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História Lost Lovers - NamJin - Rainy day


Escrita por: Makita_Kiyo

Notas do Autor


Antepenúltimo :')

Voltei rapidinho com o capítulo novo, hein kkkkkkkkk *batendo palmas pra mim mesma*

Boa leitura e até as notas finais o/

Capítulo 18 - Rainy day


Fanfic / Fanfiction Lost Lovers - NamJin - Rainy day

Após o término da segunda aula, Namjoon caminhou sem pressa até a sala três de exatas. Ele havia cogitado em levar Seokjin consigo, mas achou melhor ir sozinho já que o loiro não sabia do que se tratava. Quando ele chegou à sala notou que a mesma estava já completamente vazia, então resolveu entrar e esperar.

Assim que ele passou pela porta e deu alguns passos, ouviu a mesma ser fechada. Ao olhar pra trás viu uma garota morena muito bonita que ele conhecia muito bem. Nayeon estava ali na frente da porta olhando para baixo. Namjoon queria saber logo sobre o que a garota queria falar com ele para que ele pudesse ir embora logo antes que a chuva ficasse pior do que já estava.

— O que quer, Nayeon? — perguntou impaciente.

— Podemos conversar? — a garota perguntou num tom baixo e triste.

— Conversar sobre o que? Me poupe.

— Por favor... Vai ser rápido. — insistiu.

— Tá. — o loiro de apoiou na mesa do professor. — Fale o que quer.

— Nammie-ah, voc-

— Não me chame assim. — interrompeu rudemente a morena.

— Desculpe... V-Você está namorando, Namjoon?

— Era isso? Você me chamou aqui pra saber se eu estou namorando ou não? — irritou-se por ter perdido seu tempo e ameaçou levantar-se e ir embora.

— Não foi só por isso! — disse rápido antes que o loiro sequer se levantasse. — Mas... e então? Está ou não está?

— Estou. — a morena ficou aparentemente magoada.

— Ela é melhor que eu? — a garota encarava seus pés e não conseguiu fazer a pergunta olhando na cara de Namjoon.

— É sim, ele é muito melhor que você.

— Ele? — Nayeon o olhou com o cenho franzido.

— Sou bi. Já se esqueceu desse detalhe? — o loiro perguntou erguendo uma sobrancelha.

— Não, mas... Ah, sei lá... Nunca pensei que fosse sério mesmo, achei que falasse isso da boca pra fora.

— Só isso? — se referiu a "conversa".

— Não, calma... É... Eu o conheço?

— Ah vamos parar com essa palhaçada? — disse já sem paciência para aquele circo. — Você me chamou pra conversar, mas você fica me questionando sobre meu namorado? Se eu soubesse que quem tinha me chamado era você eu nem tinha vindo. E outra, acho que você não o conhece não e espero que nunca venha a conhecer.

O loiro se levantou e foi em direção à porta, mas foi parado por uma Nayeon que foi avançando em cima dele. Namjoon foi recuando os passos até ser encurralado na mesa onde ele estava sentado há pouco, e antes que pudesse fazer ou falar qualquer coisa, Nayeon o calou um beijo.

Namjoon segurou a garota pelos ombros e tentou afastá-la, mas a mesma não se mexia de jeito nenhum. Ela estava cem por cento determinada em beijar o ex-namorado sem ligar para o resto. O loiro fechou os olhos por impulso, por raiva e por nojo, e acabou não vendo seu Seokjin assistindo àquela cena pelo vidro da porta.

O moreno saiu de lá poucos segundos depois, e graças à chuva seus passos não foram ouvidos nem quando ele chegou nem quando ele foi embora. Nayeon achou que Namjoon havia parado de tentar afastá-la e fraquejou um pouco. Quando Namjoon percebeu o descuido da garota, ele a empurrou forte o suficiente para que ela cambaleasse uns três passos pra trás.

— Ficou louca?! — exclamou irritado enquanto limpava os lábios com a manga do blazer.

— Eu precisava fazer aquilo!

— Precisava o caralho! Eu sou comprometido porra! Você não tem vergonha na cara não?!

