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História Lost Angel - Prefácio - Maus Presságios


Escrita por: Yogi_k

Notas do Autor


Avisos:

YAOI

Esta história e suas personagens são de minha total autoria

Também está postada no Nyah

Capítulo 1 - Prefácio - Maus Presságios


Prefácio - Maus Presságio

 Era uma longa subida, suas pernas já estavam fatigadas, parou por um momento, apoiando-se com o braço direito na parede para recuperar o fôlego o local era claustrofóbico, a escadaria íngreme, o corredor bastante estreito e as paredes tinham coloração escura de encardido, parecia ser um local que ficou fechado por muito tempo, a iluminação era muito pobre vindo de luminárias antigas presas a parede. Ao erguer a cabeça para cima avistou o que aparentava ser o final do corredor, uma porta? - Talvez seja— pensou consigo, na esperança de deixar aquele lugar sombrio o quanto antes apertou o passo, apoiou uma das mãos no corrimão e subiu as escadarias rapidamente pulando de dois em dois degraus, quanto mais se aproximava do final do corredor mais nítido se tornava a imagem a sua frente, ao chegar no último degrau visualizou um enorme portão de madeira quadrado com inúmeros detalhes de forma geométrica que não lembravam nenhum estilo já feito ou visto antes, uma grande estrutura de formato demasiado estranho e que aparentava ser bastante pesado, tateou a superfície procurando algo como uma maçaneta para que pudesse abrir o portão e sair de uma vez daquele corredor tenebroso. Não encontrou nada - Como abrirei isso? - Ao meio do portão havia uma estreita fissura onde soprava uma leve brisa quente, parecia ter algo do outro lado, tentou mover o portão com as duas mãos, a madeira rangia, mas parecia nem se quer mexer, pressionou as palmas das mãos contra a superfície de madeira, apoiou o pé esquerdo com o intuito de fazer maior força, aos poucos a grande estrutura foi se movendo, ouviu pequenos estalos como se a madeira fosse se esfacelar de velha, conseguiu abrir uma pequena fresta, uma intensa ventania passou pela abertura que bagunçou completamente seus cabelos, continuou a empurrar o portão até que este se moveu a ponto de deixar um vão grande suficiente para sua passagem, atravessou para o outro lado em um único grande passo, por um segundo suspirou aliviado e logo em seguida, teve um grande choque.

            O local onde se encontrava agora era esplêndido e ao mesmo tempo apavorante, sentiu um frio na espinha, o garoto se viu no alto de uma torre de pedra, no horizonte observava enormes labaredas de fogo e nuvens densas e escuras que se assemelhavam com grandes nevoeiros de poeira cósmica que se desfazem rapidamente com a forte ventania, ouvia estrondos frequentes de o que se assemelhava á trovões, sentiu como se aquele mundo fosse sucumbir a qualquer momento, no fundo da sua mente podia ouvir, muito baixo, vozes de gritos de desespero de milhares de pessoas - Isso é.. o inferno? -. Destroços em chamas caíam do céu e alguns fragmentos atingiram a torre onde estava, assustado deu um passo para trás e tentou voltar para dentro de onde veio, seus dedos tocaram uma superfície de pedra fria e crua, virou-se de costas e avistou apenas uma enorme parede reta — mas como? - O enorme portão de madeira havia sumido, estava preso no alto daquela torre com o mundo sendo rapidamente consumido por chamas.

            Ouviu um grande estrondo vindo de cima, instintivamente agachou-se e cobriu os ouvidos com as mãos, olhou para o alto e notou que algo desabaria em sua cabeça, arregalou os olhos e num movimento instintivo correu o máximo que pode para longe, o impacto foi forte, sentiu um tremor e ouviu uma grande explosão que o atirou direto para o chão, olhou para trás e chocou-se com o que viu, metade da torre havia desmoronado, rapidamente se pôs de pé, andou de costas observando o estrago e sentiu esbarrar em algo, virou-se lentamente por conta do corpo dolorido que foi arremessado ao chão e no momento seguinte a imagem que vinha aos seus olhos o fez tremer por completo, havia em sua frente uma criatura que aparentava ser um homem, alto com o corpo coberto de queimaduras e feridas, e em suas costas havia algo como um par de asas, porém seriamente ferido, com certeza não era humano.

            Assustado o jovem afastou-se do estranho ser a sua frente, a estrutura já estava muito frágil devido ao recente impacto e assim no terceiro passo o chão sob seus pés desmoronou e seu corpo caiu sob o profundo, era o seu fim, assim pensou. Rapidamente sentiu uma forte mão que lhe agarrou pelo pulso, estava preso suspenso no ar, olhou para baixo e não conseguia nem visualizar o solo, o pobre garoto estava quase em pânico pelo que quase poderia ter lhe acontecido, rapidamente erguido para cima notou que tinha sido salvo pela assustadora criatura à sua frente.

            No segundo seguinte sentiu seu coração parar, havia algo que não estava lá antes, uma adaga atravessava o corpo do homem, seu estômago se contraiu, nunca tinha visto tanto sangue antes. A criatura fez o trabalho de remover tal objeto do seu coração, segurou o cabo da adaga e puxou com força, o pobre menino contraí-se de agonia, o homem agarrou o pescoço do garoto com a mão direito com tal força que este se sentiu sufocado, segurando a adaga com a mão esquerda apunhalou-a contra abdômen inferior do rapaz.

             Contraiu o estômago em um susto repentino, o ar não entrava em seus pulmões, suas mãos tremiam e a cabeça parecia que girava, estava assustado, em pânico, o que acabara de acontecer? Pôs a mão no abdômen e não sentiu nada, olhou a sua volta e viu-se em seu quarto, escuro e gélido quarto, seu corpo suava e seu lençol estava encharcado, levantou-se da cama rapidamente de forma meio desajeitada ainda atordoado e correu para sacada em busca de ar, lentamente seus pulmões começam a trabalhar na entrada e saída de oxigênio e assim foi se acalmando aos poucos  levantou a camiseta do pijama e parecia estar tudo bem, suspirou de alívio, o garoto estava tão nervoso e assustado que sentou-se no piso gelado mesmo daquela fria madrugada e deixou escorrer uma lágrima, suspirou, quando fechou os olhos em sua mente passavam imagens de chamas e muito sangue. Pôs-se de pé, entrou de volta ao seu quarto e trancou a porta da sacada.

            Mais um pesadelo sinistro pela terceira noite consecutiva, um sentimento de pânico, desespero e angústia que corria pelo seu corpo, e um homem misterioso que nem sequer conseguia visualizar o rosto, mas talvez nem fosse um homem, um humano, resolveu não tentar pensar nisto, sacudiu a cabeça para os lados e tentou voltar a dormir.

Assim se tornaram as noites de sono do jovem rapaz.


Notas Finais


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