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História Lost Girls. - Quinto.


Escrita por: Semi-Harmonizer

Notas do Autor


AMOREEEES DA MINHA VIDA. Estrelas do meu céu.
Nossa, isso foi taoo gay.
Mas eu sou mesmo então.
AHHHH COMO ESTÃO HOJE??
Cara, tô tão trouxinha apaixonada que tá até difícil escrever momentos de rixa Camren quando tudo que quero é fazer logo elas se beijarem mas né, pensam que vida de autora de fic é fácil? A gente sofre com shipp na vida real, e ainda nas fic que nós mesmo escreve.
Confuso?
Talvez.
Whataver bitch
Aproveitem o capítulo, e, que tal já irem jogando teorias do porquê Lauren odeia tanto Camila?

Ah, gostaram da Hailee, meu chuchuzinho?

Capítulo 6 - Quinto.


Pulei o mais alto que consegui, bloqueando a bola de passar pela rede, ouvindo o barulho dos meus tênis quando voltei ao chão. Mas, mal tive tempo de pensar, e a bola já estava de volta, vi Lucy Vives fazer uma manchete, receptando e em seguida, Perrie fez o levantamento e eu pulei novamente para atacar, fazendo a bola cair do outro lado.

Sorri pelo ponto feito, sentindo as minhas colegas de time se aproximarem para um abraço coletivo comemorando o ponto. Ouvi o apito do treinador, antes que pudéssemos recomeçar, o vendo com um largo sorriso.

— Isso foi ótimo meninas! Vives, ótima defesa, Cabello, ataque excelente — ele disse, sorrindo entusiasmado — Bom, garotas, por hoje acabou, podem ir pro vestiário.

Ele se afastou, chamando algumas garota pra conversar e eu mantive meu sorriso no rosto, ajeitando meu rabo de cavalo.

— Então, Kayla também te chamou pra sair sexta? Ela chamou eu e a Perrie — Lucy comentou, se aproximando de mim — Algo sobre se enturmar com a equipe.

— Na verdade, a Steinfeld me chamou — respondi, um pouco confusa, olhando para a capitã do time que conversava com sua melhor amiga, Kayla.

— Mal chegou e já conseguiu a aprovação da capitã? — Lucy brincou e eu ri, dando ombros, mas fechando meu sorrido ao ver duas garotas do time passarem por mim, cochichando e fazendo caretas.

Obviamente todos já sabiam sobre a minha 'prisão' de ontem. Os alunos que viram o ocorrido foram passando a informação. E, acabou um telefone sem fio. Só bem poucos sabiam o que realmente aconteceu e como claramente foi algo injusto.

— Ei, não liga pra elas, eu vi tudo ontem — Lucy disse baixo e eu a encarei — Ser latina já não é fácil quando tem tantos policiais brancos preconceituosos, agora ser latina e marcada pelo sobrenome, nem consigo imaginar — completou e eu sorri meio fraco, agradecendo a compreensão com o olhar.

— Mas respondendo, eu não sei, ainda estou pensando se vou — respondi, sorrindo de lado ao ver Hailee olhar por cima dos ombros e sorrir para mim — Talvez eu vá — completei, causando uma risada em Lucy.

— Eu tenho que ir, até amanhã — se afastou, ainda rindo.

Olhei rapidamente para o uniforme que eu usava, o short curto e colado, na cor vinho, com a âncora da escola do lado, a camiseta regata, vinho e branca, também com a âncora, e o nome da escola, um sobrenome qualquer atrás, já que, segundo o treinador, só semana que vem teríamos nossas próprias camisas. E passei a mão pela regata, antes de me aproximar de Hailee. Admito que coloquei uma feição séria no rosto, que fez as garotas que estavam por perto se afastarem, deixando apenas Hailee e sua melhor amiga ali.

— A gente sabe que a garota problema chegou, quando todas as outras saem de perto — ouvi a voz irritante de Kayla e apenas sorri sarcástica.

— Você ainda está aqui — retruquei, a vendo cruzar os braços e bufar antes de sair, não evitei de alargar o sorriso me virando para Hailee — Também me acha a garota problema?

— Não sei — respondeu, o sorriso de lado, me analisando de cima a baixo — Eu prefiro o termo bad girl, — completou, e eu ergui a sobrancelha, gostando da resposta — Mesmo que esse band aid das meninas super poderosas acabe com seu estilo — completou, rindo divertida e eu deixei um sorriso escapar, tocando levemente no machucado em minha testa.

