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História Louca, esperta, amargurada, honesta. - A tênue linha entre o amor e a raiva


Escrita por: SarahEscritora

Notas do Autor


Oieee! Este capítulo está escrito pelo ponto de vista do Henry.

Capítulo 19 - A tênue linha entre o amor e a raiva


É a véspera do casamento de Valerie, o estranho é que não estou chateado por isso. Estou realmente feliz por ela e Peter. O que não sai da minha cabeça é aquela loba... Leah, aquela jovem mulher linda que me ama.
Eu sei que ela me ama. Eu vejo isso em cada olhar, cada beijo, cada gesto dela, até suas palavras são mais doces quando ela fala comigo. Como foi que eu me apaixonei por ela?
Fico me perguntando isso o tempo todo  e tento analizar as coisas friamente.
Será que foi quando ela me salvou da tal vampira e ficamos conversando sobre nossas vidas na caverna? Ou então quando ela me ajudou a alegrar Valerie na noite em que Peter acordou?
Talvez tenha sido na noite em que a beijei pela primeira vez. Foi a coisa mais incrível e maravilhosa que já senti. Eu não sei exatamente quando Leah passou a ser tão importante, mas sei que estou me deixando levar e isso é perigoso.
Eu terei de voltar para casa com Peter e Valerie e ela vai ficar aqui sozinha de novo. Isso não é justo com ela e nem comigo. Queria ficar aqui ou então que ela fosse embora quando voltássemos para Daggorhorn, mas eu não tenho certeza de nada.
O que vai acontecer quando chegar a hora de ir e eu não puder mais adiar esse assunto?
Leah não quer falar disso tampouco, ela diz para nós dois curtirmos o momento e aproveitar enquanto podemos estar juntos. Eu não posso resistir a essa proposta que me parece bem melhor do que ficar na oficina sozinho pensando no futuro incerto.
Falando nisso, eu já terminei a carruagem que levará a noiva e ficou bem bonita eu acho.
Leah diz que parece trabalho de um artista habilidoso, mas eu não acredito totalmente nela. Leah acha tudo que eu faço maravilhoso, então é meio difícil dar tanto crédito a sua opinião.
Ainda assim eu acho que ela tem razão, é um ótimo presente de casamento. Pois foi feito por minhas próprias mãos, isso vai ser mais especial.
Nesse momento estou indo com Leah para um lugar secreto, ela diz que prefere ficar comigo  em vez de passar a véspera do casamento de Valerie comemorando a despedida de solteira dela.
Eu também prefiro isso, ficar uma noite sozinho com a minha loba linda fazendo um piquinique, parece bem melhor que passar a noite com um monte de caras bebendo e fazendo loucuras.
Descubro que ela pretende me levar ao seu lugar secreto, mas transformada em loba. Não quero isso, só que não tem outra forma.
Então ela se transforma e eu dou um jeito de segurar bem para não cair e ainda levar a cesta com comida. Essa ideia é horrível, sei que com a velocidade que ela está indo eu vou sair voando de suas costas, bater a cabeça em algum tronco de árvore com força, ter um traumatizmo craniano e morrer.
Fecho os olhos para não imaginar essa possibilidade e todas as outras que incluem minha nmorte certa e rápida. Até que Leah para de correr e salta por cima do rio. Isso consegue ser mais assustador para mim do que sentir ela correndo.
Então eu desço de suas costas e ando depressa para me esconder atrás de uma árvore. Estou enjoado e se vou vomitar é melhor que não seja diante dela.
Me sento ali um momento tentando me acalmar. Respiro fundo e devagar contando até cinco, inalando e exalando.
meu coração para de bater depressa com a adrenalina toda e me sinto melhor. Não vou passar mau, ainda bem!
Então me levanto e olho em volta. Estamos em uma pequena ilha no meio do rio, ela deve ter uns cem metros de uma ponta até a outra.
É muito linda e tem árvores bem grandes, a grama é macia e me faz pensar em um pedacinho de paraíso no meio do rio.
Então eu olho para o local onde estava a loba Leah e vejo a garota Leah. Ela é maravilhosa. Está usando um vestido preto com gotas de prata, é como se ela fosse banhada por aquelas gotas cintilantes. Então lá está ela bem na minha frente.