— Antes de sair me diga o que esse moleque tem que eu não tenho?! — aumentou o tom de sua voz.

— Não se refira ao meu namorado como moleque. — apontou o dedo na cara dela, irritado. — Ele tem tudo que você não tem. Ele tem educação, inteligência, gentileza, amor e beleza.

— Você me chamou de mal-educada, burra, grossa, insensível e feia, é isso? — perguntou indignada.

— Pense o que quiser. Agora, se me der licença eu vou embora.

Namjoon ignorou os protestos da garota e seguiu para o banheiro masculino mais próximo. Tudo o que ele mais queria fazer era sentar ali no chão e chorar de raiva por ter deixado sua ex o beijar, mas não foi culpa dele. Para esfriar um pouco a cabeça ele jogou uma água no rosto e lavou bem a boca — sorte a dele que Nayeon não enfiou a língua dela ali, se não o loiro engoliria todo sabonete líquido do banheiro.

Ele passou uns minutinhos no banheiro apenas encarando seu reflexo e pensando sobre a vida, e resolveu ir para o seu armário buscar suas coisas para finalmente poder ir pra casa. Ao chegar ao armário, Namjoon não notou o colar com a aliança de Seokjin preso ao cadeado, apenas o viu ali quando pegou o cadeado para destrancá-lo.

— Mas o que... — franziu o cenho e murmurou baixinho.

Será que ele viu? Não, ele foi pra casa assim que a aula acabou... Não foi? Eu pedi para que ele não me esperasse... A chuva! Ele me esperou para irmos juntos! Ele viu tudo..! — pensou o loiro, desesperado.

Namjoon nem sequer abriu o armário para pegar suas coisas, apenas abriu o fecho da corrente e guardou a peça num bolso do blazer que possuía zíper. Sem hesitar, o loiro abriu a porta e saiu correndo na chuva. Seokjin já deveria ter chegado em casa a essa hora, já que ele mora só à três quarteirões da escola, mas mesmo assim Namjoon correu na esperança de encontrar o amado.

Seokjin havia sim saído da escola há alguns minutos, mas sua mente entrou em parafuso algumas vezes enquanto ele caminhava, fazendo com que ele parasse de andar de vez em quando. A voz em sua cabeça o dizia que Namjoon havia o usado esse tempo todo, e o moreno estava começando a acreditar nessa tal voz que não lhe era uma voz estranha, era sua própria voz.

— SEOKJIN! — o loiro gritou ao ver seu namorado ao longe já quase na esquina de seu prédio.

Aquele grito tirou Seokjin de suas loucuras e fez com que o mesmo olhasse para trás, vendo um Namjoon todo ensopado e correndo como o inferno. O moreno não estava pronto para encarar o loiro, então ele apertou o guarda-chuva entre os dedos e saiu correndo. Namjoon apertou o passo e agarrou seu braço, impedindo Seokjin de fugir. Quando Namjoon encarou Jin pode ver os olhos do namorado vermelhos e inchados. Ele havia feito Seokjin chorar.

— Me solta! — exclamou o moreno.

— Não até você me ouvir.

— Não preciso ouvir nada, Namjoon! Eu já vi o suficiente! — tentou puxar seu braço para soltá-lo do loiro.

— Não aconteceu o que você está pensando! — Namjoon começou a se defender e a explicar a situação.

— E no que eu estou pensando, hein?!

— Que eu traí você.

— E não traiu?! Me poupe, Kim Namjoon! Como eu já disse eu já vi o suficiente! — o moreno esbravejou.

— Por favor me escute, pequeno...

— Não me chame assim! Já chega, me solte!

— Não. — segurou-o um pouco mais forte.

— Está me machucando!

— Me desculpe... — soltou o braço do garoto. — Por favor me deixa explicar... — suplicou enquanto o outro esfregava a mão na área onde Namjoon apertou.

— Não quero explicações, eu já entendi tudo já.

— Do que está falando?

