Depois quando eu acordei eles queriam informações, o que é irônico por que eu sou treinada para não dar informações, foi ai que tentaram arrancar as respostas de mim. – Digo apontando para os hematomas do rosto. – Como eu não disse nada eles disseram que me fariam cooperar. Eles entraram na minha mente, eu podia estar o tempo todo dormindo, mas a minha mente estava ligada, essa inumana ficava me mostrando tudo o que eu fiz toda a dor que eu causei... – Eu começo a chorar e Bucky me abraça. – Foi minha culpa? Eu sou um monstro?

-Não. – Ele diz. – Não foi sua culpa, você não podia controlar.

-Eu deveria ser forte, deveria ter aprendido a lidar com isso, mas... Eu não consigo. – Digo o apertando.

-Eu sei. – Ele diz. – Mas você me ensinou que precisamos seguir em frente, mesmo com a dor. Você me ensinou isso – Ele me olha e coloca as mãos em meus ombros. – Evy, você mudou a minha vida. – Ele sorri. – Você me consertou, eu estava quebrado quando encontrei você e você me juntou, pedaço por pedaço. Como você poderia ser um monstro?  – Ele pergunta corando. - E... Sinceramente eu estou apaixonado por você, seria um idiotase não estivesse, estive apaixonado por você desde sempre - Parei de respirar por uns segundos.

-Eu... Eu estou apaixonada por você também. – Digo o beijando. Depois que paramos ele me olha rindo e eu coro. – O que foi?

-Nada, só estou feliz por ter te conhecido.


Notas Finais


E AI? Cansaram? Está muito longo? kkk Comentem o que acharam ( ainda mais se vc for algum dos leitores fantasmas kkk) e Favoritem!!


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