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História Lost in Time - Lost with a bad conscience


Escrita por: SulkinPettyfer e VitoriaWolf

Notas do Autor


Desculpeeem a demora gente, mas boa leitura!!!

Capítulo 48 - Lost with a bad conscience


Fanfic / Fanfiction Lost in Time - Lost with a bad conscience


_O que achou da ideia? Eu nem sabia que tinha um lago por aqui. Viu algum em sua caçada super secreta que você insiste em não me dizer nada sobre? –lanço a indireta, que ele capta imediatamente, mas só recebo um sorriso no lugar da resposta que esperava. Ele bota seus braços ao redor da minha cintura e me puxa mais para perto de si. Olho ao redor, estamos no meio do corredor, onde qualquer um pode nos ver. Se bem que poderia fazer o mesmo que fiz antes e chutar sua virilha caso alguém apareça, mas prefiro evitar essas situações.
 _Nenhum lago, nenhum rio, nada de água. –suspiro cansada. –Porque toda a preocupação? –desvio meu olhar imediatamente, incapaz de observar o brilho de seus olhos em mim. 
_Não é nada demais, só estranhei o convite. –me esquivo de suas perguntas e ele parece entender minha hesitação.
 _Tudo bem, me diga quando estiver pronta. –ele se inclina sobre mim e beija minha cabeça delicadamente. –Você tem uma hora para se arrumar, te encontro lá? –assinto e selo nossos lábios para em seguida vê-lo fechar a porta de seu quarto atrás de si.
 _Sempre soube que nunca amou Maxon de verdade, mas nunca achei que fosse assim, America, se jogando no primeiro homem rico que encontra depois de levar o pé na bunda. –sinto minha espinha estremecer ao ouvir sua voz, meu punhos cerram e tento compreender como ainda não parti para cima dela. Ao invés de pensar em todas as possibilidades de mortes que poderiam acontecer com ela, me viro lentamente, sem me deixar afetar por seu sorriso falso. 
_E porque a minha vida é da sua conta? –ela dá de ombros e começa a andar ao meu redor, como se analisasse o melhor jeito de me derrubar, mas não posso me deixar intimidar, não passei por tudo o que passei para que uma rebelde de quinta ache que possa ferrar com a minha vida. 
_Embora eu deseje que seja feliz, não posso manter um segredo como esses do rei, ou ao mesmo de Maxon, eu tenho princípios. –ela cruza os braços, ignorando minha pergunta inicial. Meu primeiro instinto é rir, e não sei se é de sua ousadia ou da burrice mesmo. Me contento com um sorriso sarcástico. 
_Os seus princípios. –faço aspas com os dedos. –englobam conspirar contra o governo e se aliar com rebeldes? –ela ameaça dizer alguma outra idiotice, mas a corto antes que possa falar qualquer coisa. –Então não venha me ameaçar. Se quiser contar sobre esse beijo, vá em frente, mas todo o palácio ficará sabendo dos seus antecedentes.
 _Isso é uma ameaça? –dessa vez não consigo resistir, gargalho mesmo. 
_Não, isso não é uma ameaça, é uma pergunta. O que acha mais grave, um beijo ou um inimigo de estado infiltrado? –ela continua em silêncio, fogo saindo dos seus olhos. –Foi o que pensei. –vou embora a passos largos. Embora só tenha dado dois, fechei a porta atrás de mim e me encostei na madeira, sem perceber os três pares de olhos me encarando. 
_Temos trabalho a fazer. –me recomponho e elas sorriem animadas.
_Então não te liberaram para curtir o dia conosco? –Aspen balança a cabeça negativamente enquanto me escolta palácio a fora. 
_Sou um guarda, America, não tenho folga só porque o sol tá no ângulo certo para vocês, garotas, se bronzearem. –mostro minha língua para ele, arrancando risadas dos dois lados. –Fiquei sabendo que May fez chilique para vir junto. 
_Sim, ela não aceitou um não como resposta. –sorrimos, provavelmente pensando em todos os momentos em que a perseverança da minha irmã nos levou para encrencas. –Queria ficar com a minha família, eles chegaram ontem, mas Dona Magda insistiu que eu deveria aproveitar. –reviro os olhos.
 _Você realmente deveria. –insiste e resolvo parar de opinar o contrário. 
