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História Lost in Time - Lost as an outsider


Escrita por: SulkinPettyfer e VitoriaWolf

Notas do Autor


Eu queria guardar pra fazer maratona mas eu nao suporto esperar kkk entao boa leitura!

Capítulo 58 - Lost as an outsider


Fanfic / Fanfiction Lost in Time - Lost as an outsider

Pov Arthur

      O dia estava maravilhoso até Merlin ter aparecido. O momento em que durmo é o único quando posso esquecer todos os meus problemas e frustrações, quando a imagem de America beijando outro homem não me vêm em mente e quando Morgana não continua seus esforços para arruinar minha vida. Ele parecia feliz demais, animado demais para meu mau humor. Chegou abrindo todas as cortinas, deixando que a luz do sol entrasse e me retirando da cama a força. Não preciso dizer que estava extremamente irritado. E com sono. Não passei a noite acordado trabalhando como disse que faria na noite anterior e realmente espero que todos tenham acreditado, porque não estava a fim de ter de explicar para America o motivo de não ter dormido ao seu lado.

       _As crianças vão acordar em alguns minutos e tenho certeza de que adorariam ver você.- paro de resmungar imediatamente e pulo da cama, Merlin joga para minhas roupas e em poucos minutos já estou na frente da porta, esperando ansioso. 

     Eu não deveria estar assim, deveria? São meu filhos, é claro que se lembram de mim, é claro que me amam e me receberão de braços abertos, mas porque tamanho nervosismo? Estava ferido e a beira da morte, eles com certeza entenderão, não? Olho para Merlin em busca de ajuda, sem entender exatamente porque ainda não havíamos entrado, então quando America apareceu correndo pelo corredor, segurando a cauda do vestido com as mãos e com a cabelo desgrenhado, entendi. Abri um sorriso, na esperança de que quando encontrássemos nossos filhos finalmente poderíamos nos entender e voltar ao que um dia já fomos, mas meus lábios se fecharam imediatamente quando notei a figura atrás dela. Maxon não parecia muito animado, mas olhava admirado em todas as direções. Tentei conter minha carranca, mas não consegui. 

      _O que está acontecendo com vocês dois?- Merlin sussurra para mim antes que os dois cheguem. O olho abismado, tentando decifrar se está falando sério ou se não basta de uma de suas muitas brincadeiras. Estreito os olhos, mas ele continua me observando enquanto espera uma resposta.

       _Você não se lembra?- ele nega, hesitante.- Ela beijou ele. Eu vi, chorei, e decidi esperar que ela me contasse o que aconteceu. E ela não fez isso ainda.- não pude continuar porque ela havia acabado de parar ao meu lado. Me virei, sem olha-la, mas vi de reslaio a expressão de Merlin, uma mistura de descrença e traição, a mesma que fez quando me encontrou despedaçado. 

       _É claro que eu me lembro.- murmura depois, mas sem convicção.

       _Se lembra do que?- ele tem dificuldades em encara-la. Ele olha para mim em busca de ajuda, mas eu não tenho nada a dizer. Ela continua me observando, esperando que eu diga alguma coisa, mas não respondo.

      _Vou entrar lá.- Merlin intercede, sentindo o clima tenso entre nós. A ruiva olha para o chão, triste, e mesmo que todos os meus músculos me digam para abraça-la, dizer que tudo ficará bem e perdoa-la por qualquer idiotice que tenha feito, me retenho. 

        Não vejo o que acontece do lado de dentro, mas ouço as gritarias, as risadas e os passos. Hesitante, coloco a cabeça para dentro da porta, o mínimo para ver o que estava acontecendo mas sem que eles me notem. Davi estava grande, e quando digo grande, quero dizer grande. Ele sempre foi uma criança pequena e fraca e mesmo que eu tentasse desesperadamente ensina-lo a segurar uma espada, ele não a aguentava. Me frustrava na maior parte do tempo, mas acho que isso faz parte de ser pai. Mas agora, bem, ele estava alto e esguio, parecia mais saudável do que jamais esteve e segurava a irmã no colo, o que já me dava a ideia de que a espada era leve para ele no momento. Ele ainda tinha meus cabelos loiros, mas dessa vez muito maiores, como se não tivesse cortado durante todo esse tempo. E Brenda, bem, ela podia ter menos de quatro anos, mas já era maravilhosa. Seu sorriso me cativou nos poucos instantes em que a observei escondido, seu cabelo ruivo, antes parecido com o da mãe, se tornou mais claro, mas nem por isso menos bonito. Seus olhos eram de tamanha alegria e soube naquele momento que ela arranjaria muita confusão por onde passasse. 

       _Por favor, Tio, conte para ela sobre o desmaio do papai. Ela não quer acreditar em mim.- Merlin se senta entre os dois na cama.

       _Seu pai é um perfeito idiota.- Brenda ameaça dizer alguma coisa, mas Merlin a mantém silenciosa, mesmo que balançando os pés nervosamente.- Ele realmente desmaiou e brigou com sua mãe por ter ficado grávida.- ela parecia ofendida.

