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História Lost Lovers - NamJin - Outdoor


Escrita por: Makita_Kiyo

Notas do Autor


Demorei mas eh pq eu não tenho pc em casa mais, e foi uma luta pra postar hj

Tbm é pq eu estou trabalhando em um projeto novo muahahahaha (*quem quiser saber mais é só ler as notas finais)

Boa leitura o/

Capítulo 14 - Outdoor


Fanfic / Fanfiction Lost Lovers - NamJin - Outdoor

 

 

- Nammie... - falei manhoso e subi em cima de seu tronco. - Acorda. - dei um selinho na sua boca.

- Hm... - "disse" manhoso. - Eu podia me acostumar com isso. - sorriu sem mostrar os dentes.

- Bom dia pra você também. - sorri e me apoiei no colchão para me levantar, mas Namjoon circundou os braços ao meu redor me impedindo de sair de perto de si. - Me solta, Nam! - pedi rindo.

- Que horas são? - perguntou sonolento.

- É hora de nos arrumarmos para ir à escola.

- Ah não... Só mais cinco minutinhos, vai...

- Aish, Namjoon. - achei graça de sua infantilidade. - Vamos logo.

- "Namjoon"? O que aconteceu com o "Nam"?

- Enquanto não levantarmos não vai ter "Nam" nenhum, Namjoon. - tive que apelar pros apelidos, se não ele ficaria aqui comigo até amanhã.

- Já to de pé. - me soltou e levantou de supetão da cama, o que me fez rir.

- Só você mesmo. - me sentei na beirada da cama e me pus de pé.

- Jin, você está andando normal. - falou sem deixar de abrir um sorriso. - Como isso aconteceu tão rápido?

Ele definitivamente não precisa saber sobre a pomada..

- Eu não faço ideia... - dei de ombros. - Mas o importante é que estou bem agora. - sorri caminhando para a porta do quarto.

- Aonde vai? - perguntou enquanto separava o seu uniforme.

- Para o quarto me arrumar, te vejo lá embaixo. - sorri.

Que pomada milagrosa! Não sinto mais nada! Quero dizer, quase não sinto mais nada. Ainda sinto dor, mas agora está digamos que suportável - pelo menos eu posso andar sem desabar no chão. Vou levar essa pomada pra minha vida!

Já no meu quarto eu fui em direção à mala e peguei meu uniforme. Falando em mala, tenho que lembrar de transferir minhas roupa para o guarda-roupas mais tarde. Será que meu braço ainda está roxo? É, está. Que saco... Tsc, nesse calor ir de blazer de novo... Acho que vou tomar um banho pra ajudar a dar uma refrescada.

Banho tomado, higiene pessoal feita, uniforme vestido, agora só faltava tomar o café da manhã. Desci as escadas e me deparei com um Namjoon usando a cafeteira. Ele já estava pronto, e sinceramente eu achava que ele demorava mais para se arrumar por conta desse topete que ele faz no cabelo.

- Caralho! - exclamou e deu um pulo quando cheguei por trás e toquei em seu ombro. - Caramba, você me assustou! - pôs a mão no peito e suspirou pesado.

Gargalhei.

- Desculpe! - tomei fôlego e olhei para a mesa posta com duas tigelas fundas, colheres, uma caixa de cereal e uma caixa de leite. - Onde pego uma xícara?

- Ah, já fiz seu café. Aqui. - me entregou um dos copos que ele havia posto ao lado da cafeteira.

- Nossa, obrigado. - sorri.

- Vamos comer para já podermos sair.                               

- Boa ideia.

 

~

 

- Temos a primeira aula juntos, não temos? - ele me perguntou assim que chegamos à escola.

- Aham. História, não é?

- Isso, vamos deixar as coisas nos armários para podermos ir para a sala de uma vez.

- Ok.

Passamos no meu armário primeiro e depois fomos ao dele. No caminho não encontramos nenhum dos meninos, ainda bem - eu acho. Não queria ter que me explicar com eles, pelo menos não ainda. Não quero que eles saibam que fui estuprado pelo meu ex-namorado doente.

- Jin, por que está com esse casaco de novo? Agora que me caiu a ficha.

- Ainda estou roxo, por isso.

- Você vai passar mal mais uma vez, Jin. - me alertou preocupado.

- Eu peço para o professor me liberar umas duas vezes para eu ir ao banheiro tirar o casaco por uns minutos.

- É melhor não.

- Ué? Por quê? - franzi o cenho.