 - Você está linda. - eu digo baixinho enquanto ela sorri agradecida.
Nós dois nos sentamos no chão e ela arruma tudo para nosso piquenique ao luar.
Enquanto nós dois conversamos e comemos os sanduíches eu sinto um cheiro gostoso de plantas, Leah me diz que são damas da noite.
 - Eu gosto do cheiro delas, é bom. - eu falo apreciando o aroma  ao redor.
 - Eu também gosto. Sabe henry, depois que me transformei em loba eu passei a olhar o mundo de um jeito diferente. Vou tentar explicar. - ela então apontou para o céu e pôs-se a falar das estrelas e da lua.
Enquanto ouço sua voz encantadora me explicando sobre as constelações eu penso que quando eu voltar para casa nós dois vamos olhar as estrelas juntos.
Talvez seja a única hora em que estaremos mais próximos, Leah e eu olhando para o céu de noite, cada um em seu tempo. Mas as estrelas podem ser as mesmas. Afinal me contaram que elas duram milhares de anos.
 - Henry, o que foi? Por que está com essa cara de tristeza?
 - nada, só estava pensando em como vai ser quando eu voltar pra casa.
 - Já disse pra não pensar nisso ainda.
 - Mas Leah, isso vai acontecer logo. Não adianta a gente fechar os olhos pra isso.
 - E do que adianta falar nisso agora? Não quero te ver assim triste. Me ajuda a guardar essas coisas na cesta e vamos sacudir essa toalha, antes que as formigas venham participar do piquenique com a gente.
Me sentindo contrariado mas concordando relutante eu ajudo ela a guardar tudo na cesta. Em seguida Leah deixa a cesta e a toalha dobrada em cima, depositando tudo ao pé de uma árvore de modo que fique protegido do vento.
 - Henry, vem cá. - ela diz com um sorriso doce estendendo a mão para mim.
Seguro sua mão enquanto caminhamos para perto da margem do rio. Ela para a poucos passos da água e me pede para fechar os olhos.
 - Escute isso... o que faz você pensar? - ela pergunta baixinho.
Imediatamente penso na aldeia e no rio que corre perto de Daggorhorn. O rio onde vi Peter a algum tempo, antes de saber que ele também estava apaixonado pela Valerie.
 - E então? O que esse som faz você pensar?
 - Me faz pensar na minha casa. - eu digo tão baixo que penso que ela não escutou.
 - Você quer voltar não é? Quer muito voltar para lá? - Leah pergunta com tristeza. Eu quero consolar ela e dizer que não, mas estaria mentindo.
 - Quero voltar para casa... na verdade preciso voltar, este tempo não é o meu tempo. Há muitas coisas aqui que eu não entendo, aquela coisa chamada televisão por exemplo. E quando Valerie me explicou sobre internet? São tantas coisas que eu não posso entender e não acho que conseguiria me adaptar a tudo isso.
 - Henry? Posso te pedir uma coisa? - pergunta Leah ainda com lágrimas em seus olhos.
 - O que você quiser. - eu respondo abraçando ela com carinho.
 - Promete não esquecer de mim. Mesmo... mesmo que você encontre outra pessoa e se case e tenha uns dez filhos... promete não me esquecer? - ela pede fazendo graça, mas sua voz está cheia de dor e eu a aperto contra mim.
 - Eu prometo que nunca vou te esquecer linda. -
Enquanto o vento joga os cabelos negros dela para trás eu a beijo devagar. Gostaria que todos os medos e tristezas pudessem ser apagados com beijos. Leah esta noite parece muito mais vunerável, é um lado dela que vi poucas vezes e que amo tanto.
Eu quero protegê-la e dizer que tudo vai ficar bem, só que ambos sabemos que eu irei embora logo e eunão posso protegê-la desse fato.
Enquanto beijo Leah uma e outra vez, sinto sua angústia e vejo quando ela fecha os olhos como se estivesse mais me sentindo... esse gesto quase me faz prometer que eu não vou embora, eu não quero que ela sofra mais.
Meus braços se apertam mais ao redor dela e posso praticamente sentir o coração dela bater contra o meu peito, então fecho meus olhos e me entrego completamente naqueles beijos doces com gosto de despedida.
Não sei bem como aconteceu aquilo, mas um tempo depois estoutocando Leah enquanto continuo a beijá-la. Não posso resistir, ela é tão linda, tão doce, tão apaixonante.
