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História Lost toy - Amigo esgotável?


Escrita por: Mayiuki

Notas do Autor


Demorou pra uma edição, mas espero que não os tenha feito esperar demais. Enfim... Tenham uma boa leitura ;3

Capítulo 2 - Amigo esgotável?


Fanfic / Fanfiction Lost toy - Amigo esgotável?

- Olha, não entendo como isso funciona, mas é legal. - A risada soou pelo quarto, mas menos irônica que antes.


"Estar com você de novo é legal." Comento enquanto a observava ainda de cabeça pra baixo. "Poderemos papear sobre o que você quiser."


- Hm. Eu não tenho nada de interessante pra falar, ja que minha vida é uma merda. -


"Mas pode falar o que quiser. Estou aqui pra te ouvir."


- Não sei do que falar na verdade... - Maggie pareceu hesitar um pouco entre uma pausa ao me responder.


"Você não quer me contar por que ficou quieta no canto do quarto?" Sugeri logo em seguida, pois meus pensamentos fluíam rapidamente agora. Minha dedicação estava fissurada em entender minha dona.


- ... Assuntos pessoais. - Resumiu na menor coisa possível.


"Não quer me contar   com mais detalhes? Eu prometo que não vou contar pra ninguém. Sendo que eu nem falo com alguém, além de você agora."


- Meus pais se separaram. E eu descobri, alguns dias depois, que eles só me adotaram porque queriam o dinheiro da licença familiar. As coisas desmoronaram e percebi que meus amigos desapareceram. Todos me excluíram. - Ela contava com certa fúria e pressa. Porém ao terminar aqui fez uma longa pausa. - Feliz? - Sua voz parecia rosnar pra mim com a pergunta.


" Desculpa. Eu não sabia que te machucava falar dessas coisas." Peço a ela com pensamentos dispersos em sua mente.


- Eu não ligo mais pra isso. Só não gosto de dizer, já que eles são uns filhos da puta que não disseram isso pra mim. Dá nisso. - Me espanto ao ouvir aquelas palavras. Eu não sabia muito sobre elas, porém sabia que era feio xingar.


"Eles realmente não gostam de você?" Pergunto em tom duvidoso.


- Nunca gostaram. Disseram até que eu era algo lá em pessoa, não lembro. - Maggie cruza os braços enquanto se vira de lado pra mim.


"E onde estamos?" Pergunto de novo. Eu não sabia onde estava porque antes havia sido embalado em caixas. Mais tarde só soube que estava num quarto sobre uma prateleira. Mal me lembro se esse quarto é de casa.


- Em uma casa abandonada, veja. - De repente ela decide me pegar com mais cuidado. Suas mãos rodearam minha cintura gordinha pela espuma. Dessa forma ela me apontou o redor do quarto.


"Você está sozinha aqui?"

Em resposta ela simplesmente me acena positivo.


"Não tá não. Eu tô aqui. " Tento animá-la.


- É... talvez... - Assim ela me convence que não cria em mim. Talvez eu fosse apenas parte de um sonho dela, afinal. E apesar desse contratempo, prossigo a conversa com educação.


"Bom... Como vai viver aqui?" Pergunto enquanto analisava a janela. Eu não mexia meu rosto, apenas os olhos.


- Se eu não conseguir é só eu morrer, não tem problema. - As palavras eram tão frias que congelavam o ar.


" Não fale isso. Não quero que morra. Você é tão bonita e legal." Penso com sinceridade


Maggie me baixa suavemente e faz uma pausa. Até que logo ela comenta:


- Ninguém nunca falou isso... você está mentindo, né? - A mudança nos modos em que ela fala foi abrupta entre a fala e o silêncio.


" Não. Eu realmente te acho admirável." Meu sorriso estático a observa.


- Oh... por que acha isso? Eu sou meio feia pelas roupas e até meu rosto cheio de machucados que não gosto de tirar...


" Você não é feia pelas roupas, nem o rosto. Continua bonita de qualquer maneira." Explico como se fosse simples.


- Hm... - Depois de um bom tempo analisando, ela sorri.


"Eu adoro seu sorriso. Fazia tempo que desde que vi um assim espontâneo. "


- Saiba que ele vai durar por agora. - O sorriso sai.


" Que bom. " Analiso seus lábios perdendo a curva animada.


- É. -


" Bom... Será que um pouco de fogo seria bom pra aquecer aqui?" Sugeri indiretamente que ela fosse atrás de gravetos.


- Hm, boa ideia. - A moça me deixou sobre algumas caixas. - Fique aqui, vou procurar lenha. -


"Tá bem. " Eu não podia andar mesmo. Então fico ali e apenas a espero voltar.


Depois de alguns minutos, com vários gravetos no colo Maggie retorna. - Aqui. - Ela sorria brandamente ao se aproximar. Logo se liberta dos gravetos  na lareira cheia de cinzas.


Após ter arrumado o pequeno monte de lenha parece que ela não podia mais me ouvir. Pelo visto volto a ser um boneco sem vida.


Permaneço como um simples objeto enfeitando o topo da caixa de madeira, essa empilhada sobre mais algumas.  


Me perguntava se por acaso a nossa telepatia era temporária.


- Ei, por que ficou quieto? - Ela me pergunta após ter usado alguns fósforos e papel para criar o fogo.


Não havia nada que eu pudesse fazer. As palavras que eu pensasse já no chegavam a mente dela, muito menos eu poderia me mexer. Por conta da estranha mudança, ou não tão estranha assim já que era um retorno do normal, Maggie franze o cenho enquanto me observa. Ela me chamou mais algumas vezes, porém sem minha comunicação teve de realocar-se a solidão rotineira.


Permaneci ainda no lugar que ela havia me deixado. O lugar estava mais quente, mas eu nem podia sentir isso.


- Agora que arranjei um amigo, ele se foi... acho que isso foi apenas da minha imaginação. - Enrolando uma mecha de seus cabelos negros, ela comenta consigo mesma enquanto busca de aquecer.


Com a fala, minha expressão muda para triste. Eu nem percebi isso, mas depois de alguns instantes ela é em nota.


- Hum? Ele ainda está vivo? - O feito me deu a oportunidade de ver novamente o sorriso dela, mesmo que fosse pequeno. Assim minha expressão volta de encher do ânimo estampado. A curva dos lábios se invertera, da mesma forma com a das sobrancelhas e meus olhos pareceram mais radiante.


- Ele não consegue falar mais, mas ainda está aqui. - Suas mãos vieram até mim e me pegam com calma por baixo dos braços. - Você consegue se mexer um pouco? -


Ser pego me fez sentir completamente feliz. Estar nos braços de minha dona era tão bom.


Logo me foco no que ela me interroga. E faço um esforço para tentar me mexer. Todavia, não consegui levantar sequer meu braço de pano, nem as pernas. Mas pelo menos consegui, acho, pender para mais perto do tórax da garota. Ou talvez isso só tenha sido ação da gravidade.


- Acho que isso foi um sim. - Assisto a uma risada curta que acaba sem nenhum gás. - Por que você não consegue mais falar? - A face dela aponta praticamente pro chão e assim seus olhos pareciam se esconder entre as sombras de sua franja. 


Notas Finais


Se notou algo ruim, ou que soou estranho, me avise por favor ;3. Estou completamente aberta a críticas e sugestões.


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