Eu já tinha me perdido há bastante tempo. Estava tão empolgada em minha conversa com Aspen que não prestei a mínima intenção do lugar para onde ele me leva. Olhando para trás consigo ver o palácio perfeitamente, não muito longe, e tive a impressão de ter andado mais, mas não, ainda estávamos perto, apesar de eu já conseguir ver as água na minha frente. Olho ao redor na tentativa de me localizar. A minha diagonal, está o palácio, os jardins ao seu redor, o muro da propriedade ao longe e os campos verdes no meio do caminho. Eu sempre achei que a floresta ocupasse todo o resto da fronteira, mas esse pequeno espaço, escondido de mim todo esse tempo, sempre esteve ali.
_Onde estão todo mundo? –pergunto ao notar que não há mais ninguém ali além de nós. 
_Acho que até os homens demoram mais para se arrumar do que você. –aproveito a oportunidade para me jogar na água. 
Aspen se encosta na árvore mais perto, e mesmo que ria da minha tentativas falhas de nadar elegantemente, ele ainda tem que estar de olho nos arredores para garantir minha proteção. Depois de sete anos em Camelot tive que aprender que água marrom não é sinônimo de suja, e olhando para a que me encontro, me lembro de lamaçais e pântanos onde tive que entrar, então essa é um paraíso para mim. Tentava, miseravelmente a propósito, descobrir até onde eu poderia ficar em pé quando ouvi o som do movimento na beirada. Sorrio ao ver Arthur e Merlin, pela primeira vez no dia sem brigar, caminhando em nossa direção parecendo mais perdidos do que eu. O guarda que os acompanhava cumprimenta Aspen e lhe rouba a sombra sob a copa das folhas. 
_America! –Arthur grita apavorado quando começo a sair da água. –Será possível?! De novo?!-muitas palavras saem da sua boca no mesmo momento, a maioria incompreensível para mim. – Onde estão suas roupas? –olho para mim mesma, por um momento realmente acreditando que eu estava sem nada.
 _Estou usando. –sorrio só para provocá-lo e ele fica vermelho do que não sei distinguir se é vergonha ou raiva. Ele segura meu braço e me puxa para um canto, que por estarmos em um campo aberto, não existe. 
_Por favor, será que pode vestir uma roupa? –implora. –Não quero que eles te vejam assim. –olho por trás de seu ombro, e realmente os três nos encaravam, mas ponho a culpa em seu surto melodramático, não em meu biquíni. –Será que vou ter que duelar por sua honra com mais alguém? _Isso é um traje de banho. –Merlin intervém na conversa. –É usado em piscinas e na praia. –explica para a cara de confuso do amigo.
 _Piscina? O que é uma piscina? Ele está me xingando, America? –abro um sorriso e começo a respondê-lo antes que Merlin possa dizer mais alguma besteira.
 _Não, Arthur. –ele parece mais relaxado. –Não se preocupe, eu esqueci de comentar essa parte com você, mas isso é completamente normal por aqui, portanto não precisa lutar pela honra de ninguém. _Certeza? –ele não parece muito certo. 
_Sim, agora tira essa camisa e vamos para água. Não demorou para que todo o resto aparecesse e os guardas resolvessem que não corríamos perigo algum e nos deixassem sozinhos. E quando digo isso quero dizer que Maxon os expulsou educadamente. Quando Kriss apareceu ao lado de Maxon, pude senti a cotovelada no ombro, nada sutil, que meu marido fez questão de dar. Fiz uma cara de dor e ele se desculpou. Dei de ombros, na maioria das ocasiões ele não conhece a própria força.
 _Porque o seu não pode ser como aquele? –ele balança a cabeça em direção da futura princesa, que tenta desesperadamente fugir da água, enquanto o noivo, já impaciente, a deixa de lado para entrar, deixando, pela primeira vez desde que descobri, as cicatrizes à mostra para todos. Senti uma ponta de orgulho, mas não podia dizer isso no momento. 
_Eu não sei. – ele não fica satisfeito com a minha resposta, mas eu tenho o trunfo, que acabara de aparecer em seu biquíni vermelho fio dental. – Agradeça que não é como aquele. –aponto discretamente para Celeste que chegava desfilando pela grama. A feição de Arthur muda de susto, para choque, para horror e tantas outras coisas que a deixaram impagável. 
