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História Lost in Time - Lost with the hunter's heart


Escrita por: SulkinPettyfer e VitoriaWolf

Notas do Autor


Booom dia! Espero que aproveitem... O cap ta grandinho

Capítulo 46 - Lost with the hunter's heart


Fanfic / Fanfiction Lost in Time - Lost with the hunter's heart

Pov Maxon 
Não tenho um dicionário ao meu lado no momento, mas posso descrever todos os sentidos da palavra desilusão com a mesma rapidez dos momentos em que irrito meu pai. Falta de esperança é a base do meu ser no momento, é impossível conseguir imaginar que algum dia possa voltar a ser feliz quando sei que minha felicidade está no quarto do lado aos beijos com outro homem, e muito provavelmente muito mais do que isso. Descrença por ter a arrogância de imaginar que ela me amaria para sempre, mesmo separados. 
Desapontado comigo mesmo, sei onde errei, mas não faço ideia de como remendá-lo, ou se ao menos deveria. Ela está feliz, posso ver pelo seu simples modo de agir, não seria egoísmo meu atrapalhar, mesmo que signifique minha miséria? Não estava prestando atenção no que acontecia ao meu redor. Sabia que guardas estavam arrumando as armas e os utensílios necessários para que pudéssemos adentrar na floresta para algo que nunca havia sido feito aqui antes. Não acredito que haja animais por entre as árvores, eles já teriam errado o caminho até suas casas e sem querer parado nos arredores do palácio, mas a única coisa que se vê na escuridão, é a sombra.
 _Um besteiro!-Arthur exclama atrás de mim e me viro desinteressado para observar o que acontece. Ele está abraçado a uma arma, a bochecha colada na madeira, uma espécie de arco e flecha mecânico e mais desenvolvido. –Senti sua falta. –os guardas ao redor riem de sua atitude e voltam a conversar sobre guerras, estratégias e qualquer outra coisa que não me chamou a atenção no momento. 
_Não se preocupem, não precisaremos de mãos extras. –os guardas tentam retrucar, o que sempre fazem quando os dispenso, mas logo aceitam com a possibilidade da ideia de uma folga temporária enquanto estamos ocupados. 
Caminhamos em silêncio de primeira. Ele se escondia atrás de árvores e seus pés pisavam levemente no solo, quase sem fazer barulho algum. Sua cabeça se movimentava constantemente, os olhos antenados a tudo, o besteiro em punhos, na altura do rosto, pronto para disparar a qualquer sinal de ameaça. Eu andava solto, sem me preocupar em fazer barulho e sem acreditar que algo poderia acontecer a nós. Perdi a conta de quantos olhares raivosos atraí no caminho. Ele se empolgava, então eu estragava tudo pisando em um galho, tropeçando ou simplesmente rindo da situação, mas seu olhar feroz só me fazia rir mais ainda. 
_Me desculpe, me desculpe. –digo na quinta vez. Ele se levanta do chão, onde estava agachado olhando o terreno à frente e caminha em minha direção com pouca empolgação. –Eu nunca fiz algo assim, para falar a verdade nunca entrei nessa floresta na minha vida! –ele me olha confuso.
_Vocês não fazem isso aqui? –nego com a cabeça e ele resmunga algo em uma língua incompreensível para mim. –Não queria pegar pesado, achei que estava acostumado. Não temos muitas coisas para fazer na minha época, além disso. –Ele dá de ombros e dá as costas para mim, olhando um ponto escuro entre as plantas. Ele semicerra os olhos e puxa o gatilho, ou o qual for o nome daquela alavanca.
 _Porque fez isso?- pergunto realmente curioso. Se mostrar talvez seja uma possível resposta.
_Estou com fome. Não tomei café da manhã. –me lança um olhar bastante sugestivo, o que só faz com que sinta meu estômago embrulhar e um crescente nojo. Provavelmente devo ter feito uma careta, mas ele já não estava mais na minha frente, corria em direção à escuridão. 
_Droga!- praguejo e corro para tentar alcançá-lo. Eu já estava perdido antes e não acredito que vou dizer isso, mas até que me sentia levemente mais seguro com ele e sua arma ao meu lado.