Misturados ao som das águas correntes do rio estão os suspiros e gemidos de prazer dela, eu consigo ouví-los como se tudo estivesse em silêncio. Cada som de apreciação me enche de desejo, tenho medo pela primeira vez.
Eu sei que se não parar irei até o fim com ela e isso não é correto.
Aprendi desde pequeno que essas coisas só devem ser feitas após desposar a mulher, não posso fazer amor com Leah agora, ainda mais porque eu vou abandoná-la.
Eu dou um passo para trás afastando Leah com gentileza, mesmo assim ela me olha confusa. Sua respiração está tão rápida quanto a minha e ela tem uma pergunta no olhar.
 - Leah não podemos fazer isso.
 - Porquê? - ela está surpresa, mas não parece ofendida.
 - Não somos casados e eu não devo...
 - Henry, por favor, não pense nisso. Você não me ama?
 - Claro que sim... mas eu vou embora e você vai ficar e eu...
 - Então, mais um motivo para ficarmos juntos, por favor Henry, não me rejeite. - ela pede com seus olhos cravados nos meus, o olhar tão intenso e sincero que eu não consigo resistir.
Leah então joga no chão a toalha que usamos no piquenique virando ela ao contrário. Depois diante dos meus olhos ela tira seu vestido e também o coloca no chão.
Ela é tão linda que por um momento eu não consigo dizer nada, apenas fico olhando para seu corpo. Ela não estava usando calcinha!
 - Leah...
Ela sorri diante do meu ar de surpresa e comtemplação.
Lentamente ela se aproxima como a deusa do amor. Isso é o que Leah parece, uma deusa com o cabelo negro caindo nas costas nuas, os braços descendo enquanto ela desabotoa a minha camisa e sorri para mim com promessas e desejos no olhar.
Então, mais cedo do que eu esperava, estou também sem minhas roupas. Agora meu auto controle foi por agua abaixo quando Leah começa a me beijar com vontade no pescoço, no meu peito e acaricia-me como para memorizar cada centímetro de mim.
E eu faço o mesmo. Sua pele macia está tão quente e eu me sinto dentro de um daqueles sonhos maravilhosos onde você consegue sentir tudo que acontece.
Os beijos, carícias, suspiros e gemidos tornam-se cada vez mais frequentes. Nunca pensei que pudesse desejar tanto uma mulher desse jeito. Meu membro está rígido e pronto para ela em pouco tempo.
Leah é a mulher mais linda desse mundo, ela diz meu nome várias vezes enquanto a beijo e acaricio. Eu sei que ela quer mais, eu sei que eu quero mais... porém aquela voz na minha cabeça me diz para não fazer isso.
Tento ignorar enquanto Leah envolve meu membro em suas mãos e sinto uma onda de prazer levar embora toda a minha sensatez.
O toque dela é tão sutil e provocante, eu nunca senti tanto desejo antes, aquilo me assusta um pouco, porém sei que não vou parar, não posso mais parar.
Fazer amor com esta garota é tudo que eu quero. Nada vai mudar isso, nem o futuro, nem o passado, nem as incertezas.
Observo os olhos de Leah enquanto meu corpo está sobre o dela. Vejo refletido em seus olhos a mesma entrega que suponho haver no meu olhar.
 - Eu te amo Henry. - ela diz com a voz entrecortada pelos gemidos de prazer.
 - E eu te amo Leah... minha Leah. - eu respondo enquanto ambos somos levados pelo clímax.
Sei que este momento jamais vai se apagar do meu coração e da minha mente. Mesmo que eu voltasse para casa para muito longe dela.
Quando acaba, nós dois ficamos abraçados e compreendo as palavras daqueles que diziam que fazer amor com uma mulher era algo que tornaria os dois uma só pessoa. Você da um pouco de si e fica com um pouco da outra pessoa, é assim que funciona quando se ama.
Acaricio os cabelos de Leah enquanto os olhos dela se fecham.
 - Não me deixa dormir, fale comigo, eu não quero dormir... preciso ficar acordada e aproveitar cada segundo com você - ela pede com a voz fraquinha.
 - Não se preocupe, eu estou aqui, pode dormir. - eu digo beijando o alto de sua cabeça.
 - Henry... no fim das contas você se apaixonou por uma loba e fez amor com ela. - ela comentou sorrindo para me provocar um pouco.
