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História Louca por você; BAD BOYS - Versão SasuSaku - Festa de despedida


Escrita por: JannaG-chan

Notas do Autor


Oi galera!
Capítulo novo. Boa leitura amores ❤

Capítulo 22 - Festa de despedida


Sakura pov's

Levo um enorme susto quando entro pela porta da frente e vejo uma cama de hospital no meio da sala. Meu coração leva um baque, fazendo um ruido surdo que só eu posso ouvir.
Quando vejo o meu pai sentado em sua velha poltrona verde favorita, com a perna engessada, apoiada em um travesseiro, me sinto um pouquinho aliviada, embora ainda confusa. O gesso não cobre a metade inferior da sua perna, como eu esperava. Ele vai até o quadril.
Meu pai quebrou o fêmur. E ninguém me disse nada.
Puta que pariu!
Solto as malas no chão e vou diretamente ao encontro dele, com as maos nos quadris, armada de uma indignação totalmente justificável.
__ Quer dizer que você não podia ter me ligado pra contar? Só foi me deixar descobrir dias depois e pela Ino? Logo por ela, entre todas as pessoas?
Pela expressão em seus olhos azuis, posso ver que ele está começando a assumir aquele jeito característico de acalmar os ânimos. Fora esse desejo de evitar confrontos que acabou levando minha mãe a ir embora, em busca de pastos verdes e fortes. E mais ricos. E mais bem-sucedidos. Basicamente, qualquer outro pasto diferente do seu próprio roçado. Aquela vaca!
Às vezes, isso é tudo que posso fazer para não odiá-la.
_ Bem, punk. __ começa ele, usando o meu apelido carinhoso de infância, aquele que sempre me transforma numa pessoa dócil, fácil de manipular. __ Você sabe que eu nunca esconderia algo de você, a menos que eu soubesse que seria para o seu bem. Já basta estar ocupada com este novo emprego e com o seu último ano de faculdade, além de morar com sua prima. Eu não queria te dar mais problemas. Tente ver as coisas do meu ponto de vista. __ conclui, de maneira suave.
É impossível ficar zangada quando ele faz isso. Entretanto, tenho que admitir que esse tipo de atitude pode ser muito frustrante.
Eu me ajoelho ao seus pés.
__ Pai, você deveria ter me avisado.
__ Sakura, não há nada que você pudesse ter feito. Exceto ficar preocupada. E agora está faltando ao trabalho. Por minha causa.
__ Isso não é problema. Ino falou sobre os cordeiros. Vou acomodá-los e logo estarei de volta ao trabalho.
Ele fecha os olhos e reclina a cabeça para trás, rolando-a de um lado para o outro no apoio da poltrona, irritado. Por alguns segundos, não diz nada, pondo um fim, de vez, nesta parte da conversa.
Esse é o outro hábito frustrante do meu pai. Ele simplesmente para. Para de falar, para de discutir. Simplesmente... para.
Percebo mais fios de cabelos brancos nas suas têmporas em comparação com a última vez que o vi. E acho que os vincos que emolduram sua boca estão mais profundos. Hoje, ele parece ter bem mais do que os seus 46 anos. A vida difícil, carregada de desilusões, casou-lhe grandes danos. E agora, as consequências estão visíveis.
__ O que posso fazer para ajudar, pai? Você podia aproveitar que estou aqui e me pôr pra trabalhar. Como vão os livros de contabilidade?
Mesmo sem olhar pra mim, ele responde:
__ Os livros estão ótimos. Bruna me ajuda com eles quando você não está.
  Eu trinco os dentes. Bruna acha que é contadora. Só que não é. Nem em sonho. Posso apostar que há muita coisa para ser colocada em ordem. Sinto que um suspiro se aproxima, então mudo de assunto.