_Arthur! –grito e ouço meu eco na clareira. Sinto meu coração começar a pulsar de medo, meus ritmos cardíacos aumentam e minhas mãos suam. As seco rapidamente e volto a gritar. –Arthur!
     _Aqui. –ele grita em algum lugar na minha esquerda, ou pelo menos acho que era. Corro por entre as folhas, que batem na minha cara e me impedem de ver qualquer coisa à frente. Tropeço em alguma coisa e rolo no chão, cuspindo terra, mas consigo ver, em meu campo de visão, a grande macieira na minha frente. Me levanto rapidamente e tento desamassar o terno e retirar a terra grudada. Provavelmente o terno não foi minha melhor das ideias. 
_Deve estar com fome também. –uma voz surge de cima da árvore e preciso semicerrar os olhos para enxergar a silhueta de Arthur entre o verde. 
Ele joga algo lá do alto, algo que só consigo identificar quando bate em meu peito com força e cai no chão. Seguro a maçã com verdadeira surpresa, retiro a flecha que a atravessa, a flecha que ele acertou no alvo, e a deixo cair no chão. Olho para o buraco na fruta com uma gota de medo pensando que se America estiver certa, talvez essa maçã se torne meu coração futuramente. Estremeço com o pensamento mórbido e resolvo mudar de assunto. 
_Como chegou aí em cima? –grito para ele, que está encostado em um tronco e se diverte com as frutas.
_Habilidade. –responde arrogante.
 _E a escada do lado de trás não interferiu em nada? –cruzo os braços, mas ele só da de ombros.
Reviro os olhos devido a sua atitude. Me pergunto como America especificamente o ama. A garota que conheci não suporta pessoas que se acham superiores, odeia que contem vantagem e não aguenta arrogância e prepotência. Porque, de todas as pessoas, ela foi se apaixonar por ele? Como ela o aguenta, me pergunto. O que ela viu nele? Tudo bem, ele é bonito com seus cabelos loiros e seus olhos azuis, mas é preciso mais do que beleza para se construir uma relação. Ele pode ser um rei, mas é preciso mais do que um trono para tornar-se um verdadeiro regente. Ele é só mais um príncipe egoísta que procura o próprio prazer em vez de se preocupar com a vontade e necessidade dos outros. 
_Como se conheceram? Você e America, quero dizer. –ele pula da árvore com uma agilidade impressionável, flexionando os joelhos ao cair em pé. Ele pega a arma de volta, assim como as flechas na bolsa, e caminha em minha direção. Admito que estou realmente curioso, sei que provavelmente sofrerei ao ouvir a resposta, mas sei que é preciso. Se tenho que derrotá-lo, é necessário que o entenda, os entenda.
 _Estava fazendo patrulha quando a vi se afogando. A retirei da água e lutei contra os homens que a atacavam. –ele parece não me notar enquanto me explica o que aconteceu. Seus olhos viajam para outra dimensão, relembrando o momento exato em que tudo aconteceu e quase, eu disse quase, me senti mal por interromper seus pensamentos. 
_Se apaixonou nesse momento? –acelero meu passo para conseguir acompanhá-lo na caminhada. 
Era meio-dia, mas a luz não conseguia ultrapassar completamente as largas folhas na copa das árvores, o que só deixava o lugar ainda mais horripilante do que parece do lado de fora, mas Arthur não parece incomodado com a falta de luz, com os barulhos estranhos entre os arbustos, ou com o simples fato da situação em que nos encontramos ser bizarra. Xingo mentalmente a pessoa que inventou essa ideia, a pessoa que infelizmente sou eu mesmo.
 _Não. –ele sorri com o pensamento. –Merlin fez uma lavagem cerebral nela, o que a fez me odiar completamente, e eu também não via nada nela que qualquer outra pessoa não tinha. –dá de ombros e continua a caminhar um pouco a frente e deixo uma distância segura entre eu e ele, e o arpão em sua mão. 
_E porque ela te odiava? Pelo o que sei sobre ela, não parece ser o tipo de pessoa que julga alguém rápido. –revejo minhas palavras antes de dizê-la para me certificar de que não entregarei nossa intimidade. 
_Ela diz que sou o completo oposto do ex-namorado dela. Algo relacionado as piores características que um príncipe pode ter. Acho que foi isso que ela disse, não me lembro muito bem.
 _E o que você sabe sobre o ex-namorado dela?- tento deixar minha curiosidade não transparecer e, felizmente, ele não parece notar. 
_Não muito. Só que era um príncipe e que o pai dele não os permitia ficar junto. Nunca perguntei, não me interesso muito. –confessa e se aproxima de uma árvore, colando sua bochecha no casto e batucando no tronco. 
_O que está fazendo? –ele ri da minha cara de susto.
 _Procurando água. Esses tipos de árvores a possuem em seu interior, é só fazer um furo. –assinto sem dar a devida importância e retomo o assunto interior.
 _Não se importa com o passado dela? –ele não se vira para mim, continua trabalhando no furo do tronco. Estava prestes a repetir minha pergunta achando que ele não havia escutado quando disse algo.
 _Na verdade não. Deveria? É errado acreditar que mesmo se o passado retornar, ela ainda me escolherá? –fico sem resposta. Ele realmente acredita que seu amor é incondicional e que durará para sempre. Bem, eu não teria tanta certeza. 
_É muita confiança que deposita nela. –ignoro meus pensamentos e resolvi dizer algo neutro. Ele me olha pensativo, como se tentasse descobrir o que quis dizer com essa fase, mas acaba por não encontrar nada. 
_Não acredito que após tudo o que passamos juntos, tudo o que tentou nos separar, será agora que isso irá acontecer. –responde com convicção e quando encontra meu silêncio, continua. – Foram os melhores sete anos da minha vida, mas também os piores. Perdi todos que tinha e recebi uma nova família de volta nela. –anoto mentalmente a ideia de chamar a família de America para passar alguns dias conosco. Ela passou sete anos fora, suponho que esteja morrendo de saudade, mesmo que não admitirá isso para mim. –Contar tudo o que aconteceu em nossas vidas nesses anos demoraria mais tempo do que temos. –nesse momento um líquido claro começa a fluir do tronco, poucas gotas que logo se tornam um constante fluxo de água molhando a terra abaixo. Ele pega um cantil guardado e o enche.
 Dou uma olhada em mim mesmo, o terno amassado e sujo, e me repreendo mentalmente por ser idiota, egocêntrico e não ter me preparado adequadamente para a situação. Enquanto Arthur é um camaleão, capaz de se adequar ao meio e aproveitar o momento, não consigo imaginar minha vida em seu século quando não sei nem ao menos diferenciar uma roupa de trilha da de reunião.