— Ah você sabe, Namjoon, não se faça de bobo! Você me usou esse tempo todo! Você sequer gostava de mim, apenas tirou proveito de um cara fragilizado! — a essa altura lágrimas já escorriam livremente pela face de Seokjin. — Você é igual à Hyosang! Vocês dois me usaram pra sexo! Suma da minha vida! Nunca mais quero olhar na tua c-

O loiro, que também derramava lágrimas, calou o moreno antes que este dissesse mais alguma besteira. Não fora um beijo aprofundado, fora apenas um selar demorado. Quando Namjoon avançou em si, Seokjin havia deixado o guarda-chuva cair e o vento o levou pra longe. Mesmo com a chuva, ambos podiam sentir o gosto salgado das lágrimas no selar, mas não se afastaram. Seokjin sentiu uma boca gélida o beijar, ao contrário da quente que ele já estava habituado.

Namjoon afastou o rosto ao parar o beijo e recebeu um tapa estalado no rosto. Seokjin não sabia de onde tinha tirado forças e coragem pra fazer aquilo, quando deu por si ele só ouviu o som ecoar pelas ruas. O tapa foi tão forte que o rosto do loiro tombou cerca de trinta e cinco a quarenta graus para a direita. Ele levou sua mão à bochecha esquerda e acariciou o local que formigava, ainda em choque pelo o que acabou de acontecer.

Seokjin estava ensopado, ofegante, choroso, e com frio debaixo daquela chuva. Ele aproveitou que Namjoon estava estático e correu para seu prédio, subindo as escadarias no mesmo ritmo apressado sem ao menos olhar pra trás. Namjoon correu atrás dele com todas as suas forças, e teria alcançado o moreno se este não tivesse batido a porta do apartamento em sua cara.

— VÁ EMBORA! — gritou Seokjin.

O moreno havia trancado a porta e se encostado nela. O loiro estava com as mãos espalmadas na porta e com a testa quase tocando a enorme superfície de madeira que o separava de Seokjin.

— Jin... Por favor... — Namjoon pediu baixo, desesperado.

O loiro estava aos prantos. Na verdade, os dois choravam como o inferno.

Como um dia que começou tão bem terminou assim?

— Namjoon, só... só vá embora... Não piore as coisas... — Seokjin tentou controlar sua voz ao máximo para que ela não saísse falha, mas não adiantou.

— Me escute... Por favor... Eu te imploro...

O tom das palavras de Namjoon atingiu Seokjin em cheio. Era um tom sôfrego, um tom que abalou profundamente o restante das estruturas de Seokjin.

— Se você não for embora eu vou chamar a polícia! — nem mesmo o moreno acreditou que ele havia apelado pra polícia.

— Pequeno... Por favor...

Namjoon fechou os olhos e seu corpo não aguentou permanecer de pé ali, ele simplesmente foi caindo devagar até que Namjoon estivesse de joelhos no chão.

— Já disse pra não me chamar assim droga... — o choro de Seokjin se intensificou e ele perdeu as forças que tinha nas pernas, escorregando até sentar-se no chão. — Por que você complica tanto as coisas? Não vê que já está sendo difícil o bastante para nós dois?!

Agora estavam ambos no chão, Namjoon de joelhos e sentado encima de suas panturrilhas, com a cabeça e as mãos na porta; e Seokjin sentado com as pernas dobradas.

— Jin... Meu amor... Não faz assim...

Meu amor.

Aquelas palavras fizeram o peito de Seokjin doer. Mais e mais lágrimas brotaram em seus olhos e escorreram por sua face. Ele apoiou seus cotovelos em seus joelhos e levou suas mãos aos seus olhos. Jin, que antes derramava suas lágrimas em silêncio, parecia uma criança chorando, com direito a sons e soluços. Namjoon conseguia ouvi-lo do outro lado da porta e ele sabia que Seokjin estava sofrendo do mesmo jeito que ele estava.

— Abra a porta... Vamos conversar...

— Vou ligar pra polícia! — repetiu a ameaça exclamando irritado.

— Não tenho medo da polícia, Jin.

— O que eu tenho que fazer pra você ir embora?! QUER QUE EU DIGA QUE TE ODEIO?!