— Eu costumava ser a docinho sabe? A mais perigosa. É claro — dei ombros, a vendo rir mais ainda depois da minha frase.

— É, ela sempre foi a minha favorita mesmo — sorriu, sem mostrar os dentes.

— Por isso fui a única a receber um convite da própria capitã pra sair com o time? — aproximei mais nossos corpos, fixando perigosamente perto, mesmo ela sendo mais alta que eu, o que eu logo resolvi, subindo em um dos bancos pequenos da quadra.

— Talvez, achei que seria melhor se eu mesmo chamasse, aumenta as chances de você ir — respondeu, encarando meus olhos.

— Então quer que eu vá? — sussurrou, sabendo que na nossa proximidade, mais um pouco e nossos lábios se encostariam.

— Tenho uma curiosidade por garotas misteriosas — retrucou, seu hálito de menta batendo em meu rosto.

E eu sorri, aquele típico sorriso malicioso, antes de me afastar, a deixando completamente confusa, enquanto eu dava um pequeno pulo pra descer do banco.

— Onde você vai? — questionou, totalmente confusa, e eu ri, andando de costas para longe.

— A garota problema tem mais mistérios para fazer — respondo vagamente, lhe dando as costas e saindo do ginásio.

Fui direto para o vestiário, me trocando rápido, jogando meus pertences na mochila, praticamente correndo para pegar o ônibus. Porque, os mistérios que eu tinha para fazer, eram nada mais, nada menos, que o serviço comunitário.

Apenas mais três semanas. E isso enfim acabava.

O ônibus parava em frente ao centro onde os jovens delinquentes se reuniam, assistiam uma palestra e vídeos sobre crimes e suas consequências e então tínhamos duas horas de serviço para fazer. Normalmente se constituía em limpar ruas, ou trabalhar em algum centro. No meu caso, a maioria das vezes era limpar a praia.

E foi isso que eu fiz pelas próximas duas horas. Catando o lixo da praia jogando na sacola, tentando não falar muito com os outros, para não me meter em encrenca. Michael disse que se, no final do ano letivo, eu ainda estiver bem, andando na linha e sem problemas, o juiz concedia o direito de visitar minha irmã. Então, eu estava fazendo valer a pena.

O sol já estava se pondo quando eu saí do ônibus, no ponto próximo a casa do Mike. A mochila no ombro, o celular na mão enquanto eu trocava algumas mensagens com Dinah.

Ela estava sendo uma ótima amiga nessa escola nova.

— Hey — avisei minha chegada, assim que entre na sala, vendo alguns pares de olhos se voltarem para mim.

— Oi, Camila, como foi hoje? — Michael sorriu para mim, enquanto eu colocava o celular no bolso.

— Foi bom, o treinador elogiou meu ataque no vôlei, e o serviço comunitário foi normal — dei ombros, o vendo sorrir ainda mais largo, orgulhoso.

Eu gostava disso. De como,as pequenas coisas que fazia, deixavam Mike orgulhoso. Afinal, papai se orgulhava de quando eu dirigia um carro, ou de quando eu me fazia superior na escola, quando arranjava brigas apenas para honrar meu nome. E meu tio, bom, ele se orgulhava quando eu fazia rachas com meus amigos, e pichava paredes com Kells. Já Michael, ele se orgulhava que eu estudava, ele sorria daquele jeito de 'trabalho feito', todo orgulhoso até quando se escorava na porta do quarto onde eu dormia, e me via fazendo o dever de casa. E isso era encorajador para continuar assim.

— Porra, Camila, tu tá fedendo à lixo — Taylor passou, esfregando o nariz e eu soltei uma risada.

— Acho que é o que acontece quando se limpa a praia — soei um pouco sarcástica e a vi rolar os olhos enquanto eu ria — Eu vou tomar um banho — avisei, já indo até as escadas.

— Depois, desce para o jantar, Clara vai demorar um pouco, então, é nossa chance de pedir pizza — Mike disse, entusiasmado e eu acabei rindo, concordando e subindo as escadas.

Não demorei no banho, apenas o suficiente pra tirar aquele cheiro horrível de mim. Vesti um short de pano, colocando uma camiseta larga de alguma banda que eu costumava ouvir, e ficando apenas de meias nos pés. Saí do banheiro, ainda secando meus cabelos, entrando no quarto, deixando a toalha em cima da cama, e colocando meu celular para carregar antes de sair do quarto.

