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História Lost Memories - Perdida..


Escrita por: Miillss

Notas do Autor


Desculpe minha demora, e aproveitem o capítulo me digam no que devo melhorar, certo?!

Capítulo 6 - Perdida..


 Depois  que  Regina   passou  por  uma  nova  bateria  de  exames,  nós  a instalamos  em  seu novo  quarto.  Não  demorou  muito  até  que  outro  médico  viesse  e se  apresentasse.  Ele  era  um  dos  membros  da  equipe  do  Dr.  Bolton.  O  Dr.  Bolton seria  o  médico  responsável  por  Regina,  como  explicou  o  médico  associado,  e viria  examiná-la  bem  cedo  na  manhã  da  próxima  segunda-feira.  Como estávamos  em  uma  sexta-feira,  teríamos  o  fim  de  semana  todo  para  nos acostumarmos  com  aquele  ambiente  antes  que  Regina  começasse  sua  terapia, dali  a  alguns  dias.  Embora  eu  nunca  pudesse  imaginar  que  estaria  em  um centro  de  reabilitação  depois  de  apenas  dois  meses  de  casada,  tinha  um  bom pressentimento  a  respeito  daquele lugar. O hospital era  especializado,  mas  os  quartos  eram  como  os  de qualquer  outro:  móveis  simples e  paredes  pintadas  em  um tom  que  ficava  entre o  amarelo  e  o  bege.  O  quarto  de  Regina  ficava  diretamente  abaixo  do heliporto,  então  nós,  frequentemente,  ficávamos  incomodados  com  o  barulho dos  helicópteros  pousando  e  decolando.  Ela  também  teve  o  privilégio  de  ficar num  quarto  vizinho  ao  de  uma  senhora  que  apelidamos  de  Dama  dos  Gemidos, porque  ela  passava  horas  gemendo.  Entretanto,  apesar  do  barulho  que  vinha  de todos  os  lados,  também  tínhamos  momentos  de  paz  e  tranquilidade.  O  quarto de  Regina tinha  uma  janela que  dava  para  um pátio interno,  cheio  de  canteiros de  flores  e  passarelas.  Não  havia  nada  florindo  na  primeira  semana  de dezembro,  mas  eu  ansiava  pela  possibilidade  de,  algum  dia,  poder  dar  um passeio  por  ali  com ela  ao  meu  lado.  Ela  já  havia  progredido  bastante,  e estava  recebendo  o  melhor  tratamento  possível.  Imaginei  que  não  demoraria muito  até  que  estivéssemos  do  lado  de  fora  do  quarto  olhando  para  as  flores  e conversando  sobre  voltar  para  o  nosso  apartamento  e  nossa  vida.   Durante   Alguns  dos  outros  pacientes  haviam  passado  por acidentes  como o dela,  enquanto  outros  haviam  sofrido  AVCS  ou aneurismas.   No  dia  seguinte,  uma  enfermeira  e  eu  levamos  Regina  para  dar  seu primeiro  passeio  em  outra  parte  do  hospital.  Nós  empurramos  a  cadeira  de rodas  de  onde  ela  estava  até  o  refeitório  dos  pacientes  para  almoçar. Entretanto,  Regina  não  estava  preparada  para  ver  outras  pessoas  com problemas  neurológicos  debilitantes.  Percebi  que  ela  estava  com  medo  assim que  entramos  no  salão.  

— Isso  assusta  você,  não  é?  —  Eu  disse,  quase  involuntariamente,  sem saber  se  realmente  havia  dito  aquilo  em  voz  alta  ou  se  havia  apenas  formulado o  pensamento.  