- Acho melhor você ficar por perto. Imagina se você desmaia lá fora? Eu quero poder cuidar de você.

- Não sou uma criança, Nam.

- Sei que não, mas sei lá...

- Vai ficar tudo bem, relaxa. Não é como se eu fosse desaparecer também, né? Se eu desmaiasse ali fora alguém certamente me levaria à enfermaria.

- Verdade...

Depois daquilo ele não disse mais nada. O Namjoon não precisa ser tão grudento comigo. Primeiro ele me leva pra morar com ele, agora ele não quer me deixar ir aos lugares sozinho? Como assim?

O professor chegou, começou a falar sobre a época em que o Japão dominou a Coréia e quis transformá-la em meio que um "Japão dois". Ele falou também sobre a criação recente do hangul há pouco mais de cem anos, e que antes a Coréia utilizava o sistema chinês de escrita, mas falava coreano como falamos hoje e tals.

Como eu havia prometido ao Namjoon, interrompi a aula do professor a primeira vez dizendo que precisava ir ao banheiro, e fui mesmo. Chegando lá eu tirei a jaqueta e joguei uma água nos braços só pra refrescar, esperei uns cinco minutos e vesti a peça mais uma vez, retornando à sala em seguida.

Da segunda vez que chamei a atenção do professor ele me fuzilou com um olhar mortal quando pedi para ir à enfermaria. Namjoon me olhou preocupado, mas sussurrei que era apenas uma desculpa para sair e me refrescar. Jaebum veio falar comigo, mas nada demais. Engraçado que ele sempre está por perto, de um jeito ou de outro - na aula de química ele até se senta perto de mim de de Namjoon.

O restante do primeiro tempo foi tedioso - não que o começo tenha sido empolgante, mas eu havia deixado o pobre homem terminar de dar sua aula sem mais interrupções. Quando o sinal indicando o intervalo soou eu comemorei internamente, mas ao mesmo tempo chorei internamente também. Agora eu encontraria os meninos, não havia saída.

- Ai ai. Vamos indo? - Namjoon me chamou assim que levantou de sua carteira.

- Claro.

 

~

 

- Jin! Que bom que veio! Melhorou? Namjoon disse que você passou mal na aula segunda-feira.

- Oi pra você também, Hoseok. - disse Namjoon se sentando, e Hoseok apenas revirou os olhos e voltou a fitar-me.

- Estou melhor sim, não foi nada de mais.

- É, nada de mais. - Namjoon disse irônico e me olhou com uma cara de "eu ainda mato aquele filho da puta".

- Ok então. Se precisar de algo é só falar.

- Agradeço. - sorri. - Cade seu namorado? É... Jimin, certo?

- Isso. - sorriu. - Ele tá na fila da cantina comprando um lanche. Falando em lanche, não vai comprar o seu, Namjoon?

- É mesmo, até tinha esquecido. - respondeu ele. - Já volto. - olhou pra mim e sorriu de leve.

Ele se levantou e foi em direção daquele formigueiro mais conhecido como fila do lanche.

- Jin, você e o Namjoon estão namorando?

- O que? N-Não.

- Você hesitou. - me olhou com aquela carinha.

- Não estamos namorando não, é sério.

- Então estão de rolo. - desviei o olhar, corado. - Ah há! Eu sabia!

- Tá tão na cara assim?

- Na cara? Tá é num outdoor mesmo. Dá pra ver como ele te olha, Jin. É engraçado que um encara o outro sem nem ao menos perceber.

- Não espalhe, por favor... Não temos nada sério.

- Pra que eu vou espalhar isso? Não tem nem porquê.

Fiz uns segundos de silêncio enquanto eu observava Hoseok dar uma sugada em seu suco de caixinha.

- É sério que encaramos um ao outro? - perguntei meio envergonhado.

Ele riu.

- Seríssimo. Ah, eles estão vindo.

Namjoon se sentou do meu lado de novo e Jimin se sentou ao lado de Hoseok. Ambos estavam com um sanduíche, a diferença era que o do Jimin parecia ser integral e o do Namjoon não.

- Quer? - ele me ofereceu um pedaço do seu lanche.

- Não, obrigado. - levantei minha vasilha e chacoalhei-a. - Pêras. Aceita?

- Obrigado. - negou dando uma mordida no sanduíche.

Jimin comia o seu e bebia do suco do namorado vez ou outra. Hoseok também dava um jeito de beliscar o lanche alheio algumas vezes.

