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História Lost in the Moment - Capítulo 2


Escrita por: pri-ncezona

Notas do Autor


Vai sem capa mesmo por motivos de preguiça mesmo hahah
Boa leitura, mores

Capítulo 2 - Capítulo 2


Eram 6h30 da manhã quando Regina abriu os olhos. Sentia-se tonta, meio perdida. Não sabia dizer se era o sono ou a quantidade de vinho que havia tomado na noite anterior. 

Já não era a primeira vez que acordava de ressaca, na verdade, era incapaz de dizer quando fora a última vez que não acordara assim. Seus últimos anos pareciam apenas um borrão. Não conseguia dizer como e quando fora que sua vida havia ficado de cabeça para o ar. Estava casada. Às vezes era difícil de acreditar. 

Levou uma mão a cabeça ao sentar-se na cama, a outra mão, que possuía um solitário com um imenso diamante negro, com um costume inesperado, passeou pelo outro lado da cama, à procura do corpo que o ocupava. Não tinha ninguém ali. Olhou para o relógio e murmurou um palavrão antes de levantar-se por completo.

Pegou o robe de seda vermelho cor-de-sangue que estava pendurado na cabeceira da cama e o fechou sobre a camisola da mesma cor que vestia. As cortinas brancas esvoaçavam-se por causa do vento que as janelas abertas deixavam entrar. Regina revirou os olhos e com um manejo de mão usou magia para fechá-lo. Depois virou-se e deu de cara com uma Emma séria encarando-a. 

- Gina, você sabe que não gosto que use magia - disse, a expressão contrariada. - Não poderia apenas fechar com as próprias mãos?

Regina continuou seu caminho ignorando por completa a presença da outra mulher. Até que parou a um passo de sair do quarto, olhou por sobre o ombro e respondeu ríspida:

- Assim como você poderia apenas parar de dormir com o Lobo Mal, Swan. 

E depois se teletransportou para a cozinha, deixando uma Emma furiosa no quarto. 

A loira havia saído cedo naquele dia para correr, como de costume, com Ruby, sua amiga e agora nova chefe. Emma trabalhava como detetive para a delegacia da cidade, sendo braço direito de Ruby, ajudando-a a certificar-se que a magia não fosse usada para o mal. Ao menos Regina não usava, suspirou aliviada e começou a despir-se das roupas suadas e deixar um trilho até a banheira de sua suíte, isto já era um grande ganho.

Afundou o corpo esguio na água morna e borbulhante e encarou o teto por alguns instantes. Sua vida estava uma bagunça.

Estava presa em um casamento sem amor, com a única pessoa que jamais pensou estar um dia. Regina não era sequer uma opção de amiga antigamente, quem dirá como esposa. E, ainda assim, ali estavam elas. Só podia ser uma boa piada do destino. 

O pior era sentir-se frustrada com os julgamentos da morena. O que Regina pensava sobre ela sempre a afetara, mas não daquele jeito. Não a ponto de deixá-la furiosa. Emma podia ser teimosa, atrevida e até mesmo um pouco imprudente, mas como Regina ousava duvidar de seu caráter? Traição era algo que jamais faria. 

Esposa. Pensou novamente, deixando a palavra vagar por seus pensamentos tentando trazer a tona os sentimentos que aquele título lhe causava. Não sentia nada, suspirou e afundou por completo na banheira. Emma nem mesmo conseguia se lembrar o que a fizera casar-se com Regina. Ou de algum ato de amor de uma pela outra. Nada. Era como se a vida já houvesse começado a partir daquele momento.

Emergiu-se da água e afastou a espuma do próprio rosto na tentativa de afastar também aqueles pensamentos deprimentes. Mas só conseguia pensar em como Regina a irritava. Ainda assim, eram casadas, fez-se lembrar como se explicasse tudo. E, então, subitamente Emma soube o porquê. 

Por sua família. Por Henry. O filho parecia completamente feliz com o fato de que suas mães passaram de inimigas para esposas. Agora sim eram uma verdadeira família e não havia ninguém mais além dos três.

E, afinal, Regina não era de todo ruim. Ela amava Henry tanto quanto Emma e faria qualquer coisa por ele. Disso Emma tinha certeza.

De olhos fechados, um sorriso leve tomou conta de seus lábios ao lembrar-se que haviam combinado de tomar café com o filho naquela manhã. Era uma pequena tradição que os três haviam criado desde que Henry saíra de casa.