_Ela disse que seu pai tentou matá-la diversas vezes. –mudo de assunto, em parte, enquanto ele termina de se refrescar. Ele me oferece outra garrafa, mas nego educadamente.
 _Sim, ele era bem parecido com o seu. –me sinto incomodado pela comparação e tento não deixar transparecer. –Sem querer ofender. –Se desculpa ao notar meu desconforto.
 _Tudo bem, já estou acostumado. –respondo honesto, talvez pela primeira vez hoje deixando minha guarda baixa e aceitando que só talvez eu e ele tenhamos mais coisas em comum do que imaginava.
 _Não digo que ele estava certo, porque eles nunca estão. –abro o mínimo dos sorrisos. –Mas America não facilitava em nada as coisas. –minha mente voa rapidamente para o dia em que ela sugeriu em rede nacional o fim das castas. Quem diria que um diria riríamos de algo como isso? –Ela possuía essas ideias revolucionárias e algumas atitudes completamente fora do contexto que deixavam todo mundo louco! 
_Já a vi causar bastante confusão. –confesso com um sorriso. Toda a tensão desmancha em segundos e praticamente me esqueço do meu ódio de segundos atrás. Droga, Maxon! Me xingo mentalmente, você não pode começar a achá-lo legal. Ele está dormindo com a mulher que você ama, tem que detestá-lo! Começo a xingá-lo mentalmente só para não perder o costume e sorrio satisfeito, mas ainda sem entender como ele não liga os pontos e não descobre sozinho que eu sou ele. Ele é esperto, é um guerreiro, um estrategista, tem inteligência mais do que suficiente pra isso. –O que ela fez de tão absurdo? –ele ri sozinho enquanto espero em silêncio. 
_Pode não parecer muito para você, esse lugar é bastante liberal em relação a coisas que lá são consideradas pecados capitais. –assinto enquanto continuamos conversando. –Um dia ela decidiu que estava cansada de tomar banho em casa. –o olho confuso, mas ele ignora o olhar e continua a contar. –A encontrei se banhando em uma cachoeira na floresta. Era a rota comercial mais famosa, centenas de pessoas passam por aquele lugar todos os dias e mesmo assim, lá estava ela. –ouço aquele absurdo de bocas abertas. Gaguejo muitas vezes antes de conseguir formar uma frase completa. Ele ri da minha reação, como se fosse a esperada. 
_Mas ela estava... estava sem...?- tenho dificuldade em continuar.
 _Não! –suspiro aliviado. –Mas as roupas íntimas dela eram brancas e minúsculas então acho que não fez muita diferença. Não que eu tenha visto. –ele acrescenta rapidamente. –Quer dizer, eu vi, mas não por querer, não poderia tirar ela de lá de olhos fechados. –bem quando eu achava que poderíamos ser amigos, todo o sentimento se esvai rapidamente. –E julgando pela sua reação, imagino que não seja comum por aqui também. –noto pela primeira vez o quão estático estou. Fecho os olhos, balanço a cabeça e tento parar de imaginar a cena em minha cabeça, mas só de olhar para seu sorriso, a raiva me sobe. 
_Ela é diferente das outras garotas nesse aspecto. –rolo os olhos, nada interessado nesse aspecto. –Em vez de morrer de vergonha e se esconder quando me viu, começou a nadar e a me provocar.
 _Vocês já estavam casados? –pergunto frio. 
_Nem havíamos começado a namorar ainda. –engasgo com a minha própria saliva e arranco risadas. –E essa nem é a pior situação. –ele começa a contar outra coisa, mas meu cérebro já havia se desligado. Ouvia sua voz ao fundo, mas não entendia uma única palavra. –Espera! –ele bota o braço em frente ao meu corpo, me impedindo de continuar andando. Me assusto e dou alguns passos para trás. 