- Alegrem-se, eu já cheguei. - disse Yoongi se sentando conosco.

- Convencido. - disse Namjoon.

- Nossa, desculpa. Nem vi você ai, meu brilho te ofuscou.

- Tá atacado hoje, hein. - disse Hoseok.

- É, o que houve? - indagou Jimin.

- Nada não. Eu só peguei a mina mais gata do colégio.

- A Nayeon?! - exclamou Hoseok.

- Que? Sai fora daquele demônio. To falando da Momo.

- Aquela gêmea japonesa que faz química na nossa sala? - perguntou Namjoon apontando para mim e para si próprio no "nossa sala".

- A própria.

- Hm... Não conheço. - disse Jimin.

- Nem eu. - pronunciou Hoseok.

- Opa, que que vocês estão fofocando aqui? - Taehyung brotou do chão abraçando Jungkook.

- Yoongi pegou a Momo. - falei breve.

- Aquela japonesa? - perguntou Taehyung, curioso.

- E tem outra Momo na escola? - Yoongi disse e revirou os olhos.

- Mas pensei que era gay, Yoongi. Naquele dia na boate eu vi você se agarrando com um cara.

- Na verdade eu sou bi, Jin. E Namjoon é pan.

- Pan?

- Pansexual. - eu ainda o fitava confuso, e ele suspirou. - É quando não se liga para o sexo da pessoa, o que importa mesmo é a sua alma, o seu jeito.

- E isso não é ser bi?

- O bissexual gosta tanto de homens quanto de mulheres, já o pan não liga para o gênero. É a mesma coisa que diferenciar um ateu de um agnóstico, é sempre mais fácil para um agnóstico dizer que é simplesmente ateu do que ter que explicar o que é um ser agnóstico. Entende o que eu quero dizer?

- É... Não.

- Um ateu não acredita em nada. Já um agnóstico acredita em algo, mas não segue nenhuma religião. Pra não ter que ficar explicando toda hora ele simplesmente fala que é ateu. O pansexual diz que simplesmente é bi para não ter que ficar explicando sempre, sacou?

- Ah... Agora sim. - continuo não entendendo, mas foda-se.

- Jin, vamos à biblioteca comigo?

- Kim Namjoon indo à uma biblioteca? Em que mundo estamos?

- É que eu quero pegar um livro de história, Taehyung.

- História? Não me lembro do professor ter pedido para pegarmos algum livro.

- É que eu estou curioso sobre um assunto, Jin.

- Ah, vamos lá então. - disse me preparando para levantar da mesa. - Até mais, pessoal.

Os meninos acenaram quando eu e Namjoon levantamos da mesa e fomos para fora da cantina. Viramos à esquerda e seguimos até o final do corredor, justamente onde era localizada a biblioteca. Era minha primeira vez lá dentro então me permiti olhar os detalhes com atenção. A recepção era perto da porta, no centro havia algumas fileiras de computadores, mesas de estudo em grupo, nos cantos haviam muitas prateleiras repletas de livros.

- Em qual setor está o livro que você quer?

Ele não me respondeu com palavras, mas apontou para o setor mais ao fundo. Não tinha percebido antes, mas nos fundos da biblioteca havia uma porta dupla que dava acesso aos fundos da escola, e Namjoon me levou pra lá. Assim que pisamos no "pátio" senti suas mãos em minha barriga me envolvendo num abraço.

- Seu mentiroso. - falei brincalhão. - Arrumando desculpas para me sequestrar.

- Eu só queria ficar sozinho contigo um pouco. - riu anasalado e pude sentir sua respiração bater em minha nuca.

- Moramos na mesma casa, Nam. - ri. - Podemos passar o dia todo juntos.

- Mas é empolgante ficar assim na escola, não é?

- É, tenho que admitir. - sorri, me virando de frente pra ele. - Mas não se acostume com isso. - o repreendi antes de lhe puxar para um beijo.

Um beijo que de calmo não tinha nada, mas também não era como se estivéssemos nos engolindo. Acho que esse foi o primeiro beijo de verdade que demos hoje. O meu corpo está diferente, não sei dizer se é o beijo em si ou se é o fato de estarmos dando uns amassos escondidos na escola que está causando toda essa adrenalina.

- Droga de sinal. - disse ele ao parar o beijo. - Vamos voltar. - sorriu e me deu um selinho.

 

~

 

- O que acha de irmos ao parque? - perguntou enquanto esquentava a pizza do dia anterior para podermos almoçar.