 - O que posso fazer se essa loba me enfeitiçou completamente?
Ela ri enquanto continuo beijando seus cabelos.
 - Você tem um fraquinho por lobisomens femininas. - ela comenta ja de olhos fechados. -Ainda bem que você não se casou com a Valerie...
 - Eu sei, agora chega de dizer bobagens e durma. Quero te observar assim quietinha e tranquila.
 - Não casou com ela... mas ia dar no mesmo. Ia trocar  seis por meia dúzia. Você não me queria porque eu era loba, mas ela também e... intão ia dar no mesmo.
 - O quê? - pergunto me erguendo e trazendo Leah comigo.
Ela se senta meio cambaleando e pisca os olhos confusa.
 - O que... o que houve? - pergunta confusa.
 - Você disse... você falou que Valerie também é uma lobisomem? Como assim? -  eu exijo sentindo que ela tinha subitamente quebrado todo o clima incrível que estava entre a gente a poucos segundos.
Leah não diz nada por um momento, depois ela passa a mão no rosto e suspira.
 - É isso mesmo, ela pediu para não te contar. Ela não pode se transformar em loba, pois não aceitou... uma coisa lá que o pai dela ia passar para ela.
 - O pai da Valerie era o lobisomem da nossa aldeia? - eu perguntei me sentindo tonto. Era informação demais para minha cabeça.
Eu estava furioso por Valerie não ter confiado em mim para me contar tudo aquilo.
 - Peter sabe de tudo isso não é? Já que ele... ele também é lobisomem.
 - Sim ele sabe. Mas o que foi? O que importa tudo isso?
 - Então eu ia me casar com a filha do lobisomem que matou o meu pai! A filha do lobisomem que matou a irmã dela! Que aterrorizou a todos nós na aldeia! - eu gritei enquanto Leah se encolheu ante  minha reação.
 - Henry, calma, que culpa a Valerie tem de ser filha dele? Você está surtando por algo idiota.
 - Não é algo idiota! E por que ela não me contou tudo isso? Eu ia me casar com ela! Ia ser o marido dela, ia cuidar dela e merecia saber tudo!
 - O que isso importa agora? Ela vai se casar com o Peter! - Leah gritou de volta, Suas mãos estavam tremendo de raiva e ela se afastou de mim.
 - Eu... eu me sinto traído.
 - Henry, não precisa ficar chateado desse jeito. Tudo isso já passou e agora ela vai se casar com o cara que ela ama.
 - E eu sou o tolo que nunca sabe de nada não é? Claro ela prefere  o Peter, o destemido Peter e não o tolo do Henry! Ela pode contar todos os seus segredos a ele, mas ao cara que ia casar com ela, pra ele Valerie não pode dizer nada!
 - Henry...
 - Não Leah, não é justo! Lobisomens são todos uns traidores, mentirosos, vocês são assim. Gostam de enganar e fazer tudo do seu modo não é?
 - Escute, você não vai me ofender, isso não tem nada haver comigo. Você está bravo com a Valerie, não comigo. - ela se defendeu.
Eu sabia que estava sendo injusto e exagerando. Simplesmente estava com muita raiva para parar.
 - Lobisomens... eu me arrependo por ter ficado com uma lobisomem tão má quanto todos os outros...
 - Henry, não diga idiotices! Eu já falei que só guardei o segredo que Valerie pediu, não desconte sua raiva em mim!
 - Eu não devia ter me apaixonado por você! Ainda bem que eu vou embora logo e vou ficar longe de você Leah você agiu igual ao pai de Valerie, foi uma mentirosa e traidora.
Leah ficou muito chateada nesse momento.
 - É isso que você pensa de mim? Então ótimo! Quer saber? Esqueça o que houve aqui essa noite! E esqueça de mim também, vá embora e fique lá na sua aldeiazinha odiando todos os lobisomens do planeta! Até mesmo a única que te amou de verdade, por que nem o amor da Valerie você conseguiu conquistar!
Ela se levantou e se transformou em loba tão rápido que só registrei o  que ocorreu depois de um segundo.
Leah agarrou o vestido com os dentes e correu para o rio, saltando antes das patas dianteiras tocarem a água, depois eu a ouvi trotando para longe enquanto ela uivava bem alto.
O eco daquele uivo ficou na minha cabeça e me perguntei o que eu tinha acabado de fazer.


Notas Finais


Eita Leah, você devia ter caído no sono minha filha. risos.


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