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História Louca, esperta, amargurada, honesta. - Travessuras e papo sério


Escrita por: SarahEscritora

Notas do Autor


Leah só apronta. kkk.

Capítulo 23 - Travessuras e papo sério


 - Me refresque a memória, porque estamos fazendo isso? - perguntou Valerie enquanto eu vestia o décimo terceiro casaco de Alice.
Ajeitei ele melhor sobre os meus ombros.
 - Nota? - perguntei a ela.
 - Oito. - ela respondeu enquanto Peter tirava uma foto minha com o celular de Alice.
 - Respondendo a sua pergunta querida, estou vestindo as roupas de Alice para irritá-la. Quem mandou ela abandonar a festa para ficar dando uns amassos no namorado? Isso foi muito desrespeitoso da parte dela.
 - Leah,, ela disse que não tinham conseguido ficar sozinhos todos esses dias pois estavam sempre dando apoio a família, por conta de estarem preocupados com você. - defendeu Valerie enquanto Peter bocejava.
 - Fala sério Leah. Eu queria estar fazendo com Valerie o mesmo que os dois estão fazendo lá em baixo.
 - Peter! - disse ela jogando nele o último casaco que eu tinha experimentado.
 - Que safadinho... falando nisso, vocês não conseguiram se casar graças a minha captura inesperada. E aí? Quer dizer que não houve lua de mel para vocês dois ainda?
 - Como é? - perguntou Valerie sem entender. - Como assim lua?
 - E de mel:? parece bom. O que é isso exatamente? - perguntou Peter também curioso.
Bufei enquanto jogava longe o casaco que tinha vestido e pegava outro do armário. Alice teria de sair e renovar o guarda-roupa.
Eu adorava fazer traquinagens com a família Cullen, preciso admitir que estava me acostumando com eles. Eram todos muito legais comigo e eu teria com quem aprontar algumas de vez em quando, era fantástico.
Me concentrei na tarefa  de vestir casacos e comecei a explicar ao jovem casal o que era uma lua de mel.
Eu as vezes esquecia que eles tinham vindo de outra época e muita coisa era desconhecida. Porém algum tempo depois ficou claro que eles entendiam muito bem o que era feito em uma lua de mel, apesar de lá em seu tempo não chamarem assim.
 - Nós não fizemos nada ainda. - declarou Valerie ficando vermelha.
 - Entendo, eu achei mesmo que não tinham feito. Ainda bem que eu não nasci na época de vocês, eu heim. - comentei ajeitando meus cabelos e fazendo pose. - Gosto mais dos tempos modernos onde algumas coisas já são mais aceitas pela sociedade.
Ouvi uma batida na porta e falei para a pessoa entrar.
Henry  entrou em seguida e olhou em volta.
 - O que estão fazendo?
 - Leah está impregnando o quarto de Alice com o cheiro dela para irritá-la. - explicou Valerie falando com um tom de quem estava muito entediada.
 - Sim, mas isso aqui é uma avaliação de moda. Valerie está dando nota para cada casaco que eu coloco. E Peter está fotografando. - expliquei enquanto Henry se aproximava de mim.
Senti meu coração bater forte e subitamente me deu um calor em todo o corpo. Eu evitei ficar perto do Henry a festa inteira, mas sabia que uma hora não ia escapar mais dele.
 - Posso ajudar?
 - Quer vestir os casacos da Alice? - perguntei de brincadeira.
 - Não, dar as notas no lugar da Valerie. - ele respondeu me observando.
A garota concordou prontamente e puxou Peter para perto dela. Os dois se aconchegaram do outro lado da cama kinsize da Alice e ficaram deitados juntinhos nos observando.
 - Beleza então, eu dou nota dez para este. - ele falou enquanto seu olhar passeava pelas minhas roupas.
