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História Lost Lovers - NamJin - For You


Escrita por: Makita_Kiyo

Notas do Autor


Oláaaa chuchus o/

Voltei com mais cap pra vocês ^3^

Boa leitura!

Capítulo 15 - For You


Fanfic / Fanfiction Lost Lovers - NamJin - For You

 

— Quando vai pedir o Jin em namoro? — Yoongi disse já jogando sua mochila em qualquer canto do meu quarto e se esparramando em minha cama em seguida.

 

— Só estou esperando o momento certo, mas vai ser em breve.

 

— Já tem um mês que vocês tão de rolo e você nem pra tomar iniciativa, né?

 

— Já falei que eu estou planejando algo.

 

— Falou sim... na semana passada. — revirei os olhos. — Já era pra ter tirado o planinho do papel, não acha?

 

— Ó, não me apressa não!

 

— Aish, ok! — bufou. — Lembrei de outra coisa.

 

— Fala ué.

 

— Tem um mês e vocês ainda nem chegaram a transar, estou certo?

 

— Ah, eu não mereço. — por que ele é meu amigo mesmo?

 

— Desde quando você espera tanto pra levar alguém pra cama?

 

— Desde que conheci Kim Seokjin.

 

— Tu gosta mesmo dele, né?

 

— Não é óbvio? — perguntei com cara de "porra, só descobriu isso agora?"

 

— Óbvio que é óbvio! Quem não notou isso ainda ou é burro ou é cego, na moral.

 

— Então por que pergunta?

 

— Porque você nunca ficou assim.

 

— Assim como? — franzi levemente o cenho.

 

— Assim... — apontou em minha direção como se estivesse buscando por palavras que expressassem o que queria dizer. — Assim tão... apaixonado. Sério, tem hora que você me assusta.

 

Ri.

 

— Min Yoongi assustado com paixão? Hilário!

 

— Hahaha. — riu forçado. — Você queria o que? As vezes você olha pro nada e fica lá sorrindo que nem um trouxa, você fica encarando o Jin na hora do lanche, e isso é assustador! Aposto que está compondo boas letras com esse sentimento.

 

— Tô mesmo. — me gabei pra fazer graça.

 

Mas realmente as minhas composições nunca foram tão boas! Quando a Nayeon me traiu eu fiquei com raiva, muita raiva mesmo, então decidi compor pra botar tudo pra fora. As letras ficaram boas também, diria até que dariam ótimas indiretas para as pessoas usarem na vida.

 

— Onde o Jin foi mesmo? — perguntou do nada.

 

— Trabalhar, lembra?

 

— Ah é, tinha esquecido.

 

Eu, Jin e Yoongi tínhamos acabado de sair da escola e vínhamos à minha casa conversando animadamente pelo caminho. Quando chegamos bem em frente a residência Jin me deu um selinho e se despediu de Yoongi, dizendo que voltaria mais tarde. E lá foi ele, rumo ao seu mais novo emprego nem tão novo assim.

 

Quero dizer, não sei se posso falar que um emprego conseguido há apenas duas semanas é "novo". Mas enfim, Jin conseguiu trabalho num posto de gasolina aqui perto — mais ou menos quatro quadras daqui, pertinho daquele parque —, mas por que diabos ele quis arrumar um emprego?

 

Digamos que Jin não queria ser um "estorvo" para mim e para minha mãe, e insistia em pagar um aluguel. Eu obviamente recusei, afinal ele é praticamente meu namorado, ele não precisa me pagar aluguel nenhum. Onde já se viu uma coisa dessas oras? Depois ele veio com uma de que não queria se aproveitar de nós por muito tempo.

 

Ele conseguiu um trabalho como lavador de carros no posto, já fui visitá-lo no serviço algumas vezes. Uma vez eu cheguei lá e ele estava sentado fazendo as tarefas da escola e estudando, acontece que quando não tem movimento no posto ele aproveita pra adiantar a vida acadêmica. O Jin se esforça tanto, ele merece o mundo! Ou melhor, o universo inteiro!

 

— Agora me responda uma coisa, Min Yoongi, ainda está de rolo com aquela japonesa?

 

— O nome dela é Momo, e sim, ainda estou de rolo com ela.

 

— E desde quando fica mais de três dias de rolo com alguém? — parece que o jogo virou, Min Yoongi.

 

Resolvi questioná-lo do mesmo jeito que me questionou.

 

— Desde quando eu quis. — ou não...

 

— Porra, já trocou a ferradura hoje?

 

— Ixi, você tenta dar patada, mas quando toma acha ruim? — estalou a língua. — Tenha dó.

 

— O Jackson me mandou uma mensagem ontem. — mudei drasticamente de assunto.

 

— É? O que ele disse?