— Pepperoni! — ouvi Chris exclamar assim que entrei na sala — Camila, você pode dizer à Taylor que Pepperoni é muito melhor que brocólis?

— E eu ainda tenho que dizer? — questionei incrédula, me sentando no sofá — O cara que inventou de colocar brócolis na pizza deveria ser preso!

— Finalmente alguém que me entende! — Chris disse, batendo um high-five comigo.

— Traidora — Taylor resmungou, me fazendo soltar uma risada — Aliás, papai acabou de pedir as pizzas, e foi no escritório atender uma ligação — comentou, dando ombros, se ajeitando melhor no sofá ao meu lado.

Encarei a TV, que passava alguma série de super heróis, e sorri, eu gostava de ver séries. Mas, na minha casa era difícil, a Internet quase nunca pegava, e não tinha canais pagos. Aparentemente, meu tio preferia gastar com outras coisas, e ele não podia gastar muito, mesmo tendo o dinheiro. Era tão complicado. Tudo sobre minha vida era complicado.

Estava quase tirando um cochilo quando a campanhia tocou, e Taylor quase pulou para ir pegar as pizzas. Ri, a vendo equilibrar três caixas, enquanto Chris pagava e pegava a garrafa de refrigerante. Os segui para cozinha, já pegando os pratos, colocando na mesa. Michael logo voltou ao ouvir o barulho.

— Eu fico duas horas a mais no trabalho e vocês já correm para pedir pizza? — ouvi a voz da Clara, a vendo tentar se manter irritada, mas segurando um sorriso ao ver os olhos arregalados do marido e dos filhos.

— Se eu te falar que tem de mussarela, você fica melhor? — Michael disse, estendendo um pedaço à esposa.

— Você sabe como me conquistar — ela respondeu, pegando o pedaço e o beijando na bochecha, e eu sorri leve, mesmo ouvindo os sons de nojo dos outros dois adolescentes.

Eu achava bonito a forma que Michael e Clara se tratavam e como mostravam ainda serem apaixonados mesmo depois de tantos anos e três filhos. Eu tentava me lembrar dos meus pais juntos, e mesmo com algumas brigas por causa do estilo de vida do meu pai, eu lembro que eles se amavam, eu lembro como papai ficou feliz quando minha mãe engravidou de novo e lembro como ele ficou arrasado quando ela morreu. Eu queria amar alguém assim um dia, da forma como meu pai amou minha mãe, como ele dizia que ela era a única coisa certa da vida dele, e que foi ela que deu a ele os maiores tesouros da vida, eu e minha irmã. Queria amar alguém da mesma forma que Michael e Clara se amam. Era, simplesmente, lindo de se ver.

Ouvi a campanhia tocar, e Michael se levantou para atender, ouvindo piadas de Clara, dizendo que também devíamos ter comprado todos os tipos de fast food enquanto ela estava fora. Coloquei mais um pedaço de pizza na boca, quando o celular de Mike começou a tocar na mesa.

— Esse treco vive tocando — Clara reclamou, encarando o celular.

— Quer que eu leve para ele atender? — Me ofereci e vi Cara sorrir agradecida em minha direção. 

— Por favor, querida — Me estendeu o aparelho ainda vibrando e tocando enquanto eu me levantava.

– Ei, Mike, seu celular está...

Minha voz morreu ao erguer o olhar, e ver aqueles malditos olhos verdes me encarando incrédulos do outro lado da porta. Lauren Jauregui estava ali, e pela primeira vez, a vi sem aquele uniforme policial. Dessa vez, ela usava uma jeans preta, coturnos nos pés e uma blusa branca com uma estampa de alguma letra de música. E, também pela primeira vez, vi seu cabelo solto, longas ondas negras descendo pelos seus ombros.

Odeio admitir, mas a coisa era linda. Ela era uma mulher excepcional, com uma beleza estonteante.

Toda sua família era, aliás, mas, Lauren, ela tinha algo que prendia sua atenção.

— Que merda essa garota está fazendo aqui!? — sua voz soou alta e grossa, e no mesmo instante me arrependi de ter elogiado tanto ela mentalmente.

— Obrigada, Camila — Michael ignorou as palavras da filha, pegando o celular de minha mão. 
Nem lembrava mais do aparelho. 
— É, eu, hã — gaguejei, me xingando mentalmente por isso, me mexendo desconfortável.