        _Meu pai era um guerreiro, ele não desmaiaria!- retruca enquanto desce da cama e pega o cabo da vassoura, o girando pelo quarto enquanto fingia atacar inimigos invisíveis. 

     

     Um sorriso instintivo e de orgulho se abriu em meus lábios. Alguns podem achar isso um absurdo, mas quando a vi, com pouco menos de quatro anos de idade imitando uma batalha, me senti vivo, como se tudo o que eu tivesse feito até aquele momento finalmente tivesse feito algum sentido. Tive de vontade de correr e abraça-la, dizer que estava orgulhoso e tentar defender o meu lado da história, porque Merlin com certeza os jogou contra mim, mas me contive.

      _Você nem se lembra dele!- Davi retruca.

      _É claro que me lembro.- teima.

       _O que está acontecendo?- America tenta me empurrar para olhar o que acontece. Sorrio e me afasto.

        _Ela... eu não acredito nisso!- sussurra abismada sem tirar os olhos do vão.- Ela está...

        _Lutando contra pessoas invisíveis? Sim!- se eu fosse America nesse momento provavelmente estaria pulando de alegria e batendo palminha, mas me contentei com um sorriso de orelha a orelha. Conseguia ouvir as risadas de Merlin e outra que imaginava ser de Davi, mas mesmo assim ela não parou. Não pareceu se importar com o que as pessoas diziam, tinha uma expressão concentrada no rosto e não parecia nada cansada.

     _Me empresta sua espada?- paro o primeiro guarda que passa por nós. Depois de me reconhecer e fazer uma reverência assustada, me entregou a arma rapidamente.

       _Você não vai fazer isso!- America se coloca entre mim e a porta.

       _Fazer o que?- Ignoro Maxon completamente.

       _Ela é uma criança, Arthur!- tenta me convencer, mas já estava de saco cheio.

       _Uma criança que, como você acabou de ver, será uma guerreira quando crescer e quem melhor para ensina-la do que eu?- a empurro para o lado o mai delicadamente possível e abro a porta lentamente. 

      Merlin me vê primeiro, então enxerga a espada em minhas mãos e entende o que quero fazer. Solta uma gargalhada e vira Davi para o outro lado, para observar a irmã, assim consigo atravessar o quarto sem que ninguém me note. 

       _Eu conheci essa mulher uma vez, era uma lutadora nata!- Merlin começa e os dois param de fazer o que faziam para lhe dar ouvidos.- A casa dela havia sido destruída por um monstro.

       _Como era? Tinha asas e muitos dentes? Soltava fogo pela boca?- Brenda se empolga e reprimo um riso.

       _Ele tinha cara de sapo.- sorrio internamente.- Seus pelos eram loiros e ele fedia como esgoto.- ele olha de relance para mim e capta meu dedo do meio.- Mas ele se apaixonou pela guerreira, ela era maravilhosa e acredito que por um tempo realmente o amou, mas chegou um dia que ela percebeu que ele era um mostro e que não poderiam ficar juntos. Ela chamou um cavaleiro e lhe prometeu sua mão se ele matasse o monstro.- a essa hora eu já estava me esgueirando pela lateral da cama, quase que me rastejando pelo chão. Não consegui deixar de notar as semelhanças entre a história de Merlin, e o amaldiçoei mentalmente. Talvez ele soubesse que isso iria me irritar.-Então ele descobriu sobre a traição e...

       _Atacou.- rugi e ataquei. 

       Não como eu atacaria um soldado, nem como eu geralmente chegaria para abraçar meus filhos, foi único. Ela se virou, petrificada, teve tempo só de levar p cabo da vassoura para o alto e a ponta da espada simplesmente o partiu em dois. Ele olhou para a madeira quebrada, em silêncio, e depois me olhou, tentando entender quem era o lunático que havia acabado de quebrar sua vassoura favorita. Ela estava tão fofa que tive vontade de apertar suas bochechas, mas tive a impressão de que isso a irritaria. Ela logo semicerrou os olhos e sorriu de canto para logo pular em cima de mim. Não tenho vergonha de admitir que tropecei e caí, distraído, enquanto ela fazia cócegas. Eu me remexia de um jeito que não achava possível acontecer, mas ela não saia de cima de mim. Sua risada era música para meus ouvidos e logo percebi que tentar tira-la dali não seria meu objetivo. Vi de canto de olho America e Maxon já dentro do quarto, alarmados pela confusão mas logo aliviados por ver que não havia acontecido nada errado. 

         _Se rende?- ela grita para mim.

         _Nunca!- pego um dos travesseiros que haviam caído no chão e o jogo nela. Ela se calou e por um momento achei que a tivesse machucado. Havia esquecido por um momento que ela só tem três anos de idade. Então começou a gargalhar em minha barriga e caiu no chão, ainda sem conseguir parar de rir. Me levantei, ainda respirando ofegante e levantei parcialmente a blusa para ver o ferimento, que por ainda não ter cicatrizado por completo, doía.

