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História Lost Memories - Recuperação


Escrita por: Miillss

Notas do Autor


Obrigada pelos comentários e favoritos.
Boa leitura!

Capítulo 5 - Recuperação


Por causa de todo o estresse e drama das últimas 24 horas, nós demorámos um pouco para lembrar que não  estávamos completamente impotentes, afinal, ainda podíamos rezar. Todos ali sabiam que rezar nem sempre têm o resultado que esperamos, mas não havíamos sequer tentado ainda. Quando voltamos para a UTI, meus olhos buscaram automaticamente os monitores que passamos tanto tempo observando. Os números estavam melhores. A pressão intracraniana de Regina estava diminuindo, e continuava a diminuir conforme o tempo passava. As enfermeiras entravam e saíam da sala de tempos em tempos, e finalmente uma das enfermeiras chamou um médico, porque estava preocupada com a possibilidade de que a sonda houvesse saído do lugar. Ela não achava que os números nos monitores podiam estar certos. O médico verificou a sonda, mas ela estava em ordem. Mesmo assim, embora a pressão no cérebro de Regina continuasse a diminuir, sua pressão arterial continuava gravemente baixa. As pessoas chegavam e telefonavam a todo o momento, querendo saber como Regina estava. Passaram -se três semanas que Regina estava na UTI.. Estavámos saindo da capela para vê lá. Quando voltamos para o quarto de Regina, percebemos que sua pressão arterial estava aumentando gradualmente. Quando uma enfermeira entrou e verificou a situação, ela ficou de queixo caído. Olhou para mim e apontou para o monitor de pressão. 

 — Olhe para os valores da pressão. — Ela disse, finalmente. Estávamos olhando. Era impossível tirar os olhos do mostrador. Estava voltando ao patamar normal. Conforme as horas passavam, Regina, gradualmente, ficou mais alerta. Seus sinais vitais estavam se aproximando de níveis considerados normais, e logo ficou claro que ela conseguiria recobrar pelo menos algumas de suas funções básicas. No decorrer dos dias seguintes, eu me esforcei para descansar e recuperar um pouco da minha força. Ainda não conseguia ficar em pé por muito tempo devido aos ferimentos nas costas e nas costelas, mas, mesmo assim, várias vezes durante o dia, eu ia vagarosamente até o quarto dela. Ela continuou a melhorar e, na segunda-feira após o dia de Ação de Graças, , foi transferida da UTI de Storybrooke para um quarto normal, e não precisou mais ficar ligada aos aparelhos de suporte à vida. Embora Regina estivesse razoavelmente alerta, em algumas raras ocasiões, ela ainda estava tecnicamente em coma. Entre as muitas coisas que aprendi naqueles dias, uma delas foi que havia 15 níveis diferentes de coma na escala 7que usavam para classificar o estado de Regina, e os níveis menos sérios incluíam estados em que o paciente poderia até mesmo estar alerta e ser capaz de fazer alguns movimentos. Aquele era o caso de Regina. Ela passava a maior parte do dia dormindo, mas como os tubos de respiração e alimentação haviam sido retirados de sua boca, eu sabia que havia uma pequena possibilidade de que ela conseguisse falar. Estava desesperado para ouvir o som da voz dela desde que gritara o nome da minha esposa nos segundos que sucederam o acidente. Houve muitas ocasiões em que pensei que nunca mais voltaria a ouvir a voz dela. Cheguei até mesmo a sonhar que ela estava conversando comigo. Eu queria demais poder ouvir aquela voz novamente. Com a permissão do médico, eu colocava pequenos pedaços de gelo em sua boca. Quando eu tocava os lábios dela com um dos pedaços, ela o ingeria. Os lábios de Regina já não estavam tão arroxeados. Eles estavam bastante pálidos e ressecados, mas eu conseguia sentir seu calor e o hálito dela em minha pele, conforme ela inspirava e expirava. Depois de dar mais alguns pedaços de gelo a ela, coloquei meu rosto a poucos centímetros do dela. 