O coração de Namjoon pulou uma batida. Acho que era capaz do loiro sofrer um enfarto e morrer caso Seokjin dissesse que o odeia. Namjoon preferiria ser torturado, morto, e até mesmo ter que passar o resto da vida sem ter Seokjin ao seu lado do que ouvir o próprio Seokjin dizer que ele o odeia.

— N-Não... Eu... Eu já vou... — Namjoon diz derrotado e após uma breve pausa retoma sua fala. — Eu...

— Tchau. — o moreno o interrompe.

... te amo. — completou mentalmente.

Destruído fisicamente, emocionalmente e psicologicamente, Namjoon se levanta, olha para a porta do apartamento mais uma vez e desce as escadas. Seokjin ouviu os passos do outro se distanciando pelo corredor, e quando não ouviu mais nada desabou de novo. Nunca ele havia chorado tanto. Ele teria que ligar para seu chefe, pois não tinha a mínima condição dele ir trabalhar hoje.

O loiro caminhava pela chuva parecendo um zumbi. De fato, sem Seokjin, Namjoon estava morto. Quando ele chegou em casa encontrou sua mãe lá — tantos dias bons pra ela estar lá e ela tira folga bem no dia que o filho tomou um pé na bunda.

— Namjoon?! O que aconteceu?! — a mulher perguntou ao ver o filho ensopado tirando os sapatos na entrada da casa.

Namjoon não respondeu, apenas ergueu o olhar e sua mãe assustou-se com o que viu. Sua expressão estava vazia. O olhar de seu filho estava sem vida, sem brilho. A única coisa que brilhava em seus olhos eram suas lágrimas.

— Vamos lá tomar um banho quente, filho. Depois você me conta o que houve, ok?

A mulher se assustou novamente quando o filho pôs a mão nos olhos e agachou, chorando. De repente Eunji enxergou seu menino de cinco anos chorando depois de ralar o joelho brincando, e foi abraçá-lo. Seu filho ainda era seu menininho que precisava de consolo e apoio. Ela não ligou para as vestes encharcadas do filho, nem ligou quando ele a abraçou mais forte ainda, ensopando-a junto.

Eunji deixou que seu filho colocasse todas as suas mágoas pra fora naquele instante. E Namjoon despejou tudo na mãe, ele a contou sobre o que aconteceu com Nayeon e sobre a briga com Jin. A mulher ouviu tudo atentamente, e apesar de não ter gostado do fato de que Seokjin nem ao menos ouviu o que aconteceu de verdade, ela entendeu os motivos do moreno de terminar — se é que eles realmente terminaram.

 

~

 

— Namjoon, você deve comer alguma coisa. — Eunji disse ao entrar no quarto do filho com uma bandeja com sopa.

Após um banho quente, Namjoon passou o restante do dia na cama debaixo das cobertas. Ele não fez nada além de chorar num quarto escuro, silencioso e frio. Havia momentos que ele parava de chorar, mas quando ele se lembrava de momentos com Seokjin naquele quarto as lágrimas voltavam a banhar sua face.

— Filho... — Namjoon permaneceu em silêncio, a única coisa que ele fez foi encolher-se ainda mais debaixo das cobertas.

A mulher desistiu de tentar fazer com que o filho comesse e saiu do quarto, fechando a porta em seguida. Após deixar a bandeja na mesa da cozinha, Eunji procurou seu telefone celular e discou o número de Hoseok — que atendeu no segundo toque.

— Oi, tia Eunji! — cumprimentou-a, animado.

— Hoseokie, tem como você vir aqui em casa?

— Aconteceu alguma coisa? — o rapaz perguntou preocupado.

— É o Namjoon.

— Já estou indo. — a mulher não precisou dizer mais nenhuma palavra sequer, porque pelo jeito que ela falou parecia que o amigo estava com problemas.

 

~

 

Hoseok chegou em poucos minutos para o alívio de Eunji, que estava quase arrancando os cabelos de tanta preocupação.

— O que houve? — Hoseok perguntou após dar um abraço em sua segunda mãe.