— Pai? Por que Camila Cabello está de meias dentro da sua casa!? — Lauren voltou a perguntar, cruzando os braços e eu vi Michael respirar fundo, provavelmente tentando de acalmar.

— Camila precisava de um lugar para ficar, eu me ofereci — ele respondeu, calmo, e eu presenciei a fúria nos olhos de Lauren.

— Você está abrigando uma Cabello? Uma projeto de bandido? Uma criminosa? Ela...

— Espera um pouco aí — Me intrometi, encarando seus olhos — Você sempre diz o que bem entende, protegida por um distintivo ridículo, mas agora você não está em serviço e eu não vou admitir que fale assim de mim, ainda mais na minha frente! — falei, irritada, vendo seu olhar surpreso por eu ter respondido.

— E eu não vou tolerar que você se dirija nesse tom à mim. Posso não estar de plantão, mas ainda sou uma oficial da lei — Lauren retrucou, cruzando os braços.

Tentei não olhar como isso realçava seus seios.

— Uma oficial que prende pessoas por que gosta, parabéns — soei irônica, vendo suas bochechas atingirem uma coloração avermelhada de raiva.

— Ok, ja chega, as duas — Michael disse, antes que Lauren pudesse retrucar — Camila está vivendo aqui, e ponto final.

— Como mamãe aceitou isso? — Lauren questionou, como se não acreditasse nisso — Como ela aceitou ter uma garota que já foi para o reformatório duas vezes, e só não mais porque você s livrou, debaixo do teto dela?

— Sua mãe não viu objeções, ela trata Camila muito bem, assim como seus irmãos — Michael respondeu e vi Lauren bufar alto, rolando os olhos — Agora, você vai entrar e...

— Não mesmo, não entro nessa casa enquanto a Cabello estiver aí — Lauren interrompeu, e foi minha vez de rolar os olhos, cruzando os braços, a vendo me encarar.

— Lauren Jauregui — a voz de Michael soou séria, daquele tom irritado mas calmo, que até eu me assustei — Você vai entrar, cumprimentar sua mãe, falar com seus irmãos, sentar e jantar conosco, usando toda a educação que te dei.

Mordi minha bochecha para não sorrir satisfeita, vendo Lauren respirar fundo, e entrar na casa à passos largos, sem fazer nenhum comentário.

— Sem risadas, Camila — Michael disse, ainda sério e eu assenti.

— Sim, senhor — assenti rápido, o vendo fechar a porta, antes de o seguir de volta à cozinha.

Lauren estava abraçando sua mãe, quando voltamos. Clara parecia feliz de ver a filha ali, assim como Chris e Taylor de verem a irmã mais velha. Me sentei na cadeira, tentando passar despercebida por eles, voltando a comer minha pizza calmamente.

— Que surpresa boa, Lauren! Ja estava na hora de aparecer, mora tão perto e nunca nos visita — Clara reclamou, dando alguns tapas leves em Lauren, que riu.

Espere. Ela riu? Olha, quem diria, ela tem sentimentos.

— Desculpe, mãe, estava cheia de trabalho — Lauren respondeu e em seguida senti seu olhar duro em mim.

— Senta aí, Laur, come com a gente — Chris disse, já pegando um prato e colocando para a irmã.

Justo na minha frente.

A vi se sentar, evitando o contato visual comigo, e se servindo de um pedaço de pizza.

— E aí, Laur, prendendo muitos bandidos? — Taylor perguntou, entusiasmada com o trabalho da irmã, e eu ergui o olhar, vendo Lauren me encarar.

— Sempre tentando — respondeu, mas pude sentir uma pontada de indireta em minha direção, rolei os olhos.

Tomei um susto ao ouvir um trovão alto do lado de fora, seguido pelo barulho da chuva, e senti meu rosto corar ao ver Taylor e Chris rirem do pequeno pulo que dei na cadeira.

— Parem — resmunguei, empurrando Taylor de leve, mas logo afastei meu braço ao sentir o olhar fuzilante da filha mais velha dos Jauregui.

— Então, quanto tempo Camila está aqui? — ela perguntou, o tom mais crítico me analisando.

— Lauren...— a voz de Clara soou como uma repreensão, e Lauren a encarou com um falso olhar inocente.

— Apenas perguntando — se defendeu.

— Já se conhecem? — Taylor perguntou confusa, e eu apenas assenti.