— Sim.  —   respondeu,  com  a  voz  ainda  um  pouco  rouca  depois de  passar  cinco  dias  com  um  tubo  de  oxigênio  enfiado  em  sua  garganta.  Eu  não esperava  que  ela  me  respondesse,  e  senti  uma  explosão  de  alegria  apesar  do estresse  que  eu  sabia  que  ela  estava  sentindo.  Voltamos  para  o  quarto,  e Regina  fez  suas  refeições  ali  até  que  estivesse  em  condições  de  ir  para  o refeitório  geral  do  hospital.  Nosso  médico  aprovou  o  plano,  pois  ele  não  queria que  ela  tivesse  que  encarar  constantemente  os  efeitos  negativos  e  permanentes que  afetam as  pessoas  com  lesões  no  cérebro.  Em  vez  disso,  ele,  assim  como eu, queria  que  ela  recuperasse  sua  força e  se  concentrasse  em  melhorar a  cada  dia.   Embora  tivesse  uma  reação  bastante  ruim  ao  ambiente  do  refeitório,  o gosto  da  comida,  verdadeiramente,  era  um  dos  poucos  prazeres  que  a alegravam .  O  horário  das  refeições  acabou  por  se  tornar  um  momento  feliz  para nós  dois.  Ela  simplesmente  gostava  de  comer.  E  eu  adorava  as  refeições,  pois eram  praticamente  as  únicas  vezes  no  dia  em  que  Regina  se  mostrava  mais animada.  Enquanto  passávamos  aquele  tempo  juntos,  ela  começou  a  conversar mais,  e  parecia  estar  um  pouco  mais  próxima  a  mim  durante  as  nossas conversas.   Durante  aquele  primeiro  fim  de  semana  em ,  fomos  informados sobre  a  programação  diária  de  Regina.  Ela  começaria  o  dia  com  uma  sessão  de terapia  ocupacional,  na  qual  reaprenderia  habilidades  pessoais,  como  tomar banho  e  se  vestir.  A  seguir,  passaria  por  um  fonoaudiólogo,  que  identificaria possíveis  deficiências  da  fala  causadas  pelas  lesões  e  ensinaria  como  superar aqueles  problemas.  Sua  terceira  sessão  do  dia  seria  com  um  fisioterapeuta. Durante  esse  tempo,  ela  trabalharia  para  melhorar  a  coordenação  entre  as mãos  e  os  olhos,  o  equilíbrio  e  habilidades  motoras.  Finalmente,  faria  uma pausa  para  o  almoço.  Depois,  ela  passaria  as  tardes  trabalhando  com  tarefas caseiras  básicas,  tais  como  cozinhar,  passar  o  aspirador  de  pó  e  arrumar  a cama.   Era  difícil  acreditar  que ela  não  tardaria  a  ter  uma  agenda  cheia  de tarefas.  Afinal  de  contas,  ela  ainda  estava  tecnicamente  em  coma.  Na  verdade, os  médicos  não  considerariam  que  ela  tivesse  saído  totalmente  do  coma indicado  pela  escala  de  Glasgow  até  alguns  meses  após  o  acidente.  Quando chegamos  no hospital,  menos  de  duas  semanas  após  o  desastre,  ela  ficava acordada  apenas  durante  algumas  horas  por  dia,  e  estava  extremamente desorientada.  Em  sua  primeira  noite  em ,  ela  acordou  durante  a madrugada  e  tentou  ir  ao  banheiro  sozinha,  mas  acabou  ficando presa  na  grade de  proteção  da  cama  que  havia  sido  colocada  ali  para  sua  própria  segurança. Daquele  ponto  em  diante,  sempre  havia  alguém  dormindo  no  quarto  com  ela, todas  as  noites.  Aquela  tarefa  geralmente  ficava  a  cargo  da  mãe  dela,  pois  eu ainda  não  estava  em  condições  de  fazer  muita  coisa  devido  aos  meus  próprios ferimentos.   Como  Regina  ainda  estava  dormindo  mais  de  20  horas  por  dia  e  não conseguia  acompanhar  uma  conversa  por  mais  de  um  minuto  ou  dois.


Notas Finais


não revisei, então relevem qualquer errinho, até..


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