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História Louca, esperta, amargurada, honesta. - Surpresas pela manhã


Escrita por: SarahEscritora

Capítulo 7 - Surpresas pela manhã


 - Peter! - eu grito em meu sonho, ao ver que ele levou uma flechada certeira e não fez nada para evitá-la.
Na noite iluminada pelo luar, vejo meu amado Peter sobre a montanha, soltando um urro de dor e sofrimento. Eu grito junto com ele, com frustração, pois quero  ajudá-lo, porém nada posso fazer.
Alguém atirou uma flecha absurdamente grande nele e vejo a luz deixando os olhos do lobo que um dia fora o meu amor.
 - Peter... por favor... - eu digo, mas minha voz se perde no som do vento que varre a montanha.
A lua se esconde e volta a aparecer. Uma voz de mulher ecoa então, vindo de todos os lados... ela está dizendo para Peter se transformar em homem, antes que ele morra como lobisomem.
Porém o lobo continua imóvel e agonizando.
Me desespero ao ver os segundos se passarem e a respiração dele, que por algum motivo escuto tão nitidamente como se ele respirasse no meu ouvido, agora é lenta e penosa.
Eu sei que ele está morrendo e essa percepção é tão terrível que acordo do meu pesadelo.
Abro os olhos enquanto estou gritando seu nome, chorando desesperadamente. Ele não pode estar morto, não pode, simplesmente não pode.
 - Valerie? O que foi! - quer saber Henry que dormiu no mesmo quarto que eu, porém no chão ao lado da cama.
Uma bobagem  já que para todos nós somos noivos e não é como se  a gente fosse fazer nada só por dormir próximos.
Ele se levanta assustado e conto meu sonho.
Quando chego na parte em que vi Peter morrendo, a porta do quarto se abre de supetão.
 - Bom dia! - diz a voz de Seth Clearwater, ele está trazendo uma bandeja com duas xícars de chá e várias torradas. - Desculpem o modo de abrir a porta, eu não conseguia fazer isso sozinho
.
Vejo a irmã dele então a seu lado olhando acusadoramente para mim.
 - Peço desculpas se acordei vocês. - eu digo muito chateada. O pesadelo tinha me deixado realmente perturbada.
 - Não se preocupem. - diz a garota com falsa amabilidade.
Seth pousa a bandeja no criado mudo e pede para que nós dois tomemos o chá, antes que esfrie.
 - Obrigada por isso. Mas... hum, quem fez este chá? - eu pergunto desconfiada pegando uma xícara e entregando a outra para Henry.
 - Fui eu! - diz o rapaz com um sorriso alegre.
Eu bebo o meu e faço careta, o sorriso do menino desaparece.
 - Está péssimo não é? - ele pergunta desapontado, ao virar-se para olhar Henry e  ver que ele também não está bebendo. - Eu te disse Leah... eu sou horrível para fazer essas coisas. Eu só queria ser amável como a mamãe. Ela gosta de receber as visitas com esse chá e boas vindas. Eu... eu acho que é melhor jogar fora.
 - Não! Tudo bem, está ótimo! - eu digo e bebo aquele negócio horrível para não parecer rude.
Me sentia mais tranquila sabendo que ele tihnha preparado e não sua irmã lobisomem.
 - Sim,, está uma delícia. - diz  Henry, também tratando de beber o dele.
Devolvo a xícara a bandeja que é levada por Leah. Henry deposita a xícara dele ali também e o último som que escuto é o dela batendo na superfície dura da bandeja nas mãos de Leah.
 - Estou com tanto sono... - eu digo caindo outra vez nos travesseiros.
Um tempo depois, eu acordo meio confusa e não vejo Henry em parte alguma, somente Seth.
 - Oi. - ele diz quando eu abro os olhos.
 - Oi... o que aconteceu? Cadê o Henry?
 - Ele está bem. Minha irmã o levou para um lugar seguro.
 - Do que você está falando? Como assim ela o levou para um lugar seguro?
Ele suspira e  olha desafiadoramente para mim.
 - Desculpe, mas seu amigo  pretendia matar minha irmã. Ela me contou tudo, vocês dois estavam conversando sobre isso ontem a noite. Então nós demos esse chá para vocês dormirem e levamos Henry para outro lugar até seu amigo Peter voltar.
 - Vocês não podem prender o Henry até Peter voltar! - eu grito, muito nervosa.
 - Eu sinto muito. Mas se fosse você Valerie não faria o mesmo? Não protegeria sua irmã?
A noção de que ele tem razão me atinge e me deixa ainda mais irritada.
 - Posso ao menos saber onde é esse lugar? Vocês vão lhe dar comida? Não machucaram ele nem nada disso não é?
Só de imaginar aquela tal Leah se transformando em lobisomem e machucando o Henry meu sangue gela nas veias.
 - Não Valerie, se acalme. Minha irmã não é um monstro como você deve estar pensando.
Então Seth passa a me contar as lendas de seus antepassados e como todos eles lidam com essa história de lobos.
Mais tarde naquele dia vejo Leah aparecer. Ela está evitando falar comigo ou com qualquer pessoa.
Isso fica claro quando ela entra em seu quarto, bate a porta e grita que ninguém absolutamente ninguém venha incomodá-la.
Eu estava sentada com Seth na sala de sua casa. O rosto dele empalideceu quando ouvimos o choro de sua irmã.
Era tão alto e intenso que fiquei intrigada com o que estava acontecendo.
 - Seth? Será que ela perdeu o controle e acabou com Henry? - eu pergunto, sentindo o terror daquela situação me atingir em cheio no coração.
 - Não diga bobagens, ela não faria isso.
 - Então por que ela está chorando desse jeito? - eu exijo, mas ele também não sabe dizer.
Corremos para a porta do quarto de sua irmã e começamos a bater ao mesmo tempo.
 - Leah, abre! - pede Seth desesperado.
 - Ei garota, você matou Henry? - eu pergunto.
 -Por favor, Leah, me diz o que você tem!
 - Henr está bem?
 - Se não abrir eu vou fazer daquele outro jeito!
 - Você machucou meu amigo?
 - Calem a boca! Eu não matei ninguém, droga, me deixem em paz! - ela diz com a voz torturada.
Eu não acredito nela e seu irmão está ainda mais apavorado.
Minutos mais tarde Leah abre a porta e nos empurra para longe dela.
 - Me deixem em paz! - ela repete e sai correndo de nós como se sua vida dependesse daquilo.
 - O que há com ela? - eu pergunto sem entender nada.
 - Leah é assim mesmo. As vezes ela simplesmente não consegue lidar com seus sentimentos. - explica seu irmão. - Isso me deixa muito preocupado.
 - Onde ela vai?
 - Não faço ideia. É melhor esperar Leah se acalmar e depois falamos com ela. - ele conclui resignado.



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