MIA's POV
Era 1 da manhã de domingo e eu estava estudando loucamente para a minha prova de segunda. Minha primeira e última prova nessa nova faculdade. Última prova antes de eu ser, finalmente, uma médica. Cidade nova, vida nova, dias novos, hospital novo... Ah, bioquímica, como eu te odeio. E então, meu telefone toca. Era a Dalila, minha melhor amiga de infância - e interna do hospital onde eu iria começar a estagiar também amanhã. Sim, ela também saiu de Washington. Mas, ela se mudou para Seattle bem antes de mim, cursou a faculdade inteira aqui.
- E aí, está ocupada?
- Para ser sincera, não. Estou tentando estudar para bioquímica, mas nada parece se encaixar mais. É a minha última prova antes de me formar e eu não quero ir mal.
- Eu estou aqui na pseudo-lanchonete perto do hospital. É mais um puteiro (risos). Tem bastante calouros aqui. Por que não se junta a nós?
- Porque eu tenho uma prova de bioquímica amanhã. (risos) Mas, como não estou conseguindo estudar mesmo... Pode vir me buscar?
- Pega um táxi que eu pago aqui.
- Ok.
Ela me disse o endereço e eu fui. Minha mãe estava viajando a negócios e também, eu não precisava dar satisfação a ela, eu já tenho 22 anos. Chegando à "pseudo-lanchonete", como Dalila insistia em chamar, pude ver que realmente não tinha absolutamente nada de lanchonete. Ao entrar, pude ver strippers, gogoboys, muitos bêbados, e muita, muita, mas MUITA droga.
- Você não me disse que o ambiente era tão pesado.
- Porque se eu dissesse, você não viria! - Ela disse, rindo. O que não era comum, então, pude presumir que já estivesse bêbada. - Ei, calouros! Essa é minha amiga Mia. Ela é da turma de vocês. Peguem leve com ela e curtam a noite! - ela berrava, e o local todo se virou para mim. Eu realmente queria ter escondido a minha cabeça em qualquer balde de cerveja que eu encontrasse.
- O-oi... - eu disse baixinho, rezando para que ninguém escutasse.
- Oi. - ouvi uma voz masculina falar por trás de mim e me arrepiar inteira. Nunca tinha escutado, mas parecia tão familiar. Me virei e vi um homem mais velho que eu, não muito, mas também, não pouco. - Me chamo Leonardo, mas pode me chamar de Leo. Quer dizer que você é caloura?
- Prazer, Mia. Sim, sou... mas não quero falar sobre isso.
- Tudo bem. Posso te pagar uma bebida?
- Vodka com tônico.
Conversa vai, conversa vem... e acordei nua, numa cama que certamente não era minha.
To be continued.
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