História Lost in Space - Sintonia

Poe admirou aqueles olhos castanhos tão cheios de inocência e soube que naquele momento Finn estava sendo completamente sincero, ele se aproximou do rapaz e tocou-lhe uma das maçãs de seu rosto, encarando-o, notou que Finn o observava com a mesma intensidade e, não hesitante, beijou-lhe os lábios mais uma vez.

Finn, que estava sentando enquanto Poe havia se inclinado para beijá-lo, puxou-o para perto de si, que sentou em seu colo, em nenhum momento eles pararam de se beijar, como se tivessem esperando por isso há muito tempo. Poe já havia estado com vários homens, várias mulheres e até mesmo com alguns aliens, mas o beijo daquele rapaz desajeitado era uma das melhores coisas que já havia experimentado na vida.

- Vamos para os dormitórios – sugeriu Poe entre um beijo e outro.

- Tudo bem – concordou Finn inocentemente.

Eles seguiram até o dormitório do piloto, que era pequeno e apertado, e Poe conduziu Finn à cama perfeitamente arrumada que em segundos já não estava tanto. Poe, beijava o pescoço de Finn e percebia as reações do seu corpo que se arrepiava ao seu toque. Finn, porém, estava um pouco hesitante e o piloto, não querendo forçar o garoto a nada olhou-o nos olhos e disse:

- Tudo bem se você não quiser ir adiante, não quero te pressionar.

Finn o olhou com carinho pensando que Poe era simplesmente fantástico e, decidido, respondeu.

- Eu quero, Poe. É que, bem, eu nunca fiz nada disso antes. – respondeu sentindo sua face se aquecer levemente.

- Nunca esteve com um homem, você diz?

- Nunca estive com ninguém, Poe. Treinamento de Stormtrooper. – disse um tanto quanto sem graça.

- Puta merda! A Primeira Ordem estava tentando treinar o quê? Jedis? - brincou.

Poe conseguiu arrancar sorrisos sinceros de Finn, que pareceu ficar mais a vontade, olhou-o com ternura e o beijou com lentamente, até que declarou:

- Apenas me acompanhe, diga-me se está gostando. Quero que você aproveite ao máximo. – sussurrava ao ouvido de Finn, a excitação evidente em sua voz. – Aliás, você entende o que estamos prestes a fazer, não é?  - sua pergunta era meio brincando, meio séria.

- Sim, sim, eu entendo – respondeu com aquela timidez que apenas o tornava mais adorável – não é como se não soubéssemos que esse tipo de coisa acontece.

- Nossa, Finn, não faz essa cara que você me mata! – exclamou vendo a excitação e a dúvida evidentes do rosto do rapaz.

- Mas...

- Calma, isso é uma coisa boa. – Riu-se o beijou de novo.

Finn instintivamente o beijava com vontade e mesmo estando parcialmente inseguro, as mãos hábeis de Poe o guiavam e o faziam encontrar o caminho certo.

- Por que você me faz sentir assim? – perguntou Finn, as palavras saindo de sua boca antes que pudesse reprimí-las.

Poe, satisfeito, olhava o garoto em sua cama e pensava que queria arrancar tudo dele, desde seus pensamentos mais profundos até seus suspiros mais sinceros.

- Eu me pergunto o mesmo sobre você – respondeu e voltou a beijá-lo – Céus! Eu queria fazer isso desde o momento em que você tirou aquele capacete pela primeira vez.

Finn, que estava tão eufórico quanto Poe, embora tímido, ajudou-o a tirar sua jaqueta e a camisa que estava por baixo, revelando um tórax definido e marcado por algumas cicatrizes de guerra que Finn fez questão de beijar. Poe, impressionado em como os instintos do garoto estavam corretos em relação ao seu corpo, também começou a despir o companheiro dando uma risadinha de leve ao tirar a jaqueta que um dia foi sua pensando que ele realmente ficava bem com aquela jaqueta, mas que sem ela era muito melhor.

Ao ver Finn semidespido Poe suspirou

- Você é lindo. Como poderiam ousar querer te deixar dentro de uma armadura a vida toda?

Finn afastou os cabelos estrategicamente bagunçados de Poe e beijou seu pescoço em resposta enquanto pensava “você também é lindo”. Não demorou muito para que ambos ficassem completamente desnudos, e embora Finn tenha sido acostumado a se trocar perto de vários stormtroopers, essa foi a primeira vez na vida que realmente sentiu que estava nu.