— Jinnie terminou com Namjoon.

Quê?! — exclamou numa mistura de surpresa e indignação. — Como? Por quê? Quando? Onde?

— Calma, Hoseokie. — Eunji pronunciou-se, achando graça do desespero do "filho". — É melhor que Namjoon lhe conte. Foi por isso que te chamei aqui... Ele não come desde que chegou do colégio, e não saiu da cama o dia todo.

— São quase nove da noite... Ele não fez nem comeu nada desde o meio dia?!

— Aham... Tente falar com ele, sei que ele vai te ouvir.

— Vou tentar. — o garoto sorriu sem mostrar os dentes e subiu as escadas rumo ao quarto do melhor amigo.

Hoseok estava acostumado a lidar com essas situações em casa. Jimin ainda morava com ele, e não era como se Hoseok achasse ruim, na verdade ele não pretendia deixar o namorado ir morar sozinho tão cedo. Mas saber que Namjoon estava mal o lembrou da época que ele havia brigado com Jimin, e seu melhor amigo o ajudou. Agora era sua vez de ajudá-lo. Só que antes de entrar no quarto do amigo, Hoseok precisou falar com alguém antes.

 

~ Mensagem on ~

 

Hoseok: Bebê, está acordado?

Jimin: Aham.

Hoseok: Sabe onde o Jin mora?

Jimin: Sei sim, por quê?

Hoseok: Preciso que vá falar com ele.

Jimin: Ué... Aconteceu algo com ele?

Hoseok: Ele e Namjoon terminaram.

Jimin: QUÊ?

Hoseok: Também reagi assim. Mas enfim, Namjoon está mal e acho que Jin possa estar também.

Jimin: Mas eu vou simplesmente aparecer lá? Quero dizer, nós nem somos tão próximos...

Hoseok: Mas vocês são amigos, não são? Apenas mande uma mensagem antes avisando.

Jimin: Vou me arrumar e vou lá.

Hoseok: Vou falar com Namjoon agora. Tchau, meu mochi.

Jimin: Tchau, meu Hobi.

 

~ Mensagem off ~

 

Guardou o celular no bolso e bateu na porta do quarto do amigo, não recebendo resposta alguma.

— Hey... — disse ao entrar no quarto.

Namjoon não se mexeu.

— Quer conversar?

O loiro não iria dizer nada, mas mudou de ideia.

— Ele me odeia. — murmurou baixo.

— Não diga besteiras! — repreendeu-o, sentando-se na cama ao lado de um Namjoon enrolado em cobertas. — Jin não te odeia.

Namjoon não disse nada, apenas sentiu algumas poucas lágrimas caírem silenciosas no travesseiro.

— Quer me contar o que aconteceu?

Antes de contar a história ao seu melhor amigo, o loiro suspirou pesadamente.

— Nayeon me beijou, Jin viu e brigou comigo. Foi isso.

— Como assim "foi isso"? Quero detalhes. Espera... Você disse que a Nayeon te beijou?

— Uhum. — murmurou.

— Me explica melhor essa coisa ai.

O loiro descabelado suspirou e se sentou na cama, encarando o amigo. Namjoon contou tudo a Hoseok, assim como havia contado à sua mãe mais cedo, desde a conversa com Kyung até a briga com Jin. O rapaz ouviu atentamente as palavras sofridas do amigo, que parecia querer desabar a qualquer momento.

— Tente falar com Jin depois. — sugeriu o castanho. — Ele estava com a cabeça quente, quando ele estiver mais calmo certamente irá te ouvir.

— Ele disse que não quer olhar mais na minha cara, Hoseok.

— Como eu disse, Jin estava com a cabeça quente.

— Acha mesmo que ele vai me escutar?

— Namjoon, já passei por isso com Jimin. Ele vai te escutar e vocês vão reatar.

O loiro não disse nada, mas só de pensar que Jin poderia perdoá-lo — nas palavras de Hoseok — já o deixava feliz. Ele entenderia se Seokjin não quisesse voltar a namorá-lo, mas se ele tivesse seu perdão ele estaria em paz.

