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História Lost Memories - . No Hospital Parte 2


Escrita por: Miillss

Notas do Autor


Espero que gostem ♥

Capítulo 4 - . No Hospital Parte 2


Já havia se passado 1 hora desde que havíamos chegado ao hospital de Boston e eu já estava aflita com nenhuma notícia dada. Os médicos insistiram em me tratar e  quando  eles  já  tinham  terminado,  eu  disse a  eles  que  queria  ver a  minha  esposa  assim  que  fosse  possível.
— Quando  for  internada,  você  não  vai  poder  sair  para  ver  sua  esposa. — Alguém  explicou.   
— Então não vou aceitar ser internada.   Compreensivelmente,  eles  tentaram  argumentar  comigo,  mas  não  lhes dei  ouvidos. Eu me  recusei  a  ser internada  antes  de  poder ver  minha  esposa.   Eles  finalmente  concordaram  em  me  mandar  para  a  enfermaria  para ficar  em  observação,  e  disseram  que,  se  eu  mostrasse  sinais  estáveis, permitiriam  que  eu  visitasse  Regina.  Ela  ainda  estava  na  UTI,  e  me informaram  que  eu  poderia  ser  levado  até  ela  em  uma  cadeira  de  rodas.  Eles me  avisaram  sobre  o  que  eu  iria  ver.  Fui  informado  de  que  devia  me  preparar para  um  forte  choque  quando  visse    extensão  dos  ferimentos  que  ela  havia sofrido  e  o  enorme  número  de  aparelhos  no  quarto.  Mas  nada  daquilo importava para  mim.  Eu  simplesmente  estava  feliz  por  ela  estar viva.   Quando  chegamos  à  porta  da  UTI,  pedi  ao  técnico  de  enfermagem  que estava  empurrando  a  minha  cadeira  de  rodas  que  parasse.   
—  Se  houver  alguma  chance  de  que  ela  possa  me  ver,  quero  que  ela perceba  que  estou  caminhando.  Vou  até  ela  com  minhas  próprias  pernas.  — Expliquei  ao  rapaz.  Fiz força  para  me  levantar  da  cadeira  de  rodas  e  atravessei  a porta  a  passos  lentos.  
Fiquei  agradecida  ao  perceber  que  o  auxiliar  estava  logo  atrás  de  mim com  a  cadeira  de  rodas  enquanto  eu  andava,  porque,  assim  que  consegui  ver Regina,  caí  para  trás.  Era  difícil  de  acreditar,  mas  ela  não  precisou  passar  por cirurgias;  entretanto,  devido  às  lesões  cerebrais  que  havia  sofrido,  o  corpo  dela estava  ligado  a  todo  tipo  de  aparelho.  Seu  corpo  estava  preso  à  mesa,  e  ela  se mexia  tentando  se  soltar  das  correias  que  a  prendiam,  seu  corpo  estava  agitado pelas  convulsões.  Seus  olhos  e  lábios  ainda  tinham  uma  coloração  arroxeada  e escura.Pude  ver  que  havia  tubos  que  lhe entravam  pela  boca  e  pelo  nariz,  e  outros  que  desapareciam  por  baixo  dos lençóis;  as  mangueiras  das  bolsas  de  soro  estavam  conectadas  a  agulhas enfiadas  nos  dois  braços  dela,  e  também  em  um  dos  pés.  Havia  uma  sonda instalada  em  sua  cabeça  para  medir  a  pressão  entre  o  cérebro  e  o  crânio,  com fios  e  cabos  que  conectavam  o  aparelho  a  alguns  dos  monitores  que, literalmente,  enchiam  a  sala.   Ela  estava  sedada  e  não  tinha  condições  de  falar,  por  causa  de  todos aqueles  tubos  e  mangueiras,  mas  eu  estava  desesperada  para  que  ela  me enviasse  um  sinal,  ou  que  tentasse  se  comunicar  comigo  de  alguma  maneira. Voltei  a  me  levantar  da  cadeira  de  rodas  e  segurei na  mão  da  minha  esposa.   
­ —Sou  eu,  querida!  —  Eu  disse,  com  a  voz  baixa.  —  Se  você  consegue me ouvir, aperte  a  minha  mão.   Devido  aos  vários  outros  ferimentos,  bem  mais  urgentes,  ainda  não sabíamos  que  a  mão  pálida  e  fria  que  eu  estava  segurando  com  tanto  cuidado estava  quebrada.  Não  percebi  qualquer  reação  em  seu  rosto  depois  de  ter pronunciado  aquelas  palavras...  Mas  ela  apertou  a  minha  mão.   Uma  fagulha  de  esperança  se  acendeu  dentro  de  mim.  Regina  ainda estava  ali.  Em algum lugar,  debaixo  de  todos  aqueles fios  e  tubos,  minha  esposa ainda  vivia.  Foi  o  primeiro  sinal  de  vida  que  conseguimos  detectar  se fosse  preciso  usar  um  aparelho.  Embora,  aparentemente,  fosse  uma  coisa pequena,  eu  me  senti  tomada  por  uma  onda  de  alegria.   