 

— Que em janeiro ele irá para um eliminatório e que nós estamos convidados pra ir!

 

— Vamos pra China? Ai sim, hein! — comemorou. — Mas "nós" quem?

 

— Hm... Acho que eu, você e o Hoseok, por quê?

 

— Porque quando chamam um chamam os sete. É o pacote completo.

 

— Eu posso conversar com ele, mas de qualquer modo ele só chamou nós três porque ele só conhece nós três, entende?

 

— Só? Ah, pode crê. Jimin, Jungkook, Taehyung e o Jin não andavam com a gente ainda, né?

 

— Exatamente.

 

Eu e Hoseok somos amigos desde o berço já que nossas mães eram — e ainda são — muito amigas, por isso a mãe dele, Jung Jang Di, é como se fosse uma mãe pra mim também e vice versa. Nós conhecemos Yoongi quando tínhamos uns nove anos, e no começo nenhum de nós dois suportava ou ao menos gostava de Min Yoongi.

 

Nós três estudamos na mesma sala por um ano e nem sequer trocamos uma palavra até que um dia a professora nos reuniu num grupo para um trabalho. Apenas com essa interação forçada que nos conhecemos melhor, passamos a brincar os três juntos nos recreios e até passamos a dormir um na casa do outro. Em resumo, viramos o trio espoleta.

 

Jackson veio quando tínhamos treze anos, se enturmou no nosso bonde rapidamente, mas se foi quando chegamos aos quatorze. Nesse um ano eu descobri muito sobre mim, Jackson me ajudou a entender a mim mesmo — só ajudou mesmo, não rolou absolutamente nada entre mim e ele até porque eu o vejo como irmão.

 

Com o fim do breve quarteto voltamos a ser um trio, pelo menos até Hoseok arrumar um ficante numa festinha, e esse ficante se tornou um rolo. Quando deu por si Hoseok já estava caído de amores pelo garoto, que por sua vez se tornou seu namorado e passou frequentar nossa rodinha. O nome do garoto era Park Jimin, no começo ele era meio tímido — conosco —, mas com o tempo foi se soltando.

 

No auge de seus quinze anos Jimin era curioso, digamos assim. Ao mesmo tempo que era gentil conseguia ser frio, ao mesmo tempo que era forte era frágil. Apesar dos pesares Jimin era confiante, ia à academia, participava de grupos de dança etc, mas tal confiança foi decrescendo aos poucos com o passar do tempo e só Deus sabe o porquê. Jimin já tentou suicídio três vezes — a terceira foi recentemente — por conta da depressão que o persegue.

 

A primeira vez foi quando ele e Hoseok brigaram feio, mas bem feio mesmo, a ponto de terminarem e não olharem na cara do outro por um mês. Nesse um mês o brilho usual do Hoseok que existe desde a infância se apagou, ele estava mal, me ligava chorando frequentemente — isso quando já não aparecia direto na minha casa aos prantos —, ficava sem comer, sem dormir, chegou até mesmo a cabular as aulas várias vezes.

 

Jimin estava pior, mil vezes pior que Hoseok. Ele se culpava por tudo, achava não ser o suficiente para Hoseok, ele se achava um merda. Resultado? Primeira tentativa de suicídio — com remédios. Me lembro de quando Hoseok me ligou desesperado depois de receber uma ligação da mãe de Jimin dizendo que seu filho estava desacordado no chão do quarto, e que em seu banheiro havia uma caixa de um remédio muito forte completamente vazia.

 

Acho que nunca o vi tão desesperado na vida.

 

Felizmente foi só um susto já que trataram o Jimin antes dele sofrer uma overdose. Sua mãe o pôs em uma psicóloga depois disso, o que deu resultado por um tempo. Depois de alguns meses ele teve outra crise existencial e tentou se matar de novo, dessa vez com laminas de um barbeador. Hoseok o impediu bem na hora h, ele ia entrar para usar o banheiro e flagrou Jimin começando a cortar seu pulso quando o parou. Hoseok fez Jimin prometer que nunca mais tentaria fazer aquilo de novo. Mas recentemente, pouco mais de dois meses atrás, ele perdeu a mãe, e o que aconteceu? Seu psicológico piorou — e muito! Resultado? A terceira tentativa de suicídio, que quase deu certo por sinal.

 

Enfim, durante esses dois anos de pura treta Taehyung e Jungkook já faziam parte do bonde. Por quê? Porque quando Jimin chegou Taehyung acabou vindo junto justamente por serem melhores amigos, e de brinde veio o Jungkook — que já era namorado de Taehyung desde os quatorze anos. E por fim meu Seokjin chegou para abrilhantar minha vida e nosso grupo.

