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História Lost in Space - O Despertar


Escrita por: Space_Dust

Notas do Autor


Star Wars pertence à Lucasfilm, que por sua vez, pertence à Disney.
Essa fic contém cenas de sexo explícito entre homens, se não gosta, apenas não leia.
A fic já está terminada, mas não irei postar todos os capítulos de uma vez, provavelmente um por dia para fazer uma "semana stormpilot". rs
O capítulo inicial considera os eventos acontecidos em Star Wars - O Despertar da Força.
Tentei usar o máximo do canon que consegui, considerando os filmes e as animações, mas ainda assim, caso achem algo não-canônico é porque eu inventei! :P
Que a força esteja com vocês!

Capítulo 1 - O Despertar


A cabeça do homem deitado na maca da enfermaria em algum lugar da base da Resistência latejava, suas lembranças eram confusas e ele não fazia ideia do que estava acontecendo, apenas ouvia o barulho dos aparelhos que o mantinham vivo sem saber direito identificá-los, sentia-se incomodado, pois tais barulhos não o deixavam organizar seu pensamento.

Sua mente era um borrão, às vezes, ele ouvia vozes que pareciam estar em torno de si, como se falassem consigo, mas como quem está preso em um pesadelo, não conseguia respondê-las ou identificar com certeza o que estavam a dizer, e aquela dor era insuportável... Ele não saberia responder por quanto tempo permaneceu naquele estado, não era como dormir que você se deita e logo acorda como se não tivesse passado tempo algum. De certa forma, ele estava consciente de que o tempo estava passando.

 Aos poucos, começou a perceber seu corpo, identificou que o que doía tanto era sua cabeça, percebeu que seus músculos estavam rígidos e doloridos, tentou mover os dedos das mãos e conseguiu, fez o mesmo com os pés e - com algum esforço - consegui. Seu corpo aos poucos lhe respondia, mas não conseguia abrir os olhos.

Ele estava consciente ao mesmo tempo que delirava, concentrava seus esforços não mais em tentar levantar ou controlar seu corpo, mas sim em se lembrar do que havia acontecido. Duas palavras vieram a sua mente assim que fez um esforço: Primeira Ordem e lembrou-se de treinamento pesado desde a infância e de atirar com blasters, lembrou-se de armaduras brancas e de um colega morto em batalha, lembrou-se do extermínio de uma vila sem a mínima justificativa, e de desertar.

Sua cabeça era turbilhão, milhares de cenas se passavam em sua mente em o que poderia ser um minuto ou um mês inteiro, lembrou-se da decisão de não matar em nome de ninguém, de uma fuga que quase não deu certo, de um piloto de sorriso fácil que o ajudou, lembrou-se de um lugar desértico, de uma garota com muitos talentos, de um dróide laranja, lembrou-se de wookies e de sabres de luz.

Embora essas imagens viessem a sua mente, ele não sabia por certo decifrá-las, precisava se lembrar de coisas mais simples ou nunca iria acordar, tentou lembrar seu nome, mas apenas números vinham a sua mente “87”, “187”, “2187”, “FN-2187”, “Não! Esse não é mais meu nome. Meu nome é Finn” e se lembrou da primeira vez em que se sentiu humano em toda a sua vida.

  O som do nome que ganhara foi o suficiente para começar a despertar as lembranças adormecidas, houve um clarão em sua mente e se recordou de tudo o que aconteceu antes de apagar, de ser covarde e tentar fugir e do medo que sentia de ser capturado, mas também de ter sido corajoso pela primeira vez em sua vida, de ter lutado frente a frente com Kylo Ren, e de ter caído... O que será que aconteceu com a...

 - REY! – gritou Finn desesperado abrindo seus olhos pela primeira em muito tempo.

