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História Lost in the Moment - Capítulo 6


Escrita por: pri-ncezona

Notas do Autor


Cara, muito obrigada pelos comentários e pela galera favorita. Valeu mesmo <3
Demorei menos pra postar, oba hahahah
Enfim, boa leitura! Espero que gostem.

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Lost in the Moment - Capítulo 6

O mesmo elogio tinha sido feito mais cedo por Robin, mas agora que era Emma quem o falava, Regina não conseguia ser indiferente, e responder parecia a coisa mais impossível de se fazer naquele momento.

Os olhos escuros pareceram ganhar um brilho repentino. A boca abriu-se completamente incerta do que falaria, mas foi impedida pela de Emma.

O beijo foi gentil. A sensação de que nunca antes havia sentido algo tão real tomou conta de Emma. Não havia palavras para descrever. Era algo novo. Não conseguia lembrar-se da última vez em que se sentira tão envolvida por alguém. Ou se existira uma primeira vez.

As mãos de Emma subiram até o rosto da morena, o envolvendo entre elas. Regina, que permanecia com as mãos inertes ao lado do corpo, em um lampejo de consciência segurou Emma pela cintura e calmamente a afastou.

– Emma... O que estamos fazendo. – não era uma pergunta. Regina olhou ao redor como se explicando o que queria dizer.

Estavam deitadas no chão da enorme sala de entrada, no escuro. A porta ainda entreaberta. A loira se apoiou sobre as mãos e ergueu-se, depois ofereceu a mão para a morena e a ajudou a levantar.

– Eu-eu não sei o que deu em mim. – Emma mirou a mulher a sua frente, a mão ainda envolvendo a sua, os olhos sem muito foco e a pouca iluminação impedindo que Regina notasse o quanto Emma parecia fora de si de tanto desejo.

– Nem eu sei o que deu em mim – a morena sussurrou, antes de soltar a mão de Emma e subir as escadas, desaparecendo ao fim da mesma, no andar de cima.

A franqueza de Regina fez Emma paralisar. Ela também sentia. Regina a queria. Sabia que não devia ficar surpresa com aquilo, já que eram casadas, mas continuava sendo surpreendente pensar que Regina Mills a desejava daquela maneira.

O pensamento fez seu corpo ferver. Num impulso viu-se subindo as escadas mais rápido que o normal, parando à porta do quarto que compartilhavam.

Apenas a luz do luar que entrava pela janela de vidros quebrava a escuridão que banhava o cômodo. Observou Regina mirar-se no enorme espelho que tinham no canto do quarto sem perceber sua presença, e desfazer-se do próprio vestido, revelando a delicada lingerie preta que usava, com o pequeno feixe de luz que entrava desenhando a silhueta perfeita. A meia calça e o salto alto tornavam sua aparência incrivelmente sexy, o que fez Emma engolir a seco.

Não era o tipo de mulher que usava vestido, admitiu a si mesma em silêncio, mas naquela noite agradeceu por Ruby tê-la feito mudar de roupa antes de deixar a delegacia mais cedo, alegando tratar-se de uma ocasião especial demais para roupas comuns. Realmente era uma ocasião especial, conclui ao mirar longamente a mulher a sua frente, sabendo que não era a isso que Ruby se referia. Mesmo assim estava agradecida a amiga por tê-la convencido e até mesmo emprestado o vestido.

Porque era enternecedora a sensação que a possuía sempre que Regina a olhava naquela noite, parecendo surpresa pela escolha de roupa de Emma e, ainda mais, encantada com o fato de quão delicada Emma aparentava em tais vestimentas.

Regina deixou um suspiro escapar ao virar-se de costas para o espelho e encontrar Emma. Ela ainda se perguntava o que estava tomando conta de seu corpo e porque mal conseguia se concentrar em outra coisa do que na ideia de arrancar o fino vestido branco de Emma? Mas qualquer indagação sumiu quando a mulher deu alguns passos em sua direção, parando a centímetros dela.