 

— Mas fala com ele sim, até porque seria super chato só nós três fossemos enquanto os outros quatro ficam aqui.

 

— Eu falo sim, tem muito tempo ainda calma.

 

— Namjoon, estamos quase em novembro.

 

— E dai?

 

— E dai que faltam dois meses pra janeiro.

 

— Dois meses é muito tempo, cara, relaxa.

 

— Aigo, Namjoon. — resmungou. — Ah, você quem sabe.

 

— Enfim, como vão as coisas em casa? Ainda está morando com a sua avó? — e o mestre em mudar de assunto (vulgo eu mesmo) ataca novamente!

 

— Enquanto aquela naja estiver na minha casa eu e meu hyung vamos continuar morando com minha vó. Ela faz meu pai de trouxa, e ele sabe e mesmo assim não faz nada! Mas foda-se, eu não me importo nem um pouco de morar pra sempre com minha avó.

 

— Você já tentou conversar com seu pai?

 

— E você acha que ele me escuta? Hmph, até parece.

 

— Ele já pensou em divórcio uma vez, por que ele não o fez?

 

— Chegou na hora h e ele amarelou, achou que as coisas poderiam ser diferentes. — fez uma pausa. — Vamos jogar video-game?

 

~

 

Yoongi foi embora por volta das sete da noite, e eu resolvi fazer uma visita ao meu Seokjinnie. Tomei um banho e vesti uma camiseta branca, uma calça preta e uma jaqueta também preta. Não fiz meu usual topete, apenas sequei meu cabelo com a toalha e sai de casa em seguida.

 

A caminhada fora tranquila, resolvi parar numa lojinha de conveniências para comprar duas garrafas de água. Enquanto eu passava pelo parque eu tive uma ideia de como eu pediria a mão de Jin em namoro, mas eu precisaria de ajuda pra isso. Estava arquitetando meu plano genial quando vi meu Jin acabando de encerar um carro preto gigante — provavelmente bem caro por sinal.

 

Estávamos vestidos de forma quase que idêntica, a diferença basicamente estava na cor da jaqueta — a sua era jeans claro com alguns detalhes rasgados. Não diria que era um uniforme do emprego, apenas uma roupa aleatória que ele colocou na mochila para não ter que trabalhar usando os trajes da escola. Pude ver ele suspirar e apertar o ombro com uma das mãos assim que o carro foi embora, ele parecia exausto.

 

— Jin! — o chamei e ele me encarou surpreso, pegando a garrafa que eu havia lhe arremessado.

 

— Nam! O que faz aqui? — perguntou feliz.

 

— Vim alegrar sua noite. — comecei a brincar com ele, beliscando sua barriga para fazer cócegas.

 

— Idiota. — riu e me deu um tapa de leve.

 

Ri com ele e passei meu braço por seu ombro e andamos um pouco até a calçada para sentarmos. Ele bebericou a água e suspirou novamente.

 

— Que horas acaba seu turno?

 

— Daqui um meia hora. — disse olhando no celular.

 

— Mas não é demais?

 

— O que?

— Quero dizer, você começa à uma e termina às sete e meia. Não é muito?

 

— Uai, Nam, é normal eu acho.

 

— Sabe que não precisa disso, né?

 

— É que... — pensou antes de continuar, ele parecia nervoso. — Eu tenho olhado uns apartamentos para alugar...

 

— Que? Pra que? Não gosta de morar lá em casa comigo?

 

— Não! Não é isso, Nam! É que eu não quero me aproveitar de você pra sempre, sabe?

 

— Você não se aproveita, Jin. Eu que quis te levar pra morar comigo.

 

— É, eu sei. Foi uma das duas condições que você impôs para não ir atrás do Kidoh. Mas já deu tudo certo, já se passou um mês e ele não nos fez nada.

 

— Também, né, depois do que a delegada disse nem eu tentaria.

 

~ Flashback on (três semanas atrás) ~

 

— Vamos à delegacia. — falei ao entrar no meu quarto, onde passávamos boa parte do tempo.

 

— O que? Quando? — franziu o cenho ao me encarar.

 

— Hoje.

 

— Hoje?!

 

— Agora na verdade.

 

— Agora?! Namjoon... eu realmente acho melhor não fazermos nada.

 

— Cabeça... Kidoh... Espeto. — "repeti" a ameaça que fiz lá no apartamento de Jin.

 

— Aigo, ok ok!

 

*

 

— Queremos fazer um boletim de ocorrência. — disse à um dos policiais.

 

— Claro, sobre o que?

 

— Podemos falar diretamente com o delegado? É que é bem sério.

 

Ele pareceu pensar um pouco antes de responder.

 

— Venham comigo. — seguimos o homem fardado pela delegacia e quando chegamos à uma porta ele nos mandou entrar. — Senhora, esses jovens querem falar contigo.