_Eu amo esse século! –me assusto ao ouvir o sussurro atrás de mim. Me viro rapidamente para ver o olhar abobado de Merlin em direção da modelo, que precisou de ajuda para conseguir terminar o caminho devido ao salto alto. Ele começa a nadar desajeitadamente em direção da borda do lago, mas os braços de Arthur o impedem de se mover.
 _Tem certeza que quer fazer isso? –indaga.
 _Olhe bem pra ela. – e assim fazemos. – É claro que não tenho certeza. – ele consegue se desvencilhar do amigo e chega ao lado da garota bem no momento em que o guarda a escoltando não consegue a impedir de escorregar. 
_Você ama esse século? –ele parece notar que minha pergunta esconde mais do que a simples curiosidade. Essa é minha casa meu tempo e embora eu ame Camelot e todo o tempo em que passei lá, não quero viver o resto da minha vida longe da minha família e morrer sem eles ao meu lado.
_Eu amo você, seja aqui ou lá. 
_Acha que conseguiríamos trazer nossos filhos para cá? –ele abaixa a cabeça, triste, e sei que a resposta não é boa.
 _Posso não saber o que acordo que fez para nos trazer aqui, mas se tem algo que sei é que toda magia vem com um preço. Eu não pertenço a esse lugar, assim como você não pertence ao meu tempo. Eu não... –ele começa a se embolar com as palavras, mas entendo o que quer dizer.
 _Eu sei. –nenhum dos dois parece muito satisfeito com o rumo que a conversa tomou e eu provavelmente já deveria ter imaginado que uma hora isso aconteceria. O velho na caverna me disse que haveria um preço e eu sempre soube que meus dias aqui não passavam de uma visita, mas se existe um jeito de se tornar permanente, eu preciso saber. –Vamos nos juntar a eles. Depois pensamos nisso. 
Pego uma das muitas boias flutuando na água e tento entender sobre o que conversam. Merlin não sai do lado de Celeste, que não parece muito irritada com o admirador. Depois de dar em cima do meu marido e descobrir que ele é casado e acreditar que se casaria com Maxon, acho que ela se sente muito bem tendo outro homem se jogando aos seus pés. Só me surpreendo de ser um único. Kriss me lança seu melhor olhar seco quando vê que nos aproximamos. A ignoro por completo sem me importar em ser rude. Arthur me olha com um claro ponto de interrogação nos olhos e simplesmente sussurro que explico depois. 
_E você, Arthur, acompanhou nossa história de amor? –Kriss se vira para meu marido, que segura minha mão por baixo da água. Por um momento gelo e repasso todas as conversas que tivemos sobre meu ex-namorado para ver se alguma vez citei a seleção. 
_Me desculpe, eu não fiquei sabendo de nada. –dá de ombros sem muita importância, mas Kriss parece em choque por um duque na Inglaterra não ter ouvido sobre a competição. –Por quê? Eu deveria? Porque a relação de vocês seria televisionada, porque não vejo outro jeito de poder acompanhá-la. 
_Sim, ela foi. –Maxon tenta, claramente, esconder o desconforto enquanto Kriss se aproxima para explicar para meu marido como funcionam os casamentos reais de Illéa. Ninguém pareceu querer me mencionar, Celeste talvez por achar que ainda ame Maxon, Maxon por prometer não dizer nada para Arthur, Arthur por não saber sobre o quer Kriss explicava e Kriss por notar meu olhas assassino. 
_É uma ótima ideia! –meu pescoço se move tão rápido que nem sabia que era possível. Espero que ele continue falando e explique que é uma brincadeira e que realmente não ache isso de verdade. – Acho que vou criar uma para meu filho. O que acha, America? Conhece minha esposa, acha que aprovaria esse projeto? –todos os olhares se viram para mim, por um momento perco o dom da palavra, mas me recomponho. 
_Ela faria a mesma coisa que fez quando descobriu que estava grávida. –respondo venenosa, e isso parece suficiente para ele entender. 
_Então sem seleção para meu filho. –sorrio satisfeita. Maxon me lança um olhar indecifrável, quase como se soubesse do que eu estava falando. O encaro de volta por um momento para compreender o que estava acontecendo ali que eu não compreendia. 