— Sua irmã me conhece há uns bons anos — respondi após uns segundos, soando levemente irônica — Não é, Policial Morgado?

— É, é claro — respondeu, desviando o olhar rapidamente.

— Ah, e a Mila tá aqui há uma semana — Chris disse, dirigindo o olhar à Lauren.

Clara logo mudou o assunto, falando sobre seu próprio trabalho, ela era gerente de uma galeria de arte. E, envolveu todos nessa conversa, o que eu agradeci mentalmente. Porém, durante todo jantar, não pude deixar de me sentir desconfortável, era uma tensão gigantesca entre Lauren e eu. Afinal, nos conhecemos desde que ela me mandou para o reformatório quando eu tinha 15 anos, acho que ela deveria ter por volta dos 21 naquela época. E desde então, nunca mais largou do meu pé.

A chuva apenas aumentou do lado de fora, os trovões soando mais alto a cada instante, atrapalhando um pouco o som que saía da TV, que todos nós já estávamos assistindo na sala.

— Tá caindo uma chuva pesada lá fora, não quer ficar? — Clara perguntou, assim que Lauren fez menção de ir embora.

— Não sei se é uma boa idéia — Lauren respondeu, me olhando de canto, mas eu apenas foquei na tela à minha frente.

— O quê não é uma boa idéia é dirigir nesse tempo, se pode ficar aqui — Michael disse e sua filha soltou um suspiro, antes de assentir.

— Vou apenas avisar Ally — ouvi Lauren dizer e franzi o cenho, mas não comentei nada. 

— Ei, vocês três, já passa das dez, e vocês tem aula amanhã — a voz de Clara soou maternal, e vi Chris e Taylor resmungarem enquanto se levantavam, assim como eu, já indo para a escada.

— E Camila — parei ao ouvir meu nome e me virei para Michael — O julgamento de seu tio será daqui duas semanas — Me avisou, em um tom baixo e eu deixei um suspiro cansado escapar.

— Quanto tempo? — perguntei, sabendo que ele me entenderia.

— 4 anos, se ele não for acusado de homicídio — Michael disse e eu arregalei meus olhos.

— Ele matou alguém? — minha voz saiu surpresa em incrédula, e vi o homem na minha frente respirar fundo.

— Novidade — ouvi um resmungo sarcástico do outro lado da sala e ergui meu olhar irritado para Lauren.

— Meu tio, e meu pai podem ser muitas coisas, mas eles não são assassinos! — falei, um pouco alto e irritada para Lauren, que me encarou com ódio.

— Camila, se acalme — Mike pediu, e encarou Lauren em seguida — E, filha, é melhor você sair da sala — ele disse, e eu vi Lauren se levantar, bufando e rolando os olhos, antes de Michael se virar para mim — Seu tio, junto com os três amigos, roubaram uma carga de drogas, houve um tiroteio com outros traficantes, um deles foi baleado e está em estado crítico, se ele morrer, seu tio será acusado de homicídio pela morte dele — explicou e eu senti minha garganta seca, de repente.

— Eu posso vê-lo? — perguntei, baixo.

— Só depois do julgamento — ele respondeu e eu assenti em concordância — Agora, pode ir se deitar.

Subi as escadas um pouco chateada e, uma parte de mim, irritada. Irritada com meu pai por ter sido preso, e ter que ficar com meu tio. Irritada por meu tio ter sido preso e ter me deixado sozinha. Irritada comigo, por me importar tanto com isso.

— Sabe que ele merece ainda mais tempo de prisão, não é? — ouvi a voz arrogante de Lauren antes de entrar no quarto.

Ah. Irritada com Lauren por ter prendido meu pai. Por ter prendido meu tio. Por tentar me prender. Por apenas existir.

— Sabe que eu não me importo com nada que diz, não é? — retruquei, a encarando por cima do ombro.

— Você pode se fazer de boazinha, mas nós sabemos a verdade, Camila, os Cabello's são naturalmente criminosos, tá no teu sangue — ela disse, cruzando os braços.

— E eu achava que era natural dos Jauregui serem boas pessoas, mas veja, aparentemente isso não caiu em você — respondi, vendo seu sorriso cair, e apenas sorri sarcástica antes de entrar no quarto e fechar a porta atrás de mim. 


Notas Finais


E aí?
Como estão?
Já leram minhas outras fics? @semiharmonizer
semi-harmonizer.tumblr.com


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