O garoto alegou precisar de espaço, mas Emma sabia que tinha algo a ver com Violet. A jovem agora estava na cidade depois de um longo tempo em que passara longe. E, desde a chegada da garota, Emma viu o filho com olhos brilhando de paixão. Aquele tipo de paixão que não se explicava, apenas se via ou entendia se tivesse vivido uma. Emma conseguia enxergar, não entendia como, já que agora seu casamento parecia apenas um fardo, mas sentia como se conhecesse bem a sensação, como se houvesse algo nela que a não deixasse esquecer. 

Abriu os olhos e se deparou com Regina parada na entrada do banheiro. Os olhos tão escuros e enigmáticos que Emma sentiu todo o corpo estremecer. 

- Não demore, Swan - disse ao adentrar o cômodo e dirigir-se até o espelho. Admirando o próprio reflexo, continuou: - E certifique-se de que o cheiro de cachorro suado não permaneça. 

Torcendo o nariz, Regina virou-se dando as costas para o espelho e mirando Emma, que apenas suspirou deixando claro sua indisposição para discutir e levantou-se de supetão. 

O corpo esbelto molhado e envolto por poucas bolhas de sabão que em nada o cobriam, servindo apenas para ressaltar-lhe as curvas, fez Regina engolir em seco, pega de surpresa quando Emma saiu da banheira e com um passo estava a menos de meio metro de distância dela. 

Passado o susto, levantou o queixo em sinal de altivez.

- Você está ensopando todo o chão, Swan.

- Emma - retrucou a loira, estendendo a mão para trás da morena, vendo-a quase se contorcer para não demonstrar reação, e pegar uma toalha. - É Emma, Gina. Porque não pode simplesmente me chamar pelo meu nome?

Porque a frustração de Emma parecia genuína e agora seu corpo estava coberto pela fina toalha branca, Regina permitiu-se baixar a guarda. 

- Emma - murmurou quase por entre os dentes. - Você trouxe os bolinhos do Granny’s?

A loira sorriu confirmando, contente pela pequena vitória e a aparente trégua a qual chegaram. Saindo do banheiro e sendo seguida pela morena, Emma parou em frente ao closet que dividiam e analisou bem as roupas antes de puxar um jeans desgastado e uma blusa de mangas longas listradas. Antes que pudesse sequer pensar, as botas surgiram a sua frente, como num passe de mágica.

Pensou em reclamar outra vez, mas era um gesto gentil. Da única maneira que Regina sabia ser. Por isso apenas olhou-a por sobre os ombros e sorriu agradecida.

Calçou-se em segundos e virou-se para a morena, que observava seus movimentos do outro lado do quarto, calada, apenas prestando atenção em tudo. O olhar sempre distante. 

- Trouxe aquela torta com doce de maçã que você adora - comentou, tentando chamar sua atenção.

A esposa pareceu gostar da informação. Aquele sorriso tão lindo, abriu-se amplamente e Emma permitiu-se admirar daquele pequeno momento de felicidade da mulher. Sentia-se sempre esquisita quando olhava para Regina. Uma estranha sensação tomava conta de todo seu ser. 

Como se algo a puxasse para Regina e sem poder se conter, Emma atravessou o amplo quarto em passadas largas e beijou a morena, que pega de surpresa não teve outra reação a não ser retribuir-lhe o beijo. 

E era então que Emma sentia. A sensação que não abandonava seu peito. Toda a explicação que tentava encontrar em outras coisas estava ali. A urgência que tinha em entender o que a fizera se casar com Regina. Paixão. Do tipo que apenas quem sentia conseguia compreender. Quando estavam realmente juntas, sentiam-se ligadas como se se pertencessem. Como se uma fosse parte da outra e não houvesse nada que pudesse mudar isso. 

O beijo terminou com um encostar de lábios, as duas bocas sedentas por ar, mas mais ainda sedentas uma pela outra. Regina sentia a cabeça girar como naquela manhã, o efeito de Emma em seu organismo era mais forte que todas as garrafas de vinho que já havia tomado. Não conseguia entender o que se passava com ela. Como Emma Swan tinha se tornado tão fundamental em sua vida daquela forma? Suspirou, inconformada com a própria falta de entendimento e afastou-se de repente da loira.


Notas Finais


Se ficar alguma coisa confusa aí na cabecinha de vocês me falem que eu tento explicar!
Beijos


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