Quando ele olhou nos meus olhos tive de desviar o olhar antes que me desse aquela vontade irresistível de beijá-lo.
 - Obrigada! Agora é a vez dos casacos mais felpudos. - eu disse dando as costas a ele e jogando os casacos usados em um pufe no canto do quarto.
 - Porque você está castigando a Alice?
 - Ela me ignorou e deixou todo mundo constrangido quando pulou no pescoço do Jasper e começou a beijar ele como uma louca por vampiros masculinos. Depois todo mundo foi arrumar o que fazer.
 - Percebi. Esmy e Bella estão fazendo bolo, Carlisle está jogando xadrez com a Renésmy e o resto da família está assistindo. Perguntei onde vocês estavam e a Rosalie disse que estariam fazendo algo misterioso aqui em cima. - ele contou agora postando-se ao meu lado, enquanto eu trocava de casaco.
 - Ela disse isso porque eu não convidei nenhum vampiro para minha arte aqui em cima. Ei espera aí e minha mãe e Charlie? Você não os viu?
 - Não, devem ter ido embora. Seth também não estava em parte alguma.
 - Tomara que meu irmão esteja com eles! Eu acho que estou com um pouco de ciúme da minha mãe agora que ela tem um namorado oficialmente. Qual é, eu terei de conviver o resto da minha vida sabendo que serei tipo irmã de consideração da Bella Cullen.
Henry sorriu e pegou meu braço me fazendo parar com minha travessura.
Eu segurava um casaco feito de um tecido macio e grosso que para mim parecia ser feito de pele de algum animal. Ele era vermelho com botões dourados enormes na frente.
 - O que foi? - perguntei erguendo os olhos para o rosto de Henry.
 - Eu acho que precisamos conversar. Faz um tempinho que eu quero falar com você e toda hora alguém nos interrompe.
Olhei para o outro lado do quarto. Valerie e Peter ainda estavam deitados lado a lado. Pareciam adormecidos e achei melhor não adiar mais a conversa com Henry.
 - Pode falar Henry, o que houve?
Ele ficou surpreso com a minha aceitação tão rápida.
 - Podemos falar lá fora no jardim? Eu gostaria que estivéssemos sozinhos.
 - mas eles estão dormindo. - eu disse apontando para nossos amigos que estavam até ressonando alto.
 - Eu sei, mas ainda prefiro falar com você em outro lugar. Eu já fiquei sabendo que os vampiros tem uma super audição e não queria que ninguém nos interrompesse ou ficasse ouvindo a gente.
 - Certo, então vamos. Acho que dezenove casacos já está bom. - eu disse vestindo aquele que eu segurava e segui Henry para fora.
Fechei a porta delicadamente atrás de mim e descemos as escadas saindo por uma porta lateral até o jardim.
Ali fora o vento estava bem gelado e o casaco foi muito útil. Henry segurou na minha mão e nós  ficamos a um canto do jardim perto de uma árvore.
A lua iluminava pouco o local a nossa volta, por isso não era fácil notar a expressão dele. Mesmo assim eu achava que Henry estava ansioso, podia praticamente sentir isso.
 - Leah, primeiro quero te pedir desculpas novamente por ter sido um imbecil e dito aquelas coisas ruins para você. Eu fui muito injusto e sei que agi muito mau.
 - Certo Henry, vamos deixar isso para trás. Eu entendi sua reação, apesar de ficar totalmente indignada e ofendida por ela. Mas a verdade é que eu fiquei com raiva só depois da discussão. No dia seguinte eu ia sair pra caminhar e pensar em como  também te pedir desculpas por não ter te contado esse segredo antes. Mesmo que eu não devesse contar nada, pois o segredo não era meu. - expliquei e percebi o quanto nós dois estávamos tensos.