         _Foi por isso que foram embora?- ouço uma voz manhosa atrás de mim e me viro para ver Davi me encarando. Ele amadureceu tanto, mas continua sendo uma criança de dez anos, uma criança que viu os pais o abandonarem e teve de suportar um ano e meio sem ter notícias. Eu não conseguia imaginar pelo o que passou nesses anos, tendo de fazer companhia para a irmã ainda pequena.

        _Nenhuma desculpa será suficiente para mostrar o quanto sinto muito por ter deixado vocês.- me agacho para ficar do seu tamanho e olho diretamente em seus olhos, na esperança que perceba todo o meu sofrimento por ter partido.

        _Seu pai quase morreu.- America se senta ao nosso lado, com lágrima nos olhos e Brenda se aconchega em seu colo enquanto a mãe a abraça. Ela faz uma careta, como se abraços não fossem sua demonstração de afeto favorita, mas não dai dali.- Não podíamos voltar enquanto não se recuperasse.

       _Podia ter ficado aqui. Gaius teria cuidado de você!- Davi tenta esconder as lágrimas e sei que sou o principal motivo para isso. Puxo sua mão, que limpa as gotas, e lhe lanço um olhar terno.

       _Gaius não poderia ter me ajudado, ninguém em Camelot poderia.

       Merlin pigarreia, sentindo a tensão se instalar e se levanta da cama. 

       _Acho melhor eu ir.- abaixa a cabeça e ameaça sair, mas o chamo antes.

      _Pode ficar.- ele abre um sorriso.- É parte da família.- seu sorriso se alarga e ele se acomoda na cama novamente.

     Olho para a porta, já nem lembrava do homem parado na entrada e bufei, o mais discretamente possível, quando o vi. Ele não pareceu ter notado, parecia mais interessado em observar minha família, sorrindo feliz e finalmente reunidos, o que ele queria e não pode ter. Não me viu o observando, parecia hipnotizado, mas quando finalmente moveu o olhar, me viu, e soube exatamente o que meu rosto sério estava querendo dizer. Ele não era bem vindo ali.

 

Pov America

 

      _Eu não sabia que notícias corriam tão rápido.- Arthur comenta abismado observando os membros de seu círculo privado, que haviam vindo de todos os cantos do reino para ver o rei que havia retornado. Não fazia nem dois dias que havíamos retornado e Camelot nunca esteve tão lotada.

       _Todos querem ver os reis. Acreditaram que estavam mortos, choraram por meses por suas mortes e agora estão de volta! É um milagre para eles!- não prestei atenção em qual dos senhores dizia isso, estava ocupada demais atenta na criada que servia os lordes, inclusive meu marido. 

     Embora quisesse ter passado meu dia ao lado do meu filho, eles tinham lições a aprender e tutores para irritar e nós tínhamos uma pilha enorme de documentos para atualizar e muitas conversas com Merlin e os senhores de terra para descobrir sobre o paradeiro de Morgana nos últimos anos e sobre safras de milho e sei la mais o que plantamos. A tarde foi um completo tédio, eu geralmente adoraria passar meu tempo com eles, discutindo táticas de guerra e tudo, mas nesse momento eu só pensava em correr para minhas crianças.

       _Se me permite, Majestade,- a criada, agora ao lado de Arthur, enche sua taça com um sorriso sedutor- Eles não se importam com o motivo para seu desaparecimento, o senhor está de volta e eles agradecem aos deuses por isso.- Arthur sorri satisfeito ao meu lado e tenho vontade de vomitar.

     Eu achei que fosse idiotice minha no começo, que estava sendo paranóica, mas enquanto a reunião se desenrolava, vi que estava certa. A mulher era bonita, tenho de admitir, dezenove anos no máximo o que significa que a essa altura já devia estar casada e não dando em cima de homens casados. Não dando em cima do rei, pelo amor de deus! Ninguém parecia notar, mas como notariam se estavam entupidos em bebida? Mas nem uma gota de álcool havia passado pela boca de Arthur e ainda assim ele parecia alheio a tudo. Eu sentia meu estômago formigar, meu coração batia loucamente e achei que estava pirando. Eu normalmente não sentiria ciúmes, criadas sempre tentaram seduzi-lo desde muito anos de ter me apaixonado por ele, soube que teria de suportar isso em nosso casamento, mas agora, bem, as coisas são diferentes. Ele não conversa comigo, não olha para mim, não sorri, mas a trata com mais educação do que merece nesse momento.

       _Eu não gostaria de ser ela nesse momento. Se seu olhar matasse ela já estaria na cova.- Merlin sussurra para mim enquanto os dois trocam algumas palavras que passaram despercebidas por mim.- Fale com ele, resolva isso logo antes que seja tarde demais.

 


Notas Finais


PROXIMO CAP ELES FINALMENTE VAO "CONVERSAR" e sabemos que dessa conversa coisa boa nao vai sair


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