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História Louca, esperta, amargurada, honesta. - Retornando para casa


Escrita por: SarahEscritora

Capítulo 12 - Retornando para casa


 - Ei Henry, você é filho único ou tem irmãos? - perguntei enquanto passava com ele debaixo de um grande pinheiro. A sombra da árvore fez as feições dele desaparecerem por um instante.
 - Não tenho irmãos, não sei por que meus pais nunca quiseram ter outro filho. Eu gostaria de ter alguém sabe, para cuidar de mim ou para eu proteger. Exatamente como você  e Seth. - ele sorriu e meu coração perdeu uma batida ao ver aquilo.
Droga, como se apaixonar é algo descontrolado, digo, a gente não consegue dominar os sentimentos, o coração se agita no peito e pronto, é assim o tempo todo quando você está com aquela pessoa.
 - Leah? - ele chama e adoro ouvir meu nome saindo de seus lábios. Henry vai acabar me deixando maluca. Amor instantâneo é o que parece emanar de cara poro da minha pele agora.
De repente entendo o motivo de meu nome sair com aquele tom de alerta, quando, distraidamente, eu desviei do caminho na floresta e acabei caindo em uma pequena depressão.
Caí por poucos segundos até bater no chão repleto de pedras, folhas, galhos, lama e mais um monte de coisas verdes que eu nem sei nomear.
Escuto ele saltar para junto de mim e logo Henry está me erguendo em seu colo e olhando preocupado para o meu rosto.
 - Você se machucou?
Eu sorrio com essa pergunta. Tenho vontade de mentir e dizer que a queda me deixou tonta, que precisarei de seu apoio para andar ou que quebrei  qualquer coisa para ele ter de me levar em seus braços. Seria ótimo, mas Henry não é tolo. Não vou conseguir enganá-lo, então digo a verdade.
 - Eu estou bem. Só estou morrendo de vergonha. Você acabou de me ver cair de cara na lama.
Ele ri e me leva consigo até a trilha novamente. Quando me coloca no chão eu agradeço e começo a rir.
 - O que foi? - ele pergunta confuso enquanto eu continuo rindo.
 - Isso é tão estranho. Olha só pra nós, aqui no meio da floresta, eu caindo na lama, você me ajudando... ai, como isso é esquisito.
Ele toca meu rosto limpando a sujeira e prendo a respiração, adorando esse toque mínimo.
Tento pensar claramente e continuo falando.
 - Ontem mesmo você queria me matar... e agora...
 - Já estamos quites e por favor, esquece o que eu prometi a Valerie ontem. Após te conhecer um pouco melhor eu vejo que você é uma garota muito forte.
 - Obrigada Henry, mas você está errado. Eu atormentei o cara que amei e sua noiva, eu enchi a mente deles com a minha dor, eu não tinha esse direito. Depois fui uma burra ao me deixar levar por Jacob. No fim das contas eu apenas sou uma azarada quando se trata de amor.
 - Ei, não é assim. Você realmente não devia ter ficado na mente deles mostrando o quanto estava ferida, mas foi o único jeito que você achou para se livrar um pouco da dor. Pelo menos você nunca fingiu algo que não estava acontecendo. Se estava chateada, todo mundo ia saber. - ele riu  e eu tentei sorrir, mas não pude. - Além disso, pelo que você me contou, Jacob não poderia lutar contra essa tal de impressão. Vamos lá garota, não se diminua desse jeito. E apesar da minha vida não ser um mar de rosas, eu sei muito bem que o amor é um sentimento pelo qual todo mundo deve ter esperança. Alguém vai aparecer para ver o seu valor Leah, eu tenho certeza.
 - Eu digo o mesmo para você Henry.
Nós dois ficamos ali por um tempo olhando nos olhos, até que me viro e começo a caminhar para casa novamente.
Ao chegarmos na ladeira da minha casa eu avistei o carvalho e apontei para ele.
 - Foi surreal quando vocês dois apareceram ali. - comentei. - O que você sentiu quando foi transportado?
 - Foi esquisito, não a parte de transporte pelo tempo, mas a coisa de entrar na névoa. Não sei te explicar isso.
 - Ei, vamos apostar corrida até lá em cima? - perguntei sorrindo de lado para ele.
 - Beleza.
- Olha lá, não vai fazer feio. Se ganhar, vai ter vencido uma loba...
 - É só contar até três.