 — Eu amo você, Regina eu disse, delicadamente. — Eu também amo você. Não conseguia acreditar! Minha esposa não havia apenas falado, mas ela havia dito às palavras que eu mais desejava ouvir. A minha Regina havia retornado. O simples fato de ouvir aquelas palavras fez com que eu soubesse que tudo ficaria bem. Os médicos pensavam que a declaração de amor que Regina me fizera fora apenas uma reação baseada em seus reflexos. Eles alegavam que ela, provavelmente, não entendia o que qualquer um de nós estava dizendo; seu cérebro sabia apenas que “eu também amo você” era a resposta padrão para “Eu amo você”. De acordo com a perspectiva médica, eu sabia que aquilo era verdade. Mas, para uma mulher que estava desesperada para recuperar sua esposa, aquelas palavras me davam esperança. Elas eram mais um passo no caminho de volta para a nossa vida, embora ainda não houvesse como saber se ela conseguiria se recuperar completamente. Nos raros momentos em que os olhos de Regina se abriam, eles ficavam imóveis, como os olhos de uma boneca. Ela olhava para as coisas sem dar qualquer sinal de que as reconhecia, e era óbvio que ela não fazia ideia do que estava acontecendo. Uma solução de curto prazo para resolver esse problema acabou se mostrando bem simples. Depois de nos perguntarmos durante algum tempo a respeito daquela falta de concentração, seu pai repentinamente se lembrou de que ela provavelmente não estava enxergando bem. Suas lentes de contato foram removidas depois do acidente, e ninguém tivera a ideia de colocar-lhe os óculos no rosto. Quando fizemos aquilo, percebemos uma diferença imediata. Ela ficou muito mais consciente em relação aos seus arredores durante os momentos em que estava desperta. A primeira coisa em que prestou atenção mais demoradamente foi em um prato de gelatina que estava do outro lado do quarto, que fez com que ela ficasse mais animada do que estava até então. Fiquei muito feliz quando ela começou a se concentrar mais em mim, enquanto falava com ela. Foi uma pequena vitória que nos levou para mais perto do dia em que eu teria a minha Regina de volta. Regina logo teve forças para se sentar na cama, em seguida, para ficar em pé e depois dar alguns passos vacilantes pelo quarto e de volta para a cama, ladeada por mim e por um dos técnicos de enfermagem. Entretanto, mesmo com aquela ajuda, ela não foi capaz de levantar seus pés do chão. Seu pé direito se arrastava, e seu pulso estava contorcido. Ficou óbvio que ela havia sofrido algum tipo de sequela neurológica. Era muito difícil ter que observar ela esforçando-se tanto para conseguir apenas colocar um pé à frente do outro. Entretanto, poder se mover era um sinal de que ela provavelmente recuperaria bastante de seu equilíbrio e coordenação motora para que pudesse voltar a andar sozinha no futuro. Ela sabia como andar, mas ainda não estava forte o bastante para fazer aquilo. Enquanto dava seus primeiros passos com bastante dificuldade, eu a estimulava a continuar. Quando eu falava, ela olhava para mim. 

 — Eu amo você, Regina — Eu dizia, enquanto olhava em seus olhos. — Eu amo  você também. — Ela dizia várias vezes, mas sem qualquer inflexão vocal ou expressão facial. Eu esperava poder ver ou ouvir a minha velha Regina, mas ela ainda não estava lá. Não demorou até que ela estivesse em condições de comer pudim e outros alimentos moles. Como ela não tinha condições de se alimentar sozinha naquele ponto, eu a alimentava enquanto ela estava sentada na cama. Às vezes ela olhava para mim ou para a comida, mas, na maior parte do tempo, ela simplesmente olhava para a parede em frente.   


Notas Finais


Muito ruim???


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