 

— Obrigada, Byun. — o rapaz fez uma reverência e saiu, nos deixando às sós. — Sentem-se e me contem o que houve.

 

— A história é complicada, delegada. Quer contar à ela, Jin?

 

Ele estava encolhido e com medo, mas assentiu.

 

— E-Eu fui estuprado... — disse extremamente constrangido e de cabeça baixa.

 

— Estuprado? Explique-me melhor essa história, rapazinho. — disse a mulher apoiando seus cotovelos sobre a mesa e franzindo o cenho.

 

— M-Meu ex-namorado me estuprou.

 

Pigarreei para que ele contasse a história toda.

 

— E... E não é só isso, ele... E-Ele é traficante de drogas.

 

A mulher arregalava os olhos a medida que Jin contava sobre tudo o que sabia. Ele contou até mesmo que fazia parte do esquema, mas que ele não tinha saída, e a delegada pareceu entender seus motivos. Meu sangue esquentava cada vez mais que ele detalhava a história, e quando ele detalhou o estupro eu fiquei vermelho de raiva.

 

— Meu jovem, agradeço por ter nos dado tantas informações. Vamos te dar uma medida protetiva, ok?

 

— Mas isso serve pra que? — perguntei indignado. — Não podem prender o meliante de uma vez?

 

— Isso leva tempo, rapaz. Com a medida, caso algo aconteça com seu amigo saberemos exatamente quem foi. E não podemos prender Jin Hyosang porque não temos um mandado judicial, e sem um mandado precisaríamos efetuar uma prisão em flagrante.

 

— Aish... — murmurei irritado.

 

— Mas e se a notícia chegar até ele? Ele saberá que fui eu quem o denunciou!

 

— É como eu disse, se ele for atrás de você nós saberemos. Vamos botar um grupo de agentes para observar os traficantes, isso será possível graças aos endereços que nos forneceu, Kim Seokjin. Ficaremos de olho neles, ninguém vai tocar num fio de cabelo seu, Seokjin, nem no seu, Namjoon, nem no de ninguém próximo de vocês.

 

~ Flashback off ~

 

— Concordo, e é justamente por isso que eu quero seguir em frente. A partir do momento em que eu concordei com a delegada eu concordei comigo mesmo em seguir com a minha vida, não quero ser prisioneiro do medo.

 

Suas palavras me surpreenderam.

 

— Mas você ficará bem sozinho? Onde é o apartamento? Vai voltar pro antigo? Como vamos nos ver? E se... — me interrompeu colocando o indicador em meus lábios num sinal para calar-me.

 

— Calma. — riu e levou as mãos até as minhas bochechas. — Primeiro, sim, vou ficar bem sozinho. Segundo, o apartamento é pertinho da sua casa, na verdade fica no caminho dela para a escola. Terceiro, só volto lá para pegar algumas coisas, depois que eu fizer isso eu cancelarei o contrato de locação. Quarto, nos veremos na escola, nos finais de semana, e prometo passar em sua casa todas as noites no final do meu turno.

 

— Promete mesmo?

 

— Sim.

 

— De dedinho? — eu estendi meu mindinho e ele riu.

 

— De dedinho. — selou o acordo.

 

~

 

— Meninos, venham jantar! — minha mãe gritou da cozinha.

 

— Vamos? — chamei Jin em seu quarto. Ele secava seus cabelos com a toalha.

 

— Vamos.

 

Descemos as escadas e encontramos sobre a mesa de jantar uma comida tipicamente coreana — milagre. Nós três contávamos sobre os nossos dias enquanto deliciávamos o kimchi preparado por minha mãe. De sobremesa tínhamos uma torta alemã preparada por Jin na noite anterior — mesmo exausto da escola e do serviço ele ainda faz questão de cozinhar ou de preparar um doce frequentemente durante a semana.

 

— Hoje a louça é minha. — disse Jin já se levantando e recolhendo os pratos.

 

— De jeito nenhum! Vá dormir, está cansado.

 

— Eu consigo lavar uns pratos, Nam.

 

— Sei que consegue, mas não quero que faça, quero que suba e descanse. Deixe que eu faço isso.

 

— Tenho que concordar, Seokjinnie. — disse a minha mãe. — Mas pode deixar que eu lavo, Namjoon.

 

— Ué? Por quê?

 

— Porque semana passada você quebrou dois pratos, cinco copos e três xícaras. Não sei como consegue ser tão desastrado!

 

— Ya! Não é sempre que eu quebro coisas! É só... de vez em quando.

 

— Imagina então se fosse sempre?! Nesse ritmo eu vou acabar ficando sem louças. — riu.

 

— Aigo! Tudo bem então. — revirei os olhos. — Vamos subir, Jin?

