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História Lost Memories - No Hospital..


Escrita por: Miillss

Notas do Autor


Olá, mais um capítulo, espero sinceramente que vocês gostem =)

Capítulo 3 - No Hospital..


Quando chegamos à sala de emergência do hospital , fui imediatamente levado para fazer um raio-X e uma tomografia computadorizada. A equipe médica descobriu um grande inchaço atrás da minha orelha esquerda, que pensaram indicar a possibilidade de uma fratura craniana. Quando terminei os exames, Regina já estava recebendo o tratamento salva-vidas em outra área da sala de emergência. Assim, não podia vê-la, mas eu sabia que as notícias não seriam boas. Afinal, eu a havia visto dentro dos destroços do carro, e os socorristas demoraram mais de meia hora para conseguir tirá-la de lá. Ninguém me dava uma resposta direta a respeito da condição dela. Como ela estava? Iria recuperar-se? Ficaria bem? Ninguém me dizia nada, e percebi que aquilo era um mau sinal. Mais tarde, fiquei sabendo que, quando uma das auxiliares de enfermagem ouviu dizer que Regina ainda estava viva, algumas horas depois de ser internada no hospital, ela recusou-se a acreditar. Ela nunca havia visto alguém sobreviver a ferimentos tão graves na cabeça. Assim que  chegou ao hospital, toda a equipe médica se concentrou na prestação de socorro a ela, embora aquilo não fosse motivo para eu reclamar. A equipe da sala de emergência havia começado um tratamento preliminar comigo, mas não aceitei receber qualquer sedativo ou passar por qualquer procedimento antes de saber o que estava acontecendo com a minha esposa. Já estava esperando há algum tempo quando um médico veio falar comigo. Ele agia com profissionalismo e confiança, mas, quando olhei em seus olhos, percebi que ele estava exausto. Ele me entregou um pequeno envelope pardo.
— Senhora Swan, lamento muito. Não consegui formular uma resposta antes que o médico deixasse o quarto. Não havia nada a fazer a não ser investigar o conteúdo do envelope. Eu o abri com a mão que não estava ferida e despejei o conteúdo sobre a outra. Vi o relógio de pulso  que havia mandado fazer para presentear Regina... E sua aliança de casamento. Quando lhe dei aquele anel, jurei protegê-la em tempos de necessidade e dificuldade. Definitivamente, esse era um momento de necessidade e dificuldade, mas eu me sentia impotente. Não havia nada que pudesse fazer para protegê-la. Meus pensamentos e emoções estavam bastante confusos dentro de mim. Eu sentia dor, e estava exausta, mas, acima de tudo, fiquei chateada por não saber como Regina estava. Mas, de repente, tudo que se passava pela minha cabeça, me  veio à ideia de que ela estava morta. Eu estava muito descrente para ficar triste. Não era por não estar disposta a acreditar que minha esposa estava morta; simplesmente não conseguia acreditar. Eu me sentia incapaz de aceitar o fato de que aqueles olhos castanhos haviam se fechado para sempre, e que eu nunca voltaria a ver aquele sorriso radiante que ela abria para mim do outro lado da mesa do jantar. Não conseguia acreditar que a mulher mais alegre e entusiasmada que conheci em toda minha vida fora arrancada de mim de forma tão selvagem. Meu cérebro simplesmente se recusava a processar a ideia de que, após dois meses de casamento, eu passava a ser viúva. Viúva. Algum tempo depois, uma enfermeira veio me examinar e me falar sobre o estado de Regina.
— Fizemos tudo que era possível, mas a condição da sua esposa não melhorou. Ela está além da possibilidade de auxílio médico. — Ela explicou. “Talvez ela esteja além da possibilidade de auxílio médico”, pensei. “Mas ainda posso pedir a Deus.” A enfermeira prosseguiu:
— Mesmo assim, ela está resistindo melhor do que qualquer pessoa na mesma condição. Ela é forte, e está em excelente forma física. O médico requisitou um helicóptero para levá-la a um hospital em Boston.Quando a levaram para fora da sala de emergência, eu a vi pela primeira vez, desde que havia sido tirado da cena do acidente, horas atrás. Ela estava deitada em uma maca, cercada por membros da equipe médica, que estavam cuidando do que parecia ser uma dúzia de mangueiras intravenosas de soro e aparelhos de monitoramento. A cabeça e o rosto da minha esposa estavam tão inchados e machucados que eu mal conseguia reconhecê-la. Seus lábios e orelhas estavam roxos pelos hematomas, e o inchaço era tão grave que suas pálpebras nem se fechavam. Os olhos dela me encararam com uma expressão vazia, e seus braços se moviam a esmo (eram mais sinais de trauma sério na cabeça). Sua temperatura corporal era instável, e a equipe a colocou dentro de uma capa térmica para o corpo inteiro. Para mim, parecia uma bolsa usada para transportar cadáveres. Levantei da cama onde estava e agarrei as duas mãos de Regina. Elas estavam horrivelmente geladas.
— Nós vamos sair dessa, amor. — Disse para ela. Sorri, mas senti as lágrimas chegarem mesmo assim. — Não vá morrer e me deixar aqui! — Implorei, com a minha boca a poucos centímetros do seu rosto. Ela tinha uma máscara de oxigênio sobre o nariz e a boca. Consegui ouvi-la respirando, de forma fraca e rápida. — Estamos juntos para sempre, você se lembra? Ainda temos muita coisa pela frente! Quando começaram a empurrar a maca de Regina para o helicóptero, percebi que eles não tinham planos de me deixar embarcar.
Deitado na cama do hospital, depois que o helicóptero levou Regina embora, ainda não acreditava que minha esposa, com quem havia me casado há apenas dois meses, pudesse morrer. Ela era tão cheia de vida, tão alegre.
Fio  telefonar para o meu pai. Por entre meu choro desesperado, consegui pronunciar algumas palavras.
— Eles levaram Regina de helicóptero para Boston, mas não me deixaram ir com ela. Você tem que vir até onde estou e me tirar daqui. Me leve até onde ela está. E desabei em lágrimas mais uma vez, dominado pelas emoções que tomavam conta de mim. Tinha que ver minha esposa mais uma vez, antes que ela morresse.

 


Notas Finais


Comentários são sempre bem-vindos e apreciados, me deixem saber o que estão achando ^^


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