__ E quando à casa? Há algo que precise ser feito por aqui?
Finalmente, ele ergue a cabeça e olha para mim. Há um toque de humor na sua expressão.
__ Sou um homem adulto, Sakura. Sei como me virar sem minha filha por perto para cuidar de mim.
Reviro os olhos, impaciente.
__ Eu sei, pai. Não é disso que estou falando e você sabe muito bem.
Então ele se inclina para a frente e segura uma mecha de cabelo, junto da minha orelha, puxando os fios, do mesmo modo como costumava puxar meu rabo de cavalo quando eu era pequena.
__ Eu sei o que você quis dizer. Mas também sei que você acha que tem obrigação de cuidar de mim, principalmente depois que sua mãe se foi. Mas você não tem que fazer isso, filha. Eu ficaria arrasado se a visse sacrificar a própria vida para voltar para cá.
Vá viver uma vida melhor, em outro lugar. Isso é o que me faria feliz.
__ Mas, pai, eu não...
__ Eu a conheço, Sakura Haruno. Eu a criei. Sei o que você está planejando e o que pensa. E estou pedindo que não faça isso. Somente me deixe viver assim. Existem coisas diferentes no mundo para você. Coisas melhores.
__ Pai, eu adoro estas ovelhas e esta fazenda. Sabe disso.
__ Não estou dizendo que não gosta. E tudo vai continuar do jeito que está para você visitar quando quiser. E um dia, quando eu não estiver mais aqui, isto será tudo seu, para fazer o que bem entender. Mas por enquanto, é meu. Meu problema, minha vida, minha preocupação. Não sua. Você tem que se preocupar em se formar e arranjar um bom emprego para ter dez vezes mais o que seu pai consegui. Depois disso, talvez eu considere a hipótese de deixá-la voltar para cá. Que tal?
Eu sei o que ele está fazendo, o que está insinuando. E entendo. Entendo a culpa. Mas quando aceno com a cabeça e sorrio concordando, é apenas pelo interesse dele. O que ele não sabe é que eu nunca o deixarei, como ela fez. Nunca. Nunca vou escolher uma vida confortável, de riqueza, em detrimento das pessoas que amo. Nunca.
__ Agora, já que você está aqui, queria pedir um favor. Bem, dois, na verdade.
__ Pode falar.
__ Tenho todos os ingredientes para um feijão Chuck Wagon. Você pode preparar o jantar?
__ E o seu feijão favorito. Claro.
__ Boa menina.
Então ele sorri para mim por alguns segundos e volta a atenção para o programa que estava assistindo na televisão.
__ Pai?
__ Sim? __ pergunta, novamente me olhando, com as sombrancelhas arqueadas.
__ Qual era o segundo favor?
Ele franze o cenho por um segundo, e logo seu rosto se ilumina.
__ Ah! É mesmo. A Ino e o Sai querem que você apareça por lá esta noite, para a sua festa de despedida atrasada.
Começo a balançar a cabeça negativamente.
__ Não vou deixá-lo sozinho para ir a uma...
__ Vai sim. Vai ter jogo está noite. Eu gostaria de assisti-lo em paz, enquanto você dá umas boas risadas com seus amigos. É muito para um velho lesionado pedir à sua filha?
  Solto uma bufada de raiva.
__ Como se eu fosse dizer não depois de você falar dessa maneira.
Novamente, sei o que ele está fazendo. E por quê. Mas vou aceitar, apenas porque sei o quanto ele adora futebol americano e deve mesmo estar querendo assistir ao jogo sozinho, e não comigo por perto. Eu ficaria preocupada, conferindo sua pressão sanguínea a todo momento, enquanto estaria tendo e gritando diante da televisão.
Seu sorriso é satisfeito, quando ele volta a se concentrar na TV, pela segunda vez. Então o deixo sozinho e vou preparar o jantar.