— Sua mãe me disse que você não comeu nada o dia todo. Vou trazer algo pra você.

— Se for aquela sopa pode esquecer.

— Vou trazer o que a tia mandar e você vai comer.

— Ah não, Hoseok... Você não vai fazer isso comigo não né?

— Ah se vou.

— Traidor.

— Prazer. — brincou. — Melhores amigos servem pra isso. — o loiro bufou. — Já volto.

O castanho saiu do quarto feliz por ter descontraído um pouco o amigo depressivo, desceu as escadas e encontrou Eunji pensativa sentada a mesa de jantar.

— Vim pegar algo para ele comer.

— Fiz uma sopa pra ele mais cedo, já deve estar fria a essa hora, mas posso esquentá-la.

— Perfeito, tia! — sorriu, mas por trás de um sorriso doce estava um sorriso malicioso só de pensar em fazer o amigo ter que tomar a bendita sopa.

— Mas ele não quis comer...

— Só trago esse prato de volta quando ele estiver limpo. — riu. — Vou fazê-lo comer.

A algumas quadras dali Jimin chegava de táxi ao prédio de Jin. O rapaz vestia calças e dois moletons por causa do frio. Não chovia na hora, mas ele carregava consigo um guarda-chuva por precaução.

Jin passou o dia como Namjoon, ou quase. Depois de chorar horrores quando o loiro foi embora, o moreno tomou um banho quente e preparou algo quente para comer, afinal não queria pegar nenhum resfriado. Depois ficou vendo alguns filmes aleatórios que passaram durante o dia. Ele passou o dia debaixo das cobertas, assim como Namjoon, e chorou algumas vezes ao longo do dia.

Ele ainda estava debaixo das cobertas quando ouviu batidas na porta. Jin iria ignorar, pois pensava que pudesse ser Namjoon, mas uma voz conhecida o chamou.

— Jin? Você está ai?

Jimin? O que ele faz aqui? — pensou o moreno.

O Kim saiu do emaranhado e cobertas e caminhou até a porta, abrindo-a e dando de cara com o moreninho.

— Ah... Oi, Jin... É... — o pequeno estava nervoso e deixava isso bem claro. — O Hoseok me disse que você estava mal... Quer conversar?

— Vamos, entre. Está frio aqui. — e de fato estava mesmo, já que os corredores do prédio não tinham aquecedores.

— Licença... — disse passando pela porta.

— Eu fiz chocolate quente tem um tempo, deve estar morno agora, mas posso esquentar. Podemos ficar vendo tv... — sugeriu. — Eu gostei bastante da sua visita, Jimin... Ter companhia nessas horas é bom, mas não quero falar sobre o que aconteceu ainda. Outra hora eu te conto, ok?

— Eu entendo, eu vim aqui pra não te deixar sozinho mesmo. — sorriu sem mostrar os dentes, mas ainda sim fazendo seu belo e reconfortante eye smile. — Se eu soubesse antes teria vindo mais cedo...

— Não tem problema, sério. Fico feliz que tenha se preocupado comigo. — sorriu. — A cama é o sofá, tá meio bagunçado ali, mas fique a vontade.

De volta à casa dos Kim, Hoseok fazia seu melhor amigo tomar cada gota daquela sopa, mesmo contra a vontade do outro, que protestava a cada colherada.

— Tô cheio.

— Vou ter que te dar na boquinha, Kim Namjoon? — o loiro negou rapidamente com a cabeça. — Então continue comendo.

— Quem precisa de inimigos, não é mesmo? — murmurou.

— O que disse? — perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— Nada.

— Foi o que pensei mesmo. Agora continue comendo. — disse novamente ao amigo.

O loiro fez uma careta chorosa e deu mais uma colherada na sopa. Hoseok só queria ajudar e Namjoon tinha consciência disso e seria eternamente grato ao amigo, afinal o castanho o fez esquecer-se de Seokjin por um tempo.