Haviam vários med-dróides que cuidavam da ala hospitalar e que rapidamente iniciaram os procedimentos no jovem Finn, checaram-lhe a pressão, os batimentos, disseram-lhe para ficar calmo. Ele queria sair dali de qualquer forma, mas seu corpo estava tão pesado que não tinha forças. Teria ele sido pego pela Primeira Ordem novamente? Não, isso não era possível, se tivesse acontecido ele não estaria sendo tratado, ele estaria morto depois que Kylo Ren tivesse extraído todas as informações que desejava de sua mente. Mas como eles haviam saído de Starkiller? Ele se lembrava que Rey estava caída antes de partir para cima de Kylo Ren, todas as vezes que tentava forçar sua mente sua cabeça doía imensamente.

 Algumas horas depois de acordar, Finn avistou um rosto humano adentrando seu quarto, era a general Leia Organa, que reconheceu imediatamente. E em sua cabeça se passou uma cena que preferiria esquecer: a de um filho matando um pai, e antes que fizesse qualquer pergunta que estava lhe perturbando, ele a abraçou e chorou.

- Sinto muito pelo Han – disse com a voz rouca por conta da garganta seca.

 Leia, prestativa e doce, ofereceu-lhe um copo de água e respondeu:

 - Eu também sinto, meu caro Finn. Se eu não tivesse lhe pedido para trazer nosso filho de volta nada disso teria acontecido.

 Finn sentiu a dor nas palavras daquela senhora e a consolou.

- Qualquer pai teria tentado salvar o filho – respondeu com a voz triste.

- Mas não podemos chorar nossos mortos ainda, Finn – continuou Leia – a Primeira Ordem está lá fora e não sabemos o que estão planejando, estamos de mãos atadas.

 Finn lembrou-se do ímpeto que teve ao acordar e perguntou temendo a resposta:

 - O que aconteceu com a Rey?

 - Ela não está aqui.

 Finn baixou a cabeça tentando sufocar o choro, Rey havia sido a única pessoa que não o olhou com desprezo em muito tempo, que o ajudou, ela foi sua primeira amiga e ele se sentiu impotente por não poder salvá-la. Leia percebendo o mal-entendido, logo completou sua frase.

 - Aquela menina tem uma grande afinidade com a força, eu não vejo isso desde meu irmão, Luke, pensei ter visto em meu filho, mas eu estava enganada.

 - O jedi!

 - Isso, eu enviei a Rey para encontrá-lo, nós encontramos a parte que faltava do mapa, Finn. Ela queria muito estar aqui quando você acordasse, mas não havia tempo a perder, eu devo pedir perdão por isso, foi por minha ordem que ela partiu.

 Ele respirou aliviado e Leia percebeu que ele estava mais calmo.

 - Bom, Finn. Vou deixá-lo descansar, quando soube que você acordou eu tinha de vir lhe agradecer pessoalmente, você foi muito corajoso e uma peça fundamental para o sucesso da nossa missão. Obrigada.

 - Eu só queria salvar meus amigos – ele respondeu. – Eu não quero voltar a Primeira Ordem nunca mais.

  - Então se prepare, Finn, e seja bem-vindo à Resistência.

Finn ficou completamente entediado por dois dias na enfermaria, os dróides insistiam em manter-lhe por lá, eles lhes explicaram exatamente qual era sua condição, por conta de ter sido acertado nas costas com um sabre de luz precisou ser operado às pressas e foi deixado em coma induzido uma vez que a dor que sentia seria impossível de suportar conscientemente. Eles optaram por tirá-lo do coma apenas agora que seus ferimentos estavam começando a se curar, e já esperavam que acordasse a qualquer momento.

 Ele não recebia visitas, já que era novo na Resistência e poucos lhe conheciam. Finn descobriu que ficou um mês inteiro em coma por conta do complicado tratamento, mas parecia ter sido uma vida inteira, tudo parecia diferente, há não muito tempo atrás ele era um Stormtrooper e agora ele estava contra todo o sistema em que foi criado. Perguntou aos dróides sobre o piloto, Poe, a quem ao menos conhecia ali na resistência e que tinha certa afinidade, mas eles não sabiam – ou talvez não pudessem dizer – o seu paradeiro.