_O que aconteceu? 
_Shiu! –ele me manda ficar quieto e obedeço. Ele olha para o alto, girando a cabeça a procura de algo ou alguém. Leva o besteiro lentamente em direção ao rosto, semicerra o olho e atira. A flecha voa com precisão por entre a escuridão, sem saber o que a atingiu, mas conseguimos ouvir o barulho. Não consigo definir se é o som de madeira abrindo espaço por entre a carne, ou por entre a própria madeira.
 _O que diabos? Porque fizeram isso? –uma voz grita na escuridão e caminha lentamente em direção a luz, a flecha em uma de suas mãos. Reconheço a voz esganiçada de Merlin. 
_Você? –Arthur faz uma careta. –Justo agora tenho que errar o alvo. 
_Muito engraçado. –Merlin zomba e lhe devolve a flecha. 
_Porque está aqui?- o pergunto.
 _Querem saber a versão real ou a que fui instruído a contar? –Não preciso responder, o olhar de Arthur já responde tudo.
_America pediu que viesse para ter certeza de que não vou estragar tudo? –ele assente e o rei o ignora, continuando a caminhar. 
_Ela queria ter certeza de que não nos mataríamos, certo? –deixo uma distância segura entre nós e ele e sussurro para Merlin. 
_Você aprende rápido. –diz antes de correr para alcançar o loiro distante. Faço o mesmo. –Estavam falando do que? Não dava pra ouvir de trás dos arbustos. 
_As coisas idiotas que America fez enquanto estava lá. 
_E quando você diz idiotas, você quer dizer... –Ele começa, mas compreende o olhar de Arthur e termina sua frase com uma pura gargalhada. –Ele sabe sobre o primeiro beijo dos dois? Acho que foi o a manhã mais engraçada que já tive.
 _Não precisa contar se não quiser, vou entender... –começo a retrucar na esperança de que ele não comece a contar a história, mas era tarde demais. 
_Tom, o pai adotivo dela lá, acabara de falecer e eu me sentia culpado por não ter conseguido salva-lo.
 _Então ele se afogou na bebida. –Merlin complementa.
 _Você quer contar? –Imagino que ele já saiba a resposta. 
_Quero, mas apesar de já ter tentado descobrir o que aconteceu naquela noite, infelizmente eu não estava lá. –Arthur o segura pelo colarinho, raiva em seu olhar. 
_Você está falando da minha esposa.  –ameaça.
 _Eu sei. E da minha melhor amiga. –sorri sarcástico e o loiro o solta. –Então America aparece, completamente abalada e os dois voltam a beber juntos. Vocês acabaram com tudo que tinha na adega e depois disseram que foi eu. –dá de ombros e realmente acredito que não se importa. 
_Eu estava completamente fora de mim, mas subitamente ela simplesmente começou a parecer tão linda e estava irresistível de camisola. – Arthur volta a contar a história. –Então a beijei. Ou pelo menos eu acho. –se contradiz. –Eu não me lembro de nada do que aconteceu naquela noite, mas imagino que tenha começado assim. Só sei como terminou. 
_E como terminou? –me arrependo de ter feito a pergunta assim que as palavras saem da minha boca. Ele cora, mesmo que a luz seja desfavorável, consigo notar. 
_Quando acordei... –ele toma fôlego antes de continuar. –estava dormindo em cima dela e estávamos nus. –ele coça a cabeça envergonhado. Sinto as pontadas em meu coração ficando mais fortes e mais dolorosas. 
_Mas... Mas... –não consigo dizer mais nada e agradeço por ele ter entendido.