                  *************
Quando passo pela porta do Dublin's, sou  recebida por um monte de assobios, o que me deixa inibida e me leva a puxar a saia, tentando deixá-la mais comprida. Esta é a parte chata de não ter tempo para fazer uma mala. Eu fico limitada a usar as roupas que estão no meu armário, na casa do meu pai; roupas que há alguns anos ficaram pequenas.
Minha saia preta está mais curta do que eu gostaria, e a camiseta que estou usando está um pouco mais... justa do que necessário. Sem falar que não me lembro de alguma vez ter mostrado tanto minha barriga. Se não fosse adulta, meu pai provavelmente não teria deixado eu sair enquanto não mudasse de roupa. Infelizmente, as únicas opções restantes eram uma calça de ioga ou um short feito de calça jeans, sujo de tinta. Então, tive que ficar com a saia curta e a blusa apertada mesmo.
Não levo muito tempo para me sentir à vontade e confortável no ambiente familiar. O vaivém  das bebidas é constante e há um clima de animação mais intenso do que o normal. Não demora muito e minha cabeça está girando, descontraída, avisando-me que é hora de pegar leve  com o álcool.
Eu rindo com a Ino, que trocou seu turno esta noite para participar da comemoração, quando vejo a porta se abrir, atrás dela. Sinto um aperto doloroso no coração, quando vejo o meu ex, Sasori, entrar abraçado à namorada, Tina.
Ele está com a mesma aparência de sempre _ perigosamente bonito, com seu cabelo ruivo sedoso, olhos escuros e um sorriso convencido e sedutor. E continua do mesmo jeito: com uma garota ao seu lado, enquanto olha para outras mulheres. Ele nem tenta disfarçar. E Tina, por incrível que pareça, simplesmente finge não notar. Alguém falou em disfunsão emocional? 
Ino, percebendo minha expressão boquiaberta e meu olhar fixo, se vira para olhar.
__ Ah, meu Deus, quem deixou aquele cretino entrar?
Então se vira e começa a levantar da cadeira, como se fosse dar um jeito na situação. Eu a seguro pelo braço, empedindo-a de levantar.
__ Não faça isso. Não vale a pena.
No fundo, eu bem que gostaria de vê-la colocar aquele safado para fora, mas isso só me faria parecer mais patética, portanto me limito a beber o bastante para afugentá-lo da mente.
Faço um sinal para Léo, que excepcionalmente está atendendo atrás do balcão esta noite para substituir Ino. Peço outra rodada de bebida. Até onde eu sei, este é o caminho mais rápido para abstrair. E abstração está parecendo algo muito tentador no momento.
Ino e eu fazemos um brinde e tomamos nossas bebidas. Sinto o calor do álcool descer até meu estômago, acendendo um fogo agradável. Ela grita animada e eu rio, mas não consigo desviar o olhar do salão lotado, à procura de Sasori.
Quando finalmente o vejo, ele está sentado em um banco alto. Apesar da garota ao seu lado, os olhos deles me encontram. Percebo neles um sinal de reconhecimento. E de um forte desejo,  exatamente como sempre houve. Reajo na mesma hora, como sempre também. Só que agora a reação se desvanece quase imediatamente, com as chamas sendo extintas pelo balde de água fria da realidade, e por ele está com Tina está noite, em vez de estar comigo.
Durante meses eu ouvi suas mentiras, me permitindo ficar cada vez mais apaixonada, enquanto ele mantinha uma namorada que nunca teve a intenção de deixar. A pior parte é que eles têm um filho. Basicamente, Sasori tinha uma família. E embora nunca tivesse se separado de fato, ele me fez sentir como uma destruidora de lares. Ele fez eu me sentir como a minha mãe. E, por causa disso, não merece  o meu perdão.
Tento curtir o resto da noite, curtir uma reunião de despedida com meus velhos amigos e colegas de trabalho, mas meu estado de espírito insiste em permanecer sombrio. Cada bebida e cada risada parecem contaminadas pela presença do centésimo bad boy por quem um dia fui apaixonada.
Ino pede outra rodada de bebidas, que aceito agradecida, embora saiba que estou passando dos limites, e nós entornamos os copos de um gole só, entre os gritos de incentivo dos nossos amigos. O álcool está começando a afogar as minhas mágoas, quando alguém na porta chama a minha atenção novamente.
Desta vez, é Sasuke que entra no bar descontraidamente.


Notas Finais


Opa! Será que vai rolar alguma coisa??? Hahaha
Beijos, até o próximo capitulo. ❤


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