- Qual? O que fomos aquele dia?

- Não, tem um outro parque aqui perto de casa, podemos ir lá mais tarde.

- Pode ser. - coloquei o último talher na mesa.

- Que horas acha melhor?

- Hm... Umas seis? Ai não estaria tão quente, já que o sol estará se pondo.

- Certo. - sorriu e pôs a pizza quentinha na mesa.

Nós dois comemos o restante da pizza em uma sentada, e depois de lavarmos tudo e escovarmos os dentes, descemos para a sala de tv e ficamos lá morgando o resto da tarde. Assistimos à um show de variedades, um programa de sobrevivência, e mais uns programas aleatórios que foram passando.

Quando deram aproximadamente cinco da tarde eu resolvi me arrumar, e acabou que Namjoon seguiu meus passos. Vesti minhas calças rasgadas, uma blusa preta de mangas compridas, e nos pés meu amado All Star branco. Me analisei no espelho e gostei do que vi, apesar dessa blusa ser um pouco demais pra esse tempo - mas tenho que esconder esses roxos, né? Fazer o quê?

Quando eu estava passando meu perfume favorito eu ouvi leves batidas na porta e falei um breve "só um minuto". Corri e dei mais uma checada no espelho, acertei meu cabelo mais uma vez e me certifiquei que estava tudo perfeitamente em ordem antes de abrir a porta. Não evitei sorrir quando o vi parado me analisando e abrindo ainda mais o sorriso.

- Está lindo, princesa. - pegou minha mão.

- Obrigado, você também está.

E como estava. Ele trajava uma calça preta e uma camiseta azul marinho, nos pés um tênis vermelho e no rosto um par de óculos sem lentes. Seu cabelo estava com seu topete usual, porém levemente mais bagunçado. Era de tirar o fôlego.

- Vamos indo?

- Claro. - sorri.

Namjoon explicou que o parque era bem perto de sua casa, cerca de apenas três quarteirões para a esquerda - ou seja, três quarteirões para o lado oposto ao que fazemos para ir à escola. Caminhamos de mãos dadas mesmo, sem vergonha alguma. Bom, é claro que é meio estranho já que não somos namorados nem nada do tipo. Mas sei lá... É que é tão bom.

A caminhada fora tranquila e rápida, chegamos ao parque em menos de dez minutos até. Engraçado que parece que eu já estive aqui antes, mas eu tenho certeza de que essa é a primeira vez que venho nesse lugar. Hm... Curioso.

Andamos pelo parque e avistamos um playground, e, como dois quase adultos civilizados que somos, corremos pra lá em segundos. Me sentei no balanço e Namjoon ficou me empurrando, e ele se divertiu me lançando alto no brinquedo, enquanto que eu não sabia se gritava ou se ria por estar voando tão alto. Eu até pedi pra ele usar menos força, mas confesso que foi divertido.

Quando ele se cansou de empurrar, ele simplesmente se sentou no balanço ao lado e começou a se impulsionar de leve para frente e para trás. Assim que meu balanço perdeu velocidade, eu também aderi o mesmo ritmo que Namjoon. Algumas pessoas caminhavam pela trilha do parque, outras corriam, já outras estavam simplesmente sentadas na grama ou apoiadas numa árvore.

E eu acho isso bacana, quero dizer, em pleno ano de dois mil e oitenta e quatro as pessoas ainda aproveitam lugares como este. Acho que era para o mundo estar bem mais avançado do que está hoje, mas também depois de quatro guerras mundiais eu não esperaria grandes mudanças. Pelo que eu li, o desenvolvimento ia bem lá pelos primeiros vinte anos do século vinte e um, mas depois vieram crises e a terceira guerra mundial.

A terceira grande guerra na verdade foi uma disputa por petróleo, o que foi ridículo já que hoje praticamente vivemos de energia solar pra tudo, até os carros utilizam da energia do sol oras. Não preciso nem comentar que nos períodos de guerra todos os recursos do país são desviados para a atividade bélica, né? Sem dinheiro nas áreas de educação não há melhoras na tecnologia. Sem melhoras na tecnologia não há desenvolvimento, olha que legal.

Enfim, a guerra acabou e o mundo pode continuar avançando por um tempo, mas então veio a quarta guerra. Motivo? Água. Os países com grande quantidade de água doce passaram a ser alvo. Rios, aquíferos, qualquer fonte de água era valiosa. E mais uma vez o desenvolvimento congelou.