_Você contou para ele sobre nós. –ralho em baixo tom na esperança que os outros estejam entretidos demais na conversa para prestar atenção em nós. –O que mais ele sabe que eu não sei? – ele para de me encarar e lança um olhar aflito para outra pessoa, Merlin provavelmente, mas me coloco no meio entre os dois, o impedindo de pedir ajuda. 
_Será que algum dia poderíamos visitá-lo em sua casa? Adoraria conhecer sua esposa! –Kriss o salva da minha pergunta, mas continua tentando me complicar. Fico em dúvida se ela sabe que ele não tem uma esposa de verdade, ou se acha que tem e a está traindo comigo. Independente do que for, não é bom.
 _Claro, ela adoraria. -responde ainda por fora da conversa, mas preocupado comigo e minha súbita irritação. 
_Como vocês se conheceram? Ela foi seu primeiro amor? –o bombardeia com perguntas. Ele, de inicial, não responde, me observa como se tentasse recuperar ar e coragem para fazer algo. 
_Não. –ele olha diretamente para mim. –Ela não foi meu primeiro amor. –olho ao redor tentando procurar o alicerce que antes me amparava, e a única coisa que encontro é o olhar de Merlin em direção de Arthur e suas palavras sibiladas. “Continue, você está indo bem.” Eu com certeza não diria que isso é estar indo bem, mas Merlin possui um conceito errado sobre a maioria das coisas. – Nunca se perguntou como conseguiu um emprego com minha irmã tão fácil? Pode discordar, mas é considerado um dos de mais prestígio.
 _Alguém entendeu o que acabou de acontecer? –Celeste pergunta para qualquer um, o que faz com que eu e Arthur, que estávamos nos encarando em uma batalha silenciosa há minutos, nos separássemos. 
_Ela era criada da minha irmã e eu uma criança a procura de uma aventura. Sabe quando dizem que uma pessoa é perfeita para a outra, que um traz o melhor do outro à tona? –eles assentem, absortos na história. Eu entre eles. –Ela era boa, nunca conheci uma pessoa com um coração tão grande, até que eu apareci na sua vida e a puxei para todo caminho errado possível, a fiz escolher todas as opções errôneas. Eu suguei seu lado ruim para fora, mas ela não conseguiu extrair nada de bom de mim, pelo menos não antes do meu pai descobrir sobre nós e a mandar executá-la. –nesse momento pareceu que todos os pássaros pararam de piar, o vento parou de bater nas folhas e a água já não mais balançava. O lugar ficou em uma quietude nunca vista, todos digerindo a informação. Todas às vezes em que ouvi Arthur dizendo consigo mesmo que não deixaria que isso acontecesse de novo, todas as vezes em que Uther ameaçou fazer a mesma coisa comigo, eu nunca soube. –Então eu prometi para mim mesmo que não cometeria o mesmo erro, não deixaria que outras pessoas pagassem pelos meus erros. Até que ela apareceu e a história quase se repetiu dezenas de vezes. _Ela era uma criada também? –Kriss quebra o silêncio e o loiro assente. –Você parece gostar das empregadas. –ela olha diretamente para mim e preciso de toda a minha força de vontade para não afogá-la nesse momento.
 Olho para Arthur em busca de qualquer coisa que possa me dizer o que está se sentindo, mas não encontro nada além da tristeza por ter de reviver o momento, e ao olhar seus olhos, o brilho desaparecido, eu entendo. Toda a raiva que antes sentia por ela por ter me guardado esse segredo, se esvai imediatamente. Como posso pedir que ele seja um livro aberto quando eu tenho uma névoa de escuridão me escondendo de todos? Desde criança sonhei sem ser amada e cumpri meu sonho nos últimos anos, em cada palavra, em cada ato, em cada presente e em cada sorriso, mas foi só nesse momento que percebi que Arthur possui o mesmo sonho e que eu estava falhando miseravelmente nele. Para construir uma relação é preciso mais do que querer ser amada, é preciso amar, em todos sentidos possíveis, e em um deles eu sempre falhei. Sorrio para ele, para que saiba que não me importo com isso, o passado é passado, é onde deve ficar. Já escondi coisas demais e já não sei dizer quem sabe a verdade e aqueles que não sabem. Porque sempre acaba com a verdade, e, se não for eu a dizê-la, então o fim realmente será o fim.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e ate os comentarios!


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