 

Ele acenou com a cabeça e eu peguei em sua mão, levando-o para o segundo andar.

 

— Já quer dormir? — perguntei-o assim que chegamos ao meu quarto.

 

Tranquei a porta.

 

— São só nove e meia, Nam. — riu de leve.

 

— Mas você aparenta estar tão esgotado... Veja, está com olheiras. — pousei minha mão em sua bochecha e, com os dedos, acariciei levemente abaixo da marca roxa.

 

— Eu estou bem, sério.

 

— Você sempre diz isso. — falei com o tom de voz meio triste.

 

— Digo porque é a verdade.

 

— Ah... — suspirei. — Ok, eu acredito em você. — sorri sincero.

 

— M-Mesmo? — pude ver seu rosto corar.

 

— Aham. — concordei num murmúrio. — Vou acreditar em você até o dia em que eu morrer.

 

— Ya! — bateu levemente no meu braço. — Não diga uma coisa dessas!

 

— O que?

 

— Sobre morrer.

 

— Tem medo? — coloquei minha mão livre em sua cintura, aproximando-nos ainda mais.

 

— Mais ou menos... — rodeou seus braços em minha cintura também, me abraçando. — Tenho medo de viver uma vida pacata, sem graça. Tenho medo de morrer sem me realizar, sem alcançar meus objetivos, sem concretizar os meus sonhos... — me olhou nos olhos. — É disso que eu tenho medo.

 

— Jin, eu te prometo que enquanto eu estiver com você sua vida nunca será chata, pacata ou sem graça. — sorri. — E vou fazer o possível pra te fazer o homem mais feliz do mundo!

 

— Você já faz isso. — abaixou a cabeça e falou num sussurro.

 

Meu coração começou a bater num ritmo acelerado, e foi ficando cada vez mais difícil respirar. Com minha mão, que ainda estava em sua bochecha, ergui sua cabeça e fitei aqueles olhos castanhos que tanto mexiam comigo. Seu olhar que me bagunça por inteiro, que me deixa de ponta cabeça, que me deixa feliz, calmo, completo. É como se eu alcançasse a paz apenas o olhando.

 

Analisei sua face, a sua bela face. Sua pele é tão perfeita que parece ser de porcelana, suas bochechas rechonchudas coram com tanta facilidade que me deixam louco, seu narizinho impecável, seus cabelos — agora apenas um pouco úmidos — exalando uma essência de argan, e seus lábios... Ah, seus lábios! Fartos, rosados, doces, e meus.

 

Acabei com a mínima distância que nos separava e selei nossas bocas. O movimento veio aos poucos. As línguas se encontraram sem pressa. O beijo era calmo, prazeroso. As mãos de Jin, que antes se encontravam em minha cintura, subiram para o meu pescoço e passaram a fazer um carinho gostoso em minha nuca. Já minha outra mão — a que estava em sua face — desceu para a sua cintura, onde a minha canhota já estava há um tempo.

 

O ritmo foi aumentando, seus braços enlaçaram meu pescoço, minhas mãos o puxavam cada vez mais pra mim — o que não resultava em nada já que estávamos praticamente fundidos. Meu membro se despertava aos poucos, e o dele idem. Numa dessas tentativas de aproximação pude sentir nossas ereções se chocarem, pude ouvir também um gemido de Seokjin que fora abafado pelo beijo.

 

Inconscientemente minhas mãos desceram um pouco e apertaram sua bunda, arrancando mais um gemido dele. Parei o beijo e me dirigi ao seu pescoço, beijando e chupando levemente sua extensão. Seokjin arfava, ofegava, me excitava. Fui até sua orelha, lambi e mordi seu lóbulo, e ele gemeu bem próximo ao meu ouvido — me deixando mais duro do que já estava. Fui até sua boca novamente e mordi seu lábio inferior sem muita força para não machucá-lo, beijando-o com mais calma em seguida.

 

Eu queria continuar, queria ir até o fim com ele, mas sabia que se continuássemos daquele jeito nós acabaríamos transando sem a menor sombra de dúvidas. Não é a primeira vez que isso acontece, já tivemos outros momentos em que quase fizemos sexo pra valer, mas conseguimos nos conter a tempo. Eu o quero muito, mas respeito o tempo e quero que seja especial pra ele — ainda mais depois de sua última experiência —, e de preferência depois que eu o pedir em namoro (o que será breve, eu espero).

 

Parei o beijo e selei rapidamente nossos lábios mais umas três vezes antes de me afastar — ou tentar me afastar. Seokjin me empurrou na cama antes mesmo de eu conseguir tirar minhas mãos de sua cintura. O olhei confuso e pude ver que suas pupilas estavam absurdamente dilatadas, ele estava extasiado pelo prazer. Jin se sentou no meu colo —perigosamente perto da minha ereção — e voltou a beijar-me com ferocidade.