Por causa dos saltos Regina estava com a mesma altura de Emma, deixando os olhares na mesma direção. Emma ergueu uma mão puxando-a, com facilidade, pela cintura.

– O que pensa que está fazendo, Swan? – indagou, um tremor delicioso envolvendo seu corpo, o lugar onde a mão de Emma a tocava parecia pegar fogo.

– Isso. – respondeu com os lábios passeando pela bochecha rosada de Regina, antes de puxá-la ainda mais e beijar-lhe os lábios entreabertos.

Emma foi envolvida pela mais prazerosa sensação que já havia sido capaz de sentir. E quanto mais aprofundava o beijo, mais intenso se tornava, e mais ferozmente beijava a mulher em seus braços.

Quando Emma mordeu seu lábio, por descuido, Regina desvencilhou abruptamente, dando um passo para trás e a encarando, a descrença em seu olhar. Emma sentiu que poderia gritar de frustração, até dar-se conta do que fizera, ao olhar o lábio de Regina sangrando.

Não era ela. Não podia ser. Aquele comportamento selvagem, a maneira quase felina com que beijara Regina. O desejo tão alucinadamente puro que sentiu.

A morena passou a ponta da língua pelo lábio superior sentindo o salgado sabor de sangue. Emma a ferira.

Perceber isso não foi o que a deixou assustada. Perceber que, mesmo assim, ainda desejava voltar para os braços da outra mulher e provar mais uma vez de seus lábios foi o que a fez sentir-se apavorada. O que estava acontecendo com ela? Sua cabeça parecia tomada por algo. Sentia como se fosse algum tipo de... Magia.

– Emma... – começou, a cabeça ainda embaralhada demais para formular o que diria a seguir.

– Gina, me perdoa – disse, indo de encontro a ela novamente, as mãos delicadamente erguendo seu queixo para que pudesse enxergar melhor os lábios da outra. – Eu jamais faria algo assim intencionalmente, você sabe!

O olhar preocupado e o jeito carinhoso como Emma a tocava e tratava fez todos os pensamentos de Regina se desfazer. Novamente o toque de Emma parecia arder em sua pele.

Magia, a palavra tamborilou em sua cabeça novamente.

O corpo de Emma tremeu quando Regina tocou seu braço com as pontas dos dedos, com o olhar sempre preso ao da loira subiu os dedos até o pescoço, sentindo sua pele arrepiar-se em resposta.

– Gina... – sussurrou Emma e fechou os olhos, incapaz de mover-se, entregando-se à carícia.

Os lábios se fecharam e então um gemido baixo escapuliu quando Regina encostou a boca no macio pescoço de Emma.

– Não... Eu a machuquei. – o sussurro fraco de Emma foi ignorado. Regina parecia medir até onde o próprio corpo iria, mesmo que ela não soubesse o porquê estava fazendo aquilo.

Subiu a boca mais um pouco, mordeu a ponta da orelha da loira, sentindo o corpo dela reagir ao mais sensível toque que o inferia. Sorriu. Agora entendia. Só podia ser isso!

– Acho que fomos enfeitiçadas, Swan. – sussurrou Regina ao seu ouvido. Era a única explicação lógica! Porque o seu corpo arder com a aproximação de Emma parecia absurdo demais para ser a única explicação. – Eu não sei como, por que ou quem faria isso conosco... – e porque não podia se segurar, a sua boca passeou pelo pescoço da mulher novamente, até seu queixo. E então a fitou, os olhares envoltos anuviados de desejo. – Só sinto que quero você.

Emma não conseguia compreender o que Regina dizia. Quer dizer, ela ouviu tudo que a outra dissera, mas ainda assim não conseguia entender o que se passava na cabeça da morena.

Queria culpar a bebida pelo súbito desejo que tomava conta de seu corpo, a impedindo de raciocinar melhor, mas nunca se sentira tão sóbria como naquele momento. Como Regina poderia usar uma desculpa tão ridícula como aquela para o que estava acontecendo ali?