 - Um... três! - eu grito correndo à sua frente.
 - Loba trapaceira!- ele diz correndo ao meu lado. Não demora muito para chegarmos em casa e ao parar em frente a ela eu respiro para acalmar  meu coração que bate forte.
 - Perdi. Mas não valeu. - ele diz parando ao meu lado.
 - Não... re... resisti. - expliquei enquanto ele negava com a cabeça.
 - Temos que apostar mais corridas, e limpas.
 - Nós vamos, eu prometo. O vento sopra meu cabelo para meu rosto e dou risada com a expressão ultrajada no rosto de Henry.
 - Qual é, foi só uma trapaça pequenininha...
Ele me olha intensamente e tento compreender o motivo disso.
 - O que foi?
 - Nada. - ele responde desviando seus olhos do meu rosto e piscando com força.
 - Henry, o que foi? Me fala. - eu peço subitamente ansiosa para saber o motivo daquele momento sem explicação.
 - É só que... seus olhos são lindos. - ele responde e fico paralisada ao processar suas palavras. Esqueço até de agradecer o elogio.
Estou tão feliz que ele tenha reparado nos meus olhos que tenho vontade de beijá-lo. Estou perto o bastante para fazer isso, mas sou menor do que ele, Henry precisaria querer, ou não ia funcionar.
Me coloco nas pontas dos pés e digo apenas.
 - Obrigada Henry, seus olhos são a coisa mais bonita que eu já vi na vida.
A surpresa em seu rosto me deixa um pouco constrangida com minha própria sinceridade.
 - Merda. - eu digo baixinho e me viro para a porta. - Esquece o que eu disse...
 - Leah...
Abro a porta e entro depressa, não quero dar tempo dele dizer nada.
Quando ele segue para dentro eu bato a porta e vou até a sala depressa.
Assim que avisto Valerie penso em alguma coisa malcriada para dizer, porém noto que há outra pessoa aqui além dela. Seth está perto da garota e de mais alguém.
 - Peter! - exclamo ao mesmo tempo que Henry.
 - O que ele tem? - eu pergunto preocupada.
 - Não sabemos. Ele apareceu aqui perto, bem do lado daquele carvalho onde eu apareci com Henry. Só que ele parece estar dormindo... ou morrendo... - responde Valerie com a voz cheia de dor e sofrimento.
As lágrimas deslizando sem parar de seus olhos. Noto como Seth está ajoelhado no chão olhando atentamente para Peter e Henry parece muito chateado também.
 - O que será que houve com ele? - pergunta meu irmão baixinho. - Peter, você tem que acordar cara. Leah, eu pensei em trazer o doutor Carlisle para examiná-lo.
 - É uma ótima ideia. - eu digo, mas antes que ele se levante, Valerie estende a mão e segura a mão dele.
 - Não vai, fica comigo por favor... você trouxe ele para cá e está cuidando dele, fica aqui.
Seth me olha e sei que ele quer que eu vá buscar o doutor para que ele possa dar apoio a Valerie e mantê-la calma.
 - Eu vou chamá-lo, não se preocupe Valerie. Carlisle é o melhor médico da região. - eu me encaminho para a porta e saio para a noite fresca outra vez.
 - Posso ir com você? - pergunta Henry em um fio de voz.
Olho confusa para ele e explico que vou me transformar em loba para ir mais depressa.
 - Não dá para eu ir... hum, nas suas costas? - ele pergunta torcendo as mãos. - Não quero ficar aqui, não suporto ver ela desse jeito.
Eu faço que sim com a cabeça, compreendo como isso deve ser difícil para ele, não poder ajudar o Peter para que sua amada fique bem outra vez.
 - Eu te entendo, mas acho que é melhor você ficar ao lado dela. Não tem mais ninguém aqui da família dela, ou da do Peter. Você pode não conseguir ajudar o Peter a acordar, mas ficar perto dela vai ser muito bom para a Valerie. - garanto a ele, e Henry confia nas minhas palavras e em seu significado, pois assente e dá um passo para trás.
 - Acha que eu posso... ser forte assim?
 - Tenho certeza que você consegue. Eu vou voltar o mais depressa possível, está bem? - aperto sua mão trêmula nas minhas e ele suspira. Depois eu corro pela rua e antes de atingir o final da ladeira, já estou correndo nas quatro patas.


Notas Finais


Uuuuh, peter voltou! Mas o que será que houve com ele? Carlisle vai ter de descobrir!


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