 

Minhas mãos se posicionaram em sua cintura novamente e puxaram seu corpo pra mais perto, fazendo com que ele se sentasse em cima de minha ereção. Apertei suas coxas fartas, suas nádegas e sua cintura fina enquanto ele maltratava os fios de cabelo de minha nuca e meus lábios, mordendo-os.

 

Suas mãos foram de encontro ao meu abdômen e começaram a puxar minha camiseta para cima a fim de tirá-la. O ajudei com isso e pude ver ele admirando meu corpo com desejo, seus dedos finos passeavam pelo meu abdômen e suas unhas curtas arranhavam-me por onde passavam. Ergui a sua blusa também e a arremessei em algum canto perto da cama e passei a observar seu tronco. Seus ombros largos e desnudos, seu abdômen nem um pouco definido chegando a ser até mesmo fofo, seus mamilos rosados e extremamente convidativos, seu tudo.

 

Me dirigi ao seu pescoço novamente, beijando-o e chupando-o com vontade. Beijei seu pomo de Adão e segui para sua clavícula, onde deixei marcas de chupão. Fui para o seu mamilo direito e o chupei também até senti-lo enrijecido com minha língua. Durante esse tempo minha canhota trabalhava em seu outro mamilo estimulando-o, apertando-o, até que ele endureceu como o outro.

 

— N-Nammie-ah... — gemeu meu nome manhosamente e rebolou em minha ereção, me fazendo cair na real.

 

O que estou fazendo?

 

— Jin... — chamei-o parando de beijá-lo e olhando em seus olhos.

 

— Hm..?

 

— Vamos... parar por aqui. — falei com dificuldades visto que ele ainda se remexia em meu colo.

 

— Mas está tão bom... Ahn... — gemeu. — Por que quer parar?

 

— Não quero te forçar a nada, Jin.

 

— Mas eu já estou duro! E você também... — sorriu malicioso rebolou mais forte.

 

— Sem penetração então, ok?

 

Ele não respondeu, apenas aumentou seu sorriu sacana em confirmação e voltou a atacar-me, dessa vez escolheu castigar meu pescoço com mordidas e chupões. Eu apertava sua bunda gordinha com vontade, trazendo-o mais perto de mim. Ah como eu adoraria estar dentro dele hoje...

 

Seokjin parou de marcar-me e ficou de pé para tirar sua calça de moletom, revelando sua boxer cinza e suas pernas obviamente perfeitas. Ele se abaixou e tirou a minha calça também, deixando evidente a minha ereção bem marcada em minha boxer preta. Em seguida ele se sentou no meu colo novamente e começou a quicar em meu membro.

 

Senhor, me controle!

 

Levei minha mão ao seu pênis e comecei a acariciá-lo por cima do tecido, ouvindo um gemido manhoso como consequência. Ele estava completamente duro. Mais uns instantes e pude sentir algo molhado em sua cueca, uma mancha de pré-gozo na área de sua glande. Adentrei sua boxer e agarrei sua ereção, estimulando-a rapidamente com as mãos. Seokjin revirava os olhos e gemia sem pudor.

 

Pelo que eu vi até agora ele se transforma em outra pessoa durante esses momentos. Sua timidez vai por espaço quando está envolto no prazer, no desejo.

 

— Fica de quatro pra mim, princesa. — pedi e ele saiu do meu colo sem pestanejar, apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos no colchão.

 

Me aproximei de si e encostei minha ereção em sua bunda, abaixei-me e praticamente encostei meu abdômen em suas costas.

 

— Obrigado. — sussurrei em seu ouvido e mordi seu lóbulo.

 

Trilhei beijos de sua nuca até onde a boxer cobria. Suas costas arquearam um pouco fazendo com que sua bunda se empinasse e pressionasse ainda mais meu membro ereto. Me posicionei melhor e coloquei minhas mãos em sua cintura, apertando-a de leve, e admirei a bela visão que tinha de suas costas e de meu pau colado à sua bunda.

 

— Aaahn..! — gemeu manhoso quando dei a primeira estocada, ou melhor, quando fingi uma estocada.

 

Comecei a forçar meu quadril no seu como se estivéssemos de fato transando. Seu corpo ia pra frente com a estocada, mas eu o trazia de volta com minhas mãos e o estocava novamente. Estávamos indo num ritmo bom, mas resolvi diminuí-lo apenas para provocá-lo.

 

— M-Mais... Ahn... Nammie, mais... — pediu praticamente choramingando.

 

— Mais o que, princesa?

 

— Mais r-rápido... P-Por favor...

 

— Como quiser, Jinnie.