 _Não nos lembramos. Eu realmente espero que não tenha acontecido nada e que tenhamos simplesmente dormido, porque eu gostaria de me lembrar da nossa primeira vez. Eu me lembro perfeitamente das outras, mas essa noite é um completo borrão. – Agradeço Merlin por rir e acabar com o silêncio constrangedor. 
_Cheguei no quarto e ela estava assustada, enrolada nos lençóis, e você estava a encarando fora da cama e eu acho que o lençol que estava pendurada em sua cintura tinha acabado de cair. –ele volta a gargalhar, mas eu não consigo sorrir. –Não foi uma visão muito agradável. 
_Que original, Merlin. Muito engraçado. –a essa hora já havíamos parado de caminhar e eu, pelo menos, estava completamente perdido.
 _Acho que encontrei um nosso passatempo. –anuncia. –Te envergonhar é interessante. Ser seu servo até que tem suas vantagens, fico por dentro de tudo o que acontece. – Arthur ameaça dizer uma coisa, mas o criado o ignora e se vira para mim. –Já te contaram como ele estava quando ficou sabendo que America estava grávida? Foi ótimo! 
_Posso imaginar. –murmuro sem empolgação. 
_Ele estava completamente desesperado, e tente me entender quando digo desesperado. Quanto tempo foi? Cinco meses sem tocá-la? –ele continua mesmo sem a resposta. –Mas ela só fugia dele pra esconder a barriga já grande. Tadinha da Brenda, não sei como não nasceu achatada. Sério, aqueles espartilhos são o inferno! Enfim, depois disso ele pôde se divertir a vontade. O acampamento que o diga, todos ouviram a reconciliação. 
 _Mais respeito quando falar da minha mulher. –Arthur perde o controle, mas Merlin já parece acostumado. –É sua rainha.
 _Não preciso de ameaças. Você me ama! Nunca faria nada do que diz. –ele dá de ombros e Arthur desiste de falar o que for que ia dizer. –Aparentemente meus chás funcionam bem. Só teve uma noite em que ela não bebeu e olhe o que aconteceu.
 _Entendemos. Seu chá é mágico e a impede de ficar grávida. Péssimo! Agora para de dar isso para ela. –consigo entender as entrelinhas e se as coisas já não estivessem péssimas, eu já teria surtado. Ele quer mais filhos e provavelmente ela também. E estão tentando, o que me deixa completamente fora da equação. 
_Alguém sabe o caminho de volta? Já está tarde. –mudo rapidamente de assunto.
 _É só andar cem metros naquela direção. –aponta para meu lado esquerdo. –Não adentramos na floresta, só caminhamos nas beiradas. –responde sem paciência e me sinto melhor ao perceber que não é comigo. 
_Vocês são sempre assim? –eles parecem não compreender, mas recebo minha resposta com o silêncio. – Acho que sim. 
_Ainda são duas horas da tarde e você já humilhou tudo o que tinha que humilhar. Ainda tem mais coisa pra contar?- Arthur pergunta retoricamente. 
_Eu ainda nem comecei. Sei histórias que nem vocês mesmos sabem sobre um ao outro. Ela não gosta de dizer sobre o ex- namorado. –ele pisca disfarçadamente para mim. –assim como você não diz nada sobre a antiga criada de Morgana. –Os olhos de Arthur se esbugalham, incerto se realmente ouviu o que Merlin disse, e sem acreditar que isso seja realmente verdade. 
_Como você...
 _Tenho meus contatos. E se eu fosse você eu diria a ela. Não porque ela ficaria brava porque mentiu, mas porque ela ficaria com pena e... Acho que você entendeu.
 _Eu não preciso disso. 
_Tuuuudo bem. –ignoro essa última fala e me viro para ir embora, os deixando brigando atrás de mim.


Notas Finais


Ate a proxima com surpresas e a volta de muitos personagens


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