Perdido em seus pensamentos, não percebeu quando um homem adentrou seu quarto, e apenas o notou quando sentou na cadeira do lado de sua cama e começou a falar alto.

- Finalmente você acordou, meu amigo! – Disse Poe, o piloto, eufórico – Fiquei sabendo no caminho de volta da minha última missão que você estava bem e vim direto para cá!

Finn percebeu que ele ainda usava o traje laranja de piloto e inferiu que dizia a verdade, era estranho para ele ser bem tratado, já que estava acostumado com a hostilidade de seus superiores. E mais estranho ainda era perceber a sinceridade nas palavras de Poe, que estava realmente feliz em vê-lo bem.

- Poe! Você veio! Perguntei sobre você, mas esses dróides não sabem responder nada!  – Exclamou – Obrigado pela visita. Como estão as coisas? A general Organa veio me visitar assim que acordei, mas eu não tenho detalhes de nada ainda, na verdade nem sei ainda o que vou fazer daqui para frente.

- Tudo está um pandemônio, Finn. – suspirou – conseguimos destruir a Starkiller, mas a Primeira Ordem já havia instaurado o caos, agora somos poucos, temos pouquíssimo apoio de fora e os recursos estão ficando cada vez mais escassos, somos realmente uma resistência, somos realmente rebeldes. Eu não sei se é seu desejo continuar na Resistência, mas você é um recurso valioso, nós nunca trabalhamos com informações internas antes, então, pelo menos por enquanto, você ficará conosco.

-  Vocês salvaram minha vida, eu faço o que for necessário para retribuir! Mas, será que conseguiremos reestabelecer as coisas?

- Talvez. Mas se não conseguirmos. Ao menos resistiremos. – respondeu Poe sorrindo como sempre.

Finn ficou pensativo, ele realmente não entendia sobre essas coisas, mas queria muito ajudar, ele não queria que a Primeira Ordem prosperasse mais uma vez. Ele olhou para Poe que o encarava com aqueles profundos olhos castanhos e sentiu um carinho e uma gratidão imensa pelo piloto.

- Obrigado, Poe. Você confiou em mim desde o começo, se estou vivo é por sua causa.

- Não, meu amigo! Eu é que estou vivo por sua causa, você me resgatou. Bom, e já que você agora é parte de nós, eu pedi pessoalmente à General Organa que fizesse parte da minha equipe, assim que estiver melhor, saberá detalhes das missões.

- Equipe? Como assim? Achei que quando não tivesse liderando esquadrões trabalhava sozinho em missões super importantes como achar um mapa até o último jedi vivo. – falou em um tom de admiração.

- Realmente, eu sou incrível o suficiente para esse tipo de missão – brincou o Piloto – mas, infelizmente não podemos, de modo algum, ousar atacar a Primeira Ordem no momento, não podemos perder naves e pilotos e estamos desesperados por conseguir novos aliados. E bom, você é perfeito para missões de infiltração, em breve vai entender, por isso pedi pessoalmente para que fizesse parte da minha equipe, então, esforce-se para sair logo daqui, temos muito trabalho a fazer.

Pela primeira vez desde que recobrou a consciência, Finn teve algum motivo para continuar, algo pelo que esperar, ele ainda estava perdido, mas sentiu determinação. Não demorou muito para que tivesse alta, e logo estava acomodado em seus novos aposentos na Resistência. Por vezes ele se sentia envergonhado quando via que todos o tratavam como herói, afinal, ele esperava no mínimo desconfiança por ter sido um Stormtrooper, mas isso não aconteceu. Passou, então, a frequentar às reuniões, deu todas as informações que podia sobre a Primeira Ordem e quando menos percebeu, estava em sua primeira missão como um rebelde.


Notas Finais


No próximo capítulo Poe e Finn irão sair em missão.


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