 

Aumentei minha velocidade e, ao mesmo tempo que o estocava, invadi sua cueca com a mão e passei a masturbá-lo no mesmo ritmo. Ele gemeu com aquilo. Ah, Deus, como eu queria estar dentro dele mesmo! Depois de uns minutos seus gemidos se intensificaram e eu sabia o que significava. Ele iria ter seu orgasmo.

 

— N-Nam... E-Eu vou... Aahn..! — senti seu líquido molhar minha mão enquanto ouvia seus gemidos preencherem meu quarto. Levei meus dedos até minha boca e lambi todo o sêmen presente nela.

 

— Você é delicioso.

 

Enquanto sua respiração se normalizava eu dei um beijo em suas costas e me levantei da cama.

 

— A-Aonde vai? — perguntou ofegante.

 

— Dar um jeito nisso. — apontei para meu membro duro.

 

— Eu faço...

 

— Não precisa, princesa.

 

— Precisa sim... Eu quero te satisfazer do mesmo jeito que me satisfez.

 

Ele desceu da cama e se ajoelhou no chão, ele encarava meu membro completamente duro — e ainda escondido pela boxer — com desejo. Suas mãos deslizaram a cueca pra baixo e pude ver seu rosto assustado — ou melhor, surpreso — ao ver o estado em que me encontrava. Eu estava tão excitado, mas tão excitado, que dava pra ver as veias do meu pênis claramente.

 

Com uma mão ele segurou na base do meu membro e com a língua lambeu toda a sua extensão, e assim que chegou na glande chupou-a. Ele sugava com vontade a glande e apenas ela. Eu gemia baixo, revirava os olhos e mordia o lábio a cada movimento de Seokjin. Ele lambeu-me até a base, de onde seguiu para os testículos, lambendo-os, estimulando-os com a mão, e sugando-os.

 

Quando ele voltou ao meu pênis, o enfiou direto na boca e sequer se engasgou. Ele sabia fazer garganta profunda. Sua cabeça ia e vinha em minha ereção rapidamente, mas pra mim não era rápido o suficiente. Comecei a impulsionar meu quadril pra frente devagar, depois fui crescendo a velocidade aos poucos até chegar a um ponto onde minha mão estava em seus cabelos, ajudando a aumentar o ritmo.

 

— Sua boca é deliciosa, princesa.

 

Foder aquela boca quente de Seokjin era incrível, mal posso esperar para fodê-lo de verdade. Mas esperarei o momento certo, por ele.

 

Senti que estava perto de gozar, mas tirei meu pênis de sua boca e ele me olhou confuso.

 

— Você quer? — perguntei enquanto me masturbava bem devagar.

 

— Quero... Quero muito...

 

— Será que devo te dar?

 

— Me dê... Por favor, me dê...

 

Segurei meu pênis pela base e me aproximei do rosto de Seokjin e bati de leve em sua face algumas vezes com ele. Meu pênis melado pelo pré-gozo e por sua saliva se chocavam contra a pele de Seokjin, deixando-a melada também.

 

— Abra a boca. — ele o fez.

 

Escorreguei meu pênis pra dentro de sua boca e estoquei mais algumas vezes, e quando senti que gozaria retirei meu membro de sua boca novamente. Me masturbei com a mão mesmo e ejaculei em seu rosto. Meu líquido branco melava a face de Seokjin, e ele se aproximou e abocanhou meu membro novamente e sugou com com vontade para poder engolir algum resquício de porra que tenha ficado pra trás. Limpei seu rosto com os dedos e posicionei-os em sua frente.

 

— Quer isso? Lamba.

 

— Com prazer. — abocanhou um dedo de cada vez e os chupou sensualmente, como se ainda estivesse chupando meu próprio pau. Quando ele terminou havia um fio de esperma escorrendo pelo canto de sua boca, eu o ergui e lambi o líquido, beijando-o logo em seguida.

 

— Vamos lá tomar outro banho?

 

— É, precisamos mesmo.

 

Fomos ao meu banheiro e liguei o chuveiro. Seokjin tirou sua única peça de roupa do corpo e juntou-se a mim no banho.

 

— Já te falei que você faz o melhor boquete do mundo? — abracei sua cintura.

 

— Exagerado.

 

— Dessa vez você se superou.

 

— Você também, não sabia que era mandão na cama desse jeito. — é, realmente não me lembro de tê-lo feito tão submisso das outras vezes.

 

— Não gosta? Se não gostar eu posso mudar por você, Jin.

 

— Eu gostei, gostei mais do que deveria pra falar a verdade. — mordeu o lábio inferior e sorriu sacana.

 

— Sabe, Jin, você se transforma completamente na hora h.

 

— E isso é ruim?