Como prometido, Hoseok deixou o prato na pia vazio e o amigo devidamente alimentado na cama, para a alegria e o alívio de Eunji. Como estava ficando tarde, o castanho despediu-se do loiro e de sua “tia” com abraços e promessas de voltar em breve. Enquanto saía da casa, o rapaz pegou o celular e ligou para um táxi, passando o endereço da residência de Seokjin, já que iria pra lá buscar o namorado.

Jimin e Jin assistiam a um desenho qualquer que passava na tv enquanto bebiam chocolate quente e comiam pipoca. Bela combinação essa, mas segundo Jimin pipoca caía super bem com chocolate. Jin pulou da cama ao ouvir batidas na porta, e quando atendeu viu um Hoseok procurando o namorado. Óbvio que ele não iria dizer que estava com Namjoon — isso poderia acabar com a paz momentânea de Jin —, então só disse que veio buscar Jimin porque estava tarde, afinal passava das dez da noite. Após se despedirem, Jimin e Hoseok foram até a calçada, onde ficaram conversando enquanto esperavam o táxi.

— Como foi com ele?

— Jin não quis conversar sobre o ocorrido. — o menor se virou de frente para o namorado, que segurou em sua cintura. — Como foi com Namjoon?

— Quase tive que fazer aviãozinho pra ele comer. — sua fala fez Jimin rir e em seguida abraçar o maior pelo pescoço. — Namjoon me contou o que houve... Jin sequer quis escutar sua versão dos fatos.

— Tomara que esses dois se resolvam logo... — Jimin se encolheu no peito do namorado, que o abraçou apertado.

Nenhum dos dois disse mais nada, ficaram apenas ali, abraçados, numa noite fria a espera de um táxi.

Jin viu, pela janela, o casal se abraçando e não pôde evitar de lembrar de si e Namjoon. O moreno apagou a televisão, e no momento em que se deitou milhares de lembranças vieram a tona em sua mente. As lágrimas fizeram-lhe companhia naquela noite fria de começo de inverno.

 

~ Quatro dias depois ~

 

Já era sexta-feira e Namjoon não havia dado as caras na escola a semana toda. Todos acharam estranho, especialmente Seokjin.

Tudo bem que terminamos, mas não quer dizer que você tem que faltar à escola, idiota...

Além de segunda, Hoseok passou na casa do loiro na terça e na quarta, mas por falta de tempo não pôde ir visitá-lo na quinta e hoje também não teria como. Taehyung achou que Namjoon estava fazendo pirraça faltando às aulas e Jungkook ficou bravo com o namorado por achar aquilo.

Jin evitou ficar com os meninos durante os intervalos para evitar perguntas, mas na aula de química, quarta-feira, o moreno sentiu um vazio por não ter Namjoon ali consigo na bancada. Isso sem mencionar as aulas de história — que ambos também faziam juntos. Em quem Seokjin iria prestar atenção durante as aulas? Nas explicações? Estava absolutamente fora de cogitação.

O moreno já havia voltado pra casa e almoçado. Logo ele teria de ir ao trabalho, e faria isso sem fazer o trajeto que estava habituado. Por quê? Porque o caminho que Seokjin geralmente fazia era o que passava pela casa dele. Desde terça o moreno vinha percorrendo uma rota alternativa para ir trabalhar.

Após um longo, cansativo e tedioso dia lavando carros no posto de gasolina, Seokjin pôde — enfim — voltar para casa. Por volta das sete e meia o rapaz punha os pés em seu prédio e, exausto, foi subindo devagar os lances de escadas. Quando ele chegou ao seu andar, viu uma figura conhecida batendo em sua porta e o chamando.

— Eunji?

— Ah! Seokjinnie, querido! — a mulher visivelmente acabada veio ao seu encontro, abraçando-o forte.

— Você está bem? Aconteceu alguma coisa?

— Eu? Eu estou ótima, querido. O problema é o Namjoon.


Notas Finais


90% concluídos :')

Vou tentar atualizar o mais rápido possível, ok? Quero terminar a fic logo porque tenho outras fics pra lançar aqui >.< (mas ao mesmo tempo eu não quero acabar minha filha T.T)

Até o próximo eeeeee..:

Bjs de luz *3*


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