Suspirou antes de respondê-la:

– É tão difícil assim aceitar isso, Gina? – mirou profundamente os olhos castanhos que a fitavam. – Eu também quero você. Pronto. Viu? Não é tão difícil assim e não preciso arrumar desculpas para o que sinto.

– Não é desculpa! – defendeu-se, de repente dando-se conta de que estava seminua. – Emma, você não pode apenas achar normal o que está acontecendo entre nós.

Emma a observou caminhar pelo quarto a procura do robe que costumava usar, sabendo exatamente que o mesmo estava no banheiro, Emma usou magia para fazê-lo aparecer em suas mãos e levantou-se, a frustração e a raiva misturando-se dentro de si.

Colocou o robe sobre os ombros de Regina, que suspirou e mordeu os lábios.

– Me diga que não estou louca. – pediu, fazendo Emma suspirar em seguida, antes de sentar-se, exausta, no quanto da cama.

– Eu jamais pensei que ficaríamos juntas, Gina. – Regina sentou ao seu lado na cama. – Mas negar o que sentimos... Quero dizer, nenhuma magia seria capaz de nos fazer sentir assim uma com a outra.

Porque Emma estava certa, Regina manteve-se calada. Estava sendo covarde. Não queria admitir para si mesma que sentia algo especial por Emma, e era esquisito sentir como se fosse a primeira vez que conversavam sobre isso.

– Então, eu sou louca. – concluiu, com um sorriso de canto de boca, tocando o ombro de Emma com o seu, fazendo-a sorrir também. – Você casou com uma louca, Swan.

– Talvez eu seja a louca. – Emma parou de sorrir e virou-se com um olhar enigmático para Regina. – Como está o seu lábio?

O peito de Regina encheu-se do mais genuíno contentamento ao ver o semblante preocupado da esposa.

– Eu vou sobreviver – passou os dedos pelo lábio e o pequeno corte desapareceu. – Viu? Acho que posso aguentar um pouco de amor bruto.

Emma sorriu, e antes que Regina pudesse contestar a loira a puxou com certa facilidade para o seu colo.

– Vamos ver até onde a Rainha aguenta... – murmurou, as mãos desfazendo o laço do robe e passeando pela barriga de Regina, enquanto com a boca dava leves chupões no pescoço da morena.

– Não me provoque, Swan... – Regina a empurrou pelos os ombros a fazendo deitar na cama, com um estalo de dedos o vestido de Emma sumiu. – Você não sabe do que sou capaz.

A loira abriu um sorriso provocador e em segundos estavam em posições trocadas. Agora por cima, Emma deliciava-se com a imagem da morena deitada, aparentemente exposta e, Emma ousava pensar, indefesa. Os cabelos negros espalhados pelo lençol de seda branca era um contraste interessante, mas, a pele branca e macia de Regina contrastando com o tom negro da lingerie era de fazê-la perder o fôlego.

– Muito bem, Swan, o que está esperando? – indagou Regina, com seu costumeiro tom desafiador.

Os olhos faiscando deixava claro o quanto ela estava adorando aquele momento. Emma não deixaria barato. Oh, não mesmo! Hoje seria o dia que deixaria claro para a Rainha quem tinha o poder ali.

Baixou a cabeça até o abdômen da mulher e depositou um beijo demorado na parte abaixo de seu umbigo. Esperou que Regina a afastasse, mas o que veio a seguir a surpreendeu. A morena fechou os olhos, mordeu o lábio inferior e depois gemeu baixinho, quase como uma gata.

A resposta que queria. Mas ao contrário do que Regina esperava, continuou o caminho mais para cima, e Emma quase deu uma risada ao notar o olhar decepcionado da outra.

– Acha que será assim tão fácil, Mills? – disse Emma em meio aos beijos em direção aos seios da morena, que ainda mantinha os olhos fechados e sorria ao balançar a cabeça negativamente. – Que bom que sabe.


Notas Finais


O próximo capítulo deve demorar um pouquinho ):
Beijos mores


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