 

— Tímido e fofo no cotidiano, e ousado e sexy entre quatro paredes? É perfeito! — ele riu.

 

— Nam, eu estive pensando... — se aproximou do meu ouvido e disse baixinho e provocador. — Por que não transamos de uma vez, hum?

 

— Eu adoraria, mas só na hora certa.

 

— E quando será essa hora certa?

 

— Tenha paciência, minha princesa.

 

— Mas já faz um mês que estamos ficando, Nam... Nem sei quantas vezes já fizemos boquete um pro outro, e hoje já foi a terceira vez que fazemos sem penetração... Isso sem contar as vezes em que você parou no meio do caminho, deixando nós dois numa "situação complicada"...

 

— Eu só não quero te traumatizar.

 

— Você não vai me traumatizar, Nam. Já se passou um mês desde que aquilo aconteceu, e outra, eu confio em você. Depois de tudo o que já fizemos naquele quarto eu tive a certeza de que você não me machucaria. Sei que você parou no meio do caminho para não me forçar, pra não apressar as coisas, para respeitar o meu tempo e tal, e eu agradeço por isso. De fato, na primeira vez que começamos a ir um pouco mais longe eu me assustei porque ainda estava meio traumatizado, mas esse trauma já passou. Não passou completamente, é claro, e nem nunca vai passar, mas como eu já disse: eu confio em você.

 

— Por acaso sabe ler mentes? — ele riu. — Como sabe de meus pensamentos? — me referi ao fato dele saber o porquê de eu não ter avançado.

 

— Eu pensei sobre isso tem uns dias. Eu achei melhor organizar as ideias racionalmente porque eu já estava começando a achar que você não sentia tesão em mim e por isso ficava me dispensando.

 

— Ei ei ei... Não é isso, é porque eu estava preocupado com você, eu achei que não se sentia seguro ainda.

 

— Não estou cem por cento seguro, mas diria à você que estou oitenta e dois por cento seguro.

 

— E os outros dezoito por cento voltarão algum dia?

 

— Só o tempo dirá, Nam. Mas eu tenho certeza de que te quero.

 

— Eu também te quero muito, Jin. Te quero mais que tudo.

 

— Então... Podemos fazer?

 

— Você me esperaria? Te peço alguns dias.

 

— Você... não quer? — perguntou chateado.

 

— Não é isso, é claro que eu quero. Só que antes eu queria resolver uma coisa primeiro, ok?

 

— Ok, eu te espero o tempo que precisar. — eu que deveria ter dito isso, mas ok.

 

Sorri e o beijei num selo demorado.

 

— Agora vamos tomar logo esse banho antes que minha mãe desligue o registro. — rimos.

 

~

 

— Preciso da sua ajuda. — falei assim que o sinal anunciando o fim do intervalo tocou. Todos já haviam saído do refeitório, mas puxei Yoongi para que ele permanecesse lá comigo.

 

— Ai ai, o que quer?

 

— Quero que me ajude a pedir o Jin em namoro.

 

— Que? Pra que precisa da minha ajuda? Simplesmente peça oras!

 

— Não quero "simplesmente pedir", quero que seja especial.

 

— Ai que sentimental, sai pra lá.

 

— Yoongi! Por favor! Só preciso da sua ajuda pra uma coisa, vai... Diz que sim, por favor! Por favor! Por favor! Por fa-...

 

— Ya! Tá bom, tá bom! Eu ajudo, só para com isso!

 

— Muito obrigado! Sabia que não se recusaria a ajudar seu amigo! — ele revirou os olhos.

 

— Mas por que vai me meter nessa? E outra, ontem mesmo você me disse para eu não te apressar, então por que caralhos você mudou de ideia literalmente do dia pra noite?

 

— Justamente porque você me apressou que você vai me ajudar, assuma as responsabilidades. — ele bufou. — Ontem tive uma ideia para o pedido e quero fazê-lo logo.

 

— Logo quando?

 

— Se tudo der certo na sexta-feira estaremos compromissados.

 

— Sexta?! É depois de amanhã!

 

— Eu sei, e..?

 

— E acontece que não vai dar tempo!

 

— Claro que vai, já pensei em tudo e vou atrás das coisas necessárias hoje e amanhã a tarde.

 

— Ok, se é o que você diz... — ergueu as mãos em rendição. — E o que quer que eu faça?

 

— Simples, você vai apenas vigiar.

 

 


Notas Finais


Ficou grande, né? :P

O que acharam?

Estamos na reta final ;~; só mais 5 capítulos!

QUEM CURTE JIHOPE?? LEIAM MINHA FIC: https://spiritfanfics.com/historia/sob-a-luz-da-lua--jihope-7681126

Até o próximo e... Bjs de luz! *3*


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