Poe, cuidadosamente explorava o corpo do companheiro, beijando-lhe as coxas, o abdômen até chegar em seu membro completamente em riste, percebeu que Finn ainda estava com vergonha e declarou:

- Você não precisa ter vergonha, Finn. Você é lindo. Você é incrível.

Finn não sabia muito bem o que fazer naquele momento, tinha medo de falar algo estúpido e estragar todo o clima... Poe parecia tão à vontade. Seu silêncio foi quebrado quando Poe, após brincar com as sensações que provocava em seu corpo, finalmente colocou o seu membro rijo em sua boca.

- Ah – gemeu Finn, tentando-se controlar ao sentir a saliva quente de Poe envolvendo sua glande.

Poe, experiente, começou com movimentos leves apenas para ver o impacto que causariam em Finn, percebeu o seu corpo contrair assim como os arrepios que lhe causava, suas mãos livres passeavam pelas negras e, bem torneadas, coxas do rapaz apenas para sentir a pele arrepiada, o que lhe causava satisfação.

- Você gosta?

- Muito. Ah....

O corpo de Finn estava todo em chamas, ele nunca imaginou que era capaz de sentir um prazer físico tão grande e, muito menos, que esse prazer poderia ser compartilhado. Em sua cabeça, sexo era algo apenas reprodutivo.

Poe, empolgado em ver seu companheiro tão extasiado pelas sensações que lhe proporcionava, continuou sugando-o lentamente até aumentar progressivamente o ritmo, seu membro era tão grande que não cabia inteiro em sua boca e ele precisou usar de uma das mãos para que o envolvesse inteiro.

Finn, gemendo de prazer e já com o corpo contorcendo, não conseguiu avisar Poe que estava prestes a ejacular, mas o piloto, pelas reações do corpo, já previra o que iria acontecer e assim que a semente do rapaz atingiu sua garganta, ele a engoliu com vontade para logo em seguida lhe dar um beijo satisfeito.

- E ai, o que achou?

Finn estava sem palavras, cada centímetro do seu corpo vibrava, ele jamais havia se tocado de forma sexual, muito menos tido um orgasmo. Era uma sensação estranha e nova, mas certamente era uma das mais incríveis que já havia sentido em toda a sua vida.

- Poe, isso foi... – Finn quase perdeu as palavras – muito bom.

Dessa vez, Finn puxou o rosto de Poe para perto de si e o beijou com carinho, acariciando seu corpo enquanto o beijava.

- Eu quero... retribuir – admitiu tímido.

O rosto do piloto iluminou-se de um sorriso.

- Só me diz o que eu tenho que fazer – continuou o ex-stormtrooper, ainda um pouco retraído, mas isso só o deixava mais sexy.

Finn, desajeitamente, beijava o corpo de Poe, que também reagia positivamente a seus toques, ele nem se lembrava mais qual foi a última relação que o deixou tão excitado, as mãos grandes de Finn encontraram seu membro e passaram a masturbá-lo e, pela primeira vez naquela noite, Poe sentiu que não estava mais no controle.

Ele passou a ter certeza quando os grossos lábios de Finn encontraram seu pênis, ainda que faltasse técnica ao garoto, ele tinha um instinto que o guiava mais do que o próprio piloto naquele momento que adorava vê-lo com tanta determinação. Um arrepio percorreu seu corpo quando percebeu que Finn aumentou o ritmo e não demorou muito para saber que estava prestes a gozar, observando uma das cenas mais bonitas que já viu em sua cama.

- Finn, eu vou...

A última palavra Finn não ouviu direito. Na verdade, ele estava tão focado em dar prazer ao parceiro que quando menos percebeu, Poe ejaculou no fundo de sua garganta, a sensação era um pouco viscosa e ele engasgou um pouco, mas não demorou para que estivessem aninhados trocando beijos curtos.

- Poe?

- Sim?

- Da próxima vez prometo que vou até o final com você.

O piloto riu-se, da próxima vez, ele sabia como Finn se sentia, sabia como era sair com alguém mais experiente do que ele, mas o que o garoto não sabia é que ele excitou Poe de tal forma que não acontecia há muito e muito tempo.

- Finn, você ainda vai me matar, garoto. Você é incrível.