Os  médicos  não  ficaram  tão  animados  quanto  eu  com  a  reação  de Regina.  Na  opinião  deles,  era  muito  mais  provável  que  ela  viesse  a  morrer  do que  se  recuperar.   Não  demorou  muito  até  que  os  pais  de  Regina  e  sua irmã­  Zelena chegassem,  vindos  de  storybrooke.  Como  muitos  outros,  eles  passaram  as  horas agonizantes  da  noite  anterior  chorando  e  rezando  por  um  milagre.  Entretanto, quando  chegaram,  Cora e Henry  pais de Regina  estavam  incrivelmente  calmos,  mesmo depois  de  verem  sua  filha  coberta  por  tubos  e  fios,  com  o  rosto  distorcido  e quase  irreconhecível.
Como  geralmente  acontece  em  casos  como  esse,  os  horários  de  visita na  área  de  recuperação  da  UTI  eram  bastante  limitados.  Apenas  membros  da família  poderiam  entrar  na  unidade,  e  tinham  permissão  para  ficar  ali  por apenas  30  minutos.  Mesmo  assim,  os  médicos  nos  deixavam  ir  e  vir  sempre  que quiséssemos.  Se  qualquer  um  de  nós  estivesse  com  a  cabeça  tranquila  para pensar  no  por  que,  nós  teríamos  percebido  que  algo  não  estava  certo.  O  que não  sabíamos  era  que  os  médicos  de  Regina  haviam  informado  à  equipe  de enfermagem  que  deixassem  qualquer  pessoa  entrar,  a  qualquer  hora,  pois  ela morreria  dentro  de  poucas  horas.   Os  médicos  passaram  um  bom  tempo  nos  explicando  à  situação  de Regina.  Fomos  informados  de  que  havia  dois  problemas  principais,  e  um  deles tornava  o  outro  ainda  mais  grave.  A  primeira  situação,  e  também  a  mais perigosa,  era  o  problema  do  edema  no  cérebro  dela.  Aquele  inchaço  impedia que  o  sangue  fluísse  normalmente  até  as  células  do  cérebro  de  Regina, e  elas necessitavam  com  urgência  de  que  os  nutrientes  e  oxigênio  pudessem  chegar. O  segundo  problema  era  sua  pressão  arterial,  que  estava  perigosamente  baixa. Mesmo  que  não  houvesse  outras  complicações,  a  baixa  pressão  arterial  havia reduzido  o  fluxo  de  sangue  para  os  órgãos,  especialmente  para  o  cérebro,  o  que viria  a  resultar  em  danos  devido  à  falta  de  oxigenação.  Em  resumo,  o  edema  e  a baixa  pressão  representavam  uma  complicação  dupla.  Não  foi  preciso  que ninguém  explicasse  que  vasos  sanguíneos  constritos,  associados  a  um  baixo fluxo  de  sangue,  eram  uma  combinação  mortal.   Mas,  com  o  tempo,  como  Regina  estava  resistindo,  os  médicos começaram  a  pensar  que  ela  poderia  sobreviver,  apesar  de  todas  as  evidências contrárias.  Anteriormente,  no  período  da  manhã,  percebemos  um  sinal  de  que ela  não  ficaria  paraplégica  quando  conseguiu  mexer  os  dedos  das  mãos  e  dos pés.  Mesmo  assim,  de  acordo  com  os  médicos,  a  cada  minuto  que  o  cérebro recebia  uma  quantidade  insuficiente  de  oxigênio,  as  chances  de  que  ela pudesse  ter  uma  sequela  cerebral  permanente  aumentavam.  A  pressão intracraniana  havia  diminuído  um  pouco,  mas  voltara  a  aumentar  sem qualquer  aviso.  Eles  estimaram  que  seu  organismo  precisaria  de  24  a  48  horas para  reverter  o  edema  e  restaurar  completamente  a  oxigenação  do  cérebro. Quando  aquilo  acontecesse,  se  ela  ainda  estivesse  viva,  minha  mulher sobreviveria,  mas  em  um  estado  vegetativo  permanente.   Tivemos  que  aprender  o  que  significavam  as  informações  apresentadas em  cada  um  dos  aparelhos  no  quarto,  e  passamos  o  resto  do  dia  observando  os números  subirem  e  descerem.  Embora  soubéssemos  o  significado  daquelas informações,  não  tínhamos  qualquer  condição  de  ajudar  Regina.  Os  números em  uma  tela  eram  meramente  os  indicadores  da  vida  e  da  morte,  e  não  havia absolutamente  nada  que  qualquer  um  de  nós  pudesse  fazer  a  não  ser  sentar  e observá-los  piscando,  esperando  que  começassem  a  se  mover na  direção  certa.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!! até o próximo..


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