Digamos que esse congelamento foi maior, até porque precisaram "popularizar" as máquinas que desalinizam a água do mar tornando-a potável, só assim a guerra findou-se. Eu até diria que essas guerras foram boas, porque foi necessária uma medida drástica para o homem se tornar mais consciente.

Acho que a vida agora, quase em pleno século vinte e dois, não é muito diferente da vida que as pessoas levavam lá pelos anos dois mil e quinze, dois mil e vinte por ai. A diferença é que fizemos algumas melhorias nas tecnologias já existentes e nos tornamos mais responsáveis com os recursos da Terra. Mas não é como se tivéssemos carros voadores, máquinas do tempo ou algo do tipo.

- Jin? - balançou a mão na frente do meu rosto.

- Hm? - respondi acordando do transe.

- Você me ouviu?

- Não, desculpe. Estava meio distraído.

- Eu vi mesmo. - riu. - No que estava pensando?

- Sei lá, só lembrei das aulas de história.

- Que? Mas assim do nada?

- É, loucura. Mas o que você disse mesmo?

- Perguntei se queria pipoca, é que tem um carinha vendendo aqui perto.

- Eu quero, vamos? - saí do balanço num pulo.

- Estou bem atrás de você.

Depois de compramos dois saquinhos de pipoca nós dois nos sentamos debaixo de uma árvore para podermos admirar o final do por do sol. O céu pintado de roxo, laranja, rosa, amarelo e azul era uma aquarela espetacular.

- Quando eu era criança eu adorava assistir ao por do sol. - falei colocando um pequeno punhado de pipoca na boca.

- Eu gostava mais de ver as estrelas. Tinha um grande fascínio pelas constelações quando mais novo.

- Gosto bastante da Cruzeiro do Sul.

- Tem algum motivo especial?

- Foi a primeira que consegui identificar. - sorri sem mostrar os dentes para o horizonte ao lembrar do dia que eu cheguei em casa feliz da vida por ter achado a constelação desenhada num mapinha estrelar. - E você? Tem uma favorita?

- Ursa Maior.

- Por quê?

- Porque foi uma das que eu mais demorei pra achar, e também porque não é sempre que ela aparece por completo.

Ficamos em silêncio por um tempo, apenas comendo a pipoca e observando o céu ficar cada vez mais escuro.

- Nam... - chamei e ele me olhou. - O que quer ser? Digo, profissionalmente.

- Não tenho ideia.

- Eles vão entregar os formulários de carreira na sexta.

- Então ainda tenho dois dias pra pensar.

- O prazo para devolvermos a ficha preenchida é de um mês eu acho, então temos que entregá-la umas três semanas antes de formarmos.

- Depois eu dou um jeito nisso. Eu gosto bastante de música, mas acho que optarei por algo como economia ou gestão empresarial. Mas e você, Jin? O que pensa em fazer?

- Vou tentar uma bolsa integral numa universidade local em gastronomia. Se eu não conseguir a bolsa não vai ter como eu fazer faculdade.

- Por que não?

- Porque eu não tenho como pagar, é por isso. Teria que procurar um emprego logo de cara, mas já estou pensando em fazer isso mesmo de qualquer maneira.

- Ah. - suspirou se deitando no gramado e apoiou a cabeça no meu colo. - As vezes eu acho tudo isso um saco, sabe? Estudamos até os vinte e poucos anos, trabalhamos até adoecermos na velhice, e morremos. Grande vida.

- Fazer o que, né? Por isso temos que aproveitar os bons momentos, mesmo que eles sejam poucos. - fiz um cafuné em sua bochecha, já que seus cabelos estão duros como pedra por causa do gel e do laquê.

- Então vamos aproveitar bastante, sim? - sorriu pra mim.

 


Notas Finais


Então, chuchus, antes de falar sobre os projetos novos, eu quero falar outra coisa que eu sempre esqueço de falar: a escola da estória é real e fica no Canadá também (avá), e chama Chinook High School em Lethbridge. Só isso mesmo (caso alguém tenha curiosidade de pesquisar e tals)

Estou escrevendo uma NamJin num apocalipse zumbi. Sim, minha gente, zumbis. Vou explicar o motivo, ó, até agora eu não achei sequer 1 fanfic boa nesse tema (q tristeza), então resolvi escrever uma. Vou começar a postar assim que eu acabar Lost Lovers.

Bjs de luz *3*


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