Para tentar descontrair a situação eu acrescentei com um sorriso brincalhão.

- Além do mais, eu já me vinguei de você quando ameacei te morder ontem.
Henry estava  encostado na árvore, ou pelo menos era isso que parecia, seus braços estavam cruzados e firmes à sua frente como se ele se apoiasse neles para poder falar tudo o que queria.
Quanto a mim eu estava agarrando a parte interna dos bolsos do casaco, torcendo para não parecer fria demais ou indiferente.
Sorri e estendi então o braço segurando o pulso de Henry e puxando de seu aperto desesperado.
 - Está tudo bem Henry, vamos esquecer aquela noite. - conclui resolvendo acrescentar outra coisa. - Quer dizer, vamos esquecer só a parte ruim dela.
Ele relaxou a postura e deixou que eu segurasse sua mão esquerda na minha direita.
 - Tem outra coisa... quando eu te encontrei na caverna. Eu pude quase ouvir a sua voz me orientando até lá, eu sabia para onde ir. Era uma certeza que eu não sei de onde veio. Você sabe o que houve? Quer dizer, tanta coisa estranha tem me acontecido nos últimos dias, mas essa talvez esteja no mesmo patamar da surpresa que tive ao conseguir virar lobo. - ele disse em uma torrente de palavras ansiosas.
 - Eu não sei o que houve nessa hora. Só sei que eu queria que você me encontrasse e estava imaginando você chegando para me ajudar. Eu acho que pensei nisso com tanta determinação que acabei te trazendo até mim. Ou isso ou a nossa ligação ficou tão forte que fez com que eu pudesse compartilhar meus pensamentos com você mesmo acordada, digo mesmo quando eu estava na forma de loba e você de humano. - eu supus levando a mão ao rosto e pensando naquilo.
 - De qualquer forma eu fico feliz por estarmos bem e só tenho mais uma coisa para  dizer. - ele declarou olhando para o céu.
 - O que foi?
 - Eu estive pensando e acho que...
 - Então aqui estão vocês! Leah, o que está fazendo com meu casaco de pele de...
 - Ah, assim não dá gente! Eu preciso falar com a Leah a sós! Sem interrupções caramba! - disse o rapaz à minha frente parecendo mesmo chateado. - Leah, me leve para seu lugar secreto por favor, eu não posso esperar mais para falar isso!
 - Ok, se acalme rapaz. - falei em tom de brincadeira.
 - Ei, como assim? Não me deixem aqui falando sozinha! Onde estão indo? Voltem aqui! Leah me devolve meu casaco! Eu tenho que lavar e desinfetar para tirar seu cheiro! Ei, não corram para longe desse jeito! - gritava Alice indignada onde a tínhamos abandonado naquele ponto do jardim.
Corri com Henry para fora da propriedade dos Cullen.
Segurava na mão dele enquanto corríamos. Era muito divertido e logo eu fiquei morrendo de calor por conta da roupa que estava usando.
Não demorou muito e chegamos no rio com a ilha no meio.
O Henry ficou surpreso quando eu entrei no rio  e caminhei para a ilha sem dificuldade.
 - Leah, calma aí?
 - Vem atrás de mim, aqui tem um pequeno caminho de pedras até aquela parte ali de terra olha.
 - Então porque não viemos desse jeito naquela noite? - ele pergunta me seguindo de má vontade.
Eu o entendo, a água está muito gelada e  fico sempre com um pouco de medo de pisar em falso e acabar caindo na correnteza.
Isso nunca aconteceu, mas vai saber.
 - Aquela noite eu estava transformada em loba, porque eu iria andar na água se podia saltar da margem?
 - Hum... você e suas invenções dona Leah. - ele retruca enquanto eu sorrio de satisfação.
Chegamos na terra finalmente e logo estamos sentados juntos ao pé de uma árvore. Henry está livre para me falar o que ele quiser.
Eu sei que é sobre sua partida. Mesmo adiando o assunto todas as outras vezes, agora eu tenho que encarar essa verdade e a realidade que virá com ela.


Notas Finais


Leah amadureceu